Pela 1ª vez, Papa faz rito sozinho e dá indulgência plenária

Pela 1ª vez, Papa faz rito sozinho e dá indulgência plenária

Pela primeira vez na história milenar da Igreja Católica, o Papa rezou, na tarde desta sexta-feira (27), uma missa sozinho diante da imensa Praça de São Pedro vazia, e deu a indulgência plenária ao mundo por causa da pandemia de coronavírus. Não há registro de algo semelhante na história do Vaticano.

A bênção dada pelo Papa Francisco, Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo) a todos os fiéis, só é concedida pelos pontífices em apenas três ocasiões: em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, datas em que se lembra o nascimento e a morte de Jesus, e no dia da eleição de um novo Papa, logo após o resultado do Conclave.

O ritual foi transmitido pela televisão, internet e rádio. É possível ver toda a ação, dublada em português, no vídeo ao vivo postado pelo Vaticano no YouTube.

A benção permite que mais de 1,3 bilhão de católicos obtenham a indulgência plenária - ou seja, o perdão de seus pecados - em um momento complicado no mundo, com milhares de pessoas infectadas e mortas por causa do novo coronavírus e medidas de confinamento que afetam mais de 3 bilhões de indivíduos.

"Se trata de um evento extraordinário presidido pelo Papa, em um momento específico, quando o mundo cai de joelhos pela pandemia. Um momento de graça extraordinária que nos dá a oportunidade de viver esse tempo de sofrimento e medo com fé e esperança", explicou o Vaticano, em nota.

"Para obter a indulgência plenária, os doentes de coronavírus, os que estão em quarentena, os profissionais de saúde e familiares que se expõem ao risco de contágio para ajudar quem foi afetado pelo Covid-19 também poderão simplesmente recitar o Credo, o Pai-Nosso e uma oração a Maria", comunicou o Vaticano.

"Os outros poderão escolher entre várias opções: visitar o Santíssimo Sacramento ou a adoração eucarística ou ler as Sagradas Escrituras por pelo menos meia hora, ou rezar o Terço, a Via-Sacra ou o Terço da Divina Misericórdia, pedindo Deus, a cessação da epidemia, o alívio para os doentes e a salvação eterna daqueles a quem o Senhor chamou a si", continuou a nota.

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