Homens que fizeram moradores reféns em casa em Salvador são investigados há 2 anos por homicídios, roubos e tráfico

Homens que fizeram moradores reféns em casa em Salvador são investigados há 2 anos por homicídios, roubos e tráfico

Os homens que foram presos após fazerem moradores reféns em uma casa no bairro de Santa Cruz, em Salvador, na noite de terça-feira (28), vinham sendo investigados há 2 anos por homicídios, roubos e tráfico de drogas, informou, nesta quarta (29), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). Seis vítimas ficaram sob o poder do grupo na residência por cerca de 3h.

No final da manhã desta quarta, os dez presos foram apresentados à imprensa, no auditório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Pituba. Cinco deles participaram da ação em que os moradores foram feitos reféns. Os outros cinco tinham sido presos horas antes e, segundo a polícia, indicaram o local onde estava um comparsa, e onde a polícia acabou encontrando outros cinco suspeitos.

Os homens presos por manter as seis pessoas reféns foram Fábio de Souza Costa, o 'Binho', 34, Mateus Santos Silva, 24, Jônatas Silva da Cruz Cerqueira Santos, 18, Renilson dos Santos Puridade, 2, e Gabriel Oliveira de Alcântara, 30. A polícia informou que eles vão responder por porte ilegal de arma, resistência, cárcere privado e tráfico de drogas.

Antes deles, já havia sido presos Alex de Oliveira Santos, o 'Arraia', 21 anos, e João Paulo Souza Santos, o 'JP', 22, Lucas dos Santos, o 'Amoeba', 20, André Caique Pereira Bispo Santana, 21, e Wesly Machado Soares, 21, apontados como pertencentes ao mesmo grupo criminosos. Eles foram autuados por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Conforme a SSP, Alex e João são suspeitos de liderar uma organização criminosa que atua com comércio de entorpecentes, homicídios, roubos e corrupção de menores, na localidade da Sucupira, no bairro da Santa Cruz.

O caso

Um grupo de homens armados invadiu uma casa e fez moradores reféns por mais de três horas, no bairro de Santa Cruz, em Salvador, na noite desta terça-feira (28). De acordo com a polícia, seis vítimas estavam no imóvel, entre elas, duas mulheres e duas crianças, que não tiveram as identidades e idades divulgadas.

Segundo a Polícia Militar, a situação começou depois que agentes foram ao imóvel para verificar informações colhidas após a prisão de cinco criminosos na região da Avenida Adhemar de Barros, em Ondina.

"Fomos informados de um veículo transitando na Avenida Garibaldi, por volta das 18h30. Efetuamos a abordagem do veículo e identificamos cinco suspeitos, dentre eles, três com mandado de prisão em aberto. [Os suspeitos] Foram conduzidos para o DHPP e lá eles deram a localização de uma casa [no bairro de Santa Cruz] que seria a residência de um deles, onde teria armas e drogas. Outras guarnições foram para o local e efetuaram a abordagem. Na tentativa de entrar na residência, os policiais foram recebidos a tiros e uma família foi feita de refém", relatou o comandante da Rondesp Atlântico, major Edmundo Assemany,

De acordo com a polícia, ao menos cinco suspeitos participaram da ação. Conforme detalhou Assemany, a negociação começou por volta das 20h, quando o imóvel foi isolado e o Bope, unidade responsável por ocorrências com reféns, acionado. O grupo foi preso por volta das 23h40, após liberar as vítimas. Foram 2h50 de negociação, informou a Secretaria de Secretaria Pública (SSP-BA).

Agentes da 40ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina), da Rondesp Atlântico e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) participaram da ação e negociaram com os suspeitos. Dezenas de moradores da região acompanharam a situação.

Terceiro caso
Este é o terceiro caso de invasão de imóvel com reféns na região em menos de seis meses. Em dezembro de 2018, quatro homens armados entraram em um posto de saúde, no mesmo bairro, após uma troca de tiros com policiais militares que deixou três suspeitos mortos.

Na época, dezesseis pessoas, entre funcionários e pacientes, ficaram em poder dos criminosos por mais de três horas. As vítima só foram liberadas após intensa negociação entre a polícia e os homens, que foram presos.

O segundo caso ocorreu em abril deste ano, no Vale das Pedrinhas, na mesma região. Uma mulher de 34 anos e os filhos, uma adolescente de 15 anos e um menino de 2, foram feitos reféns por cerca de três horas, na casa da família, após criminosos, que também estavam em fuga, invadirem o local.

Durante a ação, um tiro chegou a ser disparado dentro do imóvel, mas ninguém ficou ferido. Os seis suspeitos foram presos após a ação. Entre eles, um jovem que havia participado da invasão ao posto de saúde. Nas duas ocasiões foram apreendidas armas.

Fonte: G1/Bahia

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