Polícia prorroga inquérito de ataque ao ônibus do Bahia por mais 30 dias

Polícia prorroga inquérito de ataque ao ônibus do Bahia por mais 30 dias

A Polícia Civil pediu a prorrogação por mais 30 dias do inquérito que apura o ataque ao ônibus do Bahia. O prazo inicial terminou no último sábado (26). Um mês após o atentado, ninguém foi preso.

De acordo com a polícia, pelo menos nove pessoas participaram do ataque. Quatro suspeitos foram identificados. Todos fazem parte da torcida Bamor, e um deles é o presidente do grupo, Half Silva.

Nos últimos dias, os suspeitos prestaram depoimento e passaram por acareação. Half alega que não participou do ataque e alega que no dia do crime ele estava em Feira de Santana acompanhando o jogo entre Bahia de Feira e Coritiba, pela Copa do Brasil.

O carro de Half foi usado no atentado. O veículo passou por perícia que comprovou a presença de resíduos de explosivos. O presidente da Bamor, no entanto, diz que o carro estava estacionado na sede da torcida e foi usado por alguém.

Após o prazo de 30 dias, a Polícia pode prorrogar o inquérito pelo mesmo período. De acordo com a delegada Francineide Moura, da 6ª delegacia de Brotas, responsável por investigar o caso, o crime teria sido premeditado.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o ônibus com a delegação do Bahia foi alvo de bombas. Segundo a investigação, os suspeitos chegaram no local - na Avenida Bonocô -, por volta das 17h40 e permaneceram até 20h.

A defesa dos suspeitos alega que eles estavam indo para um baba e decidiram recepcionar o ônibus do clube. A versão foi descartada pela Polícia Civil.

Após o ataque, a Polícia Militar solicitou ao Ministério Público a suspensão da Bamor por seis meses. Uma reunião entre as partes está programada para acontecer.

Tentativa de homicídio
Os suspeitos do ataque ao ônibus do Bahia vão responder por tentativa de homicídio. De acordo com as investigações, o crime teria sido premeditado já que os envolvidos chegaram ao local por volta das 17h40 e permaneceram até às 20h, horário em que o veículo da delegação tricolor passou pelo local.

Os suspeitos que já foram ouvidos alegam que estavam no local esperando outras pessoas para irem para uma partida de futebol que aconteceria no bairro do São Caetano. No entanto, essa versão foi descartada pela polícia.

"Eles começam a se reunir na sede da Bamor e depois vão para esse local sob a alegação de que iriam buscar um outro parceiro que iria participar de um baba, o que não tem nada a ver, ninguém vai ficar ali duas horas esperando. Não temos dúvidas nenhuma que foi premeditado, eles estavam ali esperando o ônibus do Bahia", afirma Francineide Moura.

No ataque, o goleiro Danilo Fernandes e o lateral Matheus Bahia ficaram feridos. O goleiro sofreu cortes nas pernas, braços e rosto. Um dos estilhaços atingiu a região do olho. Danilo chegou a passar um procedimento médico no globo ocular antes de ser liberado para retomar atividades leves.

Um carro que trafegava na avenida no momento do atentado também foi atingido. A motorista do veículo sofreu ferimentos leves.

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    Drones

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