De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2023 a Bahia eliminou 17.299 postos com carteira assinada, em função da diferença entre 58.434 admissões e 75.733 desligamentos. A capital do estado, Salvador, registrou uma perda líquida de 3.865 postos de trabalho celetista no mês. O levantamento é de de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego, e os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).

Ainda segundo a Seplan, na Bahia, dos 12 meses do ano de 2023, o de dezembro foi o único com saldo negativo – portanto, exibiu o menor resultado mensal do ano. Além do mais, no comparativo anual, a perda líquida de postos em dezembro de 2023 se revelou maior do que a averiguada no mesmo mês de 2022 (-16.621 postos). Com o saldo negativo de dezembro, a Bahia passou a contar com 1.973.471 vínculos celetistas ativos, uma variação negativa de 0,87% sobre o quantitativo do mês imediatamente anterior. O município de Salvador, por sua vez, contabilizou 627.097 vínculos, indicando assim um recuo de 0,62% sobre o montante de empregos existente em novembro.

Em dezembro, quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo negativo de postos de trabalho celetista na Bahia. O segmento de Construção (-5.961 vagas) foi o que mais eliminou postos dentre os setores. Em seguida, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4.302 vínculos), Indústria geral (-4.014 empregos) e Serviços (-3.964 postos) também foram responsáveis pela supressão de vagas. O grupamento de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+942 postos), portanto, foi o único com geração líquida de postos no mencionado mês.

No mês, o Brasil registrou um saldo negativo de 430.159 vagas, enquanto o Nordeste registrou uma perda de 41.538 postos – representando variações relativas de -0,97% e -0,57% comparativamente ao estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (-0,87%), portanto, de novembro a dezembro, exibiu uma redução relativa do estoque de vínculos menor do que a do país e maior do que a da região nordestina. Das 27 unidades federativas do território nacional, 26 delas apontaram decrescimento do emprego celetista em dezembro de 2023. O estado de Alagoas (+101 vínculos), no caso, foi aquele com saldo positivo no país no mês. A Bahia, com 17.299 postos eliminados, exibiu o sexto menor saldo do país. Em termos relativos, com queda percentual de 0,87%, ficou com a 13ª pior variação.

No Nordeste, em dezembro, oito dos nove estados experimentaram queda do emprego formal. Em termos de saldos absolutos, a Bahia (-17.299 postos) ocupou a última colocação entre as unidades nordestinas no mês. Em termos relativos, o estado baiano (-0,87%) situou-se na penúltima posição na região nordestina, com recuo menor apenas do que o do Piauí (-1,03%). Na Região Nordeste, no que se refere ao saldo de postos, Alagoas foi o estado com maior saldo em dezembro, com 101 novos postos. Em seguida, mesmo que com saldos negativos, vieram Sergipe (-744 vínculos), Paraíba (-1.504 postos), Rio Grande do Norte (-2.567 postos), Piauí (-3.479 empregos celetistas), Maranhão (-3.686 vagas), Ceará (-3.725 vagas), Pernambuco (-8.635 postos) e Bahia (-17.299 vínculos).

Do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, o estado de Alagoas (+0,02%), por ser a única com oscilação positiva, foi o destaque da região nordestina, tendo sido acompanhado (em ordem decrescente) por Sergipe (-0,24%), Ceará (-0,29%), Paraíba (-0,32%), Rio Grande do Norte (-0,53%), Pernambuco (-0,60%), Maranhão (-0,61%), Bahia (-0,87%) e Piauí (-1,03%). No agregado dos 12 primeiros meses de 2023, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 71.922 novas vagas – aumento de 3,78% em relação ao total de vínculos celetistas do começo do ano. O município de Salvador, por sua vez, registrou 18.098 novos postos no período (variação positiva de 2,99%).

