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Rifeiro tem prisão temporária decretada; amigo aponta perseguição

Rifeiro tem prisão temporária decretada; amigo aponta perseguição

O rifeiro e influenciador baiano Ramhon Dias de Jesus Vaz, de 32 anos, teve prisão temporária decretada no domingo (2) pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador. Ele, que tem mais de 450 mil seguidores numa rede social, é suspeito de lavagem ou ocultação de bens, corrupção, jogos de azar e associação criminosa.

Segundo o site Aratu On, outras duas pessoas, identificadas como Anelise Barbosa de Ataíde e David Mascarenhas Alves de Santana, também são apontadas como gestoras do esquema e tiveram decretados pedidos de prisão por um prazo de cinco dias. As informações, porém, não foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça (TJ) da Bahia até o momento desta publicação.

Ramhon já tem passagens pela polícia, devido a supostos envolvimentos com outros crimes, como o roubo a uma joalheria no Shopping Barra, em Salvador, em 2011. Em entrevista ao CORREIO, um homem que diz ter uma 'briga pessoal' com o rifeiro revelou que ele 'deu golpe' no humorista Cristian Bell, com quem se desentendeu publicamente no ano passado.

Em anonimato, o homem contou, também, que de Anelise é 'a laranja' de Ramhon e que David é 'comparsa' dele. Ambos, assim como o influenciador, estariam foragidos. "Ele foi várias vezes questionado por não pagar o prêmio [das rifas]. Teve uma pessoa que o questionou na Paralela, e ele colocou uma arma na cara", relatou.

Procurado, o advogado Gerson Monção, responsável pela defesa do rifeiro, não atendeu a reportagem.

Rifeiro é alvo de perseguição, diz amigo

Em versão diferente da que foi dada pelo desafeto de Ramhon, um amigo do rifeiro e influenciador baiano declarou ao CORREIO que ele está sendo vítima de perseguição por parte do prefeito de Itanagra, Marcus Gustavo de Souza Sarmento, cuja esposa, Larissa Nunes Sarmento, é ex-namorada de Ramhon.

"Quando ele [Marcus] se separou dela, ela procurou Ramhon de volta, após oito anos. Aí, ele não aceitou e começou essa perseguição louca", disse o homem. "Em janeiro, eles [Ramhon e Larissa] começaram a namorar, mas Marcus tumultuou de uma forma que Ramhon preferiu não continuar com ela", complementou ele, que defende que o negócio gerido pelo rifeiro é 'limpo'.

Em vídeo que circula na internet, Larissa relata que sofreu violências física, verbal e psicológica durante o relacionamento com o prefeito de Itanagra. "Eu fiquei separada dele de junho até janeiro deste ano. Nesse período, eu tive um relacionamento de um mês com um ex-namorado meu", revela.

Ainda segundo a mulher, ao ter reatado com o esposo, ela passou por novas situações abusivas. "Durante esse período, ele também me coagiu a dar queixa de quatro pessoas com motivos que não existiram: o tenente Saturnino, o soldado Lázaro Alexandre Pereira, o soldado J. Carlos e Ramhon Dias de Jesus", detalha Larissa. "Foi uma forma que ele encontrou de se vingar dessas pessoas." No mesmo vídeo, ela também diz que conseguiu uma medida protetiva contra Marcus.

O CORREIO entrou em contato com o prefeito, que negou perseguir Ramhon. "Se eu persigo ele, já faço [isso] há tempo, então, pois ele sempre foi ladrão", declarou o gestor. "Não tenho nada a falar sobre esse marginal. A Justiça cuida dele", finalizou.

Questionada sobre a situação, a Polícia Civil (PC) apenas sugeriu que a reportagem contatasse o TJ, que, por sua vez, também não contribuiu para o esclarecimento de informações. O Ministério Público (MP) estadual foi igualmente procurado, mas não se pronunciou.

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