A pandemia acabou, mas a covid-19 não desapareceu. Apesar do distanciamento de período crítico, ainda tem gente que morre por causa da doença. Só este ano, de 1º de janeiro a 12 de setembro, 280 pessoas morreram por covid-19 na Bahia, sendo 155 homens e 125 mulheres, de acordo com dados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde - Covid-19 da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Deste número, cerca de 21% corresponde a pessoas que morreram com menos de 60 anos, sendo que 10 vítimas tinham entre 10 a 30 anos.

A maioria dos óbitos aconteceu em Salvador (aproximadamente 60% dos casos), onde foram registradas 164 mortes este ano. O levantamento também aponta que 194 das pessoas mortas pela doença em 2023 apresentavam comorbidades, como hipertensão, diabetes, problemas cardiovasculares e obesidade.

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica do estado Márcia São Pedro, a letalidade da doença este ano é de 0,77% no estado, que alcançou o número de 2% em 2020, no auge da pandemia, e o perfil das vítimas são os mesmos: pessoas acima de 80 anos que apresentam comorbidades como hipertensão, diabetes, doença renal crônica, doença cardiovascular e obesidade.

Das 279 pessoas que morreram em decorrência da covid-19, sessenta não apresentaram um histórico de doenças sistêmicas. “A tendência é de que pessoas com comorbidades, quando pegam vírus respiratórios, sejam comprometidas, porque há algo que é sistêmico e possibilita um agravamento maior”, explicou.

Perfil

Em relação ao número de contaminados, a Bahia registrou 9.841 casos confirmados entre 1º de janeiro e 30 de agosto. Nesta lista está a jornalista Bruna Castelo Branco, 29, diagnosticada com covid em maio. Apesar de ter completado todo o ciclo vacinal, inclusive com a bivalente, e usar máscara de proteção diariamente, a comunicadora não escapou. “Não estava esperando pegar covid naquele momento, até porque eu não saía de casa sem máscara. Foi uma surpresa”, disse Castelo Branco, que já havia contraído o vírus duas vezes em 2022, nos meses de junho e dezembro.

A fisioterapeuta Mariza Souza, 34 anos, também testou positivo para a doença. A profissional da Saúde descobriu no último dia 29, por meio de um teste rápido, feito em casa, três dias após apresentar sintomas como dor na garganta, tosse e congestão nasal. “Senti indignação quando descobri. As pessoas não estão testando mais, dizem que é virose e continuam a frequentar os ambientes sem qualquer cuidado”, explicou Souza, que é diagnosticada com a doença pela terceira vez. Os últimos diagnósticos aconteceram em 2021 e 2022. Felizmente, os quadros de Mariza não foram graves.

A comediante e atriz Tatá Werneck também foi diagnosticada com covid-19, no último dia 29. Conhecida por cumprir as recomendações sanitárias desde o início da pandemia, essa é a primeira vez que a artista testa positivo para a doença. Com o resultado, ela precisou ser afastada temporariamente das gravações da novela Terra e Paixão, da TV Globo.

A diretora da Sesab explicou que as vacinas concedem imunidade, mas isso não significa que as pessoas deixarão de contrair o vírus. “A vacina reduz as taxas mortalidade e agravamento, evitando que a pessoa apresente um quadro grave e venha a óbito. Uma pessoa vacinada pode ter covid, mas de uma forma mais leve”, pontuou.

O CORREIO entrou em contato com a Secretaria Municipal de Salvador (SMS), para repercutir o número de óbitos por covid na capital baiana, mas não obteve sucesso.

Vacinação

Mais de 31 milhões doses foram aplicadas em todo o estado, desde o primeiro de vacinação, 19 de janeiro de 2021, até 31 de agosto de 2023 – número que corresponde a 89,8% das doses distribuídas nas unidades de saúde da Bahia. Mais de 12 milhões (94,94%) tomaram a primeira dose, 10,94 milhões (85,95%) tomaram a segunda, 7, 83 milhões (61,52%) receberam a primeira dose de reforço e apenas 3,48 milhões (61,49%) retornaram às unidades para o segundo reforço.

