Sabe o futebol arte: modalidade em que só tem aqueles lances mais bonitos de uma "pelada", com várias piruetas com a bola? Assim vai acontecer na final do mundial do campeonato Red Bull Street Style - futebol estilo livre -, que será realizada no sábado, 16, e domingo, 16, em Salvador.
Ao invés de um campo de futebol, será montado um palco em frente à Fundação Jorge Amado, no Pelourinho, onde atletas de 39 países vão fazer uma batalha de malabarismo com a "redonda". Cada dupla se enfrenta em três rounds de 30 segundos. Vence o mais criativo e com manobras variadas e cheia de estilo. A performance é avaliada por cinco jurados.
Quatro atletas brasileiros vão participar dessa disputa. O pernambucano Pedro Oliveira, 21 anos, conquistou sua vaga ao vencer o Superball, competição que aconteceu na República Tcheca. A paulista Marisa Cintra também está com a vaga garantida para disputar entre as mulheres. Por sinal, ela é a única brasileira a participar do duelo com a bola.
As últimas duas vagas para brasileiros serão disputadas pelos paulistas Diego Oliveira, 29, e Lucas Menezes, 25, pelo carioca Ricardo de Araújo, 16, e o paranaense João Othavyo da Luz, 15, que se destacaram durante a Copa Brasil realizada em agosto em Curitiba.
Eles vão participar de uma seletiva na próxima quarta-feira, 12, para definir quem terá oportunidade de enfrentar os melhores atletas do mundo.
Diego Oliveira faz malabarismo com a bola (Foto: Divulgação | Fábio Piva | Red Bull)
Mais experiente entre os brasileiros, Diego Oliveira chama atenção para dificuldade do campeonato. "A competição deste ano terá um nível altíssimo. A garotada treina muito e tem dado um verdadeiro show, mas acho que tenho condições de representar bem o país", diz.
Para ele, os brasileiros devem ficar atentos a atuação dos poloneses e russos, que são os grandes craques do futebol de estilo livre.
O caçula entre os "brazucas", João Othavyo conta que pretende aproveitar a oportunidade para melhorar sua performance. "Uma característica marcante do nosso esporte é que estamos em constante evolução. Muitas vezes a manobra de um serve como inspiração para outro atleta. É comum um de nós ver o trick do outro e acabar adaptando ou melhorando aquele movimento", afirma.
Os brasileiros já conquistaram o terceiro lugar da competição, mas nunca venceram o evento, que é realizado desde 2008 e tem a segunda final no Brasil.
Para conquistar o título inédito, eles terão que derrotar atletas de 38 países: Albânia, Argentina, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Egito, França, Alemanha, Gana, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Japão, Quênia, Coréia do Sul, Luxemburgo, México, Moldávia, Holanda, Noruega, Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Singapura, Suécia, Tailândia, Inglaterra, Ucrânia e Estados Unidos.
Entre os principais concorrentes estão o polonês Szymon Skalski, atual campeão mundial, e o japonês Kotaru Tokura, campeão em 2012.