O Jornal da Cidade

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Trabalhadores informais nascidos em maio recebem hoje (21) a segunda parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.

O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.

Também hoje, beneficiários do Bolsa Família com o Número de Inscrição Social (NIS) de dígito final 4 poderão sacar o benefício.

Na última quinta-feira (13), a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da segunda parcela. O calendário de depósitos, que começou no último domingo (16) e terminaria em 16 de junho, teve o fim antecipado para 30 de maio.

Ao todo, 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada (veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo).

CALENDÁRIO DA SEGUNDA PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021

CALENDÁRIO DA SEGUNDA
PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021
CALENDÁRIO DA SEGUNDA PARCELA DO AUXÍLIO EMERGENCIAL 2021 - Divulgação Governo Federal
 

Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.

O pagamento da segunda parcela aos inscritos no Bolsa Família começou na terça-feira (18) e segue até o dia 31. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.

A digital influencer Gabriela Pugliesi compartilhou a primeira foto ao lado do novo namorado, o rapper Túlio Dek. É o primeiro relacionamento da musa desde que ela terminou o casamento com Erasmo Viana.

Os pombinhos estão curtindo uma viagem de casal por São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

A influenciadora digital e o artista postaram a mesma foto nos Stories do Instagram. "Esquece tudo o que eu disse antes", escreveu Gabriela ao mostrar o registro.

Pugliesi também interagiu com perfis que noticiaram o relacionamento. "Só Deus sabe como eu mereço, viu", comentou ela em uma das publicações no Instagram.

Esse é o primeiro relacionamento de Pugliesi desde Erasmo Viana. Recentemente, a influencer afirmou que o ex-marido "errou feio", mas que ela conseguiu perdoá-lo. Ele negou ter se envolvido com outra pessoa enquanto estava com Pugliesi.

A alta no número de casos de coronavírus em Salvador já começa a refletir na taxa de ocupação de leitos. Pelo menos quatro unidades da capital baiana, entre leitos clínicos e de UTI, já não possuem mais vagas.

Na tarde desta quinta-feira (29), segundo os dados da Secretaria de Saúde da Bahia, o Hospital Eládio Lasserre, no bairro de Águas Claras, já registrava 100% ocupação dos 10 leitos clínicos e os 10 de UTI para pacientes com covid-19. Do total de pacientes internados com maior gravidade, oito fazem uso de ventilação mecânica.

Há também registro de lotação máxima nos leitos clínicos do Hospital de Campanha do Itaigara; na UTI da Maternidade Professor José Maria de Magalhães; e nos leitos pediátricos do Hospital Municipal de Salvador.

O cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador na Rede Análise Covid-19, já havia alertado para a possibilidade da terceira onda de covid-19 no país, principalmente com a aproximação do inverno.

Se o colapso no sistema de saúde por conta da covid-19 foi evitado em fevereiro e março deste ano, ele pode chegar nos próximos meses. A média móvel de casos ativos na Bahia aumentou 13,2% em apenas um mês. Em 19 de abril, ela estava em 15.576 casos. Já em 19 de maio, chegou a 17.637.

O pico foi registrado em 27 de fevereiro, quando a média móvel de casos ativos no estado ficou em 20.582, segundo a médica epidemiologista Izabel Marcílio, coordenadora do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

O número tem aumentado progressivamente. Em 1 de abril, por exemplo, a média era de 15.646. Já no dia 15 de abril, foi para 16.139, e, em maio, passou dos 17 mil. Isso significa que o fator rt, que mede a taxa de transmissão do novo coronavírus, está acima de 1, ou seja, uma pessoa consegue infectar mais de uma, fazendo a curva subir. Se ela estivesse abaixo de 1, haveria um decréscimo, e, se fosse igual a 1, haveria estabilidade, o que não tem sido observado.

Os casos ativos são aqueles confirmados com o diagnóstico de covid-19, de pessoas com ou sem sintomas. Eles são considerados ativos, ou seja, sujeitos a infectar outra pessoa, durante 14 dias, e são calculados a partir do número de casos confirmados, subtraindo-se o número de óbitos.

Consequentemente, isso reflete na taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que variou entre 85% e 81% nesta quarta-feira (20). Das 9 regiões da Bahia, apenas duas estão com a taxa de ocupação de leitos de UTI abaixo de 80% - no Centro-Norte (77%) e no Sul (78%). No Nordeste, está em 100% - vejas todas no final da matéria. É preciso lembrar que o estado tem o dobro de leitos de terapia intensiva do ano passado, no pico da primeira onda. Hoje, são 1.598.

