O Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen/Ba) identificou 29 diagnósticos positivos de varíola dos macacos (monkeypox) a partir de 9 de setembro, quando a unidade estadual iniciou a análise de amostras da doença. Ao todo, o laboratório já recebeu 881 amostras. Antes, as avaliações eram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, com intermediação do Lacen.

Segundo a diretora do Lacen, Arabela Leal, com diagnóstico feito no próprio estado há maior celeridade na entrega do resultado. Em meses anteriores a setembro, os testes chegaram a demorar um mês para análise final. O Lacen trabalha hoje com diagnóstico das amostras em até cinco dias. Além do tempo, a proximidade regional dá mais segurança ao processo, diminuindo risco de acondicionamento ou extravio da amostra.


“O envio de amostra de um lugar para outro era de 48h a 72h, isso quando não tinha nenhum feriado, [depois disso, ao chegar no laboratório de outro estado] houve amostras que levaram mais de 30 dias [para liberar o resultado]. Conosco, começou com prazo de seis dias por causa do volume, mas agora estamos em torno de 5 dias”, afirma.

Neste mês, o Lacen recebeu 237 amostras. Destas, apenas sete positivaram. Agosto e setembro tiveram o maior número de amostras: 952 e 1069, respectivamente, com e 54 e 70 positivos. A média de positividade gira em torno de 5,7% a 6,5%.

A diretora alerta que, além dos números do Lacen, laboratórios particulares e fora do estado continuam fazendo diagnóstico das amostras para a varíola dos macacos, portanto, o número total é maior do que o divulgado pela unidade. Além disso, o Lacen não coleta o material - isto é de responsabilidade de unidades básicas de toda a Bahia -, o laboratório recebe a amostra e analisa por biologia molecular conforme protocolo indicado pelo Ministério da Saúde (MS).

Na Bahia, 116 casos da monkeypox foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). 1.650 foram descartados, enquanto há 39 suspeitos e 24 prováveis. Dos casos confirmados, 78 (67,24%) são de Salvador, seis (5,17%) de Feira de Santana e quatro (3,45%) de Conceição de Feira. Mais 19 municípios completam a lista com menos de três casos. O estado não registrou mortes pela doença.

Quadro clínico

A infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador, Adielma Nizarala, explica que os sintomas do vírus se dão em duas fases. Nos primeiros dias de manifestação é comum ter dor de cabeça, dor abdominal e febre. Ao longo da contaminação, o cenário evolui para erupção cutânea. Antes dos sintomas aparecerem, ainda há um período de incubação de 6 a 13 dias, em média, podendo chegar a 21 dias com paciente assintomático.

A médica salienta que a principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por contato direto pele a pele. Dentro das "bolhas" que aparecem no corpo existe grande quantidade de vírus. Por isso, ela alerta que é importante não ter contato com a pessoa contaminada desde o início dos sintomas virais até a ferida sarar, para evitar a propagação da varíola. O contágio pode ocorrer por relação sexual - por conta do contato -, beijo, abraço ou contato com fluidos corporais, como pus, sangue e saliva da pessoa doente. Objetos contaminados também oferecem risco de transmissão.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a varíola dos macacos tem cura e, de forma geral, não é necessário tratamento específico. O vírus costuma ser eliminado pelo próprio sistema imunológico depois de cerca de 4 semanas. Casos de agravamento são raros.

A Prefeitura de Pouso Alegre (MG) informou no domingo (09) a quarta morte por varíola dos macacos no Brasil. Já é a segunda em Minas Gerais. Outras duas ocorreram no Rio de Janeiro. Em todos os casos, as vítimas eram homens e tinham comorbidades e baixa imunidade, segundo autoridades de saúde.

Até o dia 10, o Brasil registrou 8.461 casos confirmados de varíola dos macacos nos estados de São Paulo (3.847), Rio de Janeiro (1.137), Minas Gerais (527), Distrito Federal (267), Goiás (509), Bahia (116), Ceará (377), Rio Grande do Norte (96), Espírito Santo (95), Pernambuco (164), Tocantins (11), Amazonas (155), Acre (1), Rio Grande do Sul (238), Mato Grosso do Sul (132), Mato Grosso (99), Santa Catarina (302), Paraná (229), Pará (48), Alagoas (13), Maranhão (22), Paraíba (30), Piauí (18), Roraima (4), Rondônia (7), Amapá (2) e Sergipe (15); óbitos: (3) no Rio de Janeiro e (2) em Minas Gerais.

Brasil recebe primeiro de lote de vacinas contra a varíola dos macacos

O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos no dia 4, mas a assessoria do Ministério da Saúde (MS) informou que aguarda publicação do protocolo para informar sobre a distribuição aos estados e aplicação do imunizante. Ao todo, a pasta comprou cerca de 50 mil doses, destas, 9,8 mil já chegaram em solo brasileiro e a previsão é que os lotes restantes cheguem até o final de 2022.

