Ira Divina explicava as epidemias do passado

Ira Divina explicava as epidemias do passado

Olá, leitores.
Aceitei o convite para publicar no site e impresso O Jornal da Cidade, a minha coluna “A Economia da Salvação”, que trata sobre fatos sobrenaturais, superstições, lendas e a tentativa de diálogo do vivente com o mundo espiritual, com vistas à continuação de sua existência numa outra dimensão. Vou contar algumas histórias coletadas ao longo das pesquisas para a elaboração do meu livro, de título homônimo à coluna, lançado em 2013 e que obteve a medalha de prata, categoria ensaio - Prêmio Viana Moog - no Concurso Internacional de Literatura da União Brasileira dos Escritores - UBE. Regularmente estarei aqui trazendo um caso relacionado a esse tema amplo e fascinante. Espero que gostem.

(Biaggio Talento, jornalista, pós-graduado em História Política, Econômica e Social)

Ira Divina explicava as epidemias do passado

A humanidade sempre atravessou períodos de epidemias, como essa atual do coronavírus. No passado, as pestes que assolaram a Europa na Idade Média e mataram milhões, surgiram num momento em que nem mesmo as sociedades mais avançadas da época, possuíam o menor preparo pra enfrentar as calamidades. Sequer tinham condições de encontrar uma causa pro problema.

Suspeitavam de três coisas: os eruditos especulavam que a peste era causada pela corrupção do ar devido a fenômenos celestes como a aparição de cometas, a conjunção de planetas, eclipses.

Já os religiosos asseguravam que o flagelo era resultado da ira de Deus, ante um mundo pecaminoso, o que poderia se resolver com penitência.

Uma terceira explicação acusava agentes malignos de espalharem a doença. E aí a suspeita recaia, principalmente, no diabo e suas assessoras as feiticeiras, o que motivou várias temporadas de caças às bruxas.

Como era mais fácil procurar bodes expiatórios na comunidade, a ira coletiva se voltava, além das bruxas, para os leprosos, os estrangeiros, os viajantes, os marginais, os judeus As pestes foram grandes motivadoras de ciclos antissemitas.

Fantasmas também integravam o rol de suspeitos. Conta-se que no Tirol, França, um fantasma de longas pernas e manto vermelho circulava na região deixando a epidemia no seu rastro. Em Milão, o causador, segundo crônicas da época, era um diabo de olhos brilhantes, que percorria as ruas e entrava nas casas. Com o passar do tempo, a humanidade foi substituindo a superstição pela ciência e a medicina prevaleceu salvando a vida de milhões de pessoas.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

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