Os três fatores que contribuíram para esses aumentos foram os feriados do mês de abril e maio, além das flexibilizações feitas pelo governo estadual e em alguns municípios.

“O comportamento da população é que facilita ou freia a transmissão do vírus, já que é um vírus de transmissão respiratória. Coincidiu a Semana Santa e, logo em seguida, o Dia das Mães, que são dois feriados de bastante prestígio na Bahia, e que levam a aglomerações, sem uso de máscara. Somado a isso, tiveram as flexibilizações, com alguns setores de atividades sendo liberados”, esclarece Izabel Marcílio.

Apesar de voltar a decretar estado de calamidade pública no dia 1 de abril, o governo baiano flexibilizou a realização de eventos até 50 pessoas, reduziu a duração do toque de recolher, promoveu a reabertura de restaurantes e academias e permitiu a venda de bebida alcóolica no final de semana.

Esses encontros familiares, apesar de não serem como os paredões, são tão transmissíveis quanto, relembra a epidemiologista. “Os familiares são os principais motores de transmissão, porque são sempre contatos próximos e prolongados, com confraternização, comida e bebida, beijos e abraços. Se todo mundo passa a não seguir as regras e se aglomerar em locais fechados, os índices vão aumentar, não tem jeito, é matemática”, reforça Marcílio.

A coordenadora do Coes afirma que nenhuma região está com a pandemia sob controle e todas preocupam a Sesab, principalmente a Oeste, além da Região Metropolitana de Salvador (RMS), pelo contingente populacional: “Todas estão em alerta”.

A quantidade de testes realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) continua o mesmo, de 5 mil por dia. Segundo Izabel, os municípios passaram a aplicar mais testes por conta própria - seguindo as mesmas diretrizes, de só testar os sintomáticos.

Apesar disso, ela não considera que seja a terceira onda ainda, porque não saímos da segunda. O mesmo foi dito pelo coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador, Ivan Paiva (relembre aqui). “Antes da Páscoa, estávamos com 14 mil casos ativos, o que é muito, então a segunda onda ainda não acabou. A gente vinha controlando bem e, de repente, há um repique, com um novo aumento”, analisa.

Para que a situação fique sob controle, ela defende que 100% da população acima de 18 anos deva estar vacinada e o número de casos ativos seja zerado. Isso dependerá do envio de doses pelo Ministério da Saúde e da consciência da população. Ela faz um alerta para que os baianos não festejem no São João.

“Não teremos São João e, quem está pensando diferente, ficará convivendo com a dor e o sofrimento de ficar doente, está se convidando para ir para hospital, se infectar, ir para a Uti, e poderá conviver com a morte de quem ama e dele próprio, além de arrastar essa situação complicada da pandemia, que ninguém aguenta mais. Cada passo para a desobediência significa colocar esse 

Flexibilização aumentou incidência, diz médico

Para o imunologista e professor da Rede UniFTC Celso Sant’Ana, o principal motivo que levou à nova ascendência de casos de covid-19 foi a flexibilização. “Seguramente, existe uma combinação de fatores, mas o relaxamento de algumas medidas restritivas, assim como os eventos que fizeram ter aglomeração, que fazem esses casos subirem”, avalia.

Sant’Ana diz que não estava na hora de flexibilizar. “Quando caíram as mortes diárias de 4 mil para 2 mil, 1 mil e pouca [no Brasil], tivemos a falsa sensação que a pandemia estava diminuindo a intensidade, mas ainda não era a hora de flexibilizar, porque o patamar ainda é muito alto. E é uma combinação trágica, de poucas vacinas, de muitas variantes, agora com essa da Índia, que chegou no Maranhão e no Ceará, aqui do lado”, esclarece.

O imunologista explica que, mesmo vacinada, uma pessoa pode transmitir a doença - e esse é o problema. “Os estudos disponíveis demonstram que, com a primeira dose da Pzifer e da Astrazeneca, se reduz em até 50% a transmissão. Ou seja, se 100 pessoas tomaram a primeira dose da vacina, 50 continuam transmitindo. Em relação à eficácia para hospitalizações, óbitos e internações, essa proteção ultrapassa 80%, então elas são extremamente eficientes, mas, quanto à capacidade de não permitir que se transmita a doença, é só a metade, no máximo. Então mesmo vacinado, você não pode baixar a guarda” alerta.