O Ministério comunicou que, antes da aplicação, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pasta ressalta que as vacinas são seguras e importantes, sendo o estudo necessário para avaliar “se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave”. A pesquisa será financiada pelo Ministério da Saúde, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apoiada pela OMS.

A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença. O MS explica que profissionais da saúde não serão incluídos como grupo prioritário à vacinação visto que realizam coleta e atendimento com equipamentos de proteção individual. Não existe por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendação para vacinação em massa para a varíola dos macacos.

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A variante Delta da covid-19 não para de se espalhar na Bahia. Nesta segunda-feira (20), o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) divulgou ter detectado mais 10 casos em sete cidades do estado: Senhor do Bonfim (2), Sapeaçu, Conceição do Almeida, Salvador (2), Vereda, Medeiros Neto (2) e Vitória da Conquista.

Um dos casos evoluiu para óbito, mas a Sesab não divulgou qual. A idade dos pacientes varia de um a 45 anos. São três homens e sete mulheres. A detecção foi feita por meio de sequenciamento genético.

Com os novos registros, a Bahia tem, no total, 14 casos da variante, com dois óbitos. Os quatro primeiros foram identificados em residentes dos municípios de Feira de Santana, Vereda e Prado, além de um tripulante de um navio ancorado em Salvador. Apesar dos casos da Delta, a variante Gamma é a responsável por quase 80% das infecções no estado.

Segundo a Sesab, a escolha das amostras para o sequenciamento é baseada na representatividade de todas as regiões geográficas do estado da Bahia, casos suspeitos de reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas clínicos característicos.

A secretária da Saúde da Bahia em exercício, Tereza Paim, alerta que a principal medida para conter o avanço da covid-19 e, por consequência, a variante Delta, é o avanço da vacinação.

“É importante que as pessoas busquem as unidades de saúde para tomarem o imunizante contra a doença, incluindo também a dose de reforço. O esquema completo de vacinação dá uma maior garantia de defesa contra a Covid-19”, ressalta.

Reconhecido como a 3ª maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, o Lacen-BA já analisou amostras de mais de 150 municípios dos nove Núcleos Regionais de Saúde.

Sistema de saúde da Bahia está preparado, diz secretária sobre variante Delta

Caso da variante Delta em Vitória da Conquista
Vitória da Conquista teve o primeiro caso confirmado da variante delta da covid-19. A paciente, uma mulher de 39 anos, estava vacinada com as duas doses, não chegou a ser internada e já está recuperada, informou a prefeitura da cidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Conquista, seis meses antes a mulher tomou as duas doses da Coronavac. Depois disso, viajou para o Espírito Santo e retornou à Bahia em 14 de agosto, assintomática. Ela declarou que continuou fazendo uso correto da máscara nesse período.

Dois dias depois de voltar da viagem, a mulher começou a apresentar obstrução nasal, febre, tosse a ter calafrios. Ela seguiu em isolamento domiciliar. No dia 19, cinco dias após chegar da viagem, fez o teste de laboratório para saber se estava com covid-19, o que se confirmou.

Em 2020, a paciente já tinha sido diagnosticada com covid-19. O novo resultado do exame foi submetico ao sequenciamento genético e foi identificado que se tratava da variante delta. O resultado foi enviado na sexta (17) à Coordenação da Vigilância Epidemiológica da SMS.

Em investigação clínica e epidemiológica, a paciente foi monitorada desde o início dos sintomas, sendo observada a evolução benigna da doença e hoje ela se encontra recuperada, acrescenta a SMS.

Um familiar com quem a paciente teve contato também apresentou resultado positivo para Covid-19 e se manteve em isolamento domiciliar por 10-14 dias do início dos sintomas.

A variante delta
A variante Delta tem um histórico de transmissibilidade maior do que as demais variantes, mas a vacinação tem se mostrado eficaz para conter os quadros graves que necessitam de hospitalização.

Em nota, a secretaria reforça a importância da população se vacinar e continuar com os cuidados para evitar disseminação da doença, como usod e máscaras e de álcool em gel.

Em caso de sintomas, o contato com a unidade de saúde ou call center deve ser imediato para realizar o atendimento, testagem e isolamento.

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Nos primeiros 15 dias deste mês de maio, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA) registrou um aumento de 32% dos casos positivos para coronavírus.

De acordo com a diretora-geral da unidade, Arabela Leal, a taxa de positividade para a doença ficou em 49,27% na última semana. Ela também informa que houve um crescimento do número de amostras recebidas nos últimos dias.

“Na última média, a gente ficou com 49,27% de positividade na semana. De sábado para cá, nós tivemos um aumento muito grande no número de amostras. Entre sexta e segunda, nós recebemos mais de 18 mil amostras. Tivemos um volume grande em novembro, fevereiro e agora outra vez”, disse Arabela.

