O Jornal da Cidade

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Com a alta da covid-19 na Bahia, algumas cidades estão voltando com a obrigatoriedade da máscara de proteção. Esse é o caso de Itabuna que, nesta terça-feira (5), retornou com a determinação no município.

O prefeito da cidade, Augusto Castro (PSD), determinou que o uso da máscara é obrigatório em hospitais e unidades de saúde, transporte público, além dos locais de acesso como rodoviária, estação de embarque e desembarque, salões de beleza e centros de estética, bares, restaurante, lanchonetes e similares, igrejas, escolas e universidades.

Além disso, ambientes fechados como teatro, cinemas, museus, parques de exposição e similares também estão entre os locais obrigatórios para o uso da máscara. Pessoas com sintomas gripais, com tosse, dor de garganta, espirro, problemas respiratórios e até quem teve contato com outras pessoas sintomáticas, devem usar a máscara.

O decreto também avisa que pessoas que tiveram contatos com outras que já tiveram confirmação da Covid-19, mesmo em casos assintomáticos, são obrigadas a usar a máscara por 14 dias consecutivos.

O Ministério da Saúde abriu nesta terça-feira (6), consulta pública que trata da incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a menores de 5 anos contra a covid-19. Segundo a pasta, as manifestações podem ser enviadas até o dia 15 de dezembro, pelo site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). “O período de contribuição terá duração de 10 dias devido à relevância do tema e qualquer pessoa pode participar. Essa etapa faz parte de todos os processos de incorporação analisados pela Comissão”, ressaltou a pasta em nota.

Atualmente, no caso da faixa etária entre 6 meses e menores de 3 anos, a vacina da Pfizer é recomendada para as crianças com comorbidades. A Conitec deu recomendação preliminar favorável à incorporação. Após a consulta pública, o tema volta para a Comissão para o parecer final.

Na Bahia, nas últimas 72 horas, foram registrados 3.297 casos de covid-19, 3.684 recuperados e duas mortes.

Dos 1.727.338 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.688.765 já são considerados recuperados, 7.694 encontram-se ativos e 30.879 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.

O boletim epidemiológico desta segunda-feira (5) contabiliza ainda 2.061.426 casos descartados e 364.409 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até às 17 horas desta segunda-feira.

Na Bahia, 69.905 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Vacinação

Até o momento a Bahia contabiliza 11.711.603 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.874.536 com a segunda dose ou dose única, 7.573.515 com a dose de reforço e 2.747.554 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 1.074.642 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 742.851 já tomaram também a segunda dose. Do grupo de 3 a 4 anos, 66.640 tomaram a primeira dose e 26.814 já tomaram a segunda dose. Do grupo de 6 meses a 2 anos, 1.469 tomaram a primeira dose.

A estudante de enfermagem Stefani Firmo, 23, que foi esfaqueada no rosto enquanto dormia em uma viagem de ônibus entre Recife e Salvador, no dia 29 de novembro, precisou levar 18 pontos no rosto. Ela estava voltando da capital pernambucana, onde tinha ido realizar uma prova de residência em Enfermagem, acompanhada de uma amiga, quando sofreu o ataque. Por volta das 5h da manhã, Stefani acordou com o rosto sangrando e entrou em alerta.

“Na hora, eu fiquei sem entender. Primeiro eu pensei que fosse um objeto de cima do ônibus que tinha caído, alguma bagagem, não sei. Mas eu verifiquei que nem bagagem tinha em cima e a primeira reação foi pedir ajuda”, conta.

O ônibus da empresa Expresso Guanabara, que realizava o trajeto, passava pelo município do Conde no momento do ocorrido. Stefani havia embarcado às 18h15 do sábado (28) e tinha pretensão de chegar em Salvador às 7h40. Da capital baiana, o plano era seguir até Itabuna, onde mora, mas a chegada precisou ser adiada depois do que aconteceu.

A jovem conta que essa era apenas a sua quarta viagem de ônibus na vida. Na primeira vez, indo de Salvador para Belo Horizonte, ela ficou tensa e compartilhou diversas vezes sua localização com a mãe. Depois de passar pela experiência outas vezes, a estudante afirmou ter ficado mais tranquila quando embarcou em Recife rumo a Salvador. “À noite, inclusive, era a viagem que eu preferia fazer, porque eu pensava ‘é melhor porque eu durmo, acordo e estou no destino”, relata.

