Bahia tem a maior taxa de desemprego do Brasil, aponta IBGE

Bahia tem a maior taxa de desemprego do Brasil, aponta IBGE

A Bahia tem a maior taxa de desemprego do Brasil. A desocupação no estado avançou ainda mais no mês de setembro, conforme mostra um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23). Os dados são da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid19.

Segundo o instituto, a taxa de desocupação - ou seja, o percentual de pessoas que procuram emprego em relação às que estão trabalhando - cresceu novamente e atingiu 19,6%. No mês anterior, em agosto, esse índice era de 18,1%. O número é o mais alto do país.

Em setembro o número de pessoas que estavam trabalhando (93 mil), foi inferior ao aumento no número de pessoas desocupadas, ou seja, aquelas que buscam uma vaga no mercado de trabalho e ainda não encontraram. Esse grupo cresceu 12,5%, passando de 1,078 milhão de pessoas para 1,213 milhão.

Ou seja, em apenas um mês, mais de 135 mil pessoas passaram a ter essa condição. Isso fez com que, assim como já havia ocorrido mês anterior, na passagem de agosto para setembro, a Bahia registrasse o maior aumento absoluto do país no número de pessoas procurando trabalho no Brasil.

Segundo o IBGE, o contínuo aumento no número de pessoas desocupadas no estado tem relação com a nova queda registrada no número de cidadãos que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidade no mercado.

É a primeira vez desde maio que esse grupo, cuja busca por trabalho é impactada diretamente pela Covid-19, ficou abaixo dos 2 milhões na Bahia. Os números apontam que esse valor chegou a 1,891 milhão de pessoas em setembro, numa redução de 12,5% em relação a agosto, o que representou menos 270 mil pessoas nessa situação, em apenas um mês.

Ainda assim, o índice é o segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, que registra 2,640 milhões de pessoas que desejam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por conta da pandemia.

Redução salarial
Setembro também registrou uma queda no percentual de trabalhadores na Bahia que tiveram redução salarial comparado ao que costumavam receber. A queda foi de 29,6%, ou seja, afetou 1,438 milhão de pessoas.

Antes, entre maio e junho, 2,1 milhões de pessoas tinham sofrido com a redução salarial, o que representa pouco mais de 4 em cada 10 trabalhadores baianos. Apesar disso, a Bahia ainda era, em setembro, o estado com maior percentual de trabalhadores com redução de rendimento do país.

A redução média no rendimento de trabalho na Bahia, em setembro, foi de 10,8%. Habitualmente, quem atua no mercado de trabalho baiano possui um rendimento médio mensal de R$ 1.686, mas receberam efetivamente R$ 1.504 (menos R$ 183).

Em setembro, mante-ve em 58,8% o percentual de proporção de domicílios em que pelo menos uma pessoa recebia algum tipo de auxílio emergencial por causa da pandemia. Isso representa 2,862 milhões de domicílios foram atendidos no estado.

A Bahia se manteve, em setembro, com o 3º maior contingente de domicílios recendo o auxílio emergencial e o 8º percentual.

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    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

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    Drones

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