Dois escritórios das Nações Unidas se juntaram para criar uma ferramenta de inteligência artificial que ajude adolescentes e jovens com HIV a terem uma vida saudável por meio da correta adesão ao tratamento. Lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), o chatbot Kefi é a primeira inteligência artificial não-binária "vivendo com HIV", desenvolvida para oferecer apoio anônimo e gratuito. O acesso à IA pode se dar, inclusive, por meio do Whatsapp.

Kefi foi desenvolvida pela startup (empresa de tecnologia e inovação) de impacto social Talk2U e seu conteúdo foi cocriado por jovens e especialistas da área. “Ela foi construída para dialogar com os adolescentes e jovens”, disse, nesta segunda-feira (13), à Agência Brasil, a chefe de Saúde, Nutrição e HIV/Aids do Unicef no Brasil, Luciana Phebo. A Kefi pode ser acessada por meio do Whatsapp ou pelo número +55 11 5197-4395.

Dados mais recentes do Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Ministério da Saúde mostram que, em 2021, foram notificados 40.880 casos de HIV positivo no Brasil, sendo quase a metade (18.013) no grupo etário de 15 a 29 anos de idade. A notícia do diagnóstico, porém, nem sempre vem acompanhada de acolhimento e informação adequada para esse público.

Transformando vidas
“Vimos uma enorme necessidade de levar informações que transformam a vida das pessoas com HIV sobre como fazer o teste".

A adesão ao tratamento deve ser feita logo que recebe o resultado. São informações que ajudam o jovem que recebe diagnóstico de Aids, e também apoia no coletivo.

"Sabemos que a adesão ao tratamento cada vez mais precoce diminui a chance de transmitir o vírus da Aids. E a inteligência artificial não só atende ao indivíduo, mas também ao coletivo”, destacou Luciana Phebo. O chatbot oferece também apoio psicossocial.

Luciana reconheceu que muitos adolescentes e jovens, quando recebem o diagnóstico de Aids, se revoltam e têm muito medo. Por outro lado, apontou que alguns profissionais de saúde não estão preparados, muitas vezes, para tratar com essa parcela da população, e acabam causando seu afastamento do tratamento necessário.

Peça chave
Pesquisa realizada pelo Unicef identificou que informação acessível é peça chave para acolher adolescentes e jovens recém-diagnosticados com HIV e levá-los a aderir ao tratamento de saúde. O chatbot Kefi oferece um espaço humanizado, com empatia e confiança. Por isso, a conversa conduzida por inteligência artificial é 100% confidencial. O conteúdo não será vazado.

“O Unicef pensou em todas essas questões para chegar à conclusão de construir uma ferramenta com inteligência artificial. Não foi à toa”, afirmou a chefe de Saúde, Nutrição e HIV/Aids do Unicef no Brasil. Não é um modismo, assegurou. “Mas, sim, porque a gente está tratando desse tema específico de um adolescente ou jovem soropositivo que precisa de orientação para se sentir seguro e, rapidamente, fazer adesão ao tratamento. Essa foi a nossa intenção”.

Luciana Phebo admitiu que a inteligência artificial pode ser usada para o bem ou para o mal. “Este é um excelente exemplo de como a IA pode ser usada para o bem da juventude e dos adolescentes, promovendo saúde. É uma inteligência artificial totalmente acessível, com acesso democratizado”.

Diretora e representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez destacou a importância do Kefi para permitir aos adolescentes e jovens com HIV terem acesso à informação e à orientação de forma simples, em seus celulares. “Isso pode ter um impacto significativo para diminuir a ansiedade, estimular o início ou continuidade do tratamento e combater o estigma e discriminação.”

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O Prêmio Nobel da Paz de 2023 foi concedido nesta sexta-feira, 6, para a ativista iraniana Narges Mohammadi. Segundo os organizadores, a vencedora ganhou o premio pela sua luta pelos direitos das mulheres no Irã contra a "sistemática descriminação e opressão do regime iraniano".

