Vigilantes da Ufba paralisam atividades e cobram repasse de verbas para salários

Vigilantes da Ufba paralisam atividades e cobram repasse de verbas para salários

Vigilantes terceirizados da Ufba paralisaram as atividades nesta quarta-feira (8) e fizeram um protesto na entrada principal do campus do bairro de Ondina, em Salvador, para cobrar repasse de verbas para pagamento de salários.

Os trabalhadores são vinculados ao Grupo MAP, que informou ao G1 que os repasses da universidade estão atrasados há seis meses, desde antes do anúncio do bloqueio de verbas anunciada esse ano pelo governo federal, e que a instituição está devendo R$ 16 milhões à empresa.

O sócio-administrador do Grupo MAP, Sisnando Lima, disse que por conta da situação, os cerca de 400 trabalhadores da empresa que atuam na Ufba já estão de aviso prévio e podem ser demitidos a qualquer momento, caso não haja normalização dos repasses.

Ainda segundo o Grupo MAP, o movimento foi organizado pelos próprios funcionários.

"A UFBA está devendo para a gente R$ 16 milhões. A instituição não paga faturas desde o ano passado. São seis meses de atraso. Ao contrário de outras empresas, a MAP, mesmo assim, paga os trabalhadores com recursos próprios. Só que há um limite financeiro e a situação começa a se agravar. Por conta disso, os trabalhadores foram colocados em aviso prévio", disse Lima.

O que diz a Ufba

Em nota, a Ufba informou que tomou conhecimento da paralisação dos vigilantes e que, imediatamente, a administração central estabeleceu o diálogo com a direção do Grupo MAP, a fim de que a equipe retome as atividades normais.

Enquanto isto, o reitor João Carlos Salles, que se encontra em Brasília, está envidando esforços junto ao Ministério de Educação para a liberação de recursos para o pagamento da empresa.

A administração informou também que está em contato com a PM, para reforçar a segurança no entorno dos Campi da UFBA, por meio da ronda universitária.

As aulas nos campi da instituição estão ocorrendo normalmente.

Bloqueio de verbas

A Ufba informou, na terça-feira (7), que o bloqueio de recursos da instituição pelo Ministério da Educação (MEC) foi ampliado de R$ 37 milhões para mais de R$ 55 milhões. A informação foi divulgada ao G1 pelo reitor da instituição de ensino, João Carlos Salles.

Salles informou que o "bloqueio adicional" no orçamento ocorreu entre quinta (2) e sexta-feira (3) da semana passada.

Ele diz que somente dos recursos para custeio, a verba bloqueada chegou a R$ 49.703.394. O dinheiro do custeio é destinado ao pagamento de contas como água luz, telefone, internet, limpeza e vigilância. Já dos recursos para investimento, a verba bloqueada chegou a R$ 6.203.047.

Segundo o MEC, "o bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas".

Conforme o Ministério, a Ufba teve R$ 50.404.206 bloqueados, e tem R$ 199 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo o o ministério, desse valor, 40% foram liberados no início do ano, para custear despesas até junho.

O MEC ainda afirmou que Universidade Federal da Bahia não usou os recursos já liberados para investimento e tem ainda R$ 665.337 disponíveis para utilizar até junho. Já em custeio, de acordo com o Ministério da Educação, a unidade "tem disponíveis R$ 42 milhões para gastar até o próximo mês".

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse, nesta terça-feira (7), em uma audiência na Comissão de Educação no Senado, que não haverá corte no orçamento das universidades e instituições de ensino federais, mas sim um contingenciamento.

Ele destacou, ainda, que o recurso poderá voltar a ser liberado se a reforma da Previdência for aprovada e se a economia do país melhorar no segundo semestre.

Atualmente, a Ufba tem 40 mil alunos, divididos entre os três campi da instituição, em Salvador, Camaçari, na região metropolitana, e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. A universidade oferece 105 cursos de graduação e 136 de pós-graduação (54 doutorados e 82 mestrados).

A instituição é a 1ª do Nordeste, a 10ª brasileira e a 30ª da América Latina no ranking Times Higher Education (THE), da revista inglesa Times, que avalia 1.250 universidades de 36 países. Apenas 15 brasileiras estão entre as mil melhores do mundo, e 36 entre as 1.100.

