O Brasil fez uma estreia impecável na Copa do Mundo Feminina. Candidata ao título, a Seleção não tomou conhecimento do Panamá e atropelou: 4x0, na manhã desta segunda-feira (24), em Adelaide, na Austrália. A goleada, aliás, teve nome e sobrenome: Ary Borges. Em seu primeiro jogo no torneio da Fifa, a meia deu show e aplicou um hat-trick. Bia Zaneratto também deixou o dela.

Mais do que o resultado elástico, chamou a atenção a ótima atuação canarinha no estádio Hindmarsh. Domínio total, intensidade durante a partida inteira e repertório extenso no ataque. Atual campeã da Copa América, a Amarelinha cumpriu o favoritismo diante do estreante Panamá e mostrou que tem reais condições de brigar pelo inédito título mundial.

A goleada levou o Brasil aos três pontos, garantindo a liderança isolada do Grupo F. Na próxima rodada, a Seleção encara a França, no sábado (29), às 7h, em Brisbane. A rival europeia, aliás, tropeçou em sua estreia e só empatou em 0x0 com a Jamaica. As duas aparecem na tabela com um ponto. Já o Panamá, com a derrota, está zerado.

O jogo

Como era esperado, a rainha Marta começou sua sexta Copa do Mundo Feminina no banco de reservas. A histórica camisa 10 vinha fazendo os treinos preparatórios em separado por conta de um desgaste na coxa esquerda. A grande novidade na escalação da técnica Pia Sundhage foi a presença de Bia Zaneratto, que ganhou a concorrência com Geyse. Na zaga, a jovem Lauren, de apenas 20 anos, entrou na vaga de Kathellen, que sentiu uma fisgada e foi poupada.

Favorito para o confronto, o Brasil dominou totalmente o primeiro tempo. Com 75% de posse de bola, controlou com tranquilidade um Panamá que não ameaçou em qualquer momento da partida - e praticamente não passou do meio de campo. Mais que isso, a Seleção mostrou repertório extenso para levar perigo.

As canarinhas podiam ter marcado ainda no primeiro minuto, quando Bia Zaneratto recebeu de Debinha, disparou e encontrou Adriana na área. A camisa 11 finalizou, mas a goleira Bailey defendeu. A pressão continuou, com finalizações de Bia, Antônia e Debinha. A camisa 9, aliás, tirou tinta da trave aos 17, em uma bela cobrança de falta.

Em um jogo de ataque x defesa, o gol parecia ser questão de tempo. E foi. No minuto seguinte, Debinha recebeu de Tamires, cortou para o meio e cruzou com perfeição para Ary Borges cabecear e colocar a bola no fundo do gol: 1x0, aos 18 do primeiro tempo.

Aos 30, o Brasil podia ter chegado ao segundo. Em rápido contra-ataque, Debinha encontrou Bia Zaneratto na área. Mas a atacante do Palmeiras dominou mal, e a goleira conseguiu mandar a bola pela linha de fundo. A arqueira panamenha voltou a aparecer aos 35, em uma incrível defesa. Após levantamento na área, Debinha deu uma bicicleta e colocou a bola no meio. Zaneratto ajeitou para Luana finalizar, mas Bailey impediu.

Explorando muito pelos lados, o Brasil ampliou em um lance parecido com o primeiro gol: cruzamento da esquerda para a artilheira do dia, Ary Borges. Dessa vez, a jogada foi construída por Tamires, com perfeição. Mandou para Ary, que cabeceou e obrigou a defesa da goleira. Mas Bailey espalmou para frente e a camisa 17, com frieza, empurrou a bola para a rede, garantindo o 2x0 aos 38 minutos.

O segundo tempo mal havia começado e veio o terceiro gol canarinho. E em um golaço. Tamires encontrou Debinha na esquerda, a atacante tabelou com Adriana e cruzou na área. Ary Borges, na frente do gol, ajeitou de calcanhar para Bia Zaneratto soltar a bomba, aos 2 minutos.

A primeira finalização do Panamá veio apenas aos 12. Baltrip-Reyes recebeu na ponta esquerda, cortou para o meio e chutou, para a defesa firme de Letícia. A goleira foi mais uma vez acionada aos 18, em um lance de Tanner.