O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 1.483.598 e 298.188 novas vagas, respectivamente – significando, nessa ordem, aumentos relativos de 3,50% e 4,25% em relação ao quantitativo de empregos celetistas no início do ano. A Bahia (+3,78%), dessa forma, exibiu um crescimento relativo do emprego formal maior do que o do país, mas menor do que o do Nordeste no ano. Do conjunto das 27 unidades federativas do país, todas elas contaram com aumento do quantitativo de empregos celetistas no acumulado deste ano. A Bahia, com 71.922 novos postos, exibiu o quinto maior saldo agregado do país. O desempenho relativo baiano, com alta de 3,78% no ano, posicionou o estado na 20ª colocação no país como um todo.

Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana (+71.922 vagas) continuou à frente das demais do Nordeste, que contou com Ceará (+53.954 vínculos) e Pernambuco (+51.541 postos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Em termos proporcionais, no ano, a Bahia (+3,78%) ficou na penúltima posição dentro da região nordestina – atrás de Piauí (+6,43%), Alagoas (5,93%), Rio Grande do Norte (+4,94%), Sergipe (+4,51%), Ceará (+4,35%), Paraíba (+4,28%) e Maranhão (+3,81%) e a frente apenas de Pernambuco (+3,75%).

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7% no terceiro trimestre deste ano. No segundo trimestre, o índice era 8% e no terceiro trimestre do ano passado, 8,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta terça-feira (31), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É o menor nível de desemprego desde o último trimestre de 2014 (6,6%). A população desempregada ficou em 8,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, 3,8% abaixo do trimestre anterior e 12,1% a menos do que o terceiro trimestre de 2022.

Já a população ocupada foi de 99,8 milhões, o que representou uma alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior e 0,6% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. É também o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012.

O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, foi estimado em 57,1%, crescimento ante o segundo trimestre (56,6%) e estabilidade em relação ao terceiro trimestre de 2022.

“Temos simultaneamente um número maior de pessoas ocupadas e um recuo da pressão no mercado de trabalho [ou seja, um número menor de pessoas procurando emprego]. Isso contribui para uma queda consistente dessa taxa de desocupação”, explicou a pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy.

Formalidade
Os trabalhadores informais somaram 39 milhões de pessoas, ou seja, 39,1% do total da população ocupada. No trimestre anterior, a taxa de informalidade era de 39,2%, enquanto no terceiro trimestre do ano passado chegava a 39,4%.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado - sem considerar os trabalhadores domésticos - era de 37,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 1,6% no trimestre e de 3% no ano. Esse é também o maior contingente desde janeiro de 2015 (37,5 milhões).

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,3 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.

“Dada uma queda muito acentuada na demanda por bens e serviços na pandemia, as atividades consideradas formais, como a indústria e os serviços de maior valor agregado, suprimiram muito a absorção de trabalhadores”, disse Adriana. “À medida em que o cenário vai se normalizando [no pós-pandemia], essas atividades mais formais têm sua demanda aquecida e voltam a contratar”, avaliou.

Os trabalhadores por conta própria ficaram em 25,5 milhões de pessoas, total também estável nas duas comparações. Outro segmento que manteve estabilidade foi o de trabalhadores domésticos: 5,8 milhões de pessoas.

Setores
Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o grupamento de atividades com maior crescimento no pessoal ocupado é composto por informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,5%). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.

Já em relação ao terceiro trimestre do ano passado, foram observadas altas nos grupamentos de transporte, armazenagem e Correios (4,3%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,2%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9%).

Houve recuo no pessoal ocupado nos grupamentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-3,8%) e outros serviços (-4,5%).

Rendimento
O rendimento médio real habitual do trabalhador (R$ 2.982) subiu 1,7% no trimestre e 4,2% no ano, puxado principalmente pelos crescimentos dos salários da indústria (5,3% no trimestre e 6,3% no ano).

A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 293 bilhões, valor recorde da série histórica, com altas de 2,7% ante o segundo trimestre deste ano e de 5% na comparação com o terceiro trimestre de 2022.

Subutilização
A população subutilizada, ou seja, aquela que não trabalha ou trabalha menos do que poderia, ficou em 20,1 milhões de pessoas, algo estável na comparação trimestral, mas 14% abaixo do observado no terceiro trimestre de 2022.