O Comitê do Prêmio Nobel destacou que Mohammadi já foi presa 13 vezes no Irã e condenada a 31 anos de prisão por conta de seu ativismo. Mesmo da prisão, a ativista conseguiu continuar a sua luta pelos direitos das mulheres no país persa e foi uma das lideranças da onda de protestos no ano passado no Irã após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi morta após ser detida pela polícia iraniana em Teerã sob a acusação de não usar o hijab, véu que cobre os cabelos, de maneira adequada.

"Ela apoia a luta das mulheres pelo direito a vida e a liberdade de expressão e contra as regras que exigem que as mulheres permaneçam fora da vista e cubram os seus corpos. As reivindicações de liberdade expressas pelos manifestantes aplicam-se não apenas às mulheres, mas a toda a população", apontou Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Norueguês do Nobel

Andersen afirmou que o Nobel é um reconhecimento do movimento pela luta pelos direitos das mulheres no Irã. " A líder indiscutível deste movimento é Nargis Mohammadi. O impacto do prêmio não cabe ao comitê do Nobel decidir. Esperamos que seja um incentivo para continuar o trabalho em qualquer forma que este movimento considere adequada."

Ela é a 19ª mulher a ganhar o Prêmio Nobel da Paz e a segunda iraniana, depois que a ativista de direitos humanos Shirin Ebadi ganhou o prêmio em 2003.

Protestos

Mohammadi estava atrás das grades nos recentes protestos em todo o país pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que morreu depois de ter sido detida pela polícia moral do país.

As manifestações foram as maiores contra o regime iraniano desde a Revolução Islâmica de 1979. Mais de 500 pessoas foram mortas e 22 mil foram presas.

A ganhadora do Nobel da Paz de 2023 conseguiu publicar um artigo de opinião para o The New York Times direto da prisão. "O que o governo pode não compreender é que quanto mais de nós eles prendem, mais fortes nos tornamos", escreveu ela.

Antes de ser presa, Mohammadi era vice-presidente do banido Centro de Defesa dos Direitos Humanos do Irã. Ela é próxima de Ebadi, que fundou o centro e ganhou o Nobel da Paz.

A ganhadora do Nobel da Paz é engenheira de formação e recebeu o Prêmio Andrei Sakharov 2018. O marido de Mohammadi e colega ativista dos direitos humanos, Taghi Rahmani, e seus filhos gêmeos de 16 anos vivem em Paris. Rahmani disse esta semana que o Prêmio Nobel seria uma homenagem às décadas de trabalho de sua esposa no Irã.

Como funciona o Nobel da Paz

O prêmio Nobel da Paz é concedido, desde 1901, a homens, mulheres e organizações que trabalharam para o progresso da humanidade, conforme o desejo de se criador, o inventor sueco Alfred Nobel. Ele é lembrado como o patrono das artes, das ciências e da paz.

O prêmio é entregue pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros escolhidos pelo Parlamento norueguês. O vencedor recebe, além de uma medalha de ouro, uma premiação em dinheiro. Em 2023, a Fundação Nobel afirmou que os ganhadores do Premio Nobel irão receber 11 milhões de coroas suecas (R$ 4,8 milhões), uma premiação maior do que nos anos anteriores.

Indicar uma pessoa a um prêmio Nobel é relativamente simples. O comitê organizador distribui (e fornece em seu site) formulários para centenas de formadores de opinião.

As fichas com as sugestões são enviadas até o fim de janeiro de cada ano e então cada uma delas é avaliada até outubro, quando os vencedores são anunciados. Ao longo desse processo, a lista é reduzida para uma versão menor, com no mínimo cinco e no máximo 20 nomes, que são revisados. Os jurados debatem essa lista e buscam alcançar o consenso - quando ele não acontece, a escolha se dá por votação.