Com a vantagem do 3x0, Pia Sundhage aproveitou para fazer mudanças. Tirou Bia, Debinha e Antônia, para as entradas de Gabi Nunes, Geyse e Bruninha. Mas o dia era mesmo de Ary Borges. Aos 24 minutos, Geyse cruzou com perfeição para a atacante cabecear debaixo das pernas da goleira e fazer o hat-trick na estreia brasileira na Copa do Mundo Feminina.

Aos 29 minutos, veio um dos momentos mais esperados para o Mundial: Marta em campo, no lugar da artilheira Ary Borges. Não à toa, levou o estádio à loucura. A rainha teve ótima chance aos 47, em cobrança de falta. Bateu colocado, mas a goleira panamenha defendeu com tranquilidade.

Antes, Geyse havia aparecido bem aos 35, após tabelinha de Kerolin com Gabi Nunes, mas finalizou perto da trave esquerda. No fim, Duda Sampaio tentou deixar o dela, em um chute com força, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.

Ficha técnica

Brasil 4x0 Panamá - 1ª rodada da Copa do Mundo Feminina (Grupo F)

Brasil: Letícia, Antônia (Bruninha), Lauren, Rafaelle e Tamires; Luana (Duda Sampaio), Kerolin, Adriana e Ary Borges (Marta); Debinha (Geyse) e Bia Zaneratto (Gabi Nunes). Técnica: Pia Sundhage.

Panamá: Bailey, Castillo, Pinzón, Vargas (Montenegro), Baltrip-Reyes e Jaén (Wendy Natis); Mills (Emily Cedeño), Quintero (Salazar), Gonzáles e Cox (Lineth Cedeño); Riley (Tanner). Técnico: Ignacio Quintana.

Estádio: Hindmarsh, em Adelaide, na Austrália

Gols: Ary Borges, aos 18 minutos e aos 38 minutos do primeiro tempo; Bia Zaneratto, aos 2 minutos, Ary Borges, aos 24 minutos do segundo tempo;

Arbitragem: Cheryl Foster (País de Gales), auxiliada por Micelle O'neill (Irlanda) e Franca Overtoom (Holanda).

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O hexa não veio e o sonho do título do Brasil parou, mais uma vez, nas quartas de final. O que resta é esperar quase quatro anos para a próxima Copa do Mundo. “Quase” porque a Copa de 2026 voltará a ser disputada no meio do ano (de 8 de junho a 3 de julho), mas essa não é a única mudança. Estados Unidos, Canadá e México irão sediar o primeiro Mundial em três países e que dará início a uma nova era da maior competição de futebol do planeta.

Aprovado pela Fifa ainda em 2017, o Mundial de 2026 passará a ter 48 seleções na disputa pela taça. A disputa com 32 seleções durou de 1998, na Copa da França, até a recente edição, no Catar.

Por mais que a Fifa não tenha declarado isso oficialmente, entende-se que a escolha de ampliar o número de seleções participantes fortaleceu uma candidatura tripla, que já vinha sendo discutida desde 2015. Com mais seleções, há a necessidade de mais estádios, hotéis, centros de treinamento e estrutura para receber os turistas.

Segundo divulgou a entidade, o próximo Mundial será dividido em 16 cidades, sendo a grande maioria delas nos Estados Unidos, que terá 11 sedes. Será a segunda edição em solo norte-americano e, dessas cidades escolhidas, cinco receberam a Copa de 1994. Los Angeles, San Francisco, Nova Iorque/Nova Jersey, Dallas e Boston foram há 28 anos - naquela época eram nove cidades. Em 2026, se juntarão a Atlanta, Houston, Kansas City, Miami, Filadélfia e Seattle.

Já o México, que sediará sua terceira Copa e se tornará a nação que abrigou mais edições (1970, 1986 e 2026), terá jogos na capital Cidade do México, em Guadalajara e em Monterrey. O Canadá ficou apenas com duas cidades: Toronto e Vancouver.

Acima, em ordem, participaram do anúncio Vittorio Montagliani. presidente da Concacaf, Gianni Infantino, presidente da Fifa, Colin Smith, diretor de operações da entidade, e Bryan Swanson, jornalista e atual Diretor de Mídias e Relações da Fifa.

Entretanto, a próxima Copa não será a edição com mais cidades participantes. Em 2002, Japão e Coreia do Sul receberam a primeira - e única até agora - Copa do Mundo que aconteceu em mais de um país. Naquele ano, foram 20 estádios em 20 cidades no total, dez em cada país.