A taxa de subutilização ficou em 17,6%, estável em relação ao trimestre anterior, mas menor do que o apurado no terceiro trimestre do ano passado (20,1%). É a menor taxa desde o último trimestre de 2015 (17,4%).

A população fora da força de trabalho (66,8 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 3,2% ante o mesmo trimestre de 2022. Já a população desalentada - aquela que não procurou emprego por não conseguir trabalho adequado, por não ter qualificação ou por causa da idade - somou 3,5 milhões, queda de 4,6% em relação ao trimestre anterior e de 17,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2022. Foi o menor contingente desde o terceiro trimestre de 2016 (3,5 milhões).

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Adriele Silva, 27 anos, mora em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. Está em busca de emprego há pouco mais de um ano. Ela tem ensino médio incompleto. Sua renda atual vem especialmente do auxílio do governo federal, que recebe por conta da filha de 9 anos, além da ajuda de familiares e diárias que esporadicamente consegue fazer como garçonete em bares da cidade.

As angústias e incertezas vividas diariamente pela jovem por conta do desemprego também estão presentes no dia-a-dia de 15,5% da população baiana em idade ativa – 1,1 milhão de pessoas –, de acordo com o último levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC/IBGE), referente ao segundo trimestre de 2022.

Entre 2012, quando a pesquisa começou a ser realizada, e 2021, o estado perdeu quase 200 mil postos de trabalho. No mesmo período, a taxa de desemprego passou de 10,8% da população para 17,3% em 2021. Em final de 2020, o desemprego chegou 20,7% do total, o que representava que um em cada cinco trabalhadores estava fora do mercado.

Os dados mais recentes revelam que o estado se manteve no topo do ranking de pessoas desocupadas, posição em que permanece initerruptamente desde o 2º trimestre de 2019. Antes disso, segundo série histórica da mesma PNADC, iniciada no 1º trimestre 2012, a Bahia esteve sempre se revezando no ranking do desemprego com os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.

Ranking do desemprego
Taxa de desemprego nos estados brasileiros (em %)
Média nacional 11,1

Santa Catarina 4,3
Mato Grosso 5,9
Mato Grosso do Sul 6,4
Rondônia 6,8
Paraná 7
Rio Grande do Sul 8,1
Goiás 8,7
Roraima 9,2
Minas Gerais 9,4
Tocantins 9,6
Espírito Santo 9,8
Pará 11
Ceará 11,1
São Paulo 11,1
Piauí 11,9
Distrito Federal 12,1
Rio Grande do Norte 12,7
Paraíba 13
Amazonas 13,1
Acre 13,2
Maranhão 13,4
Rio de Janeiro 14,2
Alagoas 14,5
Sergipe 14,5
Pernambuco 17,1
Bahia 17,3
Amapá 17,5
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

O Drama da recolocação profissional também tem sido vivido por Edelcy Leal, 34, pós-graduada em Relações Públicas. Ela está desempregada desde setembro de 2021. Vivia em Camaçari, mas em abril deste ano, após meses de procura por oportunidades sem sucesso, decidiu voltar para Amargosa, sua cidade Natal. Desde então, ela e a filha de 2 anos tem sobrevivido com apoio da família, principalmente dos pais.

Na cidade, Edelcy tem buscado vaga de trabalho no comércio, e novamente tem encontrado dificuldade. A sua qualificação profissional, inclusive, tem sido o principal impeditivo.

A taxa atual de desemprego na Bahia é maior que a média nacional observada de maio a junho deste ano, quando o país recuou de 11,1% para 9,3%. Nos dez últimos anos, mesmo em 2014, quando o Brasil sustentou por nove meses – de abril a dezembro – consecutivos taxas abaixo de 7%, a Bahia figurou entre as mais altas no cenário nacional: 10,2%, 9,8% e 9,8% nos segundo, terceiro e quarto trimestre, respectivamente.