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Adolfo Menezes (PSD), convocou uma sessão extraordinária para esta terça-feira (6), às 15h, para apreciar o projeto de lei que prevê a revisão das pensões de familiares de militares. A sessão será realizada em formato híbrido, presencial e virtual.

O Projeto de Lei nº 24.562/2022, de autoria do Poder Executivo, que trata da pensão militar no âmbito do Estado da Bahia, está em tramitação na Alba desde abril deste ano e já foi adiada diversas vezes. Entre as novidades da proposta está a previsão do fim da modalidade exclusivamente vitalícia da pensão, para o pagamento dos valores devidos de acordo com a idade dos viúvos.

Caso seja aprovado, os cônjuges com menos de 21 anos passarão a receber pensão por apenas três anos. Entre 21 e 26 anos de idade, o tempo de recebimento chega ao máximo de seis anos. Na sequência, o período de 10 anos de recebimento se torna exclusivo para esposas ou maridos de 27 a 29 anos.

O ciclo aumenta para 15 anos caso a pessoa tenha de 30 a 40 anos de idade. Para receber o benefício por duas décadas, será necessário ter entre 41 e 43 anos de idade. Sendo assim, o auxílio vitalício passa a ser concedido apenas para os viúvos que tenham 44 anos ou mais. A proposta, no entanto, não tem agradado a categoria.

Também conta na pauta de votação desta terça (6) o Ofício nº 2.933/2021, enviado pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) e que trata da prestação de contas e do relatório anual de atividades do órgão em 2020.

Tudo estava seguindo como o imaginado, mas às 4h30 Stefani despertou e decidiu ir até a poltrona que sua amiga estava. Ela pediu um remédio para dor de garganta e retornou para sua poltrona. Enquanto se acomodava, a jovem afirma ter sentido um leve puxão no seu cabelo, vindo da direção da poltrona atrás da sua.

“Eu coloquei o cabelo para o lado, peguei a coberta e me cobri até o pescoço, que é o jeito que eu durmo. E dormi com os óculos. Foi o que me protegeu”, diz ela.

Cerca de meia hora depois, Stefani acordou sentindo uma batida e um peso no rosto. Assim que percebeu que sangrava, pediu ajuda a amiga, que dormia, assim como todos os demais passageiros. A única exceção, segundo a vítima, era a mulher na poltrona atrás da sua, que estava acordada e ficou impassível diante da movimentação.

“Ela olhou para mim, me viu sangrando, mas foi totalmente fria, apática, não esboçava nenhuma reação. Olhou para mim, virou o rosto e seguiu”, relembra.

De acordo com Stefani, a primeira vez que viu a mulher foi no momento do embarque. Quando todos os passageiros se mobilizaram para chamar a atenção do motorista, a falta de reação da mulher fez com que a estudante e sua amiga a vissem como suspeita. “Minha amiga foi lá perguntar se ela tinha visto se alguma coisa tinha caído em cima de mim e ela simplesmente disse que nem sabia o que estava acontecendo”.

Agora, Stefani conta que está procurando um dermatologista para minimizar a cicatriz, embora acredite que as marcas do trauma não vão ser esquecidas tão cedo. “A sensação maior é de que a suspeita poderia estar fazendo isso para me matar. O intuito foi para ser até o pescoço, mas não conseguiu por conta do edredom. Foi livramento”, resume.

A jovem ainda contou que não pretende andar de ônibus nunca mais em razão do sentimento de insegurança. Conforme a Polícia Civil, uma faca foi localizada com uma passageira, mas, segundo Stefani, ainda foi visto no ônibus que a suspeita carregava um alicate e uma tesoura.

“A ficha está caindo aos poucos. Hoje eu sinto que acordei mais para baixo, meio cansada. Eu quero que isso acabe. Fica um alerta para a rodoviária se preocupar com a questão da segurança a partir de um detector de metais, de uma rigorosidade para que o passageiro possa embarcar com maior segurança”, finaliza.

De acordo com a Expresso Guanabara, empresa da linha de ônibus que fazia o trajeto entre Recife e Salvador, as imagens da câmera do ônibus foram enviadas à Polícia Civil da Bahia no último sábado (3), conforme pedido da autoridade policial para dar continuidade à apuração dos fatos. A empresa não respondeu se há pretensão de reforço dos procedimentos de segurança e somente informou estar colaborando com tudo o que lhe compete no caso.