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Dez casos da variante do coronavírus (P.1) presente em Manaus foram identificados na Bahia pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). Ao todo, 32 amostras de pessoas que estiveram no Amazonas foram analisadas geneticamente.

"As amostras foram coletadas nos últimos dias e a investigação preliminar da vigilância epidemiológica aponta a maioria dos pacientes estavam de férias e passaram pelos municípios de Salvador, Irecê e João Dourado, todos com residência na região amazônica", afirma o secretário estadual da Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas.

Segundo a diretora geral do Lacen-BA, Arabela Leal, “os outros 22 genomas sequenciados não são da variante de Manaus, nem do Reino Unido ou África do Sul. Elas já eram circulantes no estado e foram coletadas de pacientes com sintomas clínicos característicos da Covid-19”, explica.

A P.1 é derivada de uma das variantes predominantes no País, a B.1.1.28. O potencial de transmissão dela pode ser maior por causa da mutação N501Y, presente nas variantes identificadas no Reino Unido e na África do Sul.

A faixa etária dos pacientes diagnosticados com a variante P.1 vai de 7 a 66 anos, sendo sete pessoas do sexo masculino e três feminino. As amostras que testaram positivo para a variante de Manaus foram coletadas em unidade públicas e privadas, sendo, respectivamente, sete e três.

Para o secretário da Saúde, a forma mais eficaz de se combater o coronavírus é acelerar a vacinação. "Somos os segundo estado do Brasil em número de doses aplicadas, com mais de 254 mil baianos imunizados. Porém, o Ministério da Saúde precisa enviar mais doses, pois somente o grupo prioritário perfaz mais de 5 milhões de pessoas na Bahia", avalia.

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Um menino de 1 ano e 8 meses residente do povoado de Lagoa do Boi, no município de Araci, morreu e outras 21 pessoas da mesma localidade foram internadas com suspeita de contaminação pela água, segundo a Secretaria de Saúde da cidade que fica no Nordeste da Bahia. Dos internados, 19 são pacientes infantis e dois são adultos. Já receberam alta seis crianças.

Amostras do líquido são analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).

Os casos começaram a aparecer na última quarta-feira (9), quando o bebê de um ano foi levado para o hospital passando mal. O menino chegou a ser encaminhado para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, mas acabou morrendo no trajeto. Os sintomas da suposta contaminação são vômito, diarreia, dores abdominais e febre.

Novos casos foram descobertos com a visita de agentes da pasta da saúde ao povoado de Lagoa de Boi, na última sexta (11), onde foram identificadas outras nove crianças com sintomas. Os outros casos deram entrada com o decorrer dos dias. O Hospital Estadual da Criança recebeu 11 pacientes infantis, dos quais seis já tiveram alta. Outras 8 crianças estão hospitalizadas na rede de saúde do próprio município.

Ainda são 22 adultos doentes, a maioria com sintomas leves. Apenas dois estão internados no Hospital Português, em Salvador. Equipes de saúde da família do município acompanham a situação em Lagoa do Boi.

A pedido da prefeitura, o abastecimento de água nos povoados de Lagoa do Boi, Lagoa dos Cavalos e Jurema foi suspenso na sexta. Por causa da suspensão da água, foram disponibilizados carros-pipa para abastecer os moradores da região.

Ao fim das investigações e com o retorno de operação do sistema, o prazo de regularização do abastecimento é de 24h nos três povoados afetados.

Análises
Os testes realizados em amostras coletadas na região pela Embasa descartam a contaminação da água com microrganismos nocivos à saúde e que ofereçam riscos à população. A companhia pública informa que o abastecimento permanece suspenso até que sejam concluídas todas as análises previstas pela legislação de potabilidade da água. Já o Lacen recebeu as amostras do líquido nesta terça-feira (15) e deve obter os resultados em até uma semana.

O município espera o resultado do Lacen para confirmar ou descartar a suposta causa das enfermidades, informa a secretária de saúde do município, Ana Ofélia Marques. A água é apontada como a causadora do mal estar por ser o único vínculo entre os doentes.

“Após a investigação da vigilância epidemiológica e sanitária sobre a fonte da contaminação, identificamos que o único produto comum entre os infectados é a água. Coletamos amostras da água, que foram enviadas ao Lacen”, afirma a secretária de saúde de Araci.

Em nota, a Embasa ressalta que sua responsabilidade se limita à água distribuída pela empresa, “que esta água passa por controle de qualidade criterioso”. “Vale destacar que o manancial de onde a Embasa capta água para abastecer Lagoa do Boi, tem água de excelente qualidade que também abastece cerca de 50 localidades nos municípios de Araci, Tucano e Santaluz e em nenhuma delas foi registrada qualquer anormalidade que coloque em risco a saúde da população”, completa a companhia.

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