A entrega dos prêmios ocorre em dezembro. Mas pode acontecer de o comitê decidir que ninguém mereceu vencer o Nobel da Paz naquele ano - a honraria não foi entregue em 20 ocasiões, a mais recente delas em 1972.

Ate hoje, cinco vencedores não puderam participar da cerimônia em Oslo. Em 1936, o jornalista e pacifista alemão Carl von Ossietzky estava em um campo de concentração nazista. Em 2010, o dissidente chinês Liu Xiaobo foi preso e, portanto, sua cadeira, na qual o prêmio foi depositado, ficou simbolicamente vazia. Desde 1974, os estatutos da Fundação Nobel estipulam que um prêmio não pode ser concedido postumamente, a menos que a morte ocorra após o anúncio do nome do vencedor.

Outros premiados com o Nobel da Paz

Em 2022, o Nobel ficou com uma pessoa e duas organizações: Ales Bialiatski, ativista de Belarus, a organização de defesa dos Direitos Humanos da Rússia, Memorial, e o Centro das Liberdades Civis, da Ucrânia.

Já em 2021, o Nobel da Paz foi concedido para os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, pela "contribuição essencial de ambos para a liberdade de expressão e pelo jornalismo em seus países".

Maria Ressa é conhecida por ser cofundadora do Rappler, principal site de notícias que lidera a luta pela liberdade de imprensa nas Filipinas e combate à desinformação, e enfrenta constante assédio político no país. Já Muratov é editor-chefe do jornal Novaya Gazeta, um dos poucos veículos na Rússia críticos do governo do presidente Vladimir Putin, fechado depois do endurecimento das leis russas com a guerra da Ucrânia.

Em 2020, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido ao Programa Mundial de Alimentos (PMA), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Roma. Segundo os organizadores, o trabalho do PMA foi reconhecido por conta do trabalho do grupo para "impedir o uso da fome como arma de guerras e conflitos".

Em 2019, o laureado foi o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, "por seus esforços para alcançar a paz e a cooperação internacional, principalmente por sua iniciativa decisiva destinada a resolver o conflito na fronteira com a Eritreia".

Em 2018, a jovem yazidi Nadia Murad e o ginecologista congolês Denis Mukwege ganharam o Nobel da Paz por seus esforços contra o uso da violência sexual como arma de guerra. No ano anterior, ganhou a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, por chamar a atenção para as consequências do uso do armamento e chegar a um acordo pelo fim das armas nucleares.

Em 2017, em razão de seus esforços para obter um acordo de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos levou o prêmio.

Algumas das grandes surpresas incluem a paquistanesa Malala Yousafzai, que recebeu o prêmio em 2014, aos 17 anos, "pela luta contra a opressão das crianças e dos jovens e pelo direito de todas as crianças à educação". Ela se tornou a pessoa mais jovem a receber o Nobel.

Outra grande surpresa, muito contestada à época, foi a escolha, em 2009, do então presidente americano Barack Obama, agraciado por seus "esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".

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O ex-primeiro-ministro da Itália e ex-dono do Milan, Silvio Berlusconi morreu aos 86 anos na manhã desta segunda-feira (12). Ele tratava uma leucemia e, recentemente, foi diagnosticado com um quadro de infecção pulmonar.

Berlusconi estava internado no hospital San Raffaele, em Milão, acompanhado de Marta Fascina, sua esposa, e seus filhos, segundo informações da mídia italiana.

Há três dias, ele foi internado mais uma vez para realizar exames de rotina, mas seu estado de saúde voltou a piorar rapidamente.

Berlusconi tinha uma fortuna de quase US$ 7 bilhões (cerca de R$ 34 bilhões), segundo a última atualização do ranking de bilionários da Forbes, e era o 5º mais rico da Itália. No ranking mundial da Forbes, era o 348º mais rico.