A Polícia Civil comunicou que a Delegacia de Proteção ao Turista de Conde já está com as imagens do circuito interno de segurança do ônibus interestadual e que estas serão analisadas, podendo auxiliar na identificação da autoria. Ainda, informou que alguns passageiros foram ouvidos na unidade especializada e as guias periciais foram expedidas. Os laudos são aguardados e caso seja comprovada a autoria, a mulher poderá ser indiciada por lesão corporal.

O governo baiano instalou nesta segunda-feira (5) o Comitê de Crise - Operação Chuva, que deve atender às demandas causadas pelas fortes chuvas no estado. O comitê reúne representantes de diversos órgãos do Estado, com comunicação direta com os 417 municípios baianos.

Também nesta segunda-feira, o secretário da Casa Civil, Carlos Mello, se reuniu com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, coronel Adson Marchesine, e com o superintendente de Defesa Civil da Bahia, coronel Miguel Filho, para definir detalhes logísticos da operação.

Até agora, 17 dos 19 pontos de interrupção de tráfego nas rodovias baianas por conta da chuva já foram desbloqueados pela Secretaria Estadual de Infraestrutura, que está no comitê.

Segundo o coronel Miguel Filho, até o momento, 17 municípios já decretaram situação de emergência. “Temos 52 municípios que foram atingidos. Se a gente for ver a população afetada, foram mais de 65 mil pessoas”, lembra.

Ainda fazem parte do comitê as secretarias de Infraestrutura de Transporte, Energia e Comunicação (Seinfra), da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), da Administração (Saeb), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), de Segurança Pública (SSP), da Saúde (Sesab) e a Casa Civil. Participam, ainda, a Polícia Militar, inclusive a Casa Militar do Governador, o Corpo de Bombeiros Militar, Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento do Estado (Cerb) e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

Corpo de Bombeiros
Outro destaque da operação é a montagem de postos avançados do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. O comandante-geral dos Bombeiros, coronel Adson Marchesini, informa que foram montados cinco postos de comando, em Ilhéus, Barreiras, Jequié, Itabuna e em Teixeira de Freitas.

“Caso venha a ocorrer a necessidade de outro município, montaremos outro. São comandos de pronta resposta, imediata, à enchente, independente das nossas unidades operacionais no interior. Assim, o Corpo de Bombeiros se reforçou para estar pronto. Essa operação foi iniciada desde a semana passada e estaremos prontos para que, caso ocorram incidentes, o Corpo de Bombeiros esteja pronto para dar uma resposta rápida e evitar a morte dos baianos", diz.

Infraestrutura
O superintendente de Infraestrutura e Transporte da Bahia, Saulo Pontes, explicou que, desde o dia 26 de novembro, já houve 19 pontos de rodovias estaduais interrompidos no Estado, sendo que quatro foram pontes. “Hoje, praticamente, só estamos com dois pontos interrompidos, em 17 já foi liberado o tráfego, de forma imediata", afirmou.

Segundo ele, os dois pontos que faltam, localizados no extremo-sul, na BA 126, na altura dos distritos de Itabrasil, Bisogue e Boqueirão, devem ser desinterditados ainda hoje, e a BA-690, que liga Vereda à BA-284, no distrito de Pirajá, próximo a Itamaraju.

Saúde
A servidora da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Imeide Pinheiro dos Santos, está acompanhando os trabalhos no Centro de Integração. Ela informa que as principais doenças registradas em casos de enchente são leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas, entre outras.

"A Saúde já está totalmente articulada para identificar a necessidade de insumos, medicamentos, necessidade de solicitação de kits de medicamentos, através desse programa de populações expostas. Atualmente, para Prado, já foi liberado um kit de medicamentos que cobrem 500 pessoas por um período de três meses, e temos três municípios que estão em processo de solicitação, Itambé, Dário Meira e Ipiaú", afirma.

O time reserva do Brasil não se mostrou suficiente diante de Camarões, mas o objetivo foi cumprido. Já classificada, a Seleção poupou seus titulares, foi castigada por não definir o jogo e perdeu por 1x0 no estádio Lusail, nesta sexta-feira (2). Resultado que, ainda assim, manteve a equipe canarinho no primeiro lugar do Grupo G da Copa do Mundo, no Catar.

O resultado tirou a invencibilidade dos pentacampeões, que estacionaram nos seis pontos, mas o Brasil avançou às oitavas de final na liderança graças ao saldo de gols melhor do que a Suíça (2 contra 1), que ganhou da Sérvia por 3x2 e ficou com a segunda posição. Camaroneses e sérvios foram eliminados e voltam para casa.