Celso diz que ainda não há dados concretos sobre a taxa de transmissibilidade após a segunda dose. Em relação à Coronavac, os estudos ainda são parciais, mas apontam que a taxa não é maior que 50%, como a Pzifer e Astrazeneca. Além disso, ele ressalta que a imunidade total só se dá após 15 dias da aplicação da segunda injeção.

Cidades no interior têm 100% de ocupação de UTI

Algumas cidades do interior da Bahia estão com ocupação de leitos de UTI em 100%. Em Barreiras, no Extremo Oeste baiano, isso acontece desde o dia 28 de abril. Deste dia até ontem (20), só houve um dia - o dia 18 de maio, quando a taxa desceu para 94% - que o índice esteve abaixo de 100% na ocupação. Segundo a prefeitura do município, os casos e óbitos continuam aumentando e a situação é “extremamente preocupante”.

Com essa alta nos números, a prefeitura decretou a proibição do atendimento presencial do comércio e similares. A medida está em vigor do dia 13 até o dia 25, na próxima terça-feira. Somente serviços essenciais podem funcionar. O toque de recolher proíbe circulação de pessoas em vias públicas de 20h às 5h da manhã.

O sistema de saúde de Barreiras conta com uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) específica para o novo coronavírus, com 43 leitos clínicos e 10 leitos de Uti contratados com o Hospital Central. Além disso, existem mais 40 leitos de UTI no Hospital do Oeste, referência da região. A cidade tem 14.504 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 13.364 pessoas recuperadas, 871 em isolamento domiciliar, 40 internados e 228 óbitos. Outros 113 aguardam resultado do teste de covid-19.

Em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia, a ocupação também está em 100%, tanto na rede pública, quanto na rede privada. São, ao todo, 61 baianos internados. Dessas, 25 estão distribuídas na rede municipal, entre o Hospital de Campanha, o Hospital Municipal, na Unidade Municipal Materno Infantil e na Upa específica para covid-19. Na rede privada, são 22 pessoas internadas, 15 em enfermaria e sete em UTI.

Segundo a assessoria da prefeitura do município, as taxas de ocupação não ficaram abaixo de 67% desde o início do ano. Elas variam entre 80%, 97%, 100% e 67%. Para conter a disseminação do vírus, a gestão municipal tem permitido o comércio funcionar até 21h, com fiscalização intensa, e proibição de esportes coletivos. No total, são 14.652 casos confirmados, sendo 14.354 pessoas recuperadas, 78 casos ativos e 220 óbitos, segundo último boletim epidemiológico.

Em Campo Formoso, no Centro Norte, a ocupação de leitos de uti estava em 100% dois dias seguidos (18 e 19 de maio). Nesta quarta-feira (20), caiu para 71%. A cidade tem 4.736 casos confirmados, 214 pessoas aguardam resultado e 492 estão em monitoramento. Outros 278 casos encontram-se ativos e 52 pessoas morreram.

Em Irecê, também na mesma região, a ocupação do Hospital Regional, que tem 10 leitos de UTI para covid-19, está em 100%. Trinta e seis pessoas encontram-se internadas, segundo a assessoria da prefeitura. Além dessa estrutura, a cidade também tem uma Upa específica para tratar o novo coronavírus, com 21 leitos – 18 clínicos e três com ventilação mecânica, todos ocupados.

Nesta semana, Irecê atingiu o número de 100 mortes. Hoje, são 108 óbitos, além de 188 casos ativos. Dentre as medidas restritivas da região, está o toque de recolher entre 20h e 5h da manhã, e a proibição de venda de bebidas alcóolicas aos finais de semana, até a próxima segunda-feira (24).

Ocupação de leitos de UTI por região da Bahia (fonte: SEI e Sesab)
Centro-leste: 90%
Centro-norte: 77%
Extremo Sul: 95%
Leste: 85%
Nordeste: 100%
Norte: 80%
Oeste: 86%
Sudoeste: 88%
Sul: 78%
Total da Bahia: 85%

Número de casos ativos em abril e maio (fonte: Sesab)
1/04: 16.158
2/04: 15.939
3/04: 15.069
4/04: 14.287
5/04: 14.206
6/04: 13.860
7/04: 13.941
8/04: 13.937
9/04: 14.464
10/04: 14.170
11/04: 15.118
12/04: 14.594
13/04: 15.230
14/04: 15.691
15/04: 16.139
16/04: 15.627
17/04: 16.371
18/04: 16.425
19/04: 15.576
20/04: 15.760
21/04: 16.027
22/04: 15.504
23/04: 15.726
24/04: 15.571
25/04: 15.534
26/04: 15.152
27/04: 15.627
28/04: 15.483
29/04: 15.915
30/04: 15.724
01/05: 16.253
02/05: 15.803
03/05: 16.253
04/05: 15.809
05/05: 15.824
06/05: 16.073
07/05: 16.822
08/05: 16.551
09/05: 16.094
10/05: 15.091
11/05: 15.430
12/05: 16.254
13/05: 16.890
14/05: 17.622
15/05: 17.707
17/05: 16.239
18/05: 16.404
19/05: 17.637
20/05: 18.558