Na campanha do penta do Brasil, por exemplo, as sete partidas disputadas aconteceram em sete locais diferentes, sendo que os jogos da fase de grupos aconteceram em três cidades da Coreia, e os da fase mata-mata, em quatro localidades do Japão.

A efeito de comparação com o Catar, a Seleção Brasileira percorreu três cidades - Lusail, Doha e Al Rayyan - e visitou também três estádios diferentes em cinco jogos: o Lusail (homônimo à cidade), o 974 e o Estádio da Educação, onde foi eliminado para a Croácia nas quartas de final.

Vale ressaltar que, mesmo no caso de 2002, o deslocamento entre as cidades que abrigavam os jogos era relativamente curto, ainda que implicasse pegar aviões - no Catar, isso nem foi preciso. Mas, para 2026, a realidade geográfica das sedes é outra. E a fim de reduzir o impacto do trânsito entre as cidades, já que Estados Unidos e Canadá têm dimensões continentais, a Fifa dividiu as cidades em três zonas que abrigam sedes dos três países: Oeste (com cinco cidades), Central (seis), e Leste (cinco).

Com isso, uma seleção jogará só em cidades que fiquem dentro da mesma zona, o que facilita para os torcedores acompanharem a mesma seleção e evita também mudança de fuso-horário.

Formato de disputa

Mesmo com a divulgação dessas informações com antecedência, algumas respostas ainda precisam ser dadas pela entidade máxima do futebol. A principal delas é o formato de disputa da próxima Copa do Mundo, até porque isso impacta em todos os outros aspectos de logística, divisão dos jogos e venda de ingressos.

A ideia inicial informada pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, era que o Mundial tivesse 16 grupos com três seleções em cada. Mas a disputa no Catar parece ter aberto os olhos do dirigente para um outro caminho.

Na sexta-feira passada, o presidente da Fifa admitiu que a entidade vai rediscutir o formato de disputa do Mundial, principalmente por causa da emoção das últimas rodadas na fase de grupos com quatro integrantes.

“Quando anunciamos a Copa do Mundo com 48 times, decidimos que seria com 16 grupos de três. Mas preciso dizer aqui que vamos rediscutir isso. Eu preciso dizer que depois desta Copa do Mundo e do sucesso dos grupos de quatro... Os grupos foram incríveis, com emoção até o último minuto. Precisamos rediscutir o formato. Podem ser 12 grupos de quatro. Vai estar na agenda dos próximos encontros”, explicou Infantino ainda no Catar.

Olhando para a ideia inicial, com grupos de três seleções, seria um formato já visto na histórias das Copas. Em 1982, que teve como novidade a participação de 24 equipes (antes eram 16), a segunda fase da Copa do Mundo envolvia quatro grupos de três, e os vencedores de cada grupo faziam a semifinal do torneio.

Mas mesmo que sejam mantidos grupos com apenas três seleções, os semifinalistas seguem fazendo sete partidas ao fim do Mundial. Isso porque seria criada uma nova fase chamada de 16 avos de final, antes das oitavas de final. Esse formato já é visto em competições da Uefa, como a Liga Europa, que também tem 48 times participando.

O modelo da Copa que agora chega ao fim, com 32 participantes divididos em oito grupos de quatro seleções, foi o mais duradouro na história, com sete Mundiais disputados nesse formato inalterado. Antes, entre 1934 e 1978, o número de seleções permaneceu o mesmo, 16, mas houve diversas mudanças na fórmula de disputa. De 1982 a 1994, foram 24 equipes. E em 1930, a edição inaugural contou com 13 seleções.

Outro impacto causado com o aumento para 48 países é que o número de vagas distribuídas nas Eliminatórias para a Copa também vai crescer. A Europa, que já era o continente com mais representantes, sai de 13 para 16 vagas diretas; América do Sul, de quatro para seis; América do Norte, de três para seis; África, de cinco para nove; Ásia, de quatro para oito; e a Oceania, que não tinha vaga direta, ganha uma.

Entretanto, a repescagem intercontinental será disputada por um representante de cada continente, com exceção da Europa que terá apenas a classificação direta. Isso significa que, além das vagas listadas acima, dois continentes terão uma vaga a mais, por causa das seleções que classificarem na repescagem.