A preocupação da Sesab no momento é a baixa adesão à vacinação pela bilavente, responsável por garantir uma cobertura maior sobre a variante Ômicron. Ainda conforme Márcia São Pedro, apenas 12,75% receberam essa quinta dose. “Vírus respiratórios sofrem mutação, por isso muitos casos de covid ainda acontecem. Se eu não tenho uma cobertura vacinal que me garanta uma certa imunidade, eu posso estar susceptível”, disse São Pedro.

Em Salvador, mais de 7 milhões de pessoas foram vacinadas. No entanto, das 2,25 mi que completaram o ciclo vacinal básico (primeira e segunda doses), apenas 473 mil tomaram a bivalente.

O CORREIO solicitou o recorte de vacinados que morreram por covid-19 em 2023 à Sesab, mas não havia respostas até o fechamento desta matéria. Na tabela concedida pela secretaria estadual, as informações sobre vacinação das vítimas não são apresentadas.

Nova variante tem disseminação mais fácil

No mês passado, o Ministério da Saúde informou que o primeiro caso brasileiro da nova variante da covid-19, a Éris, foi confirmado em São Paulo, em um laboratório privado e que o “caso segue em investigação pela equipe de vigilância estadual e municipal”. De acordo com o g1, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Distrito Federal também registraram casos com a variante. De acordo com a Sesab, a Bahia não registrou contaminados pela Éris.

De acordo com Carlos Brites, professor de Infectologia e coordenador do Laboratório de Pesquisa em Infectologia no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), até o momento, a variante não apresenta sinais de maior gravidade, no entanto, ela é transmitida com mais facilidade. “Como todas as variantes até agora, ela pode ocasionar complicações em pacientes com fatores de risco, de modo semelhante ao observado durante toda a pandemia”, explicou Brites.

Ainda conforme o especialista, equipes de pesquisadores já sequenciam as cepas daqui, para monitorar os casos baianos. Isso também foi confirmado por Márcia São Pedro. Segundo a diretora da Sesab, unidades sentinelas coletam dados que contribuem na descoberta de novas variantes no estado.

Em maio deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19. No entanto, a decisão não pontua que a doença deixou de ser uma ameaça, portanto, os cuidados devem ser mantidos. O médico infectologista Robson Reis, professor da Escola Bahiana de Medicina, explicou que as medidas sanitárias continuam as mesmas: higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel; utilização de máscaras por pessoas que têm imunidade mais baixa e evitar colocar as mãos na boca, além de completar todo o ciclo vacinal.

"O vírus ainda circula em todo mundo e continua sendo uma ameaça justamente pela sua alta capacidade de mutação. O fim da pandemia não foi decretado, o que esperamos que aconteça futuramente. O número de contaminados é estável no Brasil, porém, acredita-se em uma subnotificação, uma vez que as pessoas que apresentam quadros leves já não mais procuram o serviço de saúde e os centros de testagem montados pelas prefeituras são poucos, além do uso de autotestes", pontuou Reis.

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A partir de terça-feira (1º), a vacinação de reforço contra a Covid-19 com a bivalente será ampliada para toda população a partir de 12 anos, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (31).

A estratégia ocorre após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado, na semana passada, o registro do imunizante para crianças a partir de 5 anos. Antes da mudança, o imunizante era indicado para a população geral com idade superior a 18 anos, ou a partir dos 12 anos para pessoas com comorbidades.

A vacina é indicada como dose de reforço, ou seja, só pode ser aplicada em quem já se vacinou contra a doença com duas doses da monovalente e intervalo de quatro meses da última aplicação.

O imunizante oferece proteção contra a cepa original do coronavírus e contra as variantes que surgiram depois, como a ômicron, que passou a ser transmitida em 2021.

O esquema completo de vacinação será divulgado pela SMS no final da tarde desta segunda-feira.

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A variante XBB.1.5 do coronavírus, conhecida como Kraken, foi detectada pela primeira vez no Brasil nesta quinta-feira, 5. A paciente é uma mulher de 54 anos moradora do município de Indaiatuba, interior de São Paulo. Nesta quarta-feira, 4, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos e afirmado que a subvariante derivada da Ômicron é a versão mais transmissível da covid-19 identificada até o momento.