Agora, a Seleção se prepara para enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final. A partida será segunda-feira, às 16h, no estádio 974, em Doha. Quem avançar terá pela frente o vencedor de Croácia x Japão nas quartas de final.

A maior preocupação do jogo foi a lesão de Alex Telles, que deixou o campo chorando durante o segundo tempo, com dor no joelho direito após um choque com o camaronês Andre-Frank Zambo. Imagens da câmera de transmissão mostraram o lateral esquerdo no banco de reservas já iniciando tratamento com gelo.

Após a lesão de Alex Telles, o zagueiro Marquinhos foi quem entrou no jogo. O problema deve forçar o Brasil a acelerar a recuperação de Alex Sandro para as oitavas. Entre os laterais, apenas Daniel Alves, o mais velho (39 anos), não teve problemas físicos até agora.

Primeiro tempo
Como esperado, o Brasil foi escalado por Tite apenas com reservas. Todos os titulares começaram no banco, com exceção dos lesionados Danilo, Alex Sandro e Neymar. Mais cedo, o camisa 10 trabalhou com bola no hotel da Seleção, enquanto os laterais foram ao CT. Depois, os três acompanharam a partida in loco, no estádio Lusail.

Os reservas do Brasil até queriam mostrar serviço, e dominaram as ações no primeiro tempo. Antony, Martinelli e Rodrygo lideraram a Seleção, com o atacante do Arsenal sendo quem mais deu trabalho ao goleiro Epassy.

A primeira grande chance de Martinelli veio aos 13 minutos: Fred recebeu de Daniel Alves na intermediária, e mandou na medida para o camisa 26, na segunda trave. Ele deu a cabeçada, mas Epassy fez uma grande defesa.

Aos 20, Camarões viu Choupo-Moting acionar Tolo na esquerda, e o lateral cruzou, forte. Mas Ederson estava atento, se esticou e espalmou. Foi uma das pouquíssimas chances dos africanos, que só voltaram a aparecer com perigo no fim da etapa inicial.

Enquanto isso, o Brasil teve chance com Fred, com Fabinho, com Gabriel Jesus. Em um intervalo de quatro minutos, a Seleção ainda ganhou duas cobranças de falta, mas Rodrygo mandou na barreira, enquanto Daniel Alves chutou por cima do gol. Aliás, a comissão técnica brasileira reclamou de faltas pesadas do time camaronês no primeiro tempo, e os jogadores do Brasil reclamaram entre eles das entradas do rival.

Aos 37, Martinelli apareceu mais uma vez: avançou no meio-campo e sofreu falta de Fai (e até perdeu a chuteira), mas Fred ficou com a bola, e o árbitro deu a vantagem. O volante acionou Antony, que cortou e bateu colocado, para a defesa de Epassy.

O próprio Martinelli ficou com sobra na entrada da área, aos 45, e bateu firme no gol, só que o goleiro de Camarões salvou de novo. Na sequência, Antony cobrou escanteio ajeitando para Rodrygo, que chutou de primeira na rede, mas pelo lado de fora.

No fim, aos 47, Ederson foi obrigado a trabalhar de verdade. Mbeumo recebeu cruzamento, livre na segunda trave, e mandou de cabeça. A bola quicou no chão antes de ir ao gol, e o goleiro do Brasil fez uma defesaça.

Segundo tempo
Querendo a vitória para ter a chance de avançar, Camarões voltou do intervalo dando susto. Aos 5 minutos do segundo tempo, Aboubakar recebeu a bola ajeitada e bateu cruzado, com muito perigo.

Depois de Camarões incomodar, o Brasil voltou a tomar conta do duelo, por volta dos 10 minutos. A Seleção passou a acumular chances, com oportunidades de Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Militão. Mas o goleiro Epassy fez defesas importantes, e impediu o gol canarinho.

Tite começou a fazer mudanças, e colocou Bruno Guimarães, Everton Ribeiro, Marquinhos, Pedro e Raphinha. O Brasil tinha alto volume, mas não conseguia definir as jogadas.

Aos 46 minutos, o placar foi aberto... por Camarões. Mbekeli recebeu a bola na direita, e cruzou na medida para Aboubakar. Ele cabeceou no cantinho de Ederson, sem dar chances para o goleiro brasileiro. O atacante tirou a camisa na comemoração e, como já tinha um cartão amarelo, foi expulso.

