O Jornal da Cidade

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O Brasil bateu o recorde de pessoas em situação de pobreza e de extrema pobreza em 2021. Ao todo, quase uma em cada três pessoas no país, o equivalente a 29,4% da população, estava em situação de pobreza até pelo menos o ano passado e quase uma a cada dez pessoas, 8,4% estava na pobreza extrema.

Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira 2022, divulgada hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

Segundo a publicação, o país tinha, até o ano passado, 62,5 milhões de pessoas em situação de pobreza, ou seja, com uma renda diária de menos de US$ 5,5 dólares por dia, e 17,9 milhões em situação de extrema pobreza, com renda diária de menos US$ 1,90 por dia, segundo os critérios do Banco Mundial. Tanto os números absolutos quanto as porcentagens são as maiores desde o início da série histórica, em 2012.

Não apenas os números são recordes como o aumento entre 2020 e 2021, em meio a pandemia de covid-19, também é. Nesse período, o contingente abaixo da linha de pobreza cresceu 22,7%, o que significa mais 11,6 milhões de pessoas nessa situação, e o das pessoas na extrema pobreza aumentou 48,2%, ou mais 5,8 milhões.

As crianças e adolescentes com menos de 14 anos são as maiores vítimas da pobreza. Até o ano passado, 46,2% dessa população estava abaixo da linha da pobreza, o maior percentual da série, iniciada em 2012.

Desigualdade
A pobreza não atinge igualmente a todos os grupos sociais. A publicação mostra que a proporção de pretos e pardos, conforme a definição do IBGE, abaixo da linha de pobreza (37,7%), é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). Considerando as regiões do país, o Nordeste (48,7%) e o Norte (44,9%) tinham as maiores proporções de pessoas pobres na sua população.

Em 2021, o rendimento domiciliar por pessoa caiu para R$ 1.353, o menor nível desde 2012. e o Índice de Gini voltou a crescer e chegou a 0,544, segundo maior patamar da série.

O Índice de Gini é um instrumento para medir o grau de concentração de renda, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de zero a um, sendo que zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. Já o um significa o extremo da desigualdade, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.

Os 10% da população com os menores rendimentos tiveram a maior redução, perdendo em torno de um terço do rendimento entre 2020 e 2021. O mesmo grupo teve o dobro de perdas das demais classes de rendimento entre 2019 e 2021. No extremo oposto, os 10% mais ricos perderam, entre 2019 e 2021, 11,2% dos rendimentos e, entre 2020 e 2021, 4,5%.

Insegurança alimentar
A pesquisa SIS mostra, ainda, que aumentou a insegurança alimentar no país. Isso acontece quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência.

O percentual de domicílios do país em situação de segurança alimentar caiu de 65,1%, em 2004, para 63,3% em 2018 e para 41,3% em 2021. Segundo a publicação, como o principal acesso a alimentos é realizado via mercado, a evolução da renda média e das condições do mercado de trabalho são fatores determinantes para a determinação do nível de segurança alimentar, dado que o ato de se alimentar depende, essencialmente, do poder aquisitivo da pessoa.

Segundo a SIS, a desvalorização do real, a inflação, o aumento do trabalho informal são também fatores que impactaram na segurança alimentar da população durante a pandemia.

Entre mais de 20 mil peças, uma pedra roxa com textura e aparência que imitam a imensidão do universo, chamou a atenção de Maria Eduarda Boaventura, 11 anos. No primeiro dia da reabertura do Museu Geológico da Bahia, no bairro do Corredor da Vitória, em Salvador, ela, que é apaixonada por pedras, enfim, pôde ver de perto uma quartzo.

"Acho elas muito bonitas, porque têm vários modelos diferentes que acabam se destacando no meio das outras", afirmou a jovem apreciadora. Após fechar em 2020, por causa da pandemia da covid-19, o espaço que abriga rochas, minerais, meteoritos e fósseis, teve a estrutura física renovada. E ontem, após dois anos, foi reaberto para visitas.

Ao todo, o local conta com 15 salas temáticas, que podem ser visitadas de segunda a sexta, de terça à sexta-feira, das 13h às 18h e aos sábados e domingos, das 13h às 17h, gratuitamente. Nele, está preservado parte do patrimônio científico e cultural da mineração baiana, conforme explica a geóloga do Museu Geológico da Bahia, Elisandra Pinheiro. "É um espaço que guarda este acervo e que, de forma prazerosa, transmite esse conhecimento e informações que está tão ligados aos baianos", descreveu.

Na entrada, a recepção dos visitantes fica a cargo do maior meteorito brasileiro. Ele foi encontrado no município de Monte Santo, no Sertão da Bahia, em 1784, e batizado de Bendegó. No mesmo espaço há pelo menos outros 20 meteoritos menores, sendo que um deles é disponibilizado para as pessoas tocarem e até tentarem carregá-lo.

