O exorcista piadista

O exorcista piadista

Havia um frade exorcista renomado num mosteiro de Colônia na Alemanha que, segundo o teólogo Johannes Nider, “era dado à galhofa”. Nider é autor de um livro famoso. “Formicarius”, (Formigueiro, que trata de demonologia) publicado em 1475. Ele conta que certa feita, ao expulsar um demônio, este perguntou ao exorcista para onde deveria ir, após deixar o corpo da pessoa. Incontinenti, o frade não perdeu a piada e provocou: “vai para a minha latrina”.

Talvez para se vingar da brincadeira, o diabo foi para o local indicado. E, desprevenido, o exorcista ao se sentar no “trono” à noite para se aliviar foi “atacado violentamente” pelo inimigo e teve enormes dificuldade para se desvencilhar do incômodo, o que o fez à base das rezas que conhecia.

Exorcistas e exorcismos existem até os dias de hoje. Recentemente, o cineasta William Friedkin, o mesmo do ícone dos filmes de terror “O exorcista” (1973) conheceu no Vaticano, o padre Gabriele Amorth, considerado o maior exorcista do mundo em atividade e também bem-humorado. Padre Gabriele era fã do filme “O exorcista” e aceitou com entusiasmo a ideia de ser tema do documentário “O diabo e padre Amorth”, do mesmo Friedkin, que se confessou assustado com o que viu da atuação do sacerdote, ao realizar um exorcismo legítimo.

O padre Gabriele Amorth, personagem da vida real (que morreu em 2016, aos 91 anos) lembra o padre Merrin, o exorcista do filme de 1973.

 

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Biaggio Talento é jornalista, e colaborador do O Jornal da Cidade.

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