A WarnerMedia e a Discovery fecharam a fusão das marcas para aumentar a briga com a Netflix e a Disney. A confirmação foi feita pela AT&T, companhia de telecomunicação e dona da marca Warner. O negócio foi de aproximadamente R$ 1 trilhão, de acordo com as informações do The Verge.

No catálogo, o streaming deve contar com produções da Discovery Channel e seus outros canais: Discovery Kids, Home & Health, TLC, HGTV, Investigação Discovery, entre outros; além dos filmes e séries produzidos pelos estúdios da Warner Bros, e os canais HBO, TNT, TBS, CNN, Cinemax e Cartoon Network.

Dentre os 12 itens da cesta básica, o que mais pesou no bolso do consumidor foi o óleo de soja. Em apenas um ano, o produto subiu nada menos que 87,12% em Salvador, e o problema passou a atormentar quem trabalha com a venda de quitutes e também quem faz o consumo em casa.

Os dados que mostram o número do aumento são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que faz o acompanhamento dos preços mensalmente. A alta foi registrada entre abril de 2020 e abril 2021.

No último mês de abril, Salvador foi a capital brasileira que mais viu o preço do óleo subir nas prateleiras, com um aumento de 7,1% em comparação a março. Ele também foi o produto da cesta que mais aumentou de preço, atrás somente do café em pó, que subiu 11,15% no quarto mês do ano.

Os consumidores notaram o aumento e fizeram inclusive reclamação em supermercados. A servidora pública Bruna Santana, 43, encontrou o litro de óleo por R$ 14, no Rede Mix da Avenida Paralela, na semana passada. Ontem (19), o preço deu uma amenizada e variou entre R$ 7,90 e R$ 12, a depender da marca. Porém, esse valor está mais do que o dobro do que Bruna encontrava no início da pandemia da covid-19, de R$ 3,70.

“Não levei para casa de jeito nenhum, e ainda fiz reclamação porque achei um absurdo. É uma coisa que não justifica, era uma marca que compro sempre. Queria entender, porque o Brasil é líder em exportação de óleo, a Bahia também produz, principalmente na região do Oeste”, indaga a servidora.

Ela se sensibiliza com a baixa renda de algumas famílias e pontua que esse não seria um momento de abusar nos preços dos produtos. “Fico imaginando uma pessoa com salário mínimo ou auxílio emergencial, que agora está variando entre R$ 150 e R$ 375. Como ela está se alimentando com o óleo a R$ 12? E por que os produtores, ao invés de ajudar a população abaixando os preços, nesse problema grave que é a pandemia, quer abusar, obtendo super lucros?”, questiona Bruna.

A servidora revela que passou a consumir metade do óleo que usava para economizar no mercado e também comprou uma air fryer (fritadeira que não usa óleo). “Além de comer de maneira mais saudável, a gente economiza mais”, comenta Santana, que mora com os dois filhos no Alphaville.

O designer gráfico Caio Amaral, 25, morador do Cabula, também reduziu o consumo e deixou de fazer as receitas do final de semana.

“Tenho feito muito menos por conta deste aumento, para evitar o gasto. Eu usava muito para bolo, pão, que usa muito óleo. Eu fritava muita coisa, costumava comprar dois litros por mês e agora compro somente aquele pequeno e vou levando”, conta Amaral.

Tamanha a indignação que ele desabafou pelo Twitter: “Galera, um desabafo aqui. Não sei se vocês fazem mercado e tiram do próprio bolso, mas está cada vez mais impossível fazer isso com os preços absurdos que as coisas estão. Toda semana é um aumento diferente, o óleo está 9 reais. NOVE REAIS!”, desabafa. O tweet foi em janeiro. Hoje, o óleo já está a R$ 12.

No bairro onde mora, ele diz que não há muita saída. “Não tem como mudar de marca, porque todas estão com valores altos, não tem para onde correr. E mercado é a mesma coisa, todos praticamente trabalham com o mesmo padrão de preço”, relata.