Verbo que, segundo a estudante de geografia, Júlia Almeida, 23 anos, é o ideal para descrever o nível da força que deve ser aplicada para tirar a pedra do lugar. "Está muito longe de ser uma pedra comum. Eu não esperava que fosse tão pesada. Me senti tentado tirar o martelo de Thor da rocha, ou seja, impossível", brincou a graduanda.

Ao lado da peça maior, há uma porta que leva para a sala temática do Sistema Solar. Decorada do chão ao teto, é possível ter uma dimensão mais clara da distribuição dos planetas na parte do universo que abriga a Terra. Em outra área é possível conhecer diversas amostras de pedras preciosas em estado bruto. Há esmeraldas, cristais, turmalina, entre outras.

No segundo andar do prédio, ferramentas usadas por garimpeiros na Chapada Diamantina contam como elas são extraídas. Após serem encontradas, a próxima fase é a lapidação. Para ver como as pedras ficam depois deste processo, basta caminhar até a sala em frente. Rubis, esmeraldas e diamantes ganham mais brilho e novos formatos.

O resultado também pode ser conferido lá mesmo, nos brincos, colares e anéis ornamentados com as pedras e expostos em prateleiras de vidro. "Impressionante. A gente até tenta imaginar o trabalho que dá, mas nem chega perto do que é mostrado aqui. Ver a rocha e depois ver as peças prontas é uma experiência incrível", descreve o empresário Roberto Rios, 52 anos.

Outro marco brasileiro sediado na Bahia e guardado pelo museu, são as ferramentas que narram o descobrimento do petróleo no país. Descoberto na década de 30, no bairro do Lobato, em Salvador, também é chamado de ouro negro. "Aqui também temos o processo de estudo para extração do material no mar e em outras profundezas" explica a geóloga Elisandra Pinheiro.

Além dos quatro andares de acervo geológico, no prédio do museu também há um auditório com 125 lugares, onde ocorrem reuniões científicas e palestras educativas. Bem como uma das Saladearte Cinema e um café, onde é possível apreciar um mural de pedras feito pelo artista plástico baiano, Juarez Paraíso.

Fósseis
Queridinho das crianças, a Sala dos Fósseis é o ambiente mais visitado do Museu Geológico da Bahia. Localizada no subsolo do prédio, ela abriga a reprodução em tamanho real de um animal pré-histórico que se assemelha ao que conhecemos hoje como um elefante. Também é possível ver uma réplica do seu esqueleto e algumas partes originais, como o pescoço.

Alguns dos fósseis de insetos e crustáceos mais antigos já encontrados no estado também estão na sala. Além deles, há partes de ossos que pertenceram a preguiças gigantes, tatus do tamanho de um carro e tigres que viveram na terra há milhões de anos.

Com a proposta de uma viagem no tempo, o museu também recebe visitas pedagógicas. Para isto, é preciso agendar pelo telefone (71) 3336-6922. A visitação dá direito a um guia e os grupos precisam ser formados por no mínimo 10 pessoas e no máximo 40.

Reforma estrutural
Aberto há quatro décadas, para garantir a preservação do patrimônio científico e cultural da Bahia, a estrutura do Museu Geológico passou por reparos. Para isto, foram investidos aproximadamente R$ 456 mil.

Com o valor, foi realizada a recuperação dos telhados de cerâmica e a troca do piso vinílico de duas salas, pelo modelo de cerâmica. Além do tratamento de ferragens, reforma da cozinha e complementação de azulejos no laboratório.

Já na parte elétrica, os quadros de distribuição de baixa tensão e iluminação foram revisados e substituídos. Com isso, o espaço ganhou uma iluminação mais potente, com refletores de led.

A entrada no museu só é permitida mediante apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19. O uso de máscara de proteção também é obrigatório.

Serviço:
Museu Geológico da Bahia
Local: Avenida Sete de Setembro, 2195 - Corredor da Vitória
Horário: de terça à sexta-feira, das 13h às 18h e aos sábados e domingos, das 13h às 17h.
Valor: gratuito

Visita pedagógica
Agendamento: (71) 3336-6922
Grupos: de 10 a 40 pessoas

Pelo menos nove cidades da Bahia estão sem estoque da CoronaVac para imunizar crianças menores de 5 anos contra a covid-19. Por conta da escassez, os pequenos têm ficado com a segunda dose atrasada, e outros não conseguem ter acesso à primeira. O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Marcos Sampaio, contou que o governo federal tem demorado para enviar novos lotes da vacina para o estado, que é o responsável por fazer a distribuição para os municípios. De acordo com apuração feita pelo CORREIO, Porto Seguro, Guanambi, Iaçu, Itaberaba, Mairi, Candeias, Santo Antônio de Jesus, Maiquinique e Valença enfrentam a falta do imunizante.

