A prefeitura do município de Guanambi cancelou a festa de réveillon que ia acontecer na Praça do Feijão, devido ao aumento no número de casos de covid-19 na cidade. Em nota divulgada pela prefeitura, as taxas de contaminação seguem altas, "persistindo com índices semelhantes aos da última onda da doença".

De acordo com o último boletim divulgado, a cidade tem 84 casos ativos. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 49 novos casos. Segundo a prefeitura, são realizados, diariamente, 150 a 200 testes nas Unidades de Saúde da rede municipal.

A decisão de suspender a festa foi tomada durante uma reunião extraordinária realizada na tarde desta quarta (21), na secretaria municipal de saúde, entre o secretário interino Coronel Lira e membros do Conselho Municipal de Saúde (CMS), além de servidores e técnicos da pasta. Por decisão unânime, se decidiu recomendar o cancelamento do evento, que foi acatado pela gestão.

Segundo a prefeitura, o cantor Eduardo Costa, como também as licitações de estrutura e show pirotécnico já estavam finalizados pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer serão utilizados em um evento posterior, como São João ou aniversário da cidade, caso as taxas da covid-19 diminuam.

Seguindo a orientação do CMS, a secretaria de saúde irá publicar um decreto nesta semana, para nortear os locais de evento privado, que existe possibilidade de controle de acesso, para adotar medidas de prevenção, o que é impossível de se obrigar em área aberta, como uma praça pública.

Publicado em Bahia

Depois de quatro meses sem registrar um óbito por covid-19, a cidade de Paulo Afonso, no Vale do São Francisco, teve uma morte confirmada esta semana. Em Guanambi, no sudoeste baiano, o aumento no número de casos da doença adiou o retorno das aulas em uma semana e uma reunião de avaliação está marcada para sexta-feira (8). Em Barreiras, no Extremo-Oeste, são 644 casos ativos. Nos últimos 26 dias, Bom Jesus da Lapa e Porto Seguro também entraram para a lista das cidades com mais ocorrências.

No dia 22 de junho, às vésperas do São João, entrou em vigor em Paulo Afonso um decreto que determinou o retorno do uso de máscaras em espaços fechados, como unidades de saúde, transporte público, cinemas, escolas e também em algumas áreas abertas. A medida foi uma tentativa de frear o avanço da doença no município. Porém, o boletim desta segunda-feira (4) não trouxe dados positivos. São 732 casos ativos.

Juntas as cinco cidades concentram cerca de 15% do total de casos confirmados na Bahia. Paulo Afonso tem cerca de 120 mil habitantes e 115.625 receberam as duas doses obrigatórias como proteção contra o novo coronavírus. Mesmo assim, o cenário preocupa e o secretário de Saúde, Adonel Júnior, informou que estuda adotar novas medidas.

“Assim como vem acontecendo na Bahia, como no Brasil, os casos estão crescendo, mas graças a vacina, não tivemos agravamento dos quadros. Tivemos um óbito registrado após quatro meses sem morte pela Covid-19, mas seguimos dentro da previsão. Adotamos o uso da máscara em lugares fechados e retornaremos com algumas medidas, como a proibição de acompanhantes nos hospitais”, afirmou.

Ele disse também que alta de casos não foi uma surpresa. “Havia uma previsão dos órgãos de saúde, com a flexibilização das medidas e consequentemente a circulação da população, que essa transmissão em massa iria acontecer, mas como estavam prevendo também, o quadro é positivo perante o que vivenciamos nos últimos dois anos. Vamos acompanhar como se comportam as coisas e, caso haja necessidade, estudaremos outras ações”, contou.

Outra cidade com alta de casos é Guanambi, com 639 paciente. Por lá, a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados foi derrubada em 5 de junho. Nesta segunda, os estudantes deveriam retornar às escolas, mas a volta às aulas foi adiada por conta do cenário. O Comitê de Enfrentamento a Covid-19 da cidade divulgou um comunicado informando que os dados serão observados de forma diária, e na sexta (8), a equipe irá avaliar a publicação de um novo decreto, com novas determinações.

“O Comitê reafirma a importância do uso de máscaras e demais cuidados nas escolas e faculdades, conforme versa o Protocolo Geral de autorização do retorno às aulas presenciais, publicado em 11/02 deste ano, através do Decreto nº 694, que entre as ações gerais, determina a autonomia das unidades educacionais em suspender as aulas, caso haja surtos de casos positivos entre seus colaboradores, determinação esta que também consta no protocolo estadual e federal”, diz o comunicado.

A Bahia tem cerca de 13 mil casos ativos da doença, 30 mil óbitos e 1,5 milhão de pacientes recuperados. Os municípios afirmam que a vacinação tem ajudado para que a maioria dos casos seja leve. Em Barreira, por exemplo, dos 644 infectados, apenas quatro precisaram ser internados. Já em Bom Jesus da Lapa, no Vale do São Francisco, são 285 casos confirmados de covid e em Porto Seguro, no Sul do estado, mais 262 infectados. O CORREIO não conseguiu contato com essas duas prefeituras.

