A imagem de terra seca tomada por ossadas de animais que o Nordeste ainda hoje carrega contrasta com a realidade econômica da região, que tem um setor agropecuário pujante e que responde a 7,2% do valor adicionado total, entre 2002 e 2020. Outra disparidade entre estereótipos e os dados é que, ao contrário do que muitos ainda pensam, o Nordeste não é um peso carregado pelo Sudeste. Na verdade, entre 2002 e 2022, o crescimento dessa região, na média, foi de 2,2% ao ano, contra 1,7% do Sul e do Sudeste. Apesar desse crescimento, todos os estados da região estão entre os dez menores níveis de PIB per capita do país. Para melhor entender esses números e contradições sobre a economia nordestina, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), irá implantar ainda neste primeiro semestre o Centro de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Fortaleza, no Ceará.

O anúncio da iniciativa foi marcada pela apresentação, ontem, de um estudo sobre a região que indica, entre outras coisas, que passado o choque inicial provocado pela pandemia de covid-19, em 2020, a economia nordestina mostrou crescimento nos anos seguintes, embora ainda aquém da média nacional. O Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste teria passado de um tombo de 4,1% em 2020, para crescimentos de 3,5% em 2021 e de 3,4% em 2022. Já o PIB brasileiro saiu de queda de 3,3% em 2020 para uma alta de 5,0% em 2021 e avanço de 2,9% em 2022. Enquanto o Brasil cresceu, em média, 8,0% no biênio 2021-2022, a Região Nordeste avançou 7,0%, resultado superior apenas ao do Norte, que expandiu 6,1%, calculou o Ibre/FGV. Os demais avanços no biênio foram de 8,4% para o Sudeste; 8,2% para o Sul; e 8,6% para o Centro-Oeste.

"Com o objetivo de reduzir as enormes desigualdades socioeconômicas entre as regiões, é importante que se mude esse cenário, com o crescimento mais robusto da região. É necessário que sejam adotadas políticas públicas que potencializem a economia regional e consiga fazer com que a redução das disparidades com relação às demais regiões do país sejam minimizadas de forma mais rápida", defendeu o levantamento feito por Juliana Trece e Claudio Considera, pesquisadores do Ibre/FGV.

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O ano de 2020 foi desafiador para quem trabalha com serviços. O fechamento de estabelecimentos por conta da pandemia atingiu em cheio a economia e fez o Produto Interno Bruno (PIB) de Salvador encolher 7,8% na comparação com 2019, mas ainda assim a cidade conseguiu produzir R$ 58,9 bilhões em riquezas e manteve a posição de maior economia da Bahia e 2ª do Nordeste.

Os dados sobre o PIB dos municípios em 2020 foram divulgados, nesta sexta-feira (16), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números apontam que o setor de serviços foi o mais impactado durante o primeiro ano da pandemia. A atividade que, em 2019, representava 71,3% da economia no estado, recuou para 67,4%, no ano seguinte.

Salvador produziu R$ 63,9 bilhões em riquezas em 2019, o que representava 21,7% de todo o PIB baiano. No ano da pandemia, o percentual caiu para 19,3%. Outras cidades que registraram perda de participação no PIB foram Simões Filhos, Porto Seguro, Cairu, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Lauro de Freitas e Itabuna.

O coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano, explicou que a queda já era esperada por conta da interrupção das atividades e até encerramento de negócios em segmentos como hotéis, bares, restaurantes e espaços ligados à cultura.

“O setor de serviços foi o mais afetado pela pandemia, foi o que mais sentiu efetivamente os impactos. Salvador perdeu 2,4% de participação no PIB; Simões Filhos, Vitória da Conquista e Feira de Santana, entre outros, todos tiveram perda. A expectativa é de que, em 2021, esses municípios tenham recuperado o que foi perdido em 2020, mas a gente ainda não sabe os resultados”, afirmou.

Crescimento
Os outros dois setores observados na pesquisa tiveram avanço. A indústria apresentou um pequeno crescimento, passando de 21,8% para 22,2%, enquanto o agronegócio registrou o resultado positivo mais expressivo, saindo de 6,8% para 10,4% de participação no Produto Interno Bruto da Bahia. Essa mudança de cenário provocou uma troca de lugares entre as cidades com maior PIB do estado.

O município de Luiz Eduardo Magalhães, com forte atuação na agropecuária, ultrapassou a cidade de Lauro de Freitas, que tem uma economia mais voltada para serviços. Mais do que isso, os dez maiores municípios do agronegócio, que antes da pandemia eram responsáveis por 39% do setor, em 2020, passaram a comandar quase a metade (49%) de tudo o que essa parcela da economia produz na Bahia.

Quando a análise do PIB leva em consideração a distribuição per capita, por exemplo, sete das dez maiores economias são cidades ligadas a agropecuária. A supervisora de disseminação de informações do IBGE, Mariana Viveiros, fez uma ressalva.