A identificação no Brasil foi feita pela rede de saúde integrada, Dasa. O virologista José Eduardo Levi, responsável pelo projeto científico Genov, que faz a vigilância genômica das variantes da covid-19 na empresa, explica que a amostra da paciente veio junto com uma sequência de 1.332 amostras positivas de coronavírus da variante Ômicron, sendo 33 da subvariante XBB, que já existia no País. Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde da mulher.

"Aqui as características são de não ter uma nova onda. A gente tem visto a proporção de XBB aumentar em um cenário de queda do número de casos e incidência. É claro que o efeito réveillon começa a aparecer daqui a algumas semanas. Hoje é muito precoce falar disso, mas se tivesse uma onda de Natal a gente estaria vendo agora, então não houve", avalia.

De acordo com o pesquisador, dentro de uma análise em larga escala nas amostras, ou seja, sem sequenciamento genético, é possível ver que houve diminuição da variante que dominava o Brasil, a BA.5, e suas derivadas.

Em contramão, houve um aumento de outra variante ainda desconhecida, mas que possui características de XBB. "Eu estimo que hoje nós estamos entre 20 a 30% de XBB. Se é a XBB.1.5 ou se vai virar a gente ainda não sabe, apenas o sequenciamento poderia dizer", afirma.

Qual a diferença entre a subvariante XBB e a XBB.1.5 ?

As variantes mudam de nome de acordo com as alterações adicionais que vão desenvolvendo, como a transmissibilidade, ou mudanças em pontos-chaves que fazem com que o vírus escape da resposta imunológica ou do uso de anticorpos no tratamento. A Organização Mundial da Saúde afirmou por meio do diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que a XBB.1.5 já foi encontrada em mais de 25 países.

"A XBB.1.5, uma recombinação das sublinhagens BA.2, está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países e a OMS está monitorando de perto", disse Tedros.

O Brasil, segundo o virologista, ainda tem um número alto de casos para dar brecha para as "evoluções" do vírus. "Quanto mais vacinada a população, quanto mais imunizada naturalmente, você vai fechando o gargalo para o coronavírus até o momento que ele não consegue ter mutações", afirma.

No que diz respeito aos sintomas, não há mudanças significativas com a nova subvariante, segundo o virologista. Ele explica que vírus se adaptou para ficar no trato respiratório alto, e não no pulmão, que leva à pneumonia, como era o caso da versão anterior à Ômicron. "O medo é que surja uma nova variante que seja 'muito boa' de transmitir e também desça para o trato respiratório com facilidade. Isso ainda não aconteceu", afirma.

No mês de novembro, o Brasil negociou com a Pfizer 34 milhões de vacinas bivalentes contra covid-19 que protegem contra a cepa original e contra as variantes BA.1, BA.4 e BA.5. As remessas finais devem chegar até o fim de janeiro.

De acordo com José Eduardo Levi, a atualização das vacinas não acompanha as variações, o que causa um "atraso", mas ainda sim imunizantes disponíveis conseguem proteger contra as novas versões. "No final, todas elas que têm Ômicron no esqueleto são melhores do que o que a gente tinha", explica.

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A pandemia de covid-19 deixou 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil até o final de 2021, conforme mostrou estudo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado na revista científica Archives of Public Health. Cientistas alertam para "desfechos adversos" da orfandade.

O levantamento levou em consideração os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2020 e 2021, e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), entre 2003 e 2020. Uma das limitações da pesquisa é que as informações de mortes de 2021 são preliminares.

No artigo, os pesquisadores alertam que a morte de um "progenitor", especialmente da mãe, está ligada a "desfechos adversos ao longo da vida e tem graves consequências para o bem-estar da família".

"A experiência da epidemia do HIV/SIDA tem demonstrado que as crianças órfãs são particularmente vulneráveis a nível emocional e comportamental, exigindo programas de intervenção para atenuar as consequências psicológicas da perda de um dos progenitores", escreveram.

Em nota, o coordenador do Observa Infância, da Fiocruz, Cristiano Boccolini, um dos autores do estudo, defendeu que o País precisa adotar urgentemente "políticas públicas intersetoriais de proteção à infância".