Isoladamente, a maior taxa local na última década foi observada no terceiro trimestre de 2020, durante a primeira onda da pandemia da covid-19 – julho a setembro -, com 21,1%, de acordo com a PNADC. A média nacional à época foi de 14,9%. A menor, se observado o mesmo período, foi de 9,1% de desocupação, no 4º trimestre de 2013, quando o Brasil tinha 6,3%.

Evolução do desemprego na Bahia
(em %)
2012 10,8
2013 9,1
2014 9,8
2015 12,4
2016 16,8
2017 15,1
2018 17,6
2019 16,5
2020 20,7
2021 17,3
Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua trimestral

Apesar de permanecer no topo, o resultado mais recente da pesquisa revela uma leve melhora no cenário local em relação ao trimestre anterior – janeiro a março –, quando 17,6% da população ativa amargava o desemprego. Naquele contexto estava Tatiana Nery, 46. Moradora de Camaçari, Tatiana foi uma das milhares de trabalhadoras e trabalhadores que perderam seus empregos após a saída da montadora Ford do Brasil. Na Bahia, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, o fechamento da unidade de Camaçari provocou um apagão de aproximadamente 13 mil postos de trabalho – diretos e indiretos – na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Demitida em junho de 2021, Tatiana levou 10 meses para encontrar uma nova oportunidade. Durante o período, para garantir o sustento da casa e, principalmente do filho, à época com 15 anos, investiu a indenização, que recebeu pelos 19 anos de trabalho, na aquisição de um carro e passou a atuar como motorista por aplicativo. “Foi a solução que me apareceu na época. Estava tudo muito difícil. Eu estava muito preocupada”, relembra. Para piorar a situação de Tatiana, o acordo feito entre o sindicato e a empresa não previu o pagamento do seguro desemprego. “Era tudo com aquele dinheiro que a gente recebeu”.

Em maio deste ano, Tatiana voltou ao trabalho, mas fora da sua área de capacitação e com uma remuneração mais baixa. Ocupa atualmente uma vaga temporária, via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), como auxiliar de disciplina em uma escola estadual do município, onde recebe mensalmente um salário mínimo. A convivência com o desemprego, porém, não chegou ao fim. Entre a demissão da Ford e a atual retomada, a auxiliar escolar perdeu os pais, e precisou receber em sua casa, na qual vive de aluguel, o irmão André Nery, 50, também desempregado. Para ajudar nas despesas da casa, Nery agora utiliza o carro comprado pela irmã e roda como motorista por aplicativo.

Entre 2012 e 2022, a PNADC também avaliou trimestralmente as taxas de ocupação na Bahia. Os dados demonstram que, com pequenas oscilações para mais ou para menos, a oferta de vagas nos mais diversos setores demonstra mudanças significativas. No quadro geral, considerando atividades como a indústria, agropecuária, comércio, administração pública, serviço doméstico e outros, no início de 2012, o estado dispunha de aproximadamente 6,08 milhões de vagas ocupadas. No último trimestre, a ocupação total medida pelo IBGE foi aproximadamente de 6,03 milhões.

Segundo Diana Gonzaga, professora da Escola de Economia da UFBA e pesquisadora da Economia do Trabalho, o fenômeno que se percebe na Bahia é considerado estrutural, pois se estende ao longo do tempo, e não conjuntural, resultante de um conjunto específico de condições econômicas pontual. A necessidade, então, é equilibrar a balança que tem, de um lado, a concentração econômica das atividades produtivas do país nas regiões Sul e Sudeste, especialmente em São Paulo, e do outro, os desafios das instâncias governamentais, em caráter estadual e nacional, para atrair investimentos às demais regiões.

“As soluções também precisam ser estruturais, que envolvem mudar a estrutura produtiva do estado, mudar a capacidade de absorver seus trabalhadores e garantir investimentos. Isso envolve planejamento de longo prazo”, enumera.

