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Comércio baiano deve ter queda de R$ 103 milhões em vendas para o Dia dos Pais

Comércio baiano deve ter queda de R$ 103 milhões em vendas para o Dia dos Pais

Esse ano as compras de presentes para o Dia dos Pais promete ser mais tímida. Com a crise financeira provocada pelo novo coronavírus, a tendência é que a data comemorativa tenha uma queda de 8% nas vendas em relação ao ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio).

A queda nas vendas vai gerar forte impacto financeiro para os lojistas. A estimativa é que nos 9 primeiros dias de agosto o varejo perca R$ 103 milhões de reais, para um total de faturamento de R$ 1,11 bilhão. No ano passado o resultado já havia sido negativo de -3,1%, com faturamento de R$ 1,21 bilhão.

De acordo com a Fecomércio, esse cálculo é feito levando em conta as atividades que de alguma forma têm relação com a data comemorativa. O segmento que deve apresentar a maior queda nas vendas é o setor de vestuário, tecidos e calçados, com 28% de queda nas vendas. Esse é o ramo que sempre aparece me primeiro lugar nas pesquisas de intenção de compra, como camisa, calça, meia, pijama etc.

Outro setor que vai sofrer é o de móveis & decoração e também no de eletroeletrônico com desempenhos estimados de -26% e -18%, respectivamente. “São duas atividades com preços de produtos mais elevados, com compras realizadas a crédito e em parcelas. Diante da insegurança no emprego, as famílias preferem evitar qualquer tipo de dívida neste momento. Então compras de computador, celular, fritadeira elétrica, por exemplo, devem ser negativas para o período”, estima o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Mesmo na crise, no entanto, tem setor que vai conseguir alavancar as vendas. É o caso dos supermercados e farmácias. De acordo com os cálculos da Fecomércio-BA, nos 10 primeiros dias de agosto as vendas de supermercados devem subir 8% em relação ao ano passado.

“Até mesmo pelo isolamento social, as famílias devem realocar os recursos que seriam utilizados na compra de uma roupa, por exemplo, para fazer um festejo com uma refeição mais intimista em casa”, comenta Dietze.

Já as farmácias e perfumarias tendem a ficar próximas a estabilidade com 1% de alta. Por conta da pandemia, é esperado que as pessoas procurem produtos de higiene e beleza para presentear os pais.

“A reabertura gradual da atividade econômica em Salvador não deve vir acompanhada pelo aumento do consumo, pelo contrário. Alertamos que o desemprego bastante elevado não dá chance para a retomada das vendas de forma significativa. Se não fosse o auxílio emergencial a situação seria ainda mais crítica”, alerta o economista da Fecomércio-BA.