Caio passou a usar mais margarina, como paliativo, e até misturar os dois. “Tentei burlar de todas as formas e ir levando. Mas o óleo está muito caro, é impossível não notar. Tá custando o mesmo preço de uma manteiga de primeira linha da Perini e de bairro mais nobres”, avalia Amaral.

Profissionais
A confeiteira Daniela Santos, 44, tem duas pastelarias, uma em Itapuã, onde mora, e outra no Caminho de Areia, e tem sofrido no bolso com o aumento do óleo. Ela costuma gastar quatro caixas de 24 litros de óleo por semana para fritar os pastéis. Esse custo, no início da pandemia, era de R$ 355,20. Hoje, a mesma quantidade custa R$ 864 – uma diferença de 143%.

“O óleo está muito caro e isso tem afetado os lucros, porque a gente não pode ficar aumentando o preço do pastel toda hora. A gente aumentou no início do ano, só que já aumentou o preço do óleo e a gente não pôde repassar, senão o cliente reclama e o movimento, que tá fraco, fica pior”, explica Daniela, dona da Rancho do Pastel.

Ela ainda mistura óleo com banha de porco, que também não está barata. “A banha tá caríssima, de R$ 220 o pacote de 15 litros. Não tem como escapar, todos os insumos subiram. E não dá para usar de outra marca, porque não economiza, o óleo fica escuro mais rápido, então tem que ficar trocando mais vezes”, afirma. Ela vende cerca de 500 pastéis por dia, quando o movimento é bom, e de 150 a 200, em dias mais fracos, em cada unidade, que conta com 5 a 6 funcionárias.

O aumento do óleo não foi só em Salvador, mas também na Região Metropolitana: 82,56%, nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, foi de 4,21%. Assim como o óleo, o azeite de oliva e a margarina aumentaram, mas um pouco menos: de 17,34% e 11,18%, respectivamente. No último mês, essa alta foi de 0,59% no azeite e 1,33% na margarina.

Alta do dólar em relação ao real favorece exportação
O motivo do aumento do óleo, de acordo com o IBGE, é a valorização da soja enquanto commodity no mercado externo. “Com a valorização internacional, os produtores priorizam exportação. Ficam menos grãos para o mercado interno, e o preço sobe para quem fabrica o óleo”, esclarece o Instituto.

A supervisora técnica regional do Dieese na Bahia, Ana Georgina Dias, ratifica essa tese. “Temos observado uma conjunção de fatores que fizeram os produtos aumentarem, principalmente os de exportação, como é a soja. O real está super desvalorizado em relação ao dólar, nossos produtos estão mais baratos, internacionalmente falando, e isso é um fator de atração para os compradores”, detalha a economista.

“Para quem produz soja, é mais vantajoso exportar do que vender no mercado interno e isso tem sido um fator de redução da oferta e não temos estoques reguladores. O Brasil oscila entre o primeiro e segundo país produtor e exportador de soja, e temos exportado tanto, principalmente de dezembro para cá, que estamos precisando importar soja. Pela alta desse mês, de 7,1% no preço, significa que o volume exportado está crescendo”, analisa Dias.

A Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja), no entanto, que os produtores de soja não têm relação com o aumento de preço, porque eles não determinam o preço do produto que vendem. Eles indicaram contato com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que não respondeu até o fechamento da matéria.

O óleo até chegou a abaixar de preço em fevereiro e março, mas, com a subida de abril, compensou. “No balanço dos quatro meses, ele apresentou estabilidade: em janeiro uma alta de 1,75%, em fevereiro uma queda de 5,29%, em março, queda de 3,72% e abril uma alta de 7,1%. O problema é que ele foi aumentando progressivamente, desde o ano passado, e, se tem queda em um mês, aumenta no mês seguinte”, pontua.

A principal consequência disso é a perda do valor de compra do consumidor. “Quando o preço sobe muito, para quem ganha um salário mínimo, perde o poder de compra. E a cesta básica, que é composta por produtos tão essenciais, não tem para onde reduzir e a família pode ficar em uma situação de insegurança alimentar. O salário mínimo é insuficiente”, observa a supervisora técnica do Dieese.

O tempo de trabalho para a compra de um 900 ml de óleo está em 1h36 min e o preço médio, que estava em R$4,27 em abril de 2020, está agora em R$ 7,99. Esse período de tempo era de 54 minutos há 12 meses. O preço total da cesta básica teve um aumento de 7,63% no último ano e custa R$ 457,56.