Na Bahia, dos 417 município, 278 estão localizados na região do semiárido, enquanto a maior parte dos empregos formais estão concentrados na capital e na RMS. Desta perspectiva, Gonzaga destaca também a necessidade de redução das desigualdades internas, de forma a criar empregos nas regiões e evitar o êxodo intraestadual.

“É necessário desenvolvimento de políticas de incentivo para que as pessoas não saiam do seu município de nascimento. Investigar quais são as potencialidades econômicas de cada estado [no caso do Executivo nacional], de cada região. Observar as potencialidades locais, os setores mais competitivos, e como estimular esses setores. Buscar experiências que tenham dado certo de convivência com a seca e tentar estimular a produção de renda nessa região”, exemplifica.

Infraestrutura, mão de obra e tributos
O investimento em infraestrutura é um ponto central para estudiosos e para investidores dos mais diversos setores produtivos quando se pensa a possibilidade de formatação de um cenário atrativo para grandes investimentos.

“Infraestrutura de transporte, melhorar as estradas, ferrovias, portos, além de energia, telecomunicações, mas também de capital humano. Qualidade do trabalhador. É preciso pensar em aumentar a qualidade da educação básica, aumentar a proporção da força de trabalho potencial com maior escolaridade, que aqui ainda possui escolaridade muito baixa”, avalia Gonzaga.

Os pontos citados pela professora também constam em um extenso documento entregue por entidades dos setores de transporte, agropecuária, comércio e turismo, além de segmentos da indústria em geral aos postulantes ao governo da Bahia nas eleições deste ano, no início de agosto. Acrescenta-se como demanda comum aos diversos setores a questão tributária.

A observação das questões, como mostra Mauro Pereira, do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), já produziu resultados concretos na Bahia. Ele conta que, no primeiro governo do agora senador Jacques Wagner (PT), a construção de uma agenda entre governo e as empresas permitiu uma expansão de investimentos no Polo Industrial de Camaçari entre 2007 e 2009. “A gente tinha preparado o Polo e foi também quando deu um avanço mundial. Nós viramos a bola da vez, algo que depois se perdeu”, pontua.

Segundo Pereira, na ocasião, as pautas essenciais foram o custo da matéria-prima e da energia, a infraestrutura – estradas, o modal ferroviário e as questões portuárias –, a isonomia tributária e a qualificação de mão de obra, demandas que permanecem vigentes, em maior ou menor grau.

“Uma empresa de qualquer lugar, seja São Paulo ou de Minas Gerais, até mesmo do exterior, vem para cá e vai tentar a conquista do mercado. Ela vai ter que ser competitiva. E para isso tem que ter estradas”, exemplifica Pereira. À época, segundo ele, também fora pontuada a situação da infraestrutura interna do Polo de Camaçari, que ainda hoje continua deteriorada dada a falta de manutenção.

“A gente precisava atrair projetos para cá, atrair novos investimentos. Tem que ter essa preparação desses jovens que vão trabalhar nos grandes projetos, de maneira que a empresa chegue aqui e encontre esse pessoal preparado. A gente tinha e continua tendo essa deficiência. Já que a gente não tem uma política industrial, que a gente faça nossa própria política, olhando especificamente para seguimentos e região”, destaca.

Marconi Oliveira, diretor-executivo da Pró-Cia, entidade que representa o Centro Industrial de Aratu (CIA), defende a necessidade de se modernizar os distritos para que eles se tornem cada vez mais atrativos para novos investimentos. Ele cita como exemplo do potencial o caso do CIA, uma área próxima a Salvador, principal metrópole do Nordeste, e de terminais portuários, rodovias e do Aeroporto Internacional. “Nós temos certeza de que a contribuição eu pode ser dada pelo CIA para o desenvolvimento da Bahia é muito maior do que a atual, mas para isso, nós defendemos a necessidade de um novo ordenamento. Precisamos de melhorias viárias, segurança, melhorias na estrutura de comunicação, porém o mais urgente é ter um novo planejamento”, destaca.

