Camaçariense é assassinada no interior de São Paulo

Camaçariense é assassinada no interior de São Paulo

Um homem matou a tiros uma mulher de 34 anos em São Carlos (SP) e depois se enforcou na manhã desta terça-feira (26). Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi reconhecido por outra vítima em uma tentativa de estupro mais cedo antes de matar Elis Cristina Silva da Costa.

O delegado Gilberto de Aquino da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) disse que Dario Rogério Staine, de 35 anos, era obcecado por Elis. Ela teria ficado uma vez com ele, mas ao descobrir que Staine era traficante não quis manter o relacionamento.

"Ela falava que não aceitava esse tipo de conduta, que ela trabalhava, queria estudar, fazer faculdade e que tinha um filho de 15 anos para criar.Ele ficava insistindo e ameaçando. Ela estava com medo dele", contou o delegado.

O crime foi registrado como feminicídio, que é quando uma mulher é morta justamente por ser mulher. A Polícia Militar deteve um homem com a arma que teria sido usada no assassinato.

suspeito-Dario Staine-27-02-2019

Feminicídio
O crime aconteceu na Rua Miguel Donofrio no bairro Santa Angelina. "Uma vizinha foi informar sobre a morte do rapaz e, quando entrou na casa, foi surpreendida com o corpo da vítima", contou o delegado.

Elis foi atingida por nove disparos. Vizinhos chamaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Após cometer o crime, Staine foi até uma mata ao lado do campus II da Universidade de São Paulo (USP) e se enforcou em uma árvore a 100 metros da casa da vítima.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito era viciado em drogas e traficava no bairro. Já Elis era natural de Camaçari (BA) e trabalhava no café de um supermercado em São Carlos.

De acordo com informações, a mulher era filha do assessor político Sonivaldo Soares, mais conhecido como ‘Soni’.

Soni e Elis

Tentativa de estupro
A polícia investiga outro caso de tentativa de estupro que teria acontecido na manhã desta terça-feira antes de o suspeito se enforcar.

Segundo o delegado da DIG, uma mulher saiu para levar o marido ao trabalho e, ao retornar, foi surpreendida por um homem que tentou estuprá-la.

A mulher foi levada até a Santa Casa de São Carlos para passar por atendimento médico. De acordo com a polícia, a vítima reconheceu Staine como o autor do crime. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) apura a denúncia.

Fonte: G1/São Carlos e Araraquara

Itens relacionados (por tag)

  • Ao menos 81 feminicídios foram registrados na Bahia em 2023

    Renata Santana de Freitas, de 37 anos, tornou-se mais um nome na estatística de feminicídios na Bahia. A enfermeira foi morta no último domingo (19) pelo marido. Em todo o estado, foram ao menos 81 mortes de mulheres entre janeiro e novembro, segundo levantamento feito a partir de casos noticiados até o momento.

    Renata e André Luís Sena de Oliveira eram casados há vinte anos e estavam em processo de separação, já vivendo em casas diferentes. Eles deixam um filho de 15 anos.

    Segundo amigos, Renata não costumava falar sobre o relacionamento, mas eles sabiam que André Luís sentia ciúmes em excesso. De acordo com eles, ela não podia ter contato com outros homens, tirar fotos com outros homens ou seguir em redes sociais.

    O relatório Elas Vivem, organizado pela Rede de Observatórios da Segurança em 2022, registrou que a Bahia é o estado do Nordeste com maior índice de violência contra a mulher. Larissa Neves, pesquisadora e organizadora do projeto, afirma que 75% dos feminicídios são cometidos pelos companheiros das vítimas.

    “É muito importante que as mulheres conversem sobre o que sentem. Que elas tenham ali pessoas de confiança para sinalizar o que ela está passando. Elas precisam externalizar, porque muitas vezes a gente naturaliza esses ciclos da violência, justamente porque a gente não sabe que isso é violência. A gente acredita que isso faz parte da relação e acaba não falando, porque nós temos vergonha de dizer e sinalizar que estamos sendo controladas”, diz a pesquisadora.

    Relembre casos de feminicídio registrados este ano
    Jéssica Bartolomeu Souza, 32

    A cabeleireira Jéssica Bartolomeu Souza, de 32 anos, foi morta na madrugada do dia 13 deste mês, no Subúrbio de Salvador, com sinais de agressão física. O companheiro dela, um homem de 28 anos, foi preso suspeito pela morte. Segundo a Polícia Civil, Jéssica deu entrada na UPA de Periperi socorrida pelo companheiro, nessa madrugada. Ela tinha vários ferimentos decorrentes de agressões. Os próprios funcionários da UPA chamaram a Polícia Militar, suspeitando de um crime.