Em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, a prefeitura informou que a vacina da CoronaVac é a única que eles não possuem. O estoque está zerado desde o dia 30 de setembro. “Já foram feitos reiterados pedidos à Sesab [Secretaria da Saúde do Estado da Bahia] e ainda não fomos atendidos, sob a alegação de desabastecimento de todo o país pelo Ministério da Saúde [MS]”, informou a gestão por meio de nota.

Por conta do estoque zerado, a assistente social Loren Rodrigues Dias, de 36 anos, afirmou que a sua filha já está com a segunda dose da vacina atrasada há cerca de dois meses. A criança, que tem 4 anos, é autista e não consegue usar a máscara de proteção contra a covid-19. Por isso, a mãe segue indo ao posto de saúde todas as semanas para procurar o imunizante, mas escuta a mesma resposta: “está em falta”.

A filha de Loren, Liz, não tomou a primeira dose da CoronaVac em Porto Seguro. Ela foi imunizada em Arapiraca, em Alagoas, quando estava de férias na casa dos avós, em agosto. A segunda dose deveria ter sido tomada em 12 de setembro. “A gente está vendo o número de casos aumentando, amigos e colegas de trabalho, que a gente tem contato, estão positivando para a doença. Isso me preocupa muito, porque ela não completou o ciclo vacinal”, contou a assistente social, que ainda disse que já tem evitado sair de casa para que a criança não seja contaminada com a doença.

Segundo a prefeitura de Guanambi, no sudoeste da Bahia, a cidade também não tem mais estoque de nenhuma das vacinas contra a covid. “A Sesab vem mandando poucas doses. No momento não temos nenhuma vacina, seja de CoronaVac ou outras, quando chega e distribuímos para os postos, logo acaba”, destacou, por meio de nota.

No baixo sul do estado, a cidade de Valença também tem operado com poucas doses da CoronaVac. Os últimos frascos do imunizante acabaram na terça-feira (29). De acordo com a prefeitura, estava previsto para chegar uma nova remessa da vacina ainda na quarta-feira (30), mas até as 19h ainda não tinha chegado.

Na região da Chapada Diamantina, Itaberaba não recebe nova remessa da CoronaVac há mais de um mês. A última vez aconteceu em 19 de outubro. No recôncavo da Bahia, Santo Antônio de Jesus passa pela mesma dificuldade, com a cidade tendo o estoque zerado há alguns dias.

Em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o secretário de Saúde Marcelo Cerqueira contou que o município está sem doses da CoronaVac desde o início do mês de novembro. “Não temos nenhuma dose, e a procura maior tem sido das mães para completar o esquema de duas doses na faixa etária de 3 a 4 anos e 5 a 11 anos”, pontuou o titular da pasta.

A cidade de Feira de Santana, a 100km da capital, ficou sem estoque por um tempo, que não foi especificado pela prefeitura, mas conseguiu receber um novo lote na última segunda (28). A vacinação para crianças de 3 a 4 anos com a CoronaVac, para aplicação como primeira e segunda dose neste público, foi retomada na terça. Quem correu para a unidade de saúde nas primeiras horas da manhã do dia para conseguir o imunizante para a filha de 3 anos foi a professora Meline Nery, 33. Ela só saiu de lá depois que a menina foi imunizada.

A criança, que fez aniversário em agosto e ficou apta para receber a primeira dose da vacina, ainda não tinha recebido a proteção devido à falta de imunizantes no município. “Deixei de trabalhar para fazer isso. Fui correndo bem cedinho para garantir a vacina dela. Minha filha já está acostumada a usar máscara desde sempre, usa certo, melhor que muito adulto, só que a vacina é uma proteção muito mais importante. Eu estava angustiada, porque ela já poderia tomar a dose, mas não tinha disponível”, contou a professora.

Mairi, cidade do norte da Bahia, teve o estoque da CoronaVac zerado na terça. A prefeitura ressaltou que as doses acabaram por conta das campanhas de vacinação que o município realizou, mas que a gestão iria receber uma nova remessa na quarta-feira (30). Maiquinique está sem doses desde o dia 24, Guanambi não tem a vacina há três semanas. As outras prefeituras não informaram há quanto tempo estão sem o imunizante.

Pedido
A Sesab informou que estava com um pedido de 100 mil doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde há mais de um mês, porque sabia que estava em falta em alguns estados. “Eles prometeram entregar, depois de meses, no dia 22. De fato mandaram e as doses foram distribuídas”, destacou. A orientação da pasta é que os municípios que necessitam das doses levem o pedido à Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep).

O Ministério da Saúde foi procurado para explicar o motivo da escassez de lotes da CoronaVac, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

Em Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que tem doses da vacina da CoronaVac e que cerca de 57 mil crianças entre 3 anos e 11 anos ainda não foram levadas aos postos de imunização. A vacinação de bebês, aqueles que têm entre seis meses e dois anos, está em fase de cadastro, mas apenas para aqueles que têm comorbidade.