O Brasil foi para cima nos minutos finais, querendo manter a invencibilidade. Mas a equipe finalizou mal, e acabou derrotada no estádio Lusail.

FICHA TÉCNICA

Camarões 1x0 Brasil - Copa do Mundo (3ª rodada)

Camarões: Epassy, Fai, Wooh, Ebosse e Tolo; Anguissa, Kunde (Ntcham) e Ngamaleu (Mbekeli); Mbeumo (Toko Ekambi), Choupo-Moting e Aboubakar. Técnico: Rigobert Song.

Brasil: Ederson, Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles (Marquinhos); Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo (Everton Ribeiro); Antony (Raphinha), Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus (Pedro). Técnico: Tite.

Local: estádio Lusail, no Catar
Gol: Aboubakar, aos 46 minutos do segundo tempo;
Cartão amarelo: Tolo, Kunde e Fai, de Camarões; Militão e Bruno Guimarães, do Brasil;
Cartão vermelho: Aboubakar, de Camarões;
Público: 85.986 torcedores pagantes;
Arbitragem: Ismail Elfath, auxiliado por Kyle Atkins e Corey Parker (trio dos Estados Unidos);
VAR: Alejandro Hernandez (Espanha)

Pelo menos uma em cada cinco cidades brasileiras relata falta de doses para vacinar crianças de 3 a 11 anos contra a covid-19, de acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) entre o dia 22 e a segunda-feira, dia 28. O levantamento também aponta que a maioria teve aumento de casos da doença e de procura por testes e volta da recomendação de máscaras.

"É fato que até o momento temos a vacinação como a maior arma contra a covid-19, seguida das medidas de distanciamento social e proteção individual, como a máscara, por exemplo. E notamos pela pesquisa que essas medidas já começaram a ser adotadas por grande parte dos municípios que enfrentam alta na disseminação da doença", explica Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

A pesquisa ouviu 1.970 municípios na última semana de novembro. Dentre os 416 que apontaram falta de vacinas para o público infantil dos 3 aos 11 anos, a maioria está no Nordeste (31,5%), seguida por Centro-Oeste (26,9%), Sudeste (19,4%), Sul (17,5%) e Norte (10,8%). A maioria (85,1%) diz não ter estoque suficiente da Coronavac, o único produto autorizado para crianças de 3 e 4 anos. Uma parcela de 152 cidades (36,5%) também relata falta da Pfizer infantil, destinada ao público de 5 a 11 anos. Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde enviou um lote de doses da Coronavac para serem distribuídas aos Estados e municípios, mas as secretarias alegam que a quantidade foi baixa para a demanda

No Recife, a vacinação em crianças de 3 e 4 anos foi suspensa na própria quarta e, segundo a prefeitura da capital pernambucana, dois ofícios foram enviados ao governo federal, cobrando remessas prometidas, mas nenhum deles foi respondido. Esta foi a segunda vez em um mês que a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) precisou suspender a imunização. Após a primeira interrupção, no início de novembro, o governo federal enviou 1,3 mil doses, que já se esgotaram. Apenas 27,27% das crianças de 3 e 4 anos moradoras da cidade conseguiram a imunização até o momento.

Sem dose
O Rio de Janeiro também suspendeu a primeira aplicação da vacina em crianças de 3 e 4 anos, por causa "da pequena quantidade de doses recebidas na última remessa enviada pelo Ministério da Saúde", segundo nota da Secretaria de Saúde. Na capital fluminense, o estoque enviado foi redirecionado para completar o esquema vacinal com a segunda aplicação, em unidades específicas.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a vacinação segue normalmente, mas que tem aplicado a Coronavac apenas em crianças de 3 e 4 anos, enquanto as demais até os 11 anos têm recebido a dose pediátrica da Pfizer. A pasta afirma aguardar o envio de novos lotes pelo governo federal, mas ainda não há data prevista de quando isso deve acontecer.

Autorização
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a vacina Comirnaty, produzida pela Pfizer, para crianças dos 6 meses aos 4 anos de idade. No entanto, a Coronavac continua a ser o único imunizante incorporado pelo Ministério da Saúde para crianças de 3 e 4 anos. A Pfizer afirmou que foram entregues 24 milhões de doses da sua vacina pediátrica contra a covid para serem aplicadas em crianças de 5 a 11 anos. O último lote, enviado em agosto com 2,06 milhões de doses, tem validade até janeiro. A empresa reforça ainda que "tem capacidade de produção para fornecer mais vacinas" e "atender às necessidades do país".