Na América do Sul, a disputa das Eliminatórias terá início em março de 2023, e o Equador largará com três pontos a menos por causa de uma punição referente à escalação do colombiano Byron Castillo em jogos oficiais.

É provável que, após a definição do formato de disputa da Copa 2026, a Fifa seguirá avaliando se esse será o melhor caminho, e isso pode balizar a escolha das próximas sedes. Para 2030, por exemplo, já existem duas candidaturas conjuntas, como Espanha, Portugal e Ucrânia; e Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile. Marrocos, semifinalista em 2022, havia se candidatado para receber o próximo Mundial e perdeu, mas ainda tenta o de 2030.

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O time reserva do Brasil não se mostrou suficiente diante de Camarões, mas o objetivo foi cumprido. Já classificada, a Seleção poupou seus titulares, foi castigada por não definir o jogo e perdeu por 1x0 no estádio Lusail, nesta sexta-feira (2). Resultado que, ainda assim, manteve a equipe canarinho no primeiro lugar do Grupo G da Copa do Mundo, no Catar.

O resultado tirou a invencibilidade dos pentacampeões, que estacionaram nos seis pontos, mas o Brasil avançou às oitavas de final na liderança graças ao saldo de gols melhor do que a Suíça (2 contra 1), que ganhou da Sérvia por 3x2 e ficou com a segunda posição. Camaroneses e sérvios foram eliminados e voltam para casa.

Agora, a Seleção se prepara para enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final. A partida será segunda-feira, às 16h, no estádio 974, em Doha. Quem avançar terá pela frente o vencedor de Croácia x Japão nas quartas de final.

A maior preocupação do jogo foi a lesão de Alex Telles, que deixou o campo chorando durante o segundo tempo, com dor no joelho direito após um choque com o camaronês Andre-Frank Zambo. Imagens da câmera de transmissão mostraram o lateral esquerdo no banco de reservas já iniciando tratamento com gelo.

Após a lesão de Alex Telles, o zagueiro Marquinhos foi quem entrou no jogo. O problema deve forçar o Brasil a acelerar a recuperação de Alex Sandro para as oitavas. Entre os laterais, apenas Daniel Alves, o mais velho (39 anos), não teve problemas físicos até agora.

Primeiro tempo
Como esperado, o Brasil foi escalado por Tite apenas com reservas. Todos os titulares começaram no banco, com exceção dos lesionados Danilo, Alex Sandro e Neymar. Mais cedo, o camisa 10 trabalhou com bola no hotel da Seleção, enquanto os laterais foram ao CT. Depois, os três acompanharam a partida in loco, no estádio Lusail.

Os reservas do Brasil até queriam mostrar serviço, e dominaram as ações no primeiro tempo. Antony, Martinelli e Rodrygo lideraram a Seleção, com o atacante do Arsenal sendo quem mais deu trabalho ao goleiro Epassy.

A primeira grande chance de Martinelli veio aos 13 minutos: Fred recebeu de Daniel Alves na intermediária, e mandou na medida para o camisa 26, na segunda trave. Ele deu a cabeçada, mas Epassy fez uma grande defesa.

Aos 20, Camarões viu Choupo-Moting acionar Tolo na esquerda, e o lateral cruzou, forte. Mas Ederson estava atento, se esticou e espalmou. Foi uma das pouquíssimas chances dos africanos, que só voltaram a aparecer com perigo no fim da etapa inicial.

Enquanto isso, o Brasil teve chance com Fred, com Fabinho, com Gabriel Jesus. Em um intervalo de quatro minutos, a Seleção ainda ganhou duas cobranças de falta, mas Rodrygo mandou na barreira, enquanto Daniel Alves chutou por cima do gol. Aliás, a comissão técnica brasileira reclamou de faltas pesadas do time camaronês no primeiro tempo, e os jogadores do Brasil reclamaram entre eles das entradas do rival.

Aos 37, Martinelli apareceu mais uma vez: avançou no meio-campo e sofreu falta de Fai (e até perdeu a chuteira), mas Fred ficou com a bola, e o árbitro deu a vantagem. O volante acionou Antony, que cortou e bateu colocado, para a defesa de Epassy.

