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Tem jeito certo de usar o 13°? Especialista dá dicas de como fazer o dinheiro render

Tem jeito certo de usar o 13°? Especialista dá dicas de como fazer o dinheiro render

A partir de quinta-feira (30), 4,8 milhões de baianos estarão com dinheiro a mais na conta. É que esse é o prazo máximo para os empregadores pagarem a primeira parcela do 13º salário para funcionários que trabalham sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O valor médio na Bahia deverá ser de R$2.308,35, segundo projeta o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese).

Com o dinheiro em mãos, surgem as dúvidas sobre gastar o dinheiro. Pagar dívidas? Investir? Curtir o verão? As opções são inúmeras, mas cada caso deve ser analisado individualmente, como explica o economista e educador financeiro Edval Landulfo. Em conversa com a reportagem, o especialista listou três cenários possíveis e as dicas de como gastar o dinheiro.

1. Se você tem dívidas a pagar:
As parcelas do 13º no final do ano podem ser uma boa maneira de quitar dívidas, indica o economista Edval Landulfo. Caso não seja possível pagar o valor integral, o trabalhador pode aproveitar a quantia recebida para renegociar os débitos e parcelar as dívidas.

Mas é preciso tomar cuidado porque o valor das parcelas não pode ser maior do que o orçamento permite. “Negociar dívidas sem ter condições de pagar é perder dinheiro duas vezes porque a pessoa paga as primeiras parcelas e depois não consegue mais arcar com os compromissos”, explica.

Mesmo quem está com dívidas também deve guardar uma pequena parcela do 13º para o lazer, indica Edval Landulfo. “O 13º também deve ser utilizado para os pequenos prazeres da vida e não só pagar dívidas. Isso dá um incentivo para que, no próximo ano, as pessoas queiram ter dinheiro disponível no próximo ano”, afirma.

2. Se não tem dívidas, mas está com o orçamento apertado:
Você pode não ter dívidas, mas é daquelas pessoas que se perder o controle das finanças fica sem saber como pagar a fatura do cartão no final do mês? Nesse caso, Edval Landulfo indica que entre 25% e 35% do 13º seja destinado para a criação de uma reserva de emergência.

“Aqueles que estão com o orçamento comprometido e podem entrar no vermelho se tiverem gastos não planejados, devem pegar uma parte do valor e dar início ao hábito de criar uma reserva”, diz. O ideal é que, todos os meses, uma quantia seja destinada a essa reserva.

O que não for usado para o montante da reserva, pode ser gasto com presentes de final de ano, viagens de curta duração e compra de bens desejados.

“Se a pessoa se organiza durante o ano e terá o 13º como um valor extra, pode pegar metade da renda e fazer um investimento em renda fixa, em que o dinheiro estará disponível em um futuro próximo”, indica Edval Landulfo. Entre as opções de investimento estão: Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

O 13º também pode ser utilizado nesses casos, para quem tiver interesse, como início de investimentos mais arriscados, como a bolsa de valores. “É possível pegar entre 10% e 15% da renda e investir em duas empresas, pensando em longo prazo”, completa. O resto do benefício pode ser utilizado para antecipar a compra de bens de maior valor agregado e lazer.

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