O Instituto Butantan informou ter repassado um total de 12 milhões de unidades da Coronavac ao Ministério da Saúde neste ano. Desde o dia 10, quando fez a entrega do último lote adicional de 1 milhão de doses solicitadas pelo Ministério da Saúde, o instituto não foi mais procurado pelo governo federal. Pelo menos 2,6 milhões de doses já foram produzidas neste trimestre e estão prontas para a entrega, com validade de um ano, diz o Butantan.

O infectologista Júlio Croda, da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, destaca que essa falta de vacinas pode apresentar um risco aumentado de hospitalização e óbito para as crianças, visto que elas compõem o segundo grupo de maior risco de internações em UTI. "O covid é a doença imunoprevenível que mais matou crianças nessa faixa etária, mais do que qualquer doença que é prevenível por vacina" diz o médico, que ressalta que as mortes estão associadas à falta de esquema vacinal completo. Para mitigar o problema, destaca a importância de se adquirir e distribuir mais imunizantes.

Procurado pela reportagem, o ministério negou que haja desabastecimento de vacinas e afirmou que elas "são enviadas de maneira proporcional e igualitária". Não foi enviada uma previsão de quando novas remessas devem ser enviadas via Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo o presidente da CNM, a entidade vai remeter um ofício ao governo federal "para apresentar os dados da pesquisa e buscar soluções".

Transição
Como o Estadão mostrou, a equipe responsável pela transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou na última semana que a administração de Jair Bolsonaro ainda não havia comprado as doses necessárias para manter a imunização contra a covid no País em 2023.

Anteriormente, a precariedade dos dados disponíveis fez com que o Tribunal de Contas da União (TCU) informasse ao grupo de transição que não era possível nem avaliar o cumprimento de metas de imunização no País. Um documento aponta que faltam dados de morbidade (doenças adquiridas) e mortalidade relacionados à síndrome pós-covid 19. A falta de informações "pode afetar o planejamento das políticas de saúde, em razão do número elevado de possíveis casos", diz. (Colaborou Stéphanie Araújo, Especial Para o Estadão)

A camisa amarela vai ficar guardada. No terceiro jogo da Copa do Mundo do Catar, o Brasil entrará em campo vestindo azul. Depois de usar o uniforme principal nas vitórias contra Sérvia e Suíça, a Seleção Brasileira precisará adotar a segunda opção nesta sexta-feira (2), às 16h, no estádio Lusail, quando enfrenta Camarões, no encerramento da fase de grupos.

Como a equipe africana é a mandante do jogo, tem o direito de escolher o uniforme que vai utilizar. Camarões jogará com sua camisa principal, que tem a cor verde como predominante, além de amarelo e vermelho em detalhes. Por isso, o Brasil vai estrear a camisa azul na Copa do Catar.

O Brasil já está classificado às oitavas de final do Mundial. Mesmo que não estivesse, não haveria problema com superstição, já que o retrospecto da camisa azul é bastante positivo.

Diante de Camarões, a Seleção Brasileira vai usar o uniforme azul em Copas do Mundo pela 12ª vez. Com ela, a equipe acumula até aqui oito vitórias, um empate e duas derrotas. Foram 25 gols marcados e 17 sofridos.

Dentre os triunfos com a camisa azul em Copas do Mundo, o maior destaque vai para a final do Mundial de 1958 contra a anfitriã Suécia, quando a Seleção Brasileira comemorou o primeiro título mundial brasileiro: 5 x 2.

Vale registrar também a vitória diante da Holanda (3x2), nas quartas de final, e contra a Suécia (1x0), na semifinal, do tetracampeonato de 1994, na Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos. Teve também a vitória contra a Inglaterra (2x1), nas quartas de final do pentacampeonato em 2002.