O italiano esteve no centro de uma série de investigações e julgamentos, quase todos abertos depois que ele entrou na política em 1994. Ao todo, ele enfrentou 35 processos criminais, mas obteve apenas uma condenação definitiva.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma das personalidades globais que entrou na lista de 2023 das cem pessoas mais influentes da revista Time, divulgada nesta quinta-feira (13).

Além do brasileiro, também constam no rol nomes como os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da Colômbia, Gustavo Petro, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a esposa do presidente da Ucrânia, Olena Zelenska.

Uma das justificativas apresentadas pela revista para a escolha de Lula foi a questão da Amazônia. Al Gore, ex-presidente dos Estados Unidos, escreveu um texto sobre Lula, apontando que o brasileiro está em sintonia com o "florescimento" da ação climática neste ano e será "fundamental" nesta década decisiva" para o clima.

Gore, que também é ativista ambiental, chamou Lula de "campeão do clima".

"Lula prometeu fortalecer a posição do Brasil no mundo (...). Mas em nenhuma outra área ele pode causar um impacto mais significativo do que nas crises gêmeas do clima e da biodiversidade", diz o texto.
"Depois de muitos anos de crescente desmatamento e incêndios florestais, a Amazônia está se transformando de um sumidouro de carbono em uma fonte líquida de emissões. O presidente Lula prometeu proteger a Amazônia, e já o fez antes – reduzindo o desmatamento em 72% em seu mandato anterior".

O ex-presidente Jair Bolsonaro já foi eleito a personalidade do ano em 2021 pela revista, que o chamou de "líder controverso". "Recentemente, Bolsonaro esteve na mira do suprema corte brasileira que ordenou uma investigação sobre comentários falsos alegando ligação entre a vacina contra a Covid e a Aids", escreveu a "Time", à época.

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O empresário Francisco Sáenz Valiente, 52 anos, preso por envolvimento na morte da baiana Emmily Rodrigues, 26 anos, que caiu de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, pediu ajuda ao serviço de emergência argentino por telefone, antes da queda da jovem. O g1 teve acesso à gravação da ligação, e no áudio é possível ouvir a jovem, ao fundo, gritar por socorro. (Ouça acima)

Nesta quinta-feira (6), a família da vítima encaminhou à reportagem gravações que estão anexadas aos autos policiais da investigação. Veículos da imprensa argentina também têm divulgado amplamente o áudio.

A gravação vai ajudar a polícia argentina a identificar as circunstâncias da queda que terminou com a morte da brasileira. O caso é investigado pela polícia do país como feminicídio, e Francisco, de 52 anos, segue preso desde o dia 30 de março, quando o caso aconteceu em Buenos Aires.

A família de Emmily está na Argentina e acompanha a investigação. O corpo da vítima já passou por necropsia, mas ainda não foi liberado pela Justiça para ser recambiado ao Brasil. Segundo a família da jovem, o sepultamento será em Salvador, mas ainda não há uma data marcada.

O áudio

A ligação gravada trata-se do próprio Francisco pedindo ajuda ao serviço de atendimento de urgência da Argentina. Enquanto ele conversa com uma atendente, é possível ouvir muitos gritos de Emmily ao fundo, pedindo por ajuda. A jovem parecia estar desesperada.

Ao telefone, Francisco pediu a apoio de um policial e fornece o endereço da casa dele, para onde a ajuda deveria ser direcionada, em meio aos gritos de Emmily.

Vizinhos do empresário também pediram ajuda ao ouvirem os gritos de Emmily. Em uma das ligações, um homem avisa ao serviço de emergência que a jovem está gritando muito e pedindo ajuda. Em outra, uma mulher avisa que a vítima havia caído da janela.

Há também uma terceira gravação, em que outra mulher avisa aos atendentes da emergência que a jovem caiu e está desacordada.