O próprio Martinelli ficou com sobra na entrada da área, aos 45, e bateu firme no gol, só que o goleiro de Camarões salvou de novo. Na sequência, Antony cobrou escanteio ajeitando para Rodrygo, que chutou de primeira na rede, mas pelo lado de fora.

No fim, aos 47, Ederson foi obrigado a trabalhar de verdade. Mbeumo recebeu cruzamento, livre na segunda trave, e mandou de cabeça. A bola quicou no chão antes de ir ao gol, e o goleiro do Brasil fez uma defesaça.

Segundo tempo
Querendo a vitória para ter a chance de avançar, Camarões voltou do intervalo dando susto. Aos 5 minutos do segundo tempo, Aboubakar recebeu a bola ajeitada e bateu cruzado, com muito perigo.

Depois de Camarões incomodar, o Brasil voltou a tomar conta do duelo, por volta dos 10 minutos. A Seleção passou a acumular chances, com oportunidades de Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Militão. Mas o goleiro Epassy fez defesas importantes, e impediu o gol canarinho.

Tite começou a fazer mudanças, e colocou Bruno Guimarães, Everton Ribeiro, Marquinhos, Pedro e Raphinha. O Brasil tinha alto volume, mas não conseguia definir as jogadas.

Aos 46 minutos, o placar foi aberto... por Camarões. Mbekeli recebeu a bola na direita, e cruzou na medida para Aboubakar. Ele cabeceou no cantinho de Ederson, sem dar chances para o goleiro brasileiro. O atacante tirou a camisa na comemoração e, como já tinha um cartão amarelo, foi expulso.

O Brasil foi para cima nos minutos finais, querendo manter a invencibilidade. Mas a equipe finalizou mal, e acabou derrotada no estádio Lusail.

FICHA TÉCNICA

Camarões 1x0 Brasil - Copa do Mundo (3ª rodada)

Camarões: Epassy, Fai, Wooh, Ebosse e Tolo; Anguissa, Kunde (Ntcham) e Ngamaleu (Mbekeli); Mbeumo (Toko Ekambi), Choupo-Moting e Aboubakar. Técnico: Rigobert Song.

Brasil: Ederson, Daniel Alves, Militão, Bremer e Alex Telles (Marquinhos); Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo (Everton Ribeiro); Antony (Raphinha), Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus (Pedro). Técnico: Tite.

Local: estádio Lusail, no Catar
Gol: Aboubakar, aos 46 minutos do segundo tempo;
Cartão amarelo: Tolo, Kunde e Fai, de Camarões; Militão e Bruno Guimarães, do Brasil;
Cartão vermelho: Aboubakar, de Camarões;
Público: 85.986 torcedores pagantes;
Arbitragem: Ismail Elfath, auxiliado por Kyle Atkins e Corey Parker (trio dos Estados Unidos);
VAR: Alejandro Hernandez (Espanha)

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O Brasil começa sua jornada na Copa do Mundo do Catar nesta quinta-feira (24). A Seleção entra em campo às 16h para enfrentar a Sérvia, no estádio Lusail. O rival é, em teoria, o mais complicado do Grupo G - que também tem Suíça e Camarões. Mas, quando se trata de estreia na competição, o retrospecto é muito favorável.

A equipe canarinha não perde o primeiro jogo de um Mundial desde 1934. Naquela época, não havia fase de grupos. O Brasil estreou nas oitavas e enfrentou a Espanha, em Turim. Os europeus levaram a melhor por 3x1. A Seleção também perdeu a estreia na primeira Copa, em 1930, no Uruguai: derrota por 2x1 para a Iugoslávia.

Mas, há 88 anos, os resultados vem sendo bons, com 16 vitórias e três empates na partida inaugural. A mais recente foi na edição de 2018, disputada na Rússia. Ali, a equipe canarinha empatou por 1x1 com a Suíça - o gol do Brasil foi marcado por Philippe Coutinho.

Os outros empates em estreia vieram em 1974, com o 0x0 com a Iugoslávia, e em 1978, com o 1x1 com a Suécia.

Em todos os cinco anos em que o Brasil foi campeão, venceu na estreia. Em 1958, aplicou 3x0 na Áustria. Na sequência, em 1962, a equipe fez 2x0 em cima do México. Na Copa de 1970, o primeiro jogo terminou com triunfo de 4x1 sobre a Tchecoslováquia. A campanha do tetra começou com um 2x0 sobre a Rússia, em 1994. E a conquista do penta, em 2002, iniciou com o 2x1 sobre a Turquia.

