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Pai de Paulinha Abelha não foi informado sobre morte da cantora, diz empresário

Pai de Paulinha Abelha não foi informado sobre morte da cantora, diz empresário

O pai da cantora Paulinha Abelha, Gilson Nascimento, de 66 anos, ainda não sabe da morte da artista, segundo o empresário da Calcinha, Diassis Marques. Conhecido como Abelha, ele tem uma doença degenerativa e vive na casa que era da cantora, em Aracaju, onde tem tratamento por home care. A preocupação com o cuidado do pai era constante na vida de Paulinha, segundo o empresário. A cantora morreu aos 43 anos, em 23 de fevereiro, após 13 dias internada com quadro de insuficiência renal.

"Acredito que a família não vai falar para ele. Acho que ele não resistiria. Acredito que ele já está sentindo porque ela não passava tantos dias sem vê-lo. A irmã de Paulinha falou ao pai que ela estava no hospital, e ele ficou agitado e teve febre. Então os médicos e o Clevinho (viúvo da cantora) decidiram não falar", explicou ele, em entrevista à revista Quem.

Ele conta que Paulinha, mesmo na estrada com a banda, sempre estava preocupada com o pai. "O pai dela mora na casa dela, ela que cuidava dele. Ela se preocupava muito com a família. Teve um pastor que até falou que Paulinha queria tanto ser mãe, mas não tinha percebido que era a mãe do próprio pai. Nas viagens, ela ficava ligando toda hora para a cuidadora para saber como o pai estava", acrescenta.

Exames
A causa da morte de Paulinha ainda é investigada. Exames feitos enquanto ela ainda estava internada são aguardados para tentar ajudar a elucidar o caso. "Tem alguns exames que foram feitos quando Paulinha ainda estava internada e são saíram os resultados. Pode ser que, através deles, os médicos consigam chegar a uma conclusão sobre o que provocou o agravamento do quadro dela. Até o momento, não se sabe o que causou tudo. Ela deu entrada no hospital com sintomas de mal-estar, por conta de algo que comeu e que teria caído mal. Mas no hospital foi detectada a insuficiência renal, que provocou os problemas hepático e neurológico. Temos esperança de que os resultados dos exames possam mostrar o que realmente aconteceu para que fiquemos mais tranquilos", diz Diassis.

O empresário diz que Paulinha estava um pouco irritada nos dias que antecederam a internação, o que não era normal para ela. "Em São Paulo, na quinta, ela me chamou e disse que estava cansada porque a banda ainda não tinha entrado no palco, e ela não era de fazer aquilo. Ela nunca reclamava de nada: de hotel, de viagem, nada! Nesses quatro anos que estou com a banda, ela nunca reclamou de nada. Pelo contrário! Ela brincava com as situações adversas", lembra.

A cantora chegou a pedir para remarcar o voo de volta para Aracaju. "Só depois de se sentir mal que ela começou a falar que estava fraca. Disse que estava sem forças para viajar. Me pediu para remarcar o voo, porque estava cansada. Ela embarcou às 9 horas da noite em Congonhas, mandou um áudio para uma pessoa da nossa equipe dizendo que estava fraca e tonta, mas que já estava melhorando. Ela chegou em Aracaju na madrugada, dormiu e, quando acordou, comeu alguma coisinha no café e foi para o hospital dizendo que estava fraca e tonta. Falei com ela na quinta à noite, quando ela estava embarcando. E ela disse que já estava melhor e ia ao médico. Ela era sempre muito otimista e tinha muita fé em Deus", acrescenta.

Segundo ele, Paulinha não era obcecada por magreza e comia normalmente. Sua alimentação tinha acompanhamento especializado. "Ela tinha acompanhamento com nutróloga, era assistida por médicos, e não se queixava de nada. Ela fez tratamento para engravidar. Em agosto chegou a ficar grávida, mas perdeu. Ela se cuidava como qualquer mulher. Mas não se privava de nada. Gostava de comer, dizia que ia estourar. Falava assim: 'vou comer e amanhã malho'. Mas ela não era obcecada. Em 2020, quando fomos gravar o DVD, ela falou: 'vou me cuidar para chegar no DVD em forma'. No dia a dia ela tinha uma alimentação normal", pontua.

A morte da cantora abalou muito os outros integrantes da Calcinha Preta, Bell Oliver, Silvânia Aquino e Daniel Diau, mas eles devem voltar aos palcos no próximo dia 11, com show em Mata Roma (MA). Uma homenagem a Paulinha será incluída na apresentação. "Já mudamos a marca da banda, inserindo a abelhinha. E estamos plotando o ônibus da banda em homenagem a ela. Também vamos lançar o DVD que ela tinha gravado em Belém ainda este mês", explica o empresário.

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