Saiba como economizar
A presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores da Bahia, Selma Magnavita, aconselha diminuir o consumo do óleo e deixar de utilizar em algumas receitas. “O arroz, que a gente sempre costuma rechear de óleo, com cebola e alho, pode deixar de fazer isso, porque, no próprio arroz, tem bastante gordura, então não precisa, tem como driblar”, orienta.

Selma ainda diz que o mesmo pode ser feito ao fritar a carne. “Com os temperos e os legumes, a própria carne frita sozinha. Nesse momento, é preciso guardar o óleo para o essencial, para aqueles cozimentos que não podemos evitar”, adiciona. Ela acrescenta que os consumidores podem deixar de fritar e priorizar refeições utilizando o forno e tentar comprar mais banha vegetal e animal, que duram mais tempo que o óleo.

A Associação Baiana de Supermercados (Abase) foi contactada, mas não se pronunciou até o fechamento dessa matéria.

Variação do preço dos alimentos da cesta básica nos últimos 12 meses (fonte: Dieese)

Carne - 4,5 kg - de R$ 128,61 para R$ 160,97(25,16%)
Leite - 6 litros - de R$ 28,62 para R$23,40 (22,31%)
Feijão - 4,5 kg - de R$ 31,05 para R$ 32,90 (5,96%)
Arroz - 3,6 kg - de R$11,16 para R$ 20,16 (80,65%)
Farinha - 3 kg - de R$11,73 para R$ 13,77 (17,39%)
Tomate - 12 kg - de R$78,96 para R$45,24 (-42,71%)
Pão - 6 kg - de R$57,18 para R$ 66,66 (16,58%)
Café - 300 g - de R$5,78 para R$ 4,71 (22,72%)
Banana - 7,5 dz - de R$41,33 para R$ 35,55 (-13,98%)
Açúcar - 3 kg - de R$7,23 para R$ 8,97 (24,07%)
Óleo - 900 ml - de R$4,27 para R$7,99 (87,12%)
Manteiga - 750 g - de R$ 25,49 para R$ 30,95 (21,42%)
Total - de R$ 425,12 para R$ 457,56 (7,63%)

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo registrou dois casos de médicos que receberam uma terceira dose de vacina contra covid. De acordo com os registros, os médicos omitiram já estarem imunizados com duas doses de vacina para conseguirem novas aplicações do imunizante como reforço. As informações são da CNN Brasil.

Os casos ocorreram nos dias 27 de março e 17 de maio. Ambos foram denunciados ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). A CNN acessou comunicados feitos pela direção da Covisa à Coordenação do Programa Municipal de Imunização pedindo orientação sobre o caso.

De acordo com os relatos, apesar de já ter recebido duas doses da Coronavac, nos dias 26 de janeiro e 26 de fevereiro, no Hospital Estadual de Sapopemba, o médico ortopedista Alexandre Felicio Pailo foi ao Mega Posto de vacinação do Clube Hebraica, no dia 17 de maio, para uma nova aplicação da vacina.

A denúncia, que também foi encaminhada ao Cremesp, indica que o médico omitiu a informação de ter recebido anteriormente as doses, e, como o sistema Vacivida, que contém os registros de pessoas vacinadas, estava oscilando, foi feito um registro manual da aplicação do imunizante, e em seguida Alexandre Felicio recebeu uma terceira dose, dessa vez, da vacina Pfizer.

“O mesmo foi questionado e orientado que, caso tivesse tomado dose anterior, não seria vacinado; porém, notando que o sistema não estava online, fez uso de tal recurso para se vacinar novamente”, disse a Direção Regional de Vigilância.

A CNN entrou em contato com o médico que confirmou ter tomado a terceira dose da vacina, mas contestou que tenha sido questionado por equipes de saúde se já havia tomado alguma dose anterior. O profissional que não quis dar entrevista, disse ser portador de doença autoimune e, por isso, não teria sido imunizado contra o novo coronavírus, mesmo com as duas doses da vacina recebidas.

Um outro caso foi registrado como erro de imunização, no dia 27 de março, em um mega drive-thru da Subprefeitura de M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. Outro ofício da Covisa, também encaminhado ao Cremesp, diz que o médico Antônio Miguel Santiago dos Santos recebeu duas doses da Coronavac, nos dias 20 de janeiro e 12 de fevereiro, na Unidade Básica de Saúde Parque Reide (UBS), em Diadema.

Ainda assim, Antônio não disse que já estava imunizado contra a doença e uma terceira dose de Coronavac também foi aplicada novamente com a justificativa de instabilidade no sistema de registro de controle.