Veja os resultados de todas as estreias do Brasil em Copa do Mundo:

Copa do Mundo 1930 (Uruguai)
Estreia: Brasil 1 x 2 Iugoslávia
Gol brasileiro: Preguinho;

Copa do Mundo 1934 (Itália)
Estreia: Espanha 3 x 1 Brasil
Gol brasileiro: Leônidas;

Copa do Mundo 1938 (França)
Estreia: Brasil 6 x 5 Polônia na prorrogação (a estreia era já nas oitavas de final)
Gols brasileiros: Leônidas (3), Perácio (2) e Romeu;

Copa do Mundo 1950 (Brasil)
Estreia: Brasil 4 x 0 México
Gols brasileiros: Ademir (2), Jair e Baltazar;

Copa do Mundo 1954 (Suíça)
Estreia: Brasil 5 x 0 México
Gols brasileiros: Pinga (2), Julinho, Didi e Baltazar;

Copa do Mundo 1958 (Suécia)
Estreia: Brasil 3 x 0 Áustria
Gols brasileiros: Mazzola (2) e Nilton Santos;

Copa do Mundo 1962 (Chile)
Estreia: Brasil 2 x 0 México
Gols brasileiros: Zagallo e Pelé;

Copa do Mundo 1966 (Inglaterra)
Estreia: Brasil 2 x 0 Bulgária
Gols brasileiros: Pelé e Garrincha;

Copa do Mundo 1970 (México)
Estreia: Brasil 4 x 1 Tchecoslováquia
Gols brasileiros: Jairzinho (2), Pelé e Rivellino;

Copa do Mundo 1974 (Alemanha)
Estreia: Brasil 0 x 0 Iugoslávia

Copa do Mundo 1978 (Argentina)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suécia
Gol brasileiro: Reinaldo;

Copa do Mundo 1982 (Espanha)
Estreia: Brasil 2 x 1 União Soviética
Gols brasileiros: Sócrates e Éder;

Copa do Mundo 1986 (México)
Estreia: Brasil 1 x 0 Espanha
Gols brasileiros: Sócrates;

Copa do Mundo 1990 (Itália)
Estreia: Brasil 2 x 1 Suécia
Gols brasileiros: Careca (2);

Copa do Mundo 1994 (Estados Unidos)
Estreia: Brasil 2 x 0 Rússia
Gols: Romário e Raí;

Copa do Mundo 1998 (França)
Estreia: Brasil 2 x 1 Escócia
Gols: César Sampaio e Boyd (contra);

Copa do Mundo 2002 (Coreia do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Turquia
Gols: Ronaldo e Rivaldo;

Copa do Mundo 2006 (Alemanha)
Estreia: Brasil 1 x 0 Croácia
Gols: Kaká;

Copa do Mundo 2010 (África do Sul)
Estreia: Brasil 2 x 1 Coreia do Norte
Gols: Elano e Maicon;

Copa do Mundo 2014 (Brasil)
Estreia: Brasil 3 x 1 Croácia
Gols: Neymar (2) e Oscar;

Copa do Mundo 2018 (Rússia)
Estreia: Brasil 1 x 1 Suíça
Gol brasileiro: Coutinho;

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A Copa do Mundo do Catar está oficialmente aberta. A cerimônia de abertura aconteceu no final da manhã deste domingo (20), no estádio Al Bayt, com participação do ator norte-americano Morgan Freeman e do influencer catari Ghanim Al Muftah, que tem síndrome de regressão caudal.

O espetáculo teve duração de 30 minutos numa mistura de modernidade e tradição. Contou com projeções, show pirotécnico e discursos com tom inclusivos. "Ouvia algo lindo. Não apenas música, mas também o chamado para celebrar tudo que ouvi. Uma terra que vivia em turbulência com famílias esquecidas. Eu parei para ouvir essa voz", disse Freeman em um dos momentos.

"Não tenho certeza. Sou bem-vindo?", perguntou Ghanim, dando continuidade ao diálogo. "Todos são bem-vindos. Esse é um convite para todo o mundo" respondeu Freeman.