A médica pediatra e professora da Faculdade de Medicina da AGES, Mirla Amorim, explicou que a vacinação é importante, porque as novas cepas do coronavírus estão infectando mais as crianças. Ela afirmou que a imunização de toda a família ajuda a proteger os pequenos e orienta os pais a ficarem atentos aos sinais quando as crianças estiverem doentes.

“As pesquisas mostram que essa é a faixa etária mais acometida, e que, quando vacinadas, as crianças têm sintomas leves, por isso, é importante a imunização. Apesar de faltar vacina, o que mais vejo no consultório é a resistência dos pais por preconceito ou por influência de informações falsas”, afirmou.

Ela frisou que além do coronavírus, o vírus influenza também está se disseminando nesse momento no país e pediu que os pais redobrem a atenção. “É preciso ficar atento aos sinais. Em casos de falta de ar, desidratação e sonolência excessiva, a criança deve ser levada imediatamente a uma unidade de saúde. É preciso aumentar a ingestão de líquidos, fazer uso de soro, mas sobretudo vacinar as crianças contra as doenças”, disse.

Municípios estavam sem estoque há cerca de 10 dias
Além dos municípios que estão com o estoque da CoronaVac zerado, cerca de 13 cidades já ficaram sem as doses do imunizante, mas receberam uma nova remessa nos últimos dias. Algumas prefeituras destacam, no entanto, que a quantidade recebida não é suficiente para vacinar o público-alvo.

A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana recebeu 2.570 doses da vacina CoronaVac na segunda-feira (28) e retomou a vacinação para crianças de 3 a 4 anos. O município estava com o armazenamento zerado e aguardava o abastecimento por parte do Ministério da Saúde. A prefeitura ressaltou, no entanto, que o quantitativo recebido é insuficiente para atender todo o público e a vacinação vai ocorrer até durar o estoque.

Vitória da Conquista recebeu na terça (29). “A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que o estoque de vacinas da Coronavac estava zerado até ontem [segunda], quando chegaram 1.500 doses para retomar a vacinação de crianças de 3 e 4 anos e a 2ª dose para adultos”, escreveu a pasta em nota.

Amargosa também estava sem doses da CoronaVac disponíveis, mas a prefeitura informou que recebeu um pequeno quantitativo na segunda. Ilhéus passa pela mesma situação e irá priorizar crianças que estão em maior atraso para completar o esquema vacinal. Irecê recebeu uma pequena quantidade de frascos do imunizante na terça, após ficar dois meses sem receber uma nova remessa.

A prefeitura de Canavieiras, que ficou de sete a 10 dias sem a vacina, afirmou que recebeu o quantitativo para imunizar em torno de 60 crianças de 3 a 4 anos (contabilizando o esquema primário de duas doses para cada). Já Eunápolis tem doses suficientes do imunizante somente para completar um esquema vacinal, mas, para iniciar outro, está utilizando Pfizer, Astrazeneca e Janssen.

Dias D'Ávila, Entre Rios,Itabuna, Teixeira de Freitas, Itambé e Madre de Deus também ficaram sem estoque, mas receberam vacinas nos últimos dias.

Um novo recorde será estabelecido por Daniel Alves na sexta-feira (2), na Copa do Mundo do Catar. Ao entrar em campo contra Camarões, às 16h, no estádio Lusail, o baiano de Juazeiro se tornará o jogador mais velho a defender o Brasil na história dos 22 Mundiais disputados. O lateral direito do Pumas, do México, completou 39 anos em 6 de maio.

Daniel já detém o recorde de brasileiro mais velho a ir para uma Copa, o que aconteceu com a convocação atual. Agora, será o também o mais vivido a entrar em campo, já que nas duas partidas anteriores ele não saiu do banco. Dessa vez, com o Brasil classificado para as oitavas de final, Tite vai escalar os reservas na terceira e última rodada da fase de grupos.

Curiosamente, Daniel Alves supera um colega de elenco. O capitão Thiago Silva quebrou o recorde na estreia, dia 24 de novembro, quando foi um dos titulares da Seleção na vitória sobre a Sérvia por 2x0. O zagueiro entrou em campo aos 38 anos. Também enfrentou a Suíça, quatro dias depois.

A dupla de 2022 supera Djalma Santos e Nilton Santos, bicampeões mundiais pelo Brasil em 1958 e 1962. Djalma, que foi da mesma posição de Daniel Alves, tinha 37 anos quando disputou a Copa de 1966, na Inglaterra, a última das quatro que jogou.

Ele era o recordista por uma diferença de três meses em relação à “Enciclopédia”, apelido de Nilton Santos, ídolo do Botafogo e um dos maiores laterais esquerdos da história, que tinha a mesma idade quando disputou o Mundial de 1962, no Chile.