“O agronegócio é muito importante inclusive por conta do dinamismo que ele cria no setor de serviços. Temos um grupo de atividades no IBGE que chamados ‘outros serviços’ que tem um peso importante nos auxílios a agropecuária. Normalmente, quando esse setor vai bem é por conta desses serviços, e não apenas pela produção de commodities”, explicou.

A queda de 7,8% em Salvador foi a 3ª mais intensa entre as capitais, menor apenas do que as verificadas em Curitiba/PR (-8,1%) e Recife/PE (-8,0%). Foi também o primeiro resultado negativo para a Economia soteropolitana nos 18 anos da série histórica do PIB dos municípios (iniciada em 2002). Na Bahia, o recuo foi de 4,4% e no Brasil de 3,3%.

A pesquisa mostrou que as maiores economias continuam sendo Salvador (19,3%), Camaçari (9,4%), Feira de Santana (4,9%), São Francisco do Conde (3,9%) e Vitória da Conquista (2,3%). Os dez municípios mais fortes economicamente são responsáveis por 48,7% de todo o PIB da Bahia. A participação encolheu, porque em 2019 era de 50,8%.

As maiores mudanças no ranking ficaram com Itagibá, que saiu da 197ª posição para o 55º lugar, Tabocas do Brejo Velho (de 296º para 194º) e Adustina (199º para 126º). Já as cidades que cresceram em participação no PIB foram São Desidério (0,69%), Formosa do Rio Preto (0,61%) e Luís Eduardo Magalhães (0,32%).

Ranking nacional
Apesar dos efeitos da pandemia, Salvador manteve a 12ª posição entre as cidades mais fortes economicamente do Brasil (a 9ª capital). São Paulo (SP) lidera a lista, sendo seguida por Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (BH). No Nordeste, os baianos ficaram atrás apenas de Fortaleza (CE).

O coordenador de Contas Regionais da SEI, João Paulo Caetano, explicou que a cidade de Fortaleza desenvolveu uma série de investimentos a partir do porto, que serve para escoamento da produção do estado, e implementou indústrias no entorno do equipamento, o que impulsionou a produção para além dos ganhos com o setor de serviços.

“Essa construção industrial alicerçada em volta do porto fez com que Fortaleza ganhasse participação no PIB e ultrapasse Salvador. Nós também temos um porto, mas ele serve basicamente para escoar a produção, não temos um adensamento produtivo ao redor do porto de Salvador, e esse é um grande diferencial”, explicou.

A lista dos dez maiores PIBs do Nordeste inclui a cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, que produziu R$ 25,7 bilhões, em 2020, e ficou à frente de cinco capitais, como Maceió, Natal e Terezina. Em nível nacional, três municípios que não são capitais entraram no top 10: Osasco, Guarulhos e Campinas, todos em São Paulo.

Confira os dez maiores PIBs da Bahia:

Salvador (19,3%) – R$ 58,9 bilhões
Camaçari (9,4%) – R$ 25,6 bilhões
Feira de Santana (4,9%) – R$ 16,1 bilhões
São Francisco do Conde (3,9%) – R$ 11,9 bilhões
Vitória da Conquista (2,3%) – R$ 7,1 bilhões
Luís Eduardo Magalhães (2,3%) – R$ 7 bilhões
Lauro de Freitas (2,1%) – R$ 6,4 bilhões
Barreiras (2%) – R$ 6,1 bilhões
Simões Filho (1,6%) – R$ 4,9 bilhões
Candeias (1,6%) – R$ 4,9 bilhões

Confira os dez maiores PIBs do Nordeste:

Fortaleza (CE) – R$ 65,2 bilhões
Salvador (BA) – R$ 58,9 bilhões
Recife (PE) – R$ 50,3 bilhões
São Luís (MA) – R$ 33,1 bilhões
Camaçari (BA) – R$ 25,7 bilhões
Maceió (AL) – R$ 22,8 bilhões
Natal (RN) – R$ 22,7 bilhões
Terezina (PI) – R$ 21,6 bilhões
João Pessoa (PB) – R$ 20,8 bilhões
Aracaju (SE) – R$ 16,4 bilhões

Confira os maiores PIBs do Brasil:

São Paulo (SP)
Rio de Janeiro (RJ)
Brasília (DF)
Belo Horizonte (BH)
Manaus (AM)
Curitiba (PR)
Osasco (SP)
Porto Alegre (RS)
Guarulhos (SP)
Campinas (SP)
Fortaleza (CE)
Salvador (BA)

Ela foi chegando aos poucos e se inserindo na vida dos soteropolitanos de forma tão sutil que muitos nem se deram conta, mas a tecnologia que está presente em diversas atividades do dia a dia colocou Salvador no primeiro lugar do Nordeste no Ranking Connected Smart Cities, que aponta as cidades mais conectadas e inteligentes do país. A capital baiana também subiu um degrau na escala nacional e agora ocupa o 9º lugar.

A tecnologia está presente no bilhete eletrônico do transporte público, no metrô que faz o deslocamento de grandes multidões sobre trilhos, nos semáforos inteligentes que amenizam os congestionamentos, nas sirenes de monitoramento de área de risco que evitam tragédias e no sistema de iluminação eletrônico que ajuda a diminuir o valor da conta de luz. Hoje, já é possível resolver pendências com o Município de forma on-line.