    Maria Alice dos Santos Nascimento, 43
    Maria Alice dos Santos Nascimento, de 43 anos, foi morta a facadas na noite do dia 6 de novembro, em Arraial D'Ajuda, Porto Seguro. De acordo com a delegada Rosângela Santos, titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Porto Seguro, o ex-marido é o principal suspeito. Maria Alice foi assassinada após assinar os papéis do divórcio. A vítima morava em Porto Seguro e, segundo a delegada, o ex-marido não aceitava o fim do relacionamento. "Ele desconfiava que ela tinha uma namorada", informou a titular.

    Jessica Judite dos Santos, 17
    No dia 1º de novembro, uma adolescente de 17 anos foi morta a facadas em Juazeiro, norte do estado. O principal suspeito pelo crime é o companheiro da vítima, um homem de 31 anos que também ficou ferido e está custodiado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

    As primeiras informações são de que o crime aconteceu em meio a uma briga do casal. Na discussão, Jessica Judite dos Santos foi esfaqueada e morreu no local. O suspeito, que não teve nome divulgado, também se feriu - não foi informado se ele foi ferido pela vítima ou se ele mesmo se autoinflingiu ferimentos.

    Sara Mariano, 35

    A cantora gospel e pastora Sara Mariano, de 35 anos, dada como desaparecida desde o dia 24 de outubro, foi encontrada morta no dia 27 do mesmo mês, perto de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Os restos mortais estavam carbonizados e em um matagal ao lado da BA 093, e o corpo foi reconhecido pelo marido, Ederlan Mariano. No mesmo dia, ele foi preso pela autoria do crime.

    Segundo informações do delegado Euvaldo Costa, titular da 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D'Ávila), o planejamento da morte da pastora começou um mês antes do crime, no dia 24 de setembro. A motivação do crime seriam problemas conjugais, segundo o delegado. Quatro suspeitos já foram presos; os executores receberam, no total, R$2 mil de Ederlan pelo assassinato.

    Raquel da Silva Almeida, 34
    No dia 24 de setembro, Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, foi morta a facadas pelo marido dentro de sua casa, no bairro de Massaranduba, em Salvador. Ela foi encontrada com diversos ferimentos pelo corpo. O filho dela, um menino de 11 anos, também foi ferido com golpes de arma branca.

    Diego Andrade, com quem Raquel tinha um relacionamento há três anos e era casada há um, se entregou à polícia no dia seguinte e foi liberado no mesmo dia. De acordo com a Polícia Civil, Diego foi dispensado por não haver os requisitos legais para a prisão em flagrante. A família diz que não havia sinais de que Raquel sofria violência física e que ela nunca se queixou disso. Mas os parentes contam que havia muita agressão verbal, especialmente contra a criança - o menino de 11 anos era filho de Raquel de outra relação. Parentes chegaram a testemunhar Diego batendo no garoto, de quem não gostava.

    Simone Maria Santos, 51

    Na manhã do dia primeiro de maio, a enfermeira Simone Maria Santos, de 51 anos, foi morta a pedradas em sua casa, no quarto andar do Edifício Porto do Sol, na Rua Arthur D'Almeida Couto, em Salvador, pelo homem com quem estava casada há 30 anos e tinha dois filhos já adultos. Descrita pelos colegas como generosa e discreta, Simone trabalhou como técnica de enfermagem por 17 anos, até ter sua vida interrompida precocemente.

    De acordo com moradores, que preferiram não se identificar, Simone queria o fim do casamento e esse teria sido o fator que motivou o crime, uma vez que o marido não aceitava o término da relação. Antes de ir a óbito, a vítima ligou para um dos filhos pedindo socorro. O jovem ligou para a polícia, mas não chegou a tempo de socorrer a mãe.

    Natalina Silva, 37
    No dia 25 de abril, Natalina Silva, de 37 anos, teve sua casa invadida e foi morta pelo ex-companheiro. O crime aconteceu no bairro da Liberdade, e o homem foi preso em flagrante. Ele não aceitava o fim do relacionamento e, além de atacar a vítima com golpes de faca, ele ainda atingiu o genro dela.

    De acordo com o coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), delegado Ademar Tanner, o criminoso confessou a autoria do crime e não demonstrou arrependimento. Ele ainda declarou que já ficou preso por oito anos, após matar a mãe do filho dele e o companheiro dela, na cidade de Piraí do Norte, em 2014, e foi solto em 2022.