Apesar de ter quebrado o recorde brasileiro, Daniel Alves não é o jogador mais velho presente na Copa do Catar. Esta marca cabe ao experiente goleiro mexicano Alfredo Talavera, com 40 anos de idade - o único “quarentão” no torneio. O meia Atiba Hutchinson, do Canadá, o zagueiro Pepe, de Portugal, e o goleiro Eiji Kawashima, do Japão, também têm 39 e são alguns dias mais velhos do que o baiano.

Esta é a terceira Copa do Mundo de Daniel Alves. Ele esteve na África do Sul, em 2010, e no Brasil, em 2014. O lateral seria convocado para a edição de 2018, na Rússia, mas ficou fora por ter sofrido uma lesão no joelho direito um mês antes.

Já Thiago Silva está em sua quarta Copa, igualando este outro recorde entre jogadores brasileiros. Ele foi reserva na África do Sul, em 2010, e sustentou a titularidade da zaga em 2014, no Brasil, em 2018, na Rússia, e 2022, no Catar.

Neste quesito, Thiago agora faz companhia a sete ex-atletas que foram a quatro Copas do Mundo - nem todos jogaram nas quatro. Veja a lista abaixo:

Thiago Silva (2010, 2014, 2018 e 2022)
Pelé (1958, 1962, 1966 e 1970)
Nilton Santos (1950, 1954, 1958 e 1962)
Castilho (1950, 1954, 1958 e 1962)
Djalma Santos (1954, 1958, 1962 e 1966)
Emerson Leão (1970, 1974, 1978 e 1986)
Cafu (1994, 1998, 2002 e 2006)
Ronaldo (1994, 1998, 2002 e 2006)

A chuva registrada na Bahia desde a última semana continua causando estragos e já são 32 cidades do estado impactadas pelo aguaceiro, segundo dados da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec). Ao todo, 51.524 pessoas já foram afetadas, 3.696 estão desalojadas e 229 desabrigadas por conta de enchentes e deslizamentos.

Ainda de acordo com a Sudec, o munícipio mais afetado é Prado, onde três mil pessoas ficaram fora de suas casas em razão de alagamentos. A prefeitura decretou situação de emergência no dia 21 por conta do impacto da chuva e informou, nesta quarta-feira (30), que 1.938 pessoas ainda estão desalojadas. As 12 famílias que ficaram desabrigadas estão no ginásio da cidade.

Além de Prado, as outras cidades atingidas pela chuva são: Baixa Grande, Itabuna, Santa Cruz Cabrália, Itamaraju, Belo Campo, Cícero Dantas, Catu, Ibicaraí, Ibicuí, Ibotirama, Itambé, Maragogipe, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas, Wenceslau Guimarães, Marciolínio Souza, Aiquara, Caravelas, Floresta Azul, Medeiros Neto, Santo Antônio de Jesus, Cachoeira, Juazeiro, São Félix, Dário Meira, Cipó, Sátiro Dias, Aurelino Leal, Vereda, Inhambupe e Itarantim.

Dessa lista, nove já decretaram situação de emergência devido à quantidade de chuva nas regiões. As cidades com esse status são Prado, Baixa Grande, Itabuna, Cícero Dantas, Ibicuí, Itambé, Santa Cruz Cabrália, Vereda e Nova Viçosa.

A infraestrutura urbana de Prado está comprometida. Estradas litorâneas que dão acesso ao distrito e as comunidades de Paixão, Torarão e Cumuruxatiba estão bloqueadas porque uma ponte foi levada pelas águas. A estrada principal (BA-001) também foi interditada, já que parte da estrada foi destruída pela enxurrada. De acordo com a prefeitura, ações estão sendo realizadas para reestruturar as localidades afetadas.

Outras cidades
Ibotirama, no Oeste do estado, alcançou 136,8 milímetros de chuva na terça-feira (29), sendo a cidade brasileira que mais registrou chuva no dia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Como consequência, árvores foram derrubadas e a água invadiu casas e estabelecimentos comerciais.

Corretor de imóveis e morador de Ibotirama, Humberto Braga, 55, relata que a rua onde mora ficou intransitável e sua casa, alagada. “Foram muitos impactos negativos. O lixo entupiu os bueiros nas ruas, o que acabou alagando a cidade. Como as ruas são todas de paralelepípedo, a água foi ‘arregaçando’ tudo que tinha pela frente. Afetou muitos moradores”, aponta.

No Sertão baiano, Baixa Grande registrou deslizamentos de terra e alagamentos. Móveis, esgoto a céu aberto e construções irregulares impediram a passagem da água e o calçamento ficou destruído.

Morador da cidade, o empreendedor Rubenício Matos, 50, contou que apesar de recorrente nessa época do ano, a chuva, desta vez, causou desastres. “Desde sábado está quase com meio metro de água em uma rua de 20 metros [de largura]. Não tem escoamento pelo rio e nem calçamento nas ruas em um nível mais alto. Na minha casa quando chove, fica quase meio metro de terra. Não dá para entrar nem para sair, meu filho não vai desde segunda-feira para a escola”.