Na segunda-feira (6), estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais realizaram uma manifestação em Salvador em protesto contra o bloqueio de verbas. O grupo, de cerca de 500 pessoas, saiu em caminhada da Faculdade de Educação, no Vale do Canela, até a reitoria da instituição.

Além da Ufba, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia (Ufsb) também relataram cortes orçamentários, que chegam a cerca R$ 40 milhões.

Fonte: G1/Bahia

Vigilantes terceirizados da Ufba paralisaram as atividades nesta quarta-feira (8) e fizeram um protesto na entrada principal do campus do bairro de Ondina, em Salvador, para cobrar repasse de verbas para pagamento de salários.

Os trabalhadores são vinculados ao Grupo MAP, que informou ao G1 que os repasses da universidade estão atrasados há seis meses, desde antes do anúncio do bloqueio de verbas anunciada esse ano pelo governo federal, e que a instituição está devendo R$ 16 milhões à empresa.

O sócio-administrador do Grupo MAP, Sisnando Lima, disse que por conta da situação, os cerca de 400 trabalhadores da empresa que atuam na Ufba já estão de aviso prévio e podem ser demitidos a qualquer momento, caso não haja normalização dos repasses.

Ainda segundo o Grupo MAP, o movimento foi organizado pelos próprios funcionários.

"A UFBA está devendo para a gente R$ 16 milhões. A instituição não paga faturas desde o ano passado. São seis meses de atraso. Ao contrário de outras empresas, a MAP, mesmo assim, paga os trabalhadores com recursos próprios. Só que há um limite financeiro e a situação começa a se agravar. Por conta disso, os trabalhadores foram colocados em aviso prévio", disse Lima.

O que diz a Ufba

Em nota, a Ufba informou que tomou conhecimento da paralisação dos vigilantes e que, imediatamente, a administração central estabeleceu o diálogo com a direção do Grupo MAP, a fim de que a equipe retome as atividades normais.

Enquanto isto, o reitor João Carlos Salles, que se encontra em Brasília, está envidando esforços junto ao Ministério de Educação para a liberação de recursos para o pagamento da empresa.

A administração informou também que está em contato com a PM, para reforçar a segurança no entorno dos Campi da UFBA, por meio da ronda universitária.

As aulas nos campi da instituição estão ocorrendo normalmente.

Bloqueio de verbas

Salles informou que o "bloqueio adicional" no orçamento ocorreu entre quinta (2) e sexta-feira (3) da semana passada.

Ele diz que somente dos recursos para custeio, a verba bloqueada chegou a R$ 49.703.394. O dinheiro do custeio é destinado ao pagamento de contas como água luz, telefone, internet, limpeza e vigilância. Já dos recursos para investimento, a verba bloqueada chegou a R$ 6.203.047.

Segundo o MEC, "o bloqueio preventivo incide sobre os recursos do segundo semestre para que nenhuma obra ou ação seja conduzida sem que haja previsão real de disponibilidade financeira para que sejam concluídas".

Conforme o Ministério, a Ufba teve R$ 50.404.206 bloqueados, e tem R$ 199 milhões previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo o o ministério, desse valor, 40% foram liberados no início do ano, para custear despesas até junho.

O MEC ainda afirmou que Universidade Federal da Bahia não usou os recursos já liberados para investimento e tem ainda R$ 665.337 disponíveis para utilizar até junho. Já em custeio, de acordo com o Ministério da Educação, a unidade "tem disponíveis R$ 42 milhões para gastar até o próximo mês".

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse, nesta terça-feira (7), em uma audiência na Comissão de Educação no Senado, que não haverá corte no orçamento das universidades e instituições de ensino federais, mas sim um contingenciamento.

Ele destacou, ainda, que o recurso poderá voltar a ser liberado se a reforma da Previdência for aprovada e se a economia do país melhorar no segundo semestre.

Atualmente, a Ufba tem 40 mil alunos, divididos entre os três campi da instituição, em Salvador, Camaçari, na região metropolitana, e Vitória da Conquista, no sudoeste do estado. A universidade oferece 105 cursos de graduação e 136 de pós-graduação (54 doutorados e 82 mestrados).

A instituição é a 1ª do Nordeste, a 10ª brasileira e a 30ª da América Latina no ranking Times Higher Education (THE), da revista inglesa Times, que avalia 1.250 universidades de 36 países. Apenas 15 brasileiras estão entre as mil melhores do mundo, e 36 entre as 1.100.