"Considerando a crise sanitária e econômica instalada no País, com a volta da fome, o aumento da insegurança alimentar, o crescimento do desemprego, a intensificação da precarização do trabalho e a crescente fila para o ingresso nos programas sociais, é urgente a mobilização da sociedade para proteção da infância."

Boccolini destacou também que a pesquisa mostrou que a covid foi "responsável por um terço de todas as mortes relacionadas a complicações no parto e no nascimento entre mulheres jovens". "O que representa um aumento de 37% nas taxas de mortalidade materna no Brasil, em relação a 2019, quando ela já era alta. A cada mil bebês nascidos vivos, uma mãe morreu no Brasil durante os dois primeiros anos da pandemia", apontou.

Desigualdades
O estudo revela que nos dois primeiros anos da pandemia, a covid foi responsável por um quinto das mortes registradas no País (19%). No entanto, não afetou a todos igualmente. Os pesquisadores mostraram que os menos escolarizados foram afetados desproporcionalmente pela doença.

A taxa geral de mortalidade pela doença foi de 14,8 óbitos para cada 10 mil habitantes. Quando observados apenas os analfabetos, ela foi de 38,8 para cada 10 mil, três vezes maior do que a taxa entre pessoas com educação superior (13/10 mil).

Uma das hipóteses dos pesquisadores para explicar o resultado é que indivíduos de baixa escolaridade ficaram mais expostos à infecção pela necessidade de trabalhar fora de casa, sem a possibilidade de parar de trabalhar durante a pandemia.

Eles também apontam que a população urbana de baixo nível socioeconômico está concentrada em favelas nas grandes metrópoles brasileiras, "impedindo o cumprimento das medidas de distanciamento social e isolamento dos casos diagnosticados".

"A desigualdade socioeconômica acarreta iniquidades no acesso aos serviços de saúde e, consequentemente, dificuldades no diagnóstico oportuno e no tratamento dos casos", destacou Wanessa da Silva de Almeida, uma das autoras da pesquisa, em nota.

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A prefeitura do município de Guanambi cancelou a festa de réveillon que ia acontecer na Praça do Feijão, devido ao aumento no número de casos de covid-19 na cidade. Em nota divulgada pela prefeitura, as taxas de contaminação seguem altas, "persistindo com índices semelhantes aos da última onda da doença".

De acordo com o último boletim divulgado, a cidade tem 84 casos ativos. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 49 novos casos. Segundo a prefeitura, são realizados, diariamente, 150 a 200 testes nas Unidades de Saúde da rede municipal.

A decisão de suspender a festa foi tomada durante uma reunião extraordinária realizada na tarde desta quarta (21), na secretaria municipal de saúde, entre o secretário interino Coronel Lira e membros do Conselho Municipal de Saúde (CMS), além de servidores e técnicos da pasta. Por decisão unânime, se decidiu recomendar o cancelamento do evento, que foi acatado pela gestão.

Segundo a prefeitura, o cantor Eduardo Costa, como também as licitações de estrutura e show pirotécnico já estavam finalizados pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer serão utilizados em um evento posterior, como São João ou aniversário da cidade, caso as taxas da covid-19 diminuam.

Seguindo a orientação do CMS, a secretaria de saúde irá publicar um decreto nesta semana, para nortear os locais de evento privado, que existe possibilidade de controle de acesso, para adotar medidas de prevenção, o que é impossível de se obrigar em área aberta, como uma praça pública.

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Apesar do aumento de casos de covid-19 na Bahia nos últimos dias, o governador Rui Costa (PT) negou, na manhã desta sexta-feira (16), que houve um avanço de 700% no mês e que dados do relatório da última quarta-feira (14) mostram o contrário.

“Eu não tenho esse número [de 700% de avanço nos casos] que você [o repórter da coletiva] acabou de citar não. Eu pedi o relatório de quarta-feira, os números estavam estáveis com ligeira tendência de queda. Ao chegar aqui passei uma mensagem pedindo um relatório de hoje, mas esse número eu não confirmo não”, disse Rui, ao ser questionado em coletiva de imprensa durante ato focado nas novas instalações da Polícia Civil que na antiga EBDA, em Itapuã.