Itabuna está em Estado de Alerta Laranja até sábado (03) em decorrência do acumulado de chuva, de acordo com o Inmet. Segundo a prefeitura de Itabuna, o rio Cachoeira subiu dois metros, mas não há desabrigados ou desalojados.

A Defesa Civil do Estado disse que vem reforçando a atenção aos munícipios afetados e que uma equipe técnica do órgão foi deslocada para realizar vistorias técnicas em Itamaraju, Prado e Teixeira de Freitas.

Nas estradas, a chuva causou estragos em oito trechos de rodovias, enumera a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). Os pontos estão localizados na BA-130, na região entre Ibicuí e Ibitupã; BA-651, entre Itapitanga e Coaraci; BA-284, entre Distrito de Nova Alegria (Itamaraju) e Jucuruçu; BA-001, entre Prado e Cumuruxatiba; BA-084, entre Santo Amaro e Oliveira dos Campinhos, BA-699, entre Jucuruçu e Itanhém; BA-290, entre Itanhém e a Divisa BA/MG; e na BA-126, entre Vereda, Bisogue e Nova Alegria.

A Seinfra comunicou que está executando serviços de recomposição de pista e de construção ou recuperação de desvios provisórios nos trechos afetados por rompimento de pontes, pontilhões e bueiros.

Previsão de mais chuva
O tempo só deve melhorar na Bahia a partir do fim de semana, alerta o Inmet. Os maiores acumulados de chuva se concentrarão em áreas do Centro-Sul do Estado. Há também alerta de ventos intensos, corte de energia elétrica, queda de galhos de árvore, alagamentos e descargas elétricas no Centro-Sul, Vale do São-Franciscano, Centro-Norte Baiano, Sul e Extremo-Oeste. Algumas das cidades em alerta laranja são: Alagoinhas, Amargosa, Amélia Rodrigues, Cachoeira, Cairu, Candeias, Caravelas, Cruz das Almas, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Lauro de Freitas, Mucuri e Nova Viçosa. Bom Jesus da Lapa, Abaré e Juazeiro, que estavam na lista na segunda-feira (28), não estão mais em Alerta Laranja.

Salvador também deve continuar com o mau tempo nos próximos dias. A previsão é de tempo nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A meteorologista do Inmet, Cláudia Valéria, explicou ainda na segunda-feira (28), que a ocorrência das chuvas desde a última semana é resultado de uma convergência de umidade. Neste caso, o choque entre a umidade do litoral e da região central - que chega ao estado pelo Oeste baiano.

Segundo Cláudia, o fenômeno é comum de acontecer e se repete todos os anos no período da Primavera até o Verão. Contudo, em 2022 ganhou intensidade e incidência por influência do La Niña, resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico que provoca aumento no volume de chuvas.

O Hospital Aristides Maltez anunciou a suspensão das visitas aos pacientes internados a partir desta segunda-feira (28), devido ao aumento de casos de covid-19 em Salvador. A suspensão é temporária.

Na quinta-feira (24), as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) informaram que as visitas a pacientes estão suspensas a partir da sexta (25). A medida será válida por 15 dias.

A Bahia passa por um momento de aumento de casos da doença nos últimos dias, que também acompanha o crescimento dos casos no país.

Os pacientes do Aristides Maltez que se encontram nas enfermarias do Hospital continuarão tendo acompanhantes e os familiares daqueles que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) poderão receber um visitante por dia, que terá acesso ao boletim médico.

O Hospital ressaltou que pessoas com sintomas gripais ou com covid-19 não devem comparecer ao hospital. No caso de pacientes, devem remarcar as consultas.

Os já internados e que forem diagnosticados com covid precisarão ser mantidos isolados, ou seja, sem acompanhantes.

Para adentrar as dependências do HAM, é obrigatório o uso de máscara e todos deverão apresentar o cartão de vacinação com o esquema vacinal completo.

No caso das Osid, os familiares continuarão recebendo informações normalmente sobre os familiares internados, seja por boletins médicos via telefone ou por meio de videochamadas com os pacientes.

A Bahia retomará a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados e transportes públicos a partir desta terça-feira (29). O decreto que estabelece a adoção das medidas sanitárias contra a covid-19 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). O texto inclui ainda a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação para ter acesso à prédios públicos, SAC e Detran.

A medida, autorizada pelo governador Rui Costa, entra em vigor nesta terça em todo o território baiano e tem objetivo de conter a disseminação do coronavírus após o aumento dos casos de Covid-19. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado registrou, até esta segunda-feira (28), 5.274 pessoas com a doença.