A mensagem ocorre como uma resposta da Fifa e do país-sede às críticas pelas acusações de direitos humanos da nação muçulmana, a primeira do Oriente Médio a sediar um Mundial na história.

A ideia principal dos organizadores foi dar foco num discurso pacífico e que abrace todos os povos em um país acusado de violação de direitos humanos, de discriminar mulheres e homossexuais e de manter em condições precárias os trabalhadores imigrantes que trabalharam nas obras do Mundial. "Com tolerância e respeito podemos viver em harmonia juntos", discursou Morgan Freeman, com um ar de sobriedade.

O espetáculo uniu modernidade, com efeitos visuais e um show de luzes, com a tradição da cultura árabe, apresentando a música catariana do cantor Fahad Al-Kubaisi. A outra estrela musical convidada a se apresentar foi o sul-coreano Jeon Jung-kook, astro da banda BTS, famoso grupo do k-pop. Também participaram do evento o embaixador da Copa do Mundo, Ghanim Al Muftah, e a cantora Dana, que, como Fahad, é nascida no Catar.

Todas as 32 nações foram representadas com bandeiras e camisas. No fim, também tocaram outras famosas músicas de Mundiais anteriores, como Waka Waka, da cantora colombiana Shakira, considerado o maior hit da história das Copas.

Os mascotes de outros mundiais também foram relembrados durante o espetáculo. Mascote da Copa do Catar, La'eeb apareceu em destaque. O nome dele significa "jogador super habilidoso" e seu formato se refere ao dos tradicionais lenços árabes.

Segundo a Fifa, o tema da cerimônia de abertura foi "um encontro para toda a humanidade, unindo diferenças através da humanidade, respeito e inclusão", de modo que o futebol permite que as nações se unam "como uma tribo" e a terra "é a tenda em que todos vivemos".

Situado em Al-Khor, cidade a 35 km de Doha, o Al Bayt estava cheio, mas não lotado. Foi possível notar cadeiras vazias na arena com capacidade para 60 mil pessoas e que terá assentos removidos depois da Copa. Embora fossem maioria, assim que acabou o espetáculo, a torcida anfitriã foi ofuscada pelos equatorianos, muito barulhentos atrás de um dos gols.

Catar e Equador abrem a Copa do Mundo. É tradição que a seleção do país-sede faça o primeiro jogo da competição. Por isso a Fifa antecipou a data de abertura em um dia. Desde a primeira Copa do Mundo, em 1930, o anfitrião não perdeu seu jogo de estreia. O Equador chegou ao Catar desbancando na América do Sul rivais como Chile e Colômbia. O Grupo A da Copa do Mundo ainda tem Senegal e Holanda, que se enfrentam na segunda-feira (21).

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As pessoas que ainda estão chegando no Catar, vão se surpreender com a notícia que os organizadores da Copa do Mundo do país catalão farão nesta sexta-feira (18). As bebidas alcoólicas estão proibidas dentro dos estádios.

De acordo com uma fonte da agência de notícias Reuters, a reviravolta deve mexer com o público e, principalmente, com a principal patrocinadora do Mundial: a Budweiser. A empresa investiu US$ 75 milhões na Copa do Mundo após fazer o contrato com a FIFA.

A cervejaria já sofreu censura há alguns dias, como vender a bebida dentro do perímetro de oito arenas, três horas antes e uma hora depois de cada jogo. Ainda tiveram a informação, uma semana antes do início da copa, que teriam que realocar as lojas de concessão para que não ficassem tão exposto a venda de álcool nas ruas.

A cerveja ainda estará disponível em suítes de luxo reservadas para os integrantes da FIFA e outros convidados com condições financeiras boas. Vale lembrar que o preço das cervejas foram divulgadas e chocou o mundo pelo valor: um copo de 500 ml custaria US$13.73, em reais valeria R$ 73.

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Nos dias de jogos da Seleção brasileira na Copa do Mundo 2022, os servidores municipais de Salvador terão o expediente de trabalhado reduzido, com jornada até às 12h. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (10) pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) durante coletiva de imprensa.

A determinação, de acordo com o prefeito, vale para tanto para os jogos com início previsto para às 13h quanto os marcados para às 16h.

A Copa do Mundo começa no próximo dia 20 de novembro e será realizada no Catar.

