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Família de produtor morto em acidente aéreo processa equipe de Marília Mendonça

Família de produtor morto em acidente aéreo processa equipe de Marília Mendonça

A família do produtor Henrique Bahia entrou na Justiça para pedir o reconhecimento do vínculo empregatício dele com a equipe de Marília Mendonça. O profissional e a cantora sertaneja morreram num acidente aéreo, em 2021, em Piedade de Caratinga, Minas Gerais, onde a sertaneja faria um show. Na ação, que corre em segredo de justiça, os parentes pleiteiam os direitos trabalhistas do produtor, que trabalhou com Marília durante três anos.

Pelo Instagram, o pai do produtor contou aos seguidores que uma primeira audiência do caso ocorreu em 5 de julho, exatamente 20 meses após da tragédia. George Freitas escreveu que o reconhecimento do vínculo é importante para que o filho de Henrique, Bernardo Bahia, tenha "algum direito como herdeiro".

"Que a justiça seja feita e que reconheçam o seu vínculo empregatício, em nome do seu legado, do seu profissionalismo, e de tudo que você representou para os que trabalharam e conviveram com você! Você não só trabalhava por um escritório/artista, você vivia 24 horas em função do seu trabalho, você deu seu sangue em tudo que fez! Essa luta será até o fim de todos seus familiares e amigos, meu gordo!", destacou George Freitas, que afirmou sentir "sempre" a saudade do filho.

A ação foi proposta pelo filho de Henrique Bahia, que é representado pela mãe, por ser menor de idade. Em nota, a assessoria de imprensa da artista confirmou o trâmite da ação trabalhista e a realização da audiência no último dia 7.

"A audiência realizada no último dia 07/07/2023 tinha como única finalidade de definir se o processo deve tramitar junto a Vara do Trabalho de Divinópolis-MG ou se perante uma das Varas do Trabalho de Goiânia-Goiás", afirma a nota. "A Sentimento Louco Produções Artisticas, bem como o espólio da Marilia Mendonça, por meio do seu corpo jurídico, desde o princípio buscou o diálogo e a resolução do caso pela via conciliatória"

Além de Marília Mendonça e Henrique Bahia, também morreram no acidente o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.

Justiça negou vínculo a homem que se dizia empresário

No mês passado, a Justiça de Goiás impôs nova derrota a Gabriel Gonçalves Ramalho, que exigia R$ 9 milhões da herança de Marília Mendonça. O empresário alegava ser funcionário da cantora e ter direito à verba trabalhista. Depois da decisão de primeira instância, que negou o pedido do empresário, o desembargador Daniel Viana Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, deu razão à família da artista e foi contra o reconhecimento do vínculo empregatício.

Ramalho foi um dos incentivadores do início da carreira de Marília Mendonça e detinha 10% dos ganhos dela. Ele se apresentava como empresário da artista, embora nunca o tenha sido de fato, de acordo com os parentes. Depois da morte da sertaneja, Ramalho acionou a Justiça para ser reconhecido como funcionário dela e acessar verbas trabalhistas sobre o valor de um salário mensal de R$ 200 mil.

No entanto, a Justiça entendeu que Ramalho não recebia salário, mas sim, um percentual sobre os ganhos da artista e não preencheria os requisitos para o reconhecimento do vínculo formal. Advogados e parentes da cantora usaram as redes sociais para celebrar a nova vitória na Justiça. A mãe da artista, Ruth Moreira, compartilhou uma mensagem do advogado Robson Cunha, em que ele citava o oportunismo do empresário e a satisfação com o desfecho do caso.

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