“No entanto, a UBS constatou que o usuário está ciente da sua prática, ou seja, ter mais de duas doses da vacina Covid-19 de forma intencional, visto ter realizado contato telefônico na UBS Zumbi dos Palmares, com o tom de intimidação informando que irá receber a 4ª dose (seja na UBS ou em qualquer lugar do MSP). Diante do exposto, encaminhamos o presente para as medidas cabíveis pertinentes a este conselho”, diz o coordenador da Covisa.

O médico Antônio dos Santos não foi localizado para comentar o caso. O Cremesp confirma que recebeu duas denúncias e apura os casos. As investigações correm sob sigilo por determinação da lei.


Em nota, a Prodesp, empresa de Tecnologia do governo de São Paulo e responsável pelo desenvolvimento do Vacivida, diz que, para garantir que a imunização seja feita por doses do mesmo fabricante, a plataforma possui trava que impede inclusive o registro de dose adicional. O órgão destacou que, mesmo diante de eventuais lentidões sistêmicas, a recomendação do governo é que o registro das doses seja feito posteriormente, de forma correta, e que a responsabilidade é de cada município.

O Ministério da Saúde divulgou uma nova recomendação de vacinação para gestantes e puérperas - incluindo as sem fatores de risco adicionais - que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. De acordo com o comunicado divulgado pela pasta nesta quarta (19), as grávidas devem aguardar o fim da gestação e do período puerpério (até 45 dias pós-parto) para receber a segunda dose e completar o esquema vacinal com o mesmo imunizante.

Além disso, a recomendação da pasta é de que apenas gestantes e puérperas com comorbidades sejam vacinadas contra a Covid-19. E somente com a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, ou a vacina da Pfizer/BioNTech.
Mesmo que não tenham doenças pré-existentes, grávidas e puérperas que já tenham recebido a primeira dose da vacina do Butantan ou da Pfizer, devem completar o esquema com o mesmo imunizante, no intervalo recomendado de quatro e 12 semanas, respectivamente.

A orientação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), após a suspensão temporária do uso do imunizante para esse público, por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 10 de maio, mais de 15 mil grávidas foram vacinadas com o imunizante da AstraZeneca no Brasil. A suspensão ocorreu após um “evento adverso grave”, quando uma grávida morreu após se vacina. No entanto, a possível relação com a vacina ainda é analisada. Antes da suspensão, 21 grávidas receberam vacinas de Oxford em Salvador.

Ministério pede atenção para sintomas

Ainda de acordo com a pasta, gestantes e puérperas que já receberam a vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz devem procurar atendimento médico imediato se apresentarem, nos 4 a 28 dias seguintes à vacinação, sintomas como falta de ar; dor no peito, inchaço na perna, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência, ou pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.

O Ministério da Saúde ainda destaca que o benefício das vacinas em gestantes e puérperas se mantém favorável, e afirma que considerando que o risco de morte por covid-19 no Brasil foi 20 vezes superior ao risco de ocorrência de tromboses, em 2021.

Ainda de acordo com a pasta, as gestantes e puérperas pertencentes a outros grupos prioritários (trabalhadoras da saúde ou de outros serviços essenciais, por exemplo), poderão ser vacinadas após avaliação individual de risco e benefício a ser realizada em conjunto com o seu médico.

Os Ministérios Públicos estadual e Federal do estado da Bahia recomendaram nesta quarta-feira (19), à Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) que sigam os critérios técnicos de prioridade da vacinação contra a Covid-19 previstos no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da imunização.

Foi recomendado que a CIB não aprove e a SMS não execute a vacinação de quaisquer grupos não previstos no PNO como prioritários, em razão de possível violação ao princípio da equidade. Isso ameaçaria, por exemplo, a vacinação de jornalistas e profissionais da comunicação com idade superior a 40 anos, que foi aprovada na reunião que aconteceu durante a última terça (18).

Na recomendação, os MPs destacam que os grupos prioritários para a imunização foram definidos pelo Ministério da Saúde, afirmando que a inclusão de novos grupos pelo Estado, não previstos no PNO, viola a regra de prioridades prevista no Plano Nacional.

Segundo o documento, as autoridades precisam seguir critérios técnico-científicos para fundamentar suas decisões no contexto da pandemia, “sendo este um parâmetro que deve balizar, sobretudo, as decisões relativas à imunização da população contra a Covid-19”.