Na segunda-feira (6), estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais realizaram uma manifestação em Salvador em protesto contra o bloqueio de verbas. O grupo, de cerca de 500 pessoas, saiu em caminhada da Faculdade de Educação, no Vale do Canela, até a reitoria da instituição.

Além da Ufba, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) e a Universidade Federal do Sudoeste da Bahia (Ufsb) também relataram cortes orçamentários, que chegam a cerca R$ 40 milhões.

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  • Cursos na Ufba suspendem aulas em meio a violência no Alto das Pombas e Calabar

    A Reitoria da Universidade Federal da Bahia recomendou a suspensão das aulas e atividades administrativas nesta segunda-feira (4), nos campi de Ondina, Canela, São Lázaro e Federação, "para garantir uma maior tranquilidade à comunidade". A decisão é por conta da insegurança nas regiões do Alto das Pombas e no Calabar, que registram tiroteios desde a madrugada.

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    Ameaça de um toque de recolher imposto nas duas regiões a partir da tarde de hoje circulam entre os moradores e também nas redes sociais. "Quem trabalha chegue cedo porque não vai entrar nem sair ninguém", diz uma das ameaças.

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    No Calabar, houve tiroteios na noite de ontem e na madrugada de hoje. Uma bala perdida atingiu um apartamento no 13º andar de um prédio na Graça.

  • Ufba aumenta valor das bolsas para acompanhar CNPq, Capes e Fapesb

    A Universidade Federal da Bahia (Ufba) reajustou os valores das bolsas de pesquisa, monitoria e extensão que são custeadas com recursos do orçamento da instituição. Atualmente, este é o caso de 1.434 bolsas, informou a Ufba nesta segunda-feira (17).

    O reajuste equipara os valores das modalidades de bolsas custeadas pela Ufba aos novos valores anunciados recentemente pelo Ministério da Educação e já adotados pelas agências de fomento federais - CNPq e Capes - e estadual - Fapesb. 

    Assim, passa de R$ 400 para R$ 700 o valor das bolsas pagas no Pibic, Pibiex 2022-2023, Pibiex 2023-2024, Pibiartes 2022-2023, Pibiartes 2024-2023, ACCS 2023.1, ACCS 2023.1, núcleo de extensão e monitoria 1º semestre e 2º semestre. Já as bolsas Pibic Jr vão de R$ 100 para R$ 300 por mês.

    O investimento será de aproximadamente R$ 4,2 milhões. A Ufba informou que aguarda a suplementação orçamentária prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias e já reconhecida pelo Ministério da Educação.

    Em nota, a instituição diz ainda que aguarda a sinalização do governo em relação a uma possível suplementação dos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) - o que possibilitará reajustar também as bolsas de assistência estudantil.

     

  • Ufba adia início das aulas de novos alunos para segunda-feira (3)

    Os estudantes que ingressam na Universidade Federal da Bahia (Ufba) através da primeira chamada do Sisu 2023.1, deverão iniciar as aulas na próxima segunda-feira (3) - cinco dias após a data anteriormente estabelecida, 29 de março. De acordo com a instituição de ensino, o adiamento foi provocado pela demora na divulgação do resultado do Sisu pelo Ministério da Educação em 2023, o que impactou na necessidade de estender o tempo para a realização de todas as etapas dos processos seletivos. "Por este motivo, diversas instituições federais de ensino superior optaram por somente matricular os aprovados no Sisu 2023 no segundo semestre letivo", informa a Ufba.

    Ainda de acordo com a universidade, a mudança não vai impactar nas datas de início e término dos dois semestres letivos de 2023 previstas pelo calendário acadêmico. A data de encerramento do semestre 2023.1 permanece em 15 julho e o semestre letivo 2023.2 acontecerá de 14 de agosto a 16 de dezembro. Os ingressantes das chamadas seguintes do Sisu 2023.1 iniciarão seus cursos no segundo semestre de 2023.

    A Ufba disponibilizou 4.695 vagas de acesso via SISU, além de possuir processos seletivos próprios. A instituição informa que as etapas fundamentais destes processos envolvem grande complexidade e equipes dedicadas, em procedimentos indispensáveis à matrícula dos estudantes aprovados. "Esse último ajuste na data de ingresso, portanto, visa a assegurar o correto preenchimento das vagas, seja pela política de cotas ou pela ampla concorrência", informa.

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