Corpo de Boechat deve ser cremado em cerimônia reservada à família

Corpo de Boechat deve ser cremado em cerimônia reservada à família

O corpo do jornalista Ricardo Boechat deve ser cremado hoje (12) em cerimônia reservada para parentes e amigos próximos, segundo informações do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Até as 14h ocorre o velório no Museu da Imagem e do Som (MIS), no bairro Jardim Europa, na capital paulista.

O jornalista do Grupo Bandeirantes morreu na queda de um helicóptero na Rodovia Anhanguera, quando retornava de uma palestra em Campinas. O helicóptero caiu em cima de um caminhão no km 22 da Rodovia Anhanguera, sentido interior, com o Rodoanel, e acabou explodindo. O motorista do caminhão conseguiu escapar com vida.

O acidente ocorreu no início da tarde de ontem (11). O piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci, também morreu.

A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, irá representá-lo no velório do jornalista. Bolsonaro disse que ele e Boechat eram amigos “há mais de 30 anos” e que apelidou o jornalista de “Jacaré”.

Boechat tinha 66 anos, era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista ISTOÉ.

Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita. Autoridades dos três Poderes vieram a público para lamentar a morte do jornalista.

Boechat deixa mulher, cinco filhas e um filho

Fonte: Agência Brasil

Itens relacionados (por tag)

  • Falta de manutenção em helicóptero contribuiu para acidente que matou Boechat

    A falta de manutenção do helicóptero foi um fator determinante para o acidente que provocou a morte do jornalista Ricardo Boechat, em 11 de fevereiro de 2019. A conclusão consta de relatório divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).

    O Cenipa destaca que parte da documentação que atestaria a segurança do helicóptero estava faltando ou desatualizada. Um dos documentos localizados indicava que a última revisão feita no módulo do compressor, um dos componentes do motor da aeronave, havia sido feita em 1º de julho de 1988, ou seja.

    Além da falha no motor, outro aspecto que colaborou para a queda do helicóptero foi o descuido com a troca de óleo necessário para lubrificação adequada de engrenagens. A aeronave era um monomotor com capacidade máxima de quatro passageiros, mais a tripulação, da fabricante Bell Helicopter.

    De acordo com o Cenipa, a atitude do piloto, Ronaldo Quatrucci, também contribuiu para o desfecho. Segundo o Cenipa, Quatrucci não tinha a devida qualificação para realizar o serviço de táxi aéreo.

    O acidente ocorreu quando Boechat partia do resort Royal Palm Plaza, em Campinas (SP), onde havia participado de um evento, rumo a São Paulo. O percurso teve início por volta das 13h45 e, após 20 minutos de viagem, o motor do helicópetro apresentou falhas. Então, o piloto tentou fazer um pouso forçado em um cruzamento entre a Rodovia Anhanguera e o Rodoanel Mário Covas. Durante a descida, o helicóptero atingiu um caminhão, cujo motorista sobreviveu. Boechat e Quatrucci morreram no local, carbonizados.

    No relatório, o Cenipa também sublinha a responsabilidade da empresa dona do helicóptero, a RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda., que não tinha autorização para realizar o transporte de passageiros na modalidade de táxi aéreo. Diante do caráter irregular de suas operações, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) chegou a suspender as atividades da empresa, ainda em fevereiro do ano passado.

    "No ano de 2011, a empresa já havia sido multada pela Anac, por oferecer serviços sem a devida certificação", ressalta o Cenipa no relatório.

    Ricardo Boechat tinha 66 anos e deixou companheira, cinco filhas e um filho. Era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e mantinha uma coluna semanal na revista IstoÉ. Boechat nasceu em Buenos Aires, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. Era reconhecido por seu humor ácido ao noticiar fatos e criticar situações.

  • Vídeo mostra acidente com helicóptero que matou Ricardo Boechat e piloto

    Câmeras de segurança registraram o acidente de helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci, nesta segunda-feira (11), na Rodovia Anhanguera, em São Paulo.

    O vídeo, fornecido pela Polícia Civil, mostra a aeronave perdendo velocidade e descendo. O helicóptero passa entre dois viadutos do Rodoanel Mário Covas que ficam sobre a Anhanguera. O caminhão atingido pela aeronave também aparece nas imagens, na alça de acesso à rodovia – a colisão, no entanto, não foi registrada. Em seguida, uma fumaça preta surge no canto esquerdo do quadro.

    Segundo o delegado Luiz Hellmeister, titular do 46º Distrito Policial (DP), em Perus, as imagens e os depoimentos demonstram que a colisão que matou o jornalista e o piloto foi uma "fatalidade". "O helicóptero teve alguma pane e [o piloto] tentou o pouso de emergência", disse.

    "A imagem mostra o helicóptero taxiando, perdendo altitude, balançando e descendo entre os viadutos. A cena não mostra, mas os esquis da aeronave pegam na parte superior do caminhão e ocorre a colisão, que depois fez o aparelho pegar fogo e matar o jornalista e o piloto. Foi uma fatalidade", afirmou o delegado. O caso foi registrado como desastre aéreo e morte acidental.

    O vídeo foi gravado por uma câmera de segurança da CCR Rodoanel, concessionária responsável pelo rodoanel, e foi entregue na tarde desta terça-feira (12) à investigação, que apura as causas e eventuais responsabilidades pelo acidente com mortes. O delegado vai enviar as imagens ao Instituto de Criminalística (IC), e elas serão analisadas por peritos.

    Investigação
    A Polícia Civil já ouviu quatro testemunhas: dois policiais militares que atenderam a ocorrência; uma mulher que presenciou o acidente; e o motorista do caminhão.

    O G1 teve acesso aos depoimentos dos dois últimos.

    Segundo o delegado Alexandre Marcos Kerckhof Cardoso e Silva, também do 46º DP, o depoimento de Leiliane Rafael da Silva, que estava na garupa da moto do marido que passava perto do local do acidente, foi esclarecedor e o mais importante até o momento.

    A reportagem apurou que Leiliane disse à polícia que “por volta das 11h50 passava pelo km 22 da Rodovia Anhanguera sentido Interior já tendo passado o posto da Autoban que existia no local, quando observou um helicóptero amarelo já voando baixo, aparentando que iria pousar em baixo do viaduto".

    O depoimento prossegue: "Que imediatamente o helicóptero chocou-se contra uma carreta que trafegava pelo local, sendo que o helicóptero rodou e já caiu no chão (...)".

    O motorista do caminhão, João Adroaldo Tomanckeves disse que só soube que o veículo havia sido atingido por um helicóptero "pelas pessoas que o auxiliaram a sair da cabine", segundo o depoimento.

    Agora, a polícia quer ouvir os fabricantes do helicóptero e das turbinas da aeronave.

    "Além das questões técnicas específicas da aeronave, queremos saber do representante do helicóptero por que transportava passageiro, sendo que a autorização era só para equipamentos", declarou o delegado Cardoso e Silva.

    Também será ouvido pela polícia um representante do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que esteve no local do acidente.

    De acordo com o delegado, as causas do acidente serão esclarecidas após a conclusão dos laudos periciais do Cenipa e do Instituto de Criminalística (IC), da Polícia Técnico-Científica. "Geralmente um acidente aéreo ocorre por uma contribuição de fatores. Esses laudos irão apontar quais foram", afirmou.

    Fonte: G1

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.