  • Mulher morta pelo marido em Massaranduba é enterrada: 'Não é justo'

    O corpo de Raquel da Silva Almeida, 34 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira (26) no Cemitério Municipal de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Ela foi assassinada a golpes de faca no bairro de Massaranduba, no domingo (24). O filho dela, um menino de 11 anos, também foi ferido e está internado em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). O principal suspeito é o marido da vítima, Diego Andrade.

    O sepultamento começou com atraso, porque familiares de Raquel estavam sendo ouvidos na delegacia. O corpo foi velado em uma área arborizada do cemitério, ao som de cânticos, orações e salva de palmas. Durante a cerimônia, pessoas passaram mal e precisaram ser amparadas. A madrinha e amiga da vítima, Edna Moreira, ficou emocionada e fez um desabafo.

    "Não é justo. Um homem matar e não dá em nada. Ele chegou na delegacia com dois advogados, sorriu para a gente e saiu como se nada tivesse acontecido. Hoje foi ela, e amanhã será outra mulher. Até quando um homem vai poder matar uma mulher e sair impune? Queremos justiça", disse.

    Segundo a família, Diego esteve no Jardim Cruzeiro na segunda-feira, nas proximidades da loja do casal. Testemunhas contaram que ele esteva em um carro, mas que não desceu do veículo. A família trocou o cadeado da loja.

    Raquel e Diego se conheceram em abril de 2020, através de amigos em comum, e começaram a namorar alguns meses depois. Em julho de 2022, eles oficializaram a união com casamento no religioso e no civil, e passaram a morar no último andar de um prédio com três pavimentos da família de Raquel, em Massaranduba. O casal parecia viver em harmonia, mas, segundo a família, Diego era violento com o enteado de 11 anos.

    Crime

    No domingo, por volta das 3h, familiares contaram que ouviram barulho vindo do imóvel do casal, mas que não houve gritos e nem pedidos de socorro. Durante todo o dia, Raquel, Diego e o menino não saíram de casa, até que no final da tarde Diego desceu as escadas carregando uma mochila, fechou o portão e foi embora. Alguns minutos depois ele teria mandado uma mensagem no grupo de amigos contando que havia matado a esposa e o enteado.

    Familiares correram até o imóvel e encontraram o corpo de Raquel no quarto, e o menino de 11 anos ferido no sofá. Ele foi atingido no peito, no pescoço e nos braços, mas ainda respirava, e foi socorrido para o HGE, onde segue internado em estado grave. Raquel tem outro filho, que estava com o pai quando tudo aconteceu e não presenciou o crime.

    No final do dia seguinte, ou seja, na segunda-feira, Diego procurou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, e se apresentou junto com dois advogados. O conteúdo do depoimento não foi divulgado e ele foi liberado. A Polícia Civil informou que Diego foi dispensado por não haver os requisitos legais para a prisão em flagrante, mas afirmou que a prisão preventiva será solicitada ao Judiciário.

    Diego trabalhava como gari quando conheceu Raquel, mas ficou desempregado e estava trabalhado na loja dela, no Jardim Cruzeiro. Nesta terça-feira, emocionados, os familiares da vítima pediram por justiça. Segundo eles, o suspeito está com os cartões e celulares da vítima, e fazendo contato com clientes para cobrar dívidas.

    A Bahia já registrou 68 feminicídios até o dia 21 de setembro deste ano, segundo a Polícia Civil. O número representa 7,5 mortes por mês, ou uma mulher assassinada a cada quatro dias, em situações envolvendo violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. O caso de Raquel ainda não foi classificado como feminicídio, mas para familiares e amigos não resta dúvida.

    O caso está sendo investigado pelo DHPP.

  • "Meu desejo é a justiça divina", diz filho de enfermeira morta na Vila Laura

    O assassinato brutal de uma técnica de enfermagem, cometido pelo marido, causou revolta entre familiares e amigos da vítima. Pedro Henrique Santos de Jesus, filho caçula de Simone Maria, que foi morta pelo marido na manhã desta segunda-feira (1º), afirmou que o único desejo que tem em relação ao destino de seu pai é a justiça divina.

    “Não vou dizer que eu tenho raiva nem mágoa do acusado, que é meu pai, mas eu digo que tenho pena. O homem lá de cima é quem vai fazer a justiça divina. No momento da raiva você pensa em descontar na mesma moeda, mas se trata de um pai, de um ser humano. Você não se iguala para cometer o mesmo que ele”, afirmou, visivelmente emocionado. Antes de falecer, Simone conseguiu ligar para Pedro Henrique e pedir ajuda. O Samu realizou o atendimento médico, mas a vítima não resistiu.