Em relação à infraestrutura, Paulo Villa, diretor-executivo da Associação dos Usuários de Portos da Bahia (Usuport), defende a necessidade de melhorias em todas as áreas. Ele cita a necessidade da ampliação dos serviços portuários, mas lembra também das demandas rodoviárias e ferroviárias. Uma prioridade, aponta, é uma solução para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). “Muito aquém das necessidades da Bahia”, frisa.

Indústrias X mercado informal
Ao avaliar a elevação do desemprego no estado, Alex Gama, membro do Conselho de Economia da Bahia (Corecon-BA) e professor da Unifacs, destaca também a redução da participação das indústrias no PIB local, somado ao avanço cada vez maior do setor de serviços. “Na Indústria se tem empregos mais estáveis, com pessoas mais qualificadas e que passam mais tempo no mercado de trabalho. Já nos serviços, se tem alta rotatividade, com pessoas menos qualificadas e baixos salários”, explica.

Ele lembra que a perda de participação da indústria também provocou o aumento dos índices de desemprego em outros locais, como no Rio de Janeiro (RJ), nos últimos anos. “Para mudar o cenário tem que atrair atividades produtivas industriais e melhorar a qualificação do mercado de trabalho”, completa.

O professor também elenca como consequências da redução dos postos formais a “degradação do mercado de trabalho” e o surgimento do “falso empreendedor”. De acordo com o IBGE, os trabalhadores informais na Bahia representavam atualmente 53,1% de toda a população ocupada.

“A pessoa não é empreendedora. Ela está sendo espoliada. Coloca seu carro, seus equipamentos para trabalhar, tem que comprar celular, computador para realizar o trabalho. A gente está passando uma fase própria do capitalismo, que provoca mudanças e afeta o mercado de trabalho como um todo. Não é algo só na Bahia. É nível mundial”, destaca. Segundo ele, as novas modalidades de trabalho que poderiam ser um complemento de renda tem se transformado na atividade principal em função da falta de alternativa.

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No 1º trimestre de 2022, a taxa de desocupação na Bahia foi de 17,6%. Ficou praticamente estável em relação à verificada no 4º trimestre de 2021 (17,3%) e foi a menor para um 1º trimestre em seis anos, desde 2016, quando havia sido de 15,7%. Ainda assim, o estado voltou a ter a maior taxa de desocupação do país, o que não ocorria desde o 1º trimestre de 2021. O indicador baiano seguiu bem acima do nacional (11,1%) e equivalia a quase quatro vezes o verificado em Santa Catarina, que tem a menor taxa de desocupação do Brasil (4,5%).

A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).

Nem o número de pessoas trabalhando, nem o número de pessoas procurando trabalho mostraram variação estatisticamente significativa na Bahia, entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre deste ano. De janeiro a março, a população ocupada (número de pessoas trabalhando no estado, fosse em ocupações formais ou informais) ficou em 5,864 milhões de pessoas, com uma discreta tendência de queda frente ao trimestre imediatamente anterior, quando esse grupo havia sido de 5,914 milhões de pessoas (menos 50 mil trabalhadores ou -0,8% entre um período e outro).

Já a população desocupada (quem não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido caso tivesse encontrado) ficou em 1,250 milhão no 1º trimestre de 2022, frente a 1,240 milhão no 4º trimestre de 2021 (mais 10 mil desocupados ou +0,8%).

Na comparação com o 1º trimestre de 2021, quando a taxa de desocupação na Bahia havia atingido seu maior patamar em toda a séria histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012 (21,7%), a população ocupada no estado cresceu 12,9% (mais 669 mil pessoas trabalhando) e a desocupada caiu 13,3% (menos 192 mil pessoas procurando trabalho).

Apesar da estabilidade frente ao final de 2021, o contingente de pessoas trabalhando, na Bahia, foi o maior para um 1º trimestre desde 2016 (quando havia 5,990 milhões de ocupados), e o número de desocupados também foi o menor em seis anos (desde 2016, quando havia 1,119 milhão de pessoas nessa situação).

Entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre deste ano, o número de pessoas fora da força de trabalho (que por algum motivo não estavam trabalhando nem procuraram trabalho) na Bahia também se manteve estatisticamente estável, mostrando leve tendência de aumento (+0,9%), chegando a 4,923 milhões.

Entretanto, dentre elas, o grupo das desalentadas diminuiu tanto frente ao final de 2021 (-4,9% ou menos 33 mil pessoas) quanto na comparação com o 1º trimestre do ano passado (-17,9% ou menos 141 mil pessoas), chegando a um total de 648 mil pessoas.

A Bahia segue com o maior número absoluto de desalentados do país, posto que detém ao longo de toda a série da PNAD Continua, desde 2012. No 1o trimestre de 2022, no Brasil, havia 4,594 milhões de desalentados, número que caiu tanto frente ao 4o trimestre de 2021 (-4,1% ou menos 195 mil pessoas) quanto frente ao 1o trimestre de 2021 (-23,0% ou menos 1,376 milhão de pessoas).

A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem, ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

(Fonte: IBGE)

Número de trabalhadores caiu em 5 das 10 atividades econômicas

Na passagem do 4º trimestre de 2021 para o 1o trimestre de 2022, o discreto recuo no total de pessoas ocupadas na Bahia atingiu quase todas as formas de inserção no mercado de trabalho do estado. Houve aumento apenas no número de trabalhadores auxiliares familiares, que trabalham sem remuneração em algum negócio da própria família (mais 34 mil pessoas ou +15,7%) e entre os ocupados no setor público (mais 23 mil pessoas ou +3,0%).

Por outro lado as formas de inserção que mais perderam trabalhadores foram o emprego no setor privado sem carteira assinada (menos 43 mil pessoas ou -3,7%) e o trabalho doméstico (menos 33 mil pessoas ou -8,7%).

Já frente ao mesmo período de 2021, no 1o trimestre de 2022, todas as formas de inserção no mercado de trabalho baiano tiveram ganhos de trabalhadores. Os aumento foram liderados, em termos absolutos, pelo trabalho por conta própria (mais 209 mil pessoas ou +13,3%) e pelo emprego sem carteira assinada (mais 157 mil pessoas ou +16,4%).

Assim, nos três primeiros meses deste ano, o número de trabalhadores informais na Bahia ficou em 3,207 milhões, representando 54,7% de toda a população ocupada.

Esse grupo se reduziu um pouco em relação ao verificado no 4o trimestre de 2021, quando somava 3,270 milhões de pessoas, 55,3% dos trabalhadores baianos. De um trimestre para o outro, o total de informais caiu 1,9%, o que representou menos 63 mil trabalhadores nessa situação.

Ainda assim, frente ao 1o trimestre de 2021, quando somavam 2,778 milhões de trabalhadores, o número de informais na Bahia cresceu 15,4%, com mais 429 mil pessoas trabalhando dessa forma no estado, em um ano.

São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.

Na passagem do 4º trimestre de 2021 para o 1º trimestre de 2022, houve diminuição do número de pessoas trabalhando em 5 dos 10 grupamentos de atividade investigados na Bahia. Construção (-64 mil trabalhadores) e transporte armazenagem e correio (-44 mil) tiveram os saldos mais negativos e as quedas percentuais mais intensas (-12,9% e -16,7%, respectivamente).

Por outro lado, os setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+48 mil trabalhadores ou +10,6%) e de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+33 mil pessoas ocupadas ou +2,9%) tiveram os maiores saldos positivos nessa comparação.

Já em relação ao 1º trimestre de 2021, apenas 1 dos 10 grupamentos de atividade mostrou saldo negativo de trabalhadores: transporte armazenagem e correio (-36 mil ocupados ou -14,2%).

Nessa comparação interanual, as atividades que mais viram seu número de trabalhadores crescer, em termos absolutos, foram a agropecuária (+136 mil ou +13,6%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+107 mil ocupados ou +10,7%). Em seguida veio o segmento de alojamento e alimentação, com mais 99 mil pessoas trabalhando e um crescimento de 40,9% nesse contingente em um ano - o maior dentre as atividades em termos percentuais.