Confira a seguir todos os jogos disputados pelo Brasil em Copas do Mundo com a camisa azul:

Brasil 6 x 5 Polônia - Copa do Mundo de 1938

Brasil 5 x 2 Suécia - Copa do Mundo de 1958

Brasil 2 x 1 Argentina - Copa do Mundo de 1974

Brasil 0 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1974

Brasil 3 x 1 Polônia - Copa do Mundo de 1978

Brasil 1 x 1 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 3 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 1994

Brasil 1 x 0 Suécia - Copa do Mundo de 1994

Brasil 2 x 1 Inglaterra - Copa do Mundo de 2002

Brasil 1 x 2 Holanda - Copa do Mundo de 2010

Brasil 2 x 0 Costa Rica - Copa do Mundo de 2018

Em um intervalo de menos de seis horas, o governo de Jair Bolsonaro (PL) desbloqueou e voltou a bloquear os recursos das universidades e institutos federais. Como o Estadão revelou no início da tarde, R$ 344 milhões tinham sido liberados para uso das instituições pelo Ministério da Educação (MEC). Antes que a verba pudesse ser usada para qualquer pagamento, o Ministério da Economia, no entanto, fez novo bloqueio no fim da tarde desta quinta-feira, 1.

Durante o dia, os reitores já temiam que o dinheiro pudesse ser cortado novamente e corriam para empenhá-lo. Mas não imaginavam que o novo corte viria tão rapidamente. Nenhum pagamento foi realizado.

Reitores ouvidos pelo Estadão se disseram estupefatos com o ocorrido, que classificam como "molecagem" e "bagunça" do governo. Também afirmam que a situação financeira das universidades está insustentável e que não terão condições de pagar contas e bolsas de estudantes até o fim do ano. Procurado, o Ministério da Educação (MEC) não respondeu à reportagem.

O bloqueio inicial dos recursos às universidades federais havia sido feito na segunda-feira, 28. A medida tinha travado cerca de R$ 1,4 bilhão na área da Educação, sendo R$ 344 milhões de universidades. Nesta quinta-feira, as instituições passaram a ter os recursos disponíveis em seus sistemas às 11 horas.

As universidades não conseguem precisar ao certo qual o valor do novo corte feito pelo Ministério da Economia; só é possível visualizar nesta sexta-feira, 2, no sistema federal. Reitores temem que o valor possa ser ainda maior que o inicial.

Segundo fontes, o MEC havia entendido que não era sua competência fazer o bloqueio e devolveu a verba às instituições. Mas a secretaria de orçamento federal, da Economia, promoveu o corte do orçamento.

Em mensagem ao qual o Estadão teve acesso, o presidente da associação que reúne reitores das federais (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, que é reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), recomendou às instituições "não cancelar nenhum empenho" "Como nada tem sido fácil para os gestores de universidades ultimamente, temos agora um novo momento crítico", afirmou.

Mais cedo, ele havia comemorado o desbloqueio que considerava uma "grande vitória", após pressão dos dirigentes e da sociedade civil. "Agora as universidades e institutos podem voltar a pagar as suas contas até o final do ano. Mas devemos ficar permanentemente vigilantes, o risco de mais um bloqueio orçamentário até 31 de dezembro não foi completamente afastado", disse, no meio da tarde. Fonseca agora aguarda a informação completa do sistema financeiro na sexta-feira para dar novas declarações.

A Andifes afirmou nesta quinta que "manterá o diálogo com todos os atores necessários, no Congresso Nacional, governo, sociedade civil e com a equipe de transição do governo eleito para a construção de orçamento e políticas necessárias para a manutenção e o justo financiamento do ensino superior público". E que cobra ainda o desbloqueio de R$ 438 milhões do orçamento das universidade, feito em junho pelo governo Bolsonaro, "fundamentais para fechar o ano".

Na semana passada, a associação havia afirmado que o corte inviabilizava "as finanças de todas as instituições" e reclamado do bloqueio de dinheiro durante o jogo da seleção brasileira contra Suíça pela Copa do Mundo.

Muitas universidades têm atrasado contas de luz e dizem que não tem como manter os serviços, bolsas e até pagamentos de salários com os cortes sucessivos promovidos pelo governo atual.

Já o Ministério da Economia, no mesmo dia, afirmou que foi indicada no relatório de receitas e despesas do quinto bimestre uma "necessidade de bloqueio de R$ 5,67 bilhões para cumprimento do teto de gastos, em virtude do aumento da projeção de despesas obrigatórias.

Conforme o Estadão revelou, Bolsonaro mandou suspender o pagamento das emendas do orçamento secreto após seus aliados no Congresso fecharem alianças com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ordem no Palácio do Planalto é não pagar mais nada neste ano.

O esquema foi criado pelo presidente e repassou ao relator do Orçamento a decisão sobre qual deputado ou senador poderia decidir o que fazer com recursos do caixa federal. Até mesmo pessoas sem mandato foram contempladas.