    Simone Maria dos Santos foi morta a pedradas por volta de 6h da manhã de segunda-feira, em sua casa, na Vila Laura. O motivo supostamente foi a intenção de Simone de pôr fim ao casamento, decisão com a qual o marido não soube lidar. De acordo com a Polícia Civil, o acusado pulou a janela do apartamento para tentar fugir, mas foi socorrido e está sob custódia no Hospital Geral do Estado. Ele será autuado em flagrante por feminicídio.

    Vestindo camisas estampadas com o rosto da técnica de enfermagem, os entes queridos se despediram nesta terça-feira (2) de Simone Maria dos Santos. O enterro aconteceu no Vale da Saudade, em Candeias, e foi uma demonstração do carinho que quem a cercava sentia por ela: os filhos precisaram alugar um ônibus para levar parentes, amigos da cidade natal e colegas de trabalho da vítima.

    O enterro trouxe à tona a dor do pai enlutado, a comoção dos amigos e o misto de sentimento dos filhos. Jaime dos Santos, pai de Simone, perdeu a esposa em fevereiro. Hoje, apenas dois meses depois, chorava sobre o caixão de sua única filha mulher.

    Nascida em Aratu, no município de Candeias, Simone tinha 51 anos e era casada há 30. Mudou-se cedo para Salvador, onde teve seus dois filhos, Carlos Henrique e Pedro Henrique. Descrita pelos colegas como generosa e discreta, Simone trabalhou como técnica de enfermagem por 17 anos, até ter sua vida interrompida precocemente nesta segunda-feira (1º).

    De acordo com Adriana Ferro, colega do Hospital Geral Roberto Santos, mesmo de folga, Simone ia para o hospital cuidar dos pacientes mais velhos. “Simone não tinha tristeza nela, era uma pessoa do bem. Isso é indiscutível”, afirmou a enfermeira.

    Pedro Henrique diz que a mãe ligava todos os dias para seu celular para perguntar sobre os dois netos, João, de oito meses, e Pietro, de três anos. Além dos dois, Simone era avó de Samuel, filho do mais velho, Carlos Henrique. O caçula de Simone se emociona ao falar sobre como os filhos crescerão sem ter de novo esse carinho por parte da avó.

    Seis vítimas de feminicídio por mês
    “A nossa dor é ver que nós, enquanto mulheres, estamos tratando cada dia de uma rotina absurda de mulheres violentadas. Essa estatística vem crescendo muito na nossa realidade enquanto técnicas de enfermagem intensivistas. E a minha revolta é ver quem estava cuidando hoje ser vítima dessa violência”, disse Aialla Fontes, que trabalhou com Simone por quatro anos no Hospital Geral do Estado, em nome de todas as técnicas de enfermagem do local.

    Para ela, é essencial que exista uma rede de apoio eficiente para as mulheres. “Nós não encontramos uma política que faça realmente valer esse acolhimento. O acolhimento não é apenas a colega chegar e conversar que foi agredida, é ter profissionais para acolher, ter direcionamento, ter dimensionamento do fato. Eu acho que o que faltou para a nossa colega estar viva hoje foi isso: ter um trabalho de direcionamento à mulher”, defende.

    Em 2023, seis mulheres são mortas por mês na Bahia vítimas de feminicídio. Esse número é inferior aos casos registrados no mesmo período no último ano. De acordo com a Polícia Civil, até 25 de abril, foram 24 feminicídios, contra 26 no mesmo período de 2022, o que figura uma redução de 7% (leia mais no box).

    Julieta Palmeira, antiga Secretária de Políticas para Mulheres do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) da UFBA, defende a necessidade de executar melhor as políticas existentes. “Nós precisamos de políticas para evitar a impunidade e garantir uma proteção mais efetiva às mulheres, buscando a aplicação da Lei Maria da Penha, um marco legal de referência. É preciso ampliar o número de delegacias especializadas, fazer valer a lei que dá celeridade às medidas protetivas, recentemente sancionada, e fortalecer os serviços locais de acolhimento às mulheres em situação de violência, as redes de acolhimento”, diz.

    O relatório Elas Vivem, organizado pela Rede de Observatórios da Segurança, registrou que a Bahia é o estado do Nordeste com maior índice de violência contra a mulher. Larissa Neves, pesquisadora e organizadora do projeto, afirma que 75% dos feminicídios são cometidos por companheiros.

    “É muito importante que essas mulheres conversem sobre o que sentem. Que elas tenham ali pessoas de confiança para sinalizar o que ela está passando. Elas precisam externalizar, porque muitas vezes a gente naturaliza esses ciclos da violência, justamente porque a gente não sabe que isso é violência. A gente acredita que isso faz parte da relação e acaba não falando, porque nós temos vergonha de dizer e sinalizar que a gente está sendo controlada”, ressalta a pesquisadora.

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