Onde é obrigatório?
O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em transportes públicos, tais como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry boat, e seus locais de acesso, como as estações de embarque; em salões de beleza e centros de estética; em bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares; em templos para atos religiosos litúrgicos; em escolas e universidades; em ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços similares.

Os eventos seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina naqueles em que haja controle de acesso e venda de ingressos. A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo “CONECT SUS”.

A necessidade da comprovação vacinal será obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas. Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

De acordo com a secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, as medidas contidas no decreto visam reduzir o avanço da Covid-19 no estado. “Essas ações, que poderão ser juntadas a outras a depender da evolução da pandemia, são importantes para que a população esteja melhor protegida e para que possamos deixar todos assistidos”, afirma.

Aumento de casos

A partir desta segunda-feira (28), os boletins epidemiológicos de covid-19 voltam a ser divulgados de segunda a sexta-feira na Bahia. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em todo o estado.

Na Bahia, nas últimas 72 horas, foram registrados 2.258 casos de covid-19, 1.564 recuperados e 8 óbitos. Os dados são do boletim epidemiológico desta segunda.

Dos 1.716.905 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.680.599 já são considerados recuperados, 5.472 encontram-se ativos e 30.834 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.

Leitos
O decreto que será publicado no Diário Oficial não cita aumento no número de leitos no estado para o atendimentos dos pacientes infectados. No entanto, o governador Rui Costa informou nesta segunda-feira (28), durante um evento, que há um número crescente de demanda por leitos de UTI e leitos clínicos. A maior demanda está concentrada na RMS, principalmente na capital.

"No interior, os números são baixos. Mas pelo histórico de contaminação, esse foi processo da covid, os números crescem nas maiores cidades e depois vai se espalhando nas cidades do interior", disse.

O número de leitos no Hospital Espanhol, referência no tratamento da doença, vai ser ampliado até o final da semana. "Autorizei aumentar o número de leitos de UTI e clínico no Espanhol, e deveremos chegar ao número máximo possível ainda esta semana. A demanda está crescente e rápida. Vamos avaliar a tomada de medidas a partir dos números [de casos]", explicou.

O WhatsApp agora passa a ter uma nova solução para quem possui um grupo consigo mesmo com a função de bloco de notas. Uma nova atualização permitirá que o usuário mande mensagens para si de forma oficial a partir desta segunda-feira (28).

De acordo com o WhatsApp, o recurso começa a ser liberado hoje, e chegará aos poucos para todos os usuários nas próximas semanas.

No momento de buscar um contato para enviar mensagem, o nome do usuário aparecerá em destaque com a observação "Mensagens para mim". Basta tocar sobre ele e começar a enviar as mensagens para si.

Segundo o WhatsApp, o recurso traz a conveniência de poder enviar facilmente para si a sua "lista de tarefas, lembretes, listas de compras e qualquer outra anotação". Outra possibilidade é tentar transferir arquivos do WhatsApp Web para o celular e vice-versa.

Alguns usuários de versão beta do WhatsApp para Android já estavam utilizando a funcionalidade.

Passo a passo:

Abra o WhatsApp;
Crie uma nova conversa;
Você verá seu contato no topo da lista;
Clique no seu nome/número e comece a enviar mensagens.

A primeira parcela do 13º salário deve ser depositada até a próxima quarta-feira, 30 de novembro, segundo a legislação. Todos os trabalhadores contratados sob o regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), sejam eles urbanos, rurais, domésticos ou avulsos, e que trabalharam por pelo menos 15 dias no ano, têm direito a receber o valor.

O direito, consagrado na CLT e no artigo 7º da Constituição, prevê que a primeira parcela do 13º deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, e a segunda, até 20 de dezembro.

Caso o trabalhador falte mais de 15 dias em um mês, sem justificativa, pode ter a fração de 1/12 avos do 13º descontada. Quem pediu o adiantamento do 13º salário nas férias ou no mês de aniversário não recebe a primeira parcela, somente a segunda.

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e pessoas que entraram em licença-maternidade também recebem o 13º salário. Porém, empregados dispensados por justa causa e segurados do Benefício de Prestação Continuada (BPC) não recebem o valor extra.

O atraso ou o não pagamento da gratificação acarreta multa de R$ 170,25 por empregado da empresa. Caso haja reincidência, o valor da infração é dobrado.

Qual é o valor? Veja como calcular o 13º salário

O cálculo do valor a ser recebido é proporcional ao número de meses trabalhados. Divide-se o total do salário mensal por 12 e, na sequência, multiplica-se o resultado pela quantidade de meses que a atividade foi exercida. Outras parcelas de natureza salarial, como horas extras, adicionais (noturno, de insalubridade e de periculosidade) e comissões também entram nesse cálculo.

A base de cálculo do 13° salário é o salário bruto, sem deduções ou adiantamentos, devido no mês de dezembro do ano em curso ou, no caso de dispensa, o do mês do acerto da rescisão contratual.