Possibilidade de prisão perpétua
De acordo com o advogado da família da vítima, Ignacio Trimarco, Francisco pode ser penalizado com prisão perpétua, caso seja condenado. Na segunda-feira (3), ele detalhou que o caso é tratado pela polícia argentina como feminicídio, ou seja, um homicídio qualificado – nos mesmos moldes da lei brasileira.

Francisco pode ter condenação perpétua porque, em 2012, a então presidente Cristina Kirchner aprovou a lei que determina este tipo de punição para os casos de feminicídios.

A lei argentina estabelece o agravante e a pena para o homem "que matar uma mulher ou uma pessoa que se autoperceba com identidade de gênero feminino", o que também inclui mulheres trans e travestis. Esta é uma pena maior que a de homicídio sem agravos, que geram reclusão de 8 a 25 anos.

O investigado, Francisco Valiente, já foi ouvido pela polícia em um depoimento que levou mais de quatro horas. Mesmo alegando inocência, ele segue detido. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, acompanha o caso.

Versões conflitantes

A defesa de Francisco sustenta a versão de que Emmily estava sob efeito de bebidas alcoólicas e drogas, e se jogou de uma janela após entrar em surto. A família e as amigas da jovem dizem que ela não tinha o hábito de beber muito e que não usava entorpecentes.

Em entrevista anterior ao g1, o pai de Emmily, que acompanha os trâmites da investigação na Argentina, disse que há provas suficientes para a condenação do empresário, a exemplo das marcas de violência encontradas no corpo da vítima.

"O que já sabemos é que tem provas suficientes e testemunhas para comprovação do crime que aconteceu. Há um amplo rastro de provas que evidenciam que aconteceu de fato um feminicídio, um crime. Existe uma versão totalmente distorcida sendo criada e propagada, de um possível suicídio, um surto psicótico, que não faz sentido algum por ter essas provas", relatou Aristides.

"Essas marcas de arranhões aparentam que existiu agressões antes dela ser empurrada de lá do sexto andar. Vizinhos ouviram, pessoas testemunharam que ela pediu por socorro, pediu ajuda. O corpo também tinha sinais de que ela foi arrastada, ferimentos. Não foram identificadas marcas apenas do impacto da queda, mas também marcas de agressões que ocorreram antes disso".

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Em uma segunda rodada de cortes, a Amazon anunciou que vai demitir mais 9 mil funcionários. A decisão foi comunicada pelo presidente-executivo da empresa Andy Jassy nesta segunda-feira (20).

Em novembro de 2022, da Amazon planejava demitir cerca de 10 mil funcionários. No início deste ano, porém, Jassy confirmou que a gigante do varejo cortaria ao menos 18 mil.

Com este novo anúncio, em apenas três meses, já são quase 30 mil trabalhadores dispensados na Amazon . A companhia tinha mais de 1,5 milhão de trabalhadores, sendo a segunda maior empregadora privada dos Estados Unidos, atrás do Walmart, segundo a Reuters.

"Como acabamos de concluir a segunda fase do nosso plano operacional na semana passada, estou escrevendo para compartilhar que pretendemos eliminar cerca de 9 mil posições a mais nas próximas semanas, principalmente na AWS, PXT, publicidade e Twitch", escreveu Andy Jassy nesta segunda.

Assim como as demais big techs, a Amazon diz que a revisão no quadro de funcionários é motivada pela instabilidade econômica.

"Dada a economia incerta em que residimos e a incerteza que existe no futuro próximo, optamos por ser mais simplificados em nossos custos e número de funcionários", completou Andy.
Nos últimos meses, além da Amazon, Meta, Twitter, Microsoft, Alphabet (Google), entre outras gigantes da tecnologia, também anunciaram cortes expressivos.

Na semana passada, o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, disse que cortaria mais 10 mil funcionários e anunciou o congelamento de vagas abertas. A dona do Facebook já tinha desligado 11 mil funcionários em novembro de 2022.