A recomendação se baseia em trecho da Reclamação nº 47.398, ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República, no qual se afirma que as autoridades locais não estão permitidas a estabelecer “critérios próprios e casuísticos para inversão ou alteração de prioridades” no PNO, sendo sua autonomia reservada a “ajustes finos (e.g. dentro dos grupos) adequados à realidade local, jamais para subversão das diretrizes alocativas científicas e nacionais quando ausente qualquer singularidade epidemiológica ou populacional em seu território”.

Na recomendação, os MPs afirmam que “embora se reconheça a importância da atividade dos profissionais de comunicação, há outras categorias igualmente relevantes não contempladas no PNO, vulnerando o princípio da equidade do Sistema Único de Saúde”.

Foi recomendado também que a CIB apresente os critérios técnico-científicos utilizados para incluir os novos grupos prioritários para a campanha de imunização, antes de iniciar a vacinação.

Além disso, pedem que se atenha rigorosamente aos critérios técnicos de prioridade na campanha, deixando de publicar Resolução que preveja novos grupos prioritários não contemplados pelo Plano Nacional, em razão de possível violação ao princípio da equidade; e que deixe de aprovar a vacinação de quaisquer grupos não previstos no PNO como prioritários, antes de garantir a vacinação integral daqueles já incluídos no referido Plano. A CIB e a SMS dispõem de 24 horas para responder se acatarão ou não o teor da recomendação.

Em entrevista à Rádio Metrópole, o secretários da saúde de Salvador se manifestou sobre o imbróglio. Léo Prates afirmou ter recebido a notificação e confirmou uma reunião entre a SMS com o MP e MPF na próxima quinta (20).

"Neste momento, os jornalistas não fazem parte do Plano Nacional de Imunização. Teremos amanhã uma reunião com o MP para saber o embasamento legal e jurídico para a não inclusão de novas categorias. Aprovamos com unanimidade, mas temos essa discussão legal com o Ministério Público", disse.

O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se manifestou contrário à recomendação e agendou uma reunião com o MP-BA também para a manhã de quinta (20). Presidente do Sindicato, Moacy Neves disse ao CORREIO que a ideia é apresentar os critérios e números que embasam a inclusão de profissionais da comunicação no plano de imunização em todo o estado.

"Vamos explicar os motivos. Temos um jornalista morrendo por dia no Brasil em 2021. Foram 79 mortes em 2020 e pulou para 134 mortes até maio de 2021. A média é de uma morte por dia no país", disse Moacy.

Por fim, o Sinjorba alega que vai apresentar um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontando que os setores de comunicação e informação foi o terceiro segmento com mais desligamentos por mortes entre 2020 e 2021 - atrás, apenas, de médicos e funcionários de eletricidade e gás.

Entre janeiro e março de 2020, foram 194 registros de desligamento por morte de profissionais da comunicação. No mesmo período deste ano, o número saltou para 435. Quando se considera todo o ano passado, foram 259 óbitos: um aumento de 114,6% quando se compara os primeiros trimestres de cada ano.

O laboratório chinês Sinovac reduziu em mil litros a previsão de entrega da matéria-prima da vacina esperada pelo Instituto Butantan para retomar a produção da CoronaVac.

Em vez dos 4 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) planejados pelo governo paulista para o dia 26, devem desembarcar 3 mil de litros em São Paulo, o que é suficiente para fabricar 5 milhões de doses do imunizante.

A partir do momento da chegada da matéria-prima, o Butantan leva 20 dias para entregar a vacina envasada para o Ministério da Saúde. A cadeia de produção da CoronaVac está parada desde o dia 14, quando foi entregue o último lote do imunizante.

A redução no envio de IFA foi comunicada pelo laboratório chinês na terça-feira e confirmada nesta quarta-feira pelo diretor do Butantan, Dimas Covas. Se chegassem os 4 mil litros, o instituto poderia entregar 7 milhões de vacinas.

— Com isso, essa expectativa de entrega de 12 milhões para o ministério (da Saúde em maio) não se cumprirá e aguardamos a próxima remessa de matéria-prima — concluiu.

Apesar disso, Dimas disse acreditar que conseguirá cumprir o contrato com o Ministério da Saúde, que prevê um total de 54 milhões de doses até o fim de setembro.

O governador João Doria (PSDB) tem dito que o atraso na entrega da matéria-prima é motivada pelas declarações do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos sobre a China consideradas agressivas. O governo federal nega.

Questionado sobre o assunto no último domingo, o minsitro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que Bolsonaro tem "excelente relação" com a China e outros países parceiros.