No 1º trimestre de 2022, o rendimento médio real (descontados os efeitos da inflação) mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 1.679. Foi o 3º mais baixo entre as 27 unidades da Federação, acima apenas dos registrados no Maranhão (R$ 1.547) e Piauí (R$ 1.660). O valor mostrou alta frente ao do 4º trimestre de 2021, que havia sido de R$ 1.607 (mais R$ 72 ou +4,5%), mas ficou menor do que o verificado no 1º trimestre de 2021, que havia sido de R$ 1.757 (menos R$ 78 ou -4,5%).

Já a massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos, na Bahia, cresceu na duas comparações (+3,0% frente ao final de 2021 e +7,2% frente ao início do ano passado), ficando em R$ 9,425 bilhões no 1o trimestre deste ano. A massa de rendimento é a soma dos rendimentos de trabalho de todas as pessoas ocupadas. Indica o volume de dinheiro em circulação.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou bem perto do piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,0% e 11,7%, com mediana de 11,4%

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

No trimestre terminado em março, faltou trabalho para 26,812 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 24,3% no trimestre até dezembro de 2021 para 23,2% no trimestre até março.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,6%.

A população subutilizada caiu 5,4% ante o trimestre até dezembro, 1,532 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até março de 2021, houve um recuo de 20,3%, menos 6,843 milhões de pessoas.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,7% e 11,8%, com mediana de 11,3%.

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,5%. No trimestre encerrado em dezembro de 2021, a taxa de desocupação estava em 11,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa queda de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 232,594 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 0,9% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou igual à mediana, de 11,6%, das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 11,4% e 12,0%. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,4%. No trimestre até outubro, a taxa de desocupação ficou em 12,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro passado. O resultado representa queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277 bilhões no trimestre até novembro, queda de 2,6% ante igual período do ano anterior.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou igual à mediana das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 14,5% a 15,3%.

Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,6%. No trimestre até março, a taxa de desocupação estava em 14,7%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2,532 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 212,313 bilhões no trimestre até abril, recuo de 5,4% ante igual período do ano anterior.

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Diversos profissionais da área de eventos efetuaram uma ação em que pediram esmolas nos semáforos do cruzamento entre as avenidas Vasco da Gama e Garibaldi em Salvador, nesta quinta-feira (3). O objetivo do ato era chamar a atenção da sociedade em relação às consequências da pandemia para a categoria.

"Ninguém tá assistindo a gente. O entretenimento vai completar onze meses parado. Nem só de cestas básicas nós vivemos, alimentos não pagam contas. Nós queremos chamar a atenção da sociedade para essa causa, são diversas pessoas que atualmente estão sem condições por conta da pandemia", afirmou Adriano Malvar, presidente da Associação de Profissionais de Eventos (APE).

No entanto, a ação foi classificada apenas como um "ato simbólico" por Malvar, já que o valor arrecadado pelos profissionais de eventos presentes no ato não são suficientes para cobrir as despesas mínimas dos associados.

A categoria já programou mais um ato de protesto, desta vez o Iguatemi. A ação acontecerá na próxima quinta-feira (11), data que marcaria o primeiro dia de Carnaval na capital baiana. De acordo com a associação, o ato chamará atenção e contará até mesmo com um Rei Momo.

"Acredito que na próxima semana, com o grande ato no Iguatemi, nós iremos conseguir chamar a atenção do Poder Público para que possam efetuar medidas que possam nos assistir", complementa o presidente da associação.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,6% no terceiro trimestre, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada atingiu 14,092 milhões no período.

O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, de 14,8%, e dentro do intervalo de previsões, que ia de 14,3% e 16,1%.

No terceiro trimestre de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,8%. No trimestre móvel até agosto de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,4%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.554 no terceiro trimestre. O resultado representa alta de 8,3% em relação a igual trimestre do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205,3 bilhões no terceiro trimestre, queda de 4,9% ante igual período do ano anterior.

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