 

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Semanalmente, a covid-19 ainda mata entre 10 e 40 mil pessoas no mundo; idosos e não vacinados são as principais vítimas

A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) Maria Van Kerkhove falou que há a expectativa que a emergência global da covid-19 pode acabar ainda este ano de 2023. Em entrevista ao jornal O Globo, Kerkhove afirmou que a OMS esperava ter encerrado o apontamento ainda em 2022, no entanto, o uso de ferramentas para reduzir ainda mais a ação do vírus não foi utilizada de maneira eficaz.

"Temos ferramentas que podem salvar vidas, como no atendimento clínico com antivirais e outras terapias, e com as vacinas, que são seguras e eficazes para prevenir doença grave e a mortes. Se as pessoas recebem o reforço e doses adicionais, sabemos que esse nível de proteção permanece muito alto por algum tempo. Então estamos em um estágio diferente, nunca estivemos tão perto de acabar com a emergência", disse a especialista.

Ela ainda alertou para o elevado número de mortes semanais em decorrência da doença no mundo, número que varia entre 10 e 40 mil. A covid-19 ainda vitima de forma fatal idosos e pessoas que não foram vacinadas completamente.

"Acabar com essa emergência exige um esforço conjunto ao redor do mundo, reconhecendo as situações diferentes de cada país com base no histórico da pandemia, na circulação de variantes, nas estratégias que foram implementadas, no nível de imunidade por infecção e/ou vacinação, na capacidade e agilidade dos países para usar e ter acesso às ferramentas que salvam vidas. Além de outros fatores, como emergências simultâneas de saúde, e até mesmo não relacionadas à saúde, como guerra, deslocamento, inundações, secas", destacou a representante da ONU.

Ômicron
De acordo com Maria Van Kerkhove, há atualmente mais de 600 linhagens conhecidas da Ômicron em circulação e uma crescente, em alguns países, da subvariante XBB.1.5 tem uma vantagem de crescimento em comparação com as outras em circulação. Não há sinal, porém, de que esta seja mais severa.

"O que esperamos é continuar a ver ondas de infecção, seja pela XBB.1.5, seja por outras subvariantes. Esperamos essa evolução do vírus, que outras variantes tenham uma vantagem de crescimento. Veremos mais escape imune, temos certeza disso. Mas o que queremos, e temos o plano e controle para isso, é que essas ondas não se traduzam em hospitalizações e mortes. É nisso que estamos realmente tentando focar no momento", acrescentou, destacando ainda a importância do reforço vacinal para os grupos de risco.

Kerkhove esteve no Rio de Janeiro para participar da 6ª Conferência Global de Ciência, Tecnologia e Inovação (G-Stic), evento que acontece pela primeira vez nas Américas, sediado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Foi difícil navegar pelas redes sociais na manhã desta segunda-feira (13) sem se deparar com o vídeo de, ao menos, duas pítons gigante caindo do telhado. As imagens mostram as cobras despencando após agentes da defesa civil tentarem capturá-la. Um dos animais aparenta ter, ao menos cinco metros.

As imagens foram gravadas na Malásia, mas não se sabe exatamente quando. O vídeo original, no entanto, foi postado neste domingo (12) no TikTok e já soma mais de 32 milhões de visualizações.

No vídeo, é possível ver uma grande equipe na missão de captura dos animais. Após despencar, os animais retornam para o teto e aparecem em outro cômodo, onde são capturadas.

Outros dois vídeos foram postados pelo perfil no TikTok, onde os animais no chão, sendo capturados. Foram necessários quatro homens para poder levantar o bicho e colocá-lo numa caixa de proteção.

Ao lado do post, o TikTok faz um alerta: "as ações neste vídeo foram realizadas ou supervisionadas por profissionais. Não tente repeti-las".

Nas redes sociais, a reação foi de medo. De acordo com os usuários, a única medida possível após o episódio seria queimar a casa.