“Ele [número de casos] cresceu e naquele momento eu fiz o decreto. De uma semana para cá, está em torno de nove mil casos ativos e com uma leve tendência a iniciar a queda”, ressaltou.

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O Ministério da Saúde abriu nesta terça-feira (6), consulta pública que trata da incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina da Pfizer para crianças de 6 meses a menores de 5 anos contra a covid-19. Segundo a pasta, as manifestações podem ser enviadas até o dia 15 de dezembro, pelo site da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). “O período de contribuição terá duração de 10 dias devido à relevância do tema e qualquer pessoa pode participar. Essa etapa faz parte de todos os processos de incorporação analisados pela Comissão”, ressaltou a pasta em nota.

Atualmente, no caso da faixa etária entre 6 meses e menores de 3 anos, a vacina da Pfizer é recomendada para as crianças com comorbidades. A Conitec deu recomendação preliminar favorável à incorporação. Após a consulta pública, o tema volta para a Comissão para o parecer final.

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O Hospital Aristides Maltez anunciou a suspensão das visitas aos pacientes internados a partir desta segunda-feira (28), devido ao aumento de casos de covid-19 em Salvador. A suspensão é temporária.

Na quinta-feira (24), as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) informaram que as visitas a pacientes estão suspensas a partir da sexta (25). A medida será válida por 15 dias.

A Bahia passa por um momento de aumento de casos da doença nos últimos dias, que também acompanha o crescimento dos casos no país.

Os pacientes do Aristides Maltez que se encontram nas enfermarias do Hospital continuarão tendo acompanhantes e os familiares daqueles que estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) poderão receber um visitante por dia, que terá acesso ao boletim médico.

O Hospital ressaltou que pessoas com sintomas gripais ou com covid-19 não devem comparecer ao hospital. No caso de pacientes, devem remarcar as consultas.

Os já internados e que forem diagnosticados com covid precisarão ser mantidos isolados, ou seja, sem acompanhantes.

Para adentrar as dependências do HAM, é obrigatório o uso de máscara e todos deverão apresentar o cartão de vacinação com o esquema vacinal completo.

No caso das Osid, os familiares continuarão recebendo informações normalmente sobre os familiares internados, seja por boletins médicos via telefone ou por meio de videochamadas com os pacientes.

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A Bahia retomará a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados e transportes públicos a partir desta terça-feira (29). O decreto que estabelece a adoção das medidas sanitárias contra a covid-19 foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). O texto inclui ainda a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação para ter acesso à prédios públicos, SAC e Detran.

A medida, autorizada pelo governador Rui Costa, entra em vigor nesta terça em todo o território baiano e tem objetivo de conter a disseminação do coronavírus após o aumento dos casos de Covid-19. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o estado registrou, até esta segunda-feira (28), 5.274 pessoas com a doença.

Onde é obrigatório?
O uso de máscaras voltará a ser obrigatório em transportes públicos, tais como trens, metrô, ônibus, lanchas e ferry boat, e seus locais de acesso, como as estações de embarque; em salões de beleza e centros de estética; em bares, restaurantes, lanchonetes e demais estabelecimentos similares; em templos para atos religiosos litúrgicos; em escolas e universidades; em ambientes fechados, tais como teatros, cinemas, museus, parques de exposições e espaços similares.

Os eventos seguem com realização autorizada. No entanto, volta a ser exigido o uso de máscara e comprovação de vacina naqueles em que haja controle de acesso e venda de ingressos. A comprovação de vacinação, em todos os casos em que é solicitada, será feita mediante apresentação do documento fornecido no momento da imunização ou do Certificado Covid, obtido por meio do aplicativo “CONECT SUS”.

A necessidade da comprovação vacinal será obrigatória também para o acesso a quaisquer prédios públicos, nos quais se situem órgãos, entidades e unidades administrativas. Os atendimentos presenciais no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) ficam condicionados à comprovação da vacinação e à obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.

De acordo com a secretária da Saúde do Estado, Adélia Pinheiro, as medidas contidas no decreto visam reduzir o avanço da Covid-19 no estado. “Essas ações, que poderão ser juntadas a outras a depender da evolução da pandemia, são importantes para que a população esteja melhor protegida e para que possamos deixar todos assistidos”, afirma.