Os números de casos ativos fornecidos pelos municípios para essa reportagem são maiores que os apresentados no boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Segundo as prefeituras, existe um atraso na atualização dos dados. Já a Sesab frisou que as informações que constam nos boletins são de casos notificados pelos municípios nos sistemas do Ministério da Saúde e em paralelo em sistemas do estado.

Na capital, são 1.185 infectados. Segundo o prefeito Bruno Reis, diferente de outras ondas, dessa vez, o aumento progressivo nos casos de covid-19 não representa um risco para o sistema de saúde. “Os números estão aumentando, os casos ativos também. Mas efetivamente o aumento que teve foi algo que não causa nenhum tipo de risco de ter colapso do sistema de saúde. Os leitos estão atendendo a demanda”, afirmou.

Leitos
Apesar da vacinação ter avançado, a taxa de ocupação das enfermarias alcançou 100% no Oeste baiano, e as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão 60% ocupadas. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), divulgado nesta segunda-feira (4). A região Leste aparece em seguida com ocupação de 52% para UTI e 46% da leitos clínicos.

Questionada se pretende adotar ações específicas para essa região do estado, a Sesab informou, em nota, que os municípios têm autonomia para definir medidas mais restritivas em seu território e que incentiva a ampliação da vacinação e a buscar pelos baianos que estão com a doses atrasadas.

“A Secretaria da Saúde do Estado monitora diversos indicadores em relação à Covid-19. Entre os indicadores estão número de novos casos, total de casos ativos e taxa de ocupação. Até este momento não há indicação de abertura de novos nos leitos. Caso haja mudança no cenário, a Sesab pode disponibilizar mais leitos específicos para o tratamento de pacientes com Covid-19”, diz a nota.

Para a promotora de vendas Gabriela Conceição, 35 anos, que já teve covid duas vezes, todo cuidado é pouco. “Mesmo vacinados a gente não deve esquecer que essa doença mata. A vacina nos protege e é super importante, mas temos que fazer a nossa parte. A segunda vez que tive covid os sintomas foram bem mais leves, eu já estava vacinada, mas o psicológico fica abalado do mesmo jeito ao saber que estamos com uma doença que pode nos matar. Vamos usar máscara e evitar aglomeração”, aconselhou.

Em Salvador, as UTIs adulto e pediátrica estão com 60% e 40% de ocupação, respectivamente. Já os leitos clínicos estão sendo menos demandados pelas crianças, apenas uma das 20 acomodações está ocupada, o que representa 5% da capacidade. A situação é diferente para os adultos, onde 50 dos 80 leitos têm pacientes (63%).

Publicado em Saúde

O suspeito de matar mãe e filha, identificadas como Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, 42 anos, e Ana Júlia Teixeira Fernandes, de 16, foi preso pela polícia nessa segunda-feira (13). Marco Aurélio da Silva, 36 anos, também é suspeito de outros crimes sexuais praticados na cidade de Guanambi.

À TV Sudoeste, o delegado Rhudson Barcelos informou que o suspeito teria retirado as roupas das vítimas, mas que elas não foram estupradas. O CORREIO tentou contato com o profissional, que afirmou que não falaria sobre o caso nesta segunda.


O suspeito já teve passagem pela polícia por prática de ato obsceno. Atualmente preso à disposição da Justiça, estaria sob o efeito de drogas quando cometeu o ato contra mãe e filha.

Ele teria sido preso em uma construção abandonada, no início da tarde desta segunda. Na delegacia, teria confessado o crime.

O homem vai responder por duplo homicídio e será, posteriormente, encaminhado para um presídio da região, de acordo com a emissora.

Equipes da delegacia de Guanambi foram acionadas após os corpos serem achados e chamaram o Departamento de Polícia Técnica (DPT). Foram expedidas as guias periciais. De acordo com o DPT, o documento de óbito já foi emitido e apresentado à família, enquanto o laudo da perícia, para confirmação da causa da morte, só deverá ser disponibilizado em aproximadamente 15 dias.

A prefeitura de Guanambi emitiu nota de pesar após as mortes, e manifestou "pesar e consternação pelo lamentável episódio".

Alcione era técnica de enfermagem e trabalhava no Hospital Geral de Guanambi, que também lamentou a morte em nota. Ela era casada e tinha mais um filho, João Vitor, de 21 anos. Já Ana Júlia era estudante do 9º ano, no Colégio Estadual Idalice Nunes, que também lançou nota de pesar.

Os corpos foram velados na Casa funerária Pai Bahia, na Rua Dr. José Humberto Nunes, 1.679, Bairro São Francisco, na manhã desta segunda (13).

Publicado em Polícia

Dois adultos e uma criança precisaram ser levados ao hospital na cidade de Guanambi, Sudoeste da Bahia, após um carregador de celular explodir. Os três tiveram queimaduras leves e inalaram a fumaça tóxica.

Segundo a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) o caso ocorreu por volta das 12h30 deste domingo (3). A explosão deu início a um incêndio no cômodo em que o aparelho estava carregando.