Começa nesta sexta-feira (9) a caminhada da seleção brasileira em busca do hexa. A equipe do técnico Tite entra em campo às 21h30 (horário de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo, para enfrentar a Bolívia pela primeira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar (2022).

Diferente do Mundial da Rússia (2018), quando assumiu o comando no meio das Eliminatórias, o treinador brasileiro terá um ciclo completo para conseguir levantar o caneco. Apesar de muitas novidades em relação ao grupo que foi eliminado nas quartas de final, contra Bélgica, há dois anos, a seleção tem nove remanescentes do último mundial: Ederson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos, Casemiro, Fabinho, Firmino, Philippe Coutinho e Neymar. Em uma possível convocação ideal de Tite, Alisson e Gabriel Jesus também seriam chamados, mas estão lesionados.

O primeiro desafio pode ser sem a maior estrela. Com dores na lombar, Neymar não treinou com os companheiros e ficou no hotel fazendo fisioterapia. Se não estiver em condições de entrar em campo, Everton Ribeiro será o substituto. Esta é a única dúvida do técnico sobre a equipe que começa o jogo. Em entrevista coletiva na última quinta-feira (8), Tite confirmou que Weverton será o goleiro, Douglas Luiz entra no meio de campo e Casemiro fica com a braçadeira de capitão, pelo menos na primeira partida.

A Bolívia foi a penúltima colocada nas Eliminatórias da Copa de 2018, conquistando apenas quatro vitórias em 18 partidas. Para o duelo contra o Brasil, o técnico César Farías preferiu poupar cinco atletas que não atuam no país, entre eles Marcelo Moreno, atacante do Cruzeiro. O objetivo é deixá-los treinando em La Paz, na altitude de 3.600 metros, onde a Bolívia enfrenta a Argentina na segunda rodada.

O adversário do Brasil deve começara a partida da seguinte forma: Carlos Lampe; Jesús Sagredo, Carrasco, Gabriel Valverde e José Sagredo; Carlos Áñez, Raúl Castro, Diego Wayar, Sánchez e Jhasmani Campos; Saucedo.
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O Brasil bateu a Itália por 1 a 0 nesta terça-feira, em Valenciennes, na França, pela terceira rodada do grupo C da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019. O único gol da partida foi marcado por Marta, de pênalti; com ele, a brasileira se tornou a maior artilheira entre homens e mulheres de todas as Copas do Mundo, com 17 gols, ultrapassando o alemão Klose. Mesmo com a vitória, a seleção se classificou em terceiro lugar, atrás da própria Itália e da Austrália, e deve enfrentar a seleção francesa, uma das favoritas, já nas oitavas de final.

Com mais posse de bola no primeiro tempo, as brasileiras ameaçaram apenas duas vezes, com Debinha exigindo boa defesa da goleira Giuliani e com Marta acertando o travessão em uma tentativa de gol olímpico. Do outro lado, a Itália aproveitou os espaços da defesa brasileira para assustar a seleção nos contra-ataques. Na principal chance da etapa inicial, aos 39 minutos, a goleira Bárbara impediu o gol de Bonansea, que apareceu sozinha na pequena área para completar cruzamento vindo da direita.

Contentes com o empate e a liderança, as italianas escolheram se fechar no segundo tempo, o que colaborou para o crescimento do Brasil no jogo. Aos 27 minutos, Debinha invadiu a área e foi derrubada por Linari: pênalti. Marta converteu deslocando a goleira Giuliani. Já que a Austrália goleava a Jamaica simultaneamente por 4 a 1, o 1 a 0 continuava deixando a seleção brasileira em terceiro lugar; no entanto, mais um gol do Brasil faria a seleção de Vadão ultrapassar as duas adversárias na tabela e se classificar em primeiro, garantindo uma tabela teoricamente mais tranquila na fase de mata-mata. Mesmo assim, o treinador escolheu trocar Marta pela volante Luana e deixar o tempo passar nos últimos 15 minutos. Com a primeira posição garantida, as italianas também não fizeram questão de atacar. Com a vaga entre as melhores terceiro colocadas, as brasileiras aguardam a definição dos outros grupos para saber quem enfrentarão nas oitavas de final. A maior probabilidade é de pegar a França, dona da casa e líder do grupo A. A outra possibilidade, matematicamente menor, é jogar contra a Alemanha, que passou em primeiro no grupo B.

Fonte: El País

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