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O presidente executivo da Amazon, Andy Jassy, anunciou a demissão de 18 mil funcionários em comunicado feito nesta quarta-feira (4). No texto, Jassy afirma que as revisões que levaram ao plano de demissões têm como objetivo "priorizar o que é mais importante para os clientes e a saúde a longo prazo dos nossos negócios".

Segundo ele, o anúncio foi adiantado após a informação ser vazada. "Normalmente, esperamos para comunicar sobre esses resultados até que possamos falar com as pessoas diretamente afetadas. No entanto, como um de nossos colegas vazou essa informação externamente, decidimos que era melhor compartilhar essa notícia antes para que você pudesse ouvir os detalhes diretamente de mim."

A empresa planeja começar a comunicar os funcionários apenas em 18 de janeiro. O plano de demissões da Amazon não é novo. Em novembro de 2022, a empresa planejava demitir cerca de 10 mil funcionários de cargos corporativos e de tecnologia, além de dispositivos e livros. J

assy comentou nesta quarta as demissões de 2022. "Em novembro, comunicamos a difícil decisão de eliminar vários cargos em nossos negócios de Dispositivos e Livros e também anunciamos uma oferta de redução voluntária para alguns funcionários em nossa organização de Pessoas, Experiência e Tecnologia."

Uma nova onda de demissões já estava prevista em 2022, mas, na ocasião, não foram divulgados números ou áreas impactadas.

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A chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto em 2023 deverá trazer, na área ambiental, a reativação do mais importante fundo de recursos voltado à questão climática, tema abordado pelo petista em diversas ocasiões durante a campanha eleitoral.

A expectativa é de que o presidente eleito coloque para rodar um recurso de R$ 4,36 bilhões que já foi autorizado para o fundo voltado à preservação ambiental, mas que, segundo estudo realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), até hoje só teve execução de R$ 564 milhões, o equivalente a 13% do total.

Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o Fundo Clima é o instrumento financeiro do governo federal para demonstrar o compromisso brasileiro na redução das emissões de gases de efeito estufa. O tema ganha maior relevância às vésperas de mais uma Conferência da Organização das Nações Unidas sobre o tema (COP 27), que acontece no Egito entre os dias 6 e 18 de novembro.

O presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi, convidou Lula para participar do evento e o convite foi aceito. A informação foi confirmada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. O petista foi chamado a integrar a comitiva do governador do Pará, Helder Barbalho, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, e aproveitará o evento para reforçar ao mundo seu compromisso com a agenda ambiental. Gleisi não informou as datas da viagem, mas disse que a ida já está decidida. Conforme o Broadcast Político apurou e noticiou mais cedo, Lula planeja sua viagem para a segunda semana do evento, entre os dias 14 e 18 de novembro.

Os dados compilados pelo Inesc mostram que foram autorizados R$ 4,36 bilhões para investimentos em projetos condizentes com o Fundo Clima. Esses recursos saem dos cofres da União. Desse total, a maior parte (R$ 4,1 bilhões ou 95%) foi direcionada ao BNDES, para o banco realizar os chamados "empréstimos reembolsáveis", que oferecem condições favoráveis a quem toma o recurso. O restante, R$ 233,9 milhões ou 5%, ficou para o Ministério do Meio Ambiente aplicar nos projetos "não reembolsáveis", ou seja, a fundo perdido.

A realidade, porém, é que pouco se executou. No caso do Ministério do Meio Ambiente, dos R$ 233,9 milhões autorizados, foram usados, até setembro de 2022, R$ 113,9 milhões (48%). Quanto aos recursos autorizados para o BNDES emprestar, somente um quinto do total foi autorizado, ou R$ 450 milhões.

"É uma execução muito baixa. Somando os valores efetivamente executados pelo Ministério do Meio Ambiente com os desembolsados pelo BNDES, são apenas R$ 564 milhões de um total de R$ 4,36 bilhões autorizados no orçamento do Fundo", diz Alessandra Cardoso, assessora política do Inesc.

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