Os policiais utilizaram os extintores de incêndio das viaturas e, com a ajuda de populares, começaram a combater o fogo. Após conseguirem controlar as chamas, um carro pipa chegou ao local para fazer o rescaldo das paredes do imóvel.

No interior da residência estavam o proprietário, a esposa e o filho. Ainda não se sabe o que causou a explosão do carregador.

Publicado em Bahia

O ex-prefeito de Guanambi, no sudoeste da Bahia, e outras seis pessoas tiveram os bens bloqueados, pois são investigados por desvios de R$493.370,44 de verbas da área da educação. As informações são do Ministério Público Federal (MPF), responsável pela ação.

De acordo com o MPF, a empresa Cardoso Fernandes Santana Construções Ltda (CFSC), que tem como sócios parentes de Charles Fernandes Silveira Santana, ex-prefeito de Guanambi, foi contratada de maneira irregular para reforma de oito escolas. Professores do município denunciaram pagamento de etapas da obra não concluídas.

Segundo informações da Justiça Federal divulgadas na noite de quarta-feira (15), a decisão é de 29 de abril e confirmou decisão anterior, de 21 de março, determinando a indisponibilidade de bens dos réus até o valor máximo individual de R$ 16.370,30.

Entre as irregularidades apuradas estão a realização da licitação sem projeto básico, descrição dos serviços a serem executados e pesquisa de mercado, que são requisitos definido pela Lei das Licitações para garantir a contratação por valores razoáveis para a execução dos serviços.

Além de Charles Fernandes, tiveram os bens bloqueados José Paulo Fernandes e Márcio Luiz Marques Fernandes, servidores públicos à época; Célio Fernandes Santana e Marilu Cardoso de Araújo, sócios na CFSC, além de Gilberto Álvaro Portella Bacelar, representante da CFSC.

Segundo o MPF, em fevereiro de 2011 o então prefeito autorizou a solicitação de despesa da Secretaria de Educação, no valor de R$493.370,44, sendo este valor utilizado como base para a contratação dos serviços, em abril de 2011, sem qualquer detalhamento ou cotação das atividades a serem executadas.

Também não foi estabelecida a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo à empresa contratada, permitindo a contratação da CFSC Ltda., com capital social de R$40 mil à época, para realizar serviços no valor de R$ 395.698,51.

A empresa tinha como sócios Célio Fernandes Santana, primo do prefeito, e Marilu Cardoso de Araújo, a esposa dele, e Gilberto Álvaro Portella Bacelar como representante. Ele é cunhado do prefeito e foi contratado como responsável técnico para realização de obras de construção civil, 15 dias antes da publicação do edital de licitação.

Denúncias e investigações
Ao longo da prestação dos serviços, houve inúmeras denúncias formuladas por diretores e professores das escolas em que as reformas eram realizadas. Eles informaram que as planilhas de medições das obras não correspondiam com os serviços efetivamente prestados.

Segundo as investigações do MPF, na prática, não foram realizadas vistorias por servidores da prefeitura de Guanambi para atestar a prestação dos serviços pela contratada, e a empresa nunca apresentou registros fotográficos das etapas da obra, apesar da previsão em edital.

Para o MPF, os boletins de medições foram criados apenas para dar aparência de legalidade aos pagamentos efetuados à contratada. As reformas foram iniciadas em 13 de abril de 2011, e apenas 12 dias depois, em 25 de abril, o então chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura, José Paulo Fernandes, atestou a execução de cerca de 37,03% da obra contratada para 12 meses.

Tanto ele quanto Márcio Luiz Fernandes, então arquiteto da Secretaria de Infraestrutura, atestaram nas notas fiscais apresentadas pela CFSC Ltda., ao longo do contrato, que os serviços a que se referiam foram integralmente prestados, o que foi contestado por todos os gestores das escolas submetidas às reformas, informou a Justiça Federal.

A CFSC Ltda. recebeu, à época, o montante R$ 229.184,22 – mais de 57% do valor previsto no contrato – que atualmente corresponde a R$ 401.928,04 – em parte, oriundos do Fundeb.

Segundo as investigações, a CFSC foi constituída por meio de “laranjas” para prestar serviços à Prefeitura de Guanambi e se beneficiar com contratações ilícitas, só tendo participado de licitações para esta prefeitura e não tendo feito nenhuma obra particular.

Ao longo dos anos, a empresa venceu todas as licitações das quais participou no município, e recebeu cerca de R$2,5 milhões de Guanambi, sendo sediada em imóvel residencial e tendo reunido apenas um veículo popular financiado.

O MPF requer a condenação de todos os acionados às penas previstas pela Lei de Improbidade para atos que causem prejuízo ao erário: ressarcimento integral do dano, perda da função pública (se houver), suspensão dos direitos políticos por até oito anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelos agentes públicos e proibição de contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por cinco anos.

Requer, ainda, a condenação de todos ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, por entender que o desvio dos recursos destinados à reforma atrapalhou o funcionamento das escolas, limitando os alunos dos seus expedientes de ensino e comprometendo o regular desenvolvimento do calendário escolar.

Fonte: G1/Bahia

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