A primeira parcela do décimo terceiro é de 50% do valor do salário bruto, sem descontos. Já a segunda parcela, que deve ser depositada até 20 de dezembro, são deduzidos Imposto de Renda e INSS.

Para trabalhadores afastados por licença médica, a empresa paga o valor proporcional ao tempo trabalhado, junto com os primeiros 15 dias de afastamento, enquanto o INSS paga o restante.

Se o trabalhador ficar afastado durante todo o ano, o 13°será integralmente pago pelo INSS.

A alegria está estampada no rosto da torcida brasileira. No primeiro jogo do Brasil sem Neymar na Copa do Mundo do Catar, o volante Casemiro surgiu como herói improvável e garantiu a vitória por 1x0 sobre a Suíça, nesta segunda-feira (28), no estádio 974. O resultado colocou a equipe nas oitavas de final com uma rodada de antecedência.

O Brasil passou sufoco contra os suíços, mas se manteve na liderança do grupo G, com seis pontos em duas partidas. A Suíça aparece em segundo, com três, seguido por Sérvia e Camarões, que têm um ponto cada.Na próxima sexta-feira (2), a Seleção fecha a participação na primeira fase contra Camarões precisando de um empate para garantir o primeiro lugar da chave.

Nas ausências de Danilo e Neymar, Tite optou por improvisar o zagueiro Eder Militão na lateral direita e promoveu o retorno do volante Fred ao time, avançando Lucas Paquetá para a função de armador.

As equipes apresentaram propostas completamente diferentes. A Suíça fez um jogo de paciência. Isolado, o centroavante Embolo praticamente não tocou na bola e pouco incomodou o goleiro Alisson.

Diante do ferrolho suíço, a Seleção usou da superioridade técnica para tentar quebrar as linhas. Com toques rápidos, os homens de meio-campo tentavam encontrar Richarlison e Vinícius Júnior em boa condição. Mas tava difícil. Com características diferentes, Paquetá não conseguiu dar a mesma dinâmica de drible que Neymar apresenta e que seria importante para superar a marcação.

Na melhor chance brasileira no primeiro tempo, Raphinha cruzou da direita e Vinícius Júnior sozinho mandou de primeira. O goleiro Sommer evitou o gol. Bastante marcado, o atacante do Real Madrid teve muita dificuldade para fazer as jogadas em velocidade. A primeira etapa terminou sem bola na rede.

Percebendo a dificuldade brasileira para criar, Tite não pensou muito e mudou o time no intervalo. O meia-atacante Rodrygo foi para o jogo na vaga de Lucas Paquetá. Quem esperava um Brasil mais incisivo com a alteração, se enganou. Lenta, a equipe trabalhava a bola com pouca objetividade.

Para piorar, a Suíça começou a gostar do jogo. Widmer recebe livre do lado direito do ataque suíço, invadiu a área e cruzou rasteiro. Marquinhos tirou com um carrinho providencial. Na sequência, Vargas tentou o chute, mas a bola se perdeu em escanteio.

O Brasil voltou a mudar o time. Bruno Guimarães entrou no lugar de Fred. Quando conseguiu colocar a bola no chão com lucidez, a jogada saiu. Na roubada de bola, Casemiro lançou Vinicius Júnior. O atacante ganhou da marcação, invadiu a área e tocou no cantinho de Sommer. Mas a arbitragem flagrou impedimento de Richarlison na origem da jogada e anulou o lance.

O gol anulado ligou o Brasil. Mais presente no campo de ataque, a Seleção começou a pressionar. De tanto insistir, o gol saiu. Aos 37 minutos, Vinicíus Júnior iniciou a jogada, Rodrygo tocou de primeira, e Casemiro, no melhor estilo atacante, pegou de primeira dentro da área. Sem chances para o goleiro Sommer. Foi o gol que garantiu a Seleção nas oitavas de final da Copa do Mundo.

FICHA TÉCNICA

Brasil 1x0 Suíça - Copa do Mundo (2ª rodada)

Brasil: Alisson, Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro (Alex Telles); Casemiro, Fred (Bruno Guimarães) e Paquetá (Rodrygo); Raphinha (Antony), Richarlison (Gabriel Jesus) e Vinícius Júnior. Técnico: Tite.

Suíça: Sommer, Widmer (Frei), Akanji, Elvedi e Ricardo Rodríguez; Freuler, Sow (Aebischer) e Xhaka; Rieder (Steffen) , Embolo (Seferovic) e Vargas (Edimilson Fernandes). Técnico: Murat Yakin.

Local: estádio 974 (Catar)
Gols: Casemiro, aos 37 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Fred (Brasil); Rieder (Suíça)
Arbitragem: Ivan Barton (El Salvador), auxiliado por David Moran (El Salvador) e Zachari Zeegelaar (Suriname)
VAR: Drew Fischer (Canadá)