Aumento de casos

A partir desta segunda-feira (28), os boletins epidemiológicos de covid-19 voltam a ser divulgados de segunda a sexta-feira na Bahia. A decisão foi tomada após o aumento do número de casos em todo o estado.

Na Bahia, nas últimas 72 horas, foram registrados 2.258 casos de covid-19, 1.564 recuperados e 8 óbitos. Os dados são do boletim epidemiológico desta segunda.

Dos 1.716.905 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.680.599 já são considerados recuperados, 5.472 encontram-se ativos e 30.834 tiveram óbito confirmado. Os dados ainda podem sofrer alterações.

Leitos
O decreto que será publicado no Diário Oficial não cita aumento no número de leitos no estado para o atendimentos dos pacientes infectados. No entanto, o governador Rui Costa informou nesta segunda-feira (28), durante um evento, que há um número crescente de demanda por leitos de UTI e leitos clínicos. A maior demanda está concentrada na RMS, principalmente na capital.

"No interior, os números são baixos. Mas pelo histórico de contaminação, esse foi processo da covid, os números crescem nas maiores cidades e depois vai se espalhando nas cidades do interior", disse.

O número de leitos no Hospital Espanhol, referência no tratamento da doença, vai ser ampliado até o final da semana. "Autorizei aumentar o número de leitos de UTI e clínico no Espanhol, e deveremos chegar ao número máximo possível ainda esta semana. A demanda está crescente e rápida. Vamos avaliar a tomada de medidas a partir dos números [de casos]", explicou.

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Os pontos de vacinação contra a covid-19 na modalidade drive-thru serão reativados em Salvador. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) pelo prefeito Bruno Reis, durante coletiva de imprensa no bairro do Comércio. Segundo o gestor, a medida é para facilitar e incentivar que o público que ainda não completou o esquema vacinal.

"Não justificava manter antes porque não tínhamos pessoas indo se vacinar. É normal ter uma procura maior pela vacina quando aumenta o número de casos, por isso vamos reabrir os drives. As medidas que nesse momento se fazem necessárias a prefeitura está adotando", disse.

Clique aqui e veja onde fazer o teste em Salvador - covidag_lista_das_unidades_18novembro2022.cdr (salvador.ba.gov.br)

Bruno Reis pontuou também que, com o aumento de casos da doença, a prioridade será acelerar a vacinação e recomendar o uso das medidas sanitárias, principalmente, para pessoas idosas, pacientes com comorbidades ou imunossuprimidos, gestantes e pacientes com sintomas gripais.

"O momento é de cautela. Muitas pessoas estavam achando que estávamos definitivamente livres da covid e não concluíram o ciclo vacinal. Estamos acompanhando a evolução. Temos contratos firmados para retomar a abertura, se necessário, de gripários e tendas, então não é preciso realizar licitações, que acabam demandando um tempo maior", explicou o prefeito.

Ainda de acordo com o prefeito, apesar do aumento de casos, não há planos para a retomada de medidas restritivas. "Nossa equipe da saúde está acompanhando o que acontece no Brasil e no mundo. Se for necessário adotar medidas, adotarei, mas nesse momento acho que temos que fazer um grande empenho para a vacinação."

Ocupação de leitos
A taxa de ocupação de leitos de UTI do Hospital Espanhol teve aumento, chegando a 75% dos 40 disponíveis, informou a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) nesta quinta-feira (17). A secretaria vai avaliar e pode ampliar a quantidade de leitos para 80.

O hospital, que é referência para tratamento da covid-19 na Bahia, tem 30 dos 40 leitos de UTI ocupados. Já dos 40 leitos de enfermaria, 23 estão ocupados, o que dá uma taxa de 58%.

De acordo com a unidade, 60% dos pacientes internados são pessoas com mais de 60 anos.

A recomendação da Sesab nesse momento é para que as pessoas completem o esquema vacinal, façam teste caso apresentem sintomas, se isolem em caso de confirmação da doença e usem máscaras em unidades de saúde.

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