Esses e outros serviços foram observados e estudados pelo o Ranking Connected Smart Cities que apresenta indicadores desenvolvidos pela consultoria Urban Systems, que qualificam as cidades mais inteligentes e conectadas do país. O objetivo é mapear os municípios com maior potencial de desenvolvimento no Brasil.

O secretário municipal de Tecnologia e Inovação (Semit), Samuel Araújo, comemorou os resultados e disse que poderiam ter sido ainda melhores se não houvesse uma pandemia no caminho. Ele lembrou que o Plano Diretor de Tecnologias da Cidade Inteligente (PDTCI), iniciado na gestão do então prefeito ACM Neto, estabelece metas e investimentos na área pelos próximos 30 anos, e contou novidades.

“Vamos lançar em breve uma plataforma que vai concentrar todos os serviços da prefeitura em um único lugar, vamos distribuir internet gratuita nas praças e parques da cidade, e estamos construindo uma infovia com mais de 800 km de fibra óptica, com uma rede de multisserviços própria e independente. Ficamos muito felizes com o ranking, porque é o resultado de muito trabalho”, afirmou.

No ranking nacional, Salvador ficou no top 10, em nono lugar. O estudante de engenharia Rafael Carvalho, 20 anos, contou que não consegue conceber a cidade sem as novidades tecnológicas, e listou a relação que tem com alguns dos serviços.

“Eu uso o bilhete eletrônico para pagar o transporte e faço a recarga dele de forma virtual. Com a cobertura 4G e o wi-fi disponíveis em muitos locais, acesso os aplicativos de serviços públicos, da faculdade, do banco e resolvo tudo de forma on-line. Vejo filmes, ouço músicas, uso QR Code para comprar, pagar e serve até como comprovante de ingresso”, contou.

Os pesquisadores afirmam no estudo que a tecnologia está atrelada ao desenvolvimento socioeconômico, ambiental e sustentável das cidades. E a conectividade entre os setores é apontada como crucial para atingir esses objetivos. Um dos exemplos citados é de que o investimento em saneamento traz ganhos ambientais, mas também reduz a longo prazo as despesas com saúde e tem reflexo direto na economia.

“O entendimento das potencialidades locais e regionais permitem a atração de investidores e a criação de cursos atrelados às cadeias produtivas da região, que irão repercutir na atração de empresas e ampliação dos clusters, bem como possibilitar uma melhoria na condição social, que terá impacto em todos os demais setores”, diz o estudo.

Foram analisadas inteligência, conexão e sustentabilidade em 11 setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança.

O coordenador e professor do Colegiado de Sistemas de Informação Unex, Rafael Brasil, explicou que a tecnologia pode contribuir para um mundo mais sustentável, como a economia de papel gerada com as versões digitais dos documentos, mas frisou que ela reflete uma mudança de comportamento e destacou a importância de novos modelos de negócio que pensem soluções inovadoras.

“Primeiro é preciso desmistificar o conceito de sustentabilidade. As pessoas pensam somente em meio ambiente, mas temos que pensar no rearranjo da sociedade. Durante a pandemia, por exemplo, vimos como o uso de aplicativos foi intensificado. Uma cidade que não investe em tecnologia vai ficar no passado. É preciso estar atento às necessidades da sociedade, como otimização de tempo, praticidade e velocidade, que também são demandas feitas pelos investidores”, explicou.

Os pesquisadores coletaram dados e informações de todos os municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes, o que corresponde a 680 cidades, e se reuniram com representantes da sociedade civil nos municípios mais bem avaliados.

Destaque
A cidade também se destacou em outros três rankings. O setor de urbanismo foi onde Salvador mais avançou, foram sete pontos de diferença em relação a última pesquisa, alcançando a 7ª posição dentre as mais desenvolvidas. Os pesquisadores observaram questões como investimento per capito em urbanismo, capacidade de atendimento urbano de água e de esgoto, e a quantidade da população vivendo em área de adensamento.

No setor de Tecnologia e Inovação Salvador caiu quatro pontos na comparação com a pesquisa anterior, mas ainda ficou com a 8ª posição no país. Essa área observou questões como velocidade média das conexões contratadas, bilhete eletrônico, semáforos inteligentes, cobertura 4G, porcentagem de empregos formais de nível superior e no setor de TI, e atendimento ao cidadão pode meio de aplicativo ou site, entre outros pontos.

A capital baiana avançou uma posição também em relação a empreendedorismo e ocupou o 9º lugar. Nesse quesito foram considerados o crescimento das empresas de tecnologia, das empresas de economia criativa, das microempresas individuais, e o desenvolvimento de parques tecnológico e de incubadoras.

Os pesquisadores analisaram publicações internacionais e nacionais sobre o tema de cidades inteligentes, conectadas, sustentáveis e demais artigos sobre assuntos correlatos, elaboraram indicadores e relacionaram com os municípios brasileiros.

Confira os 11 setores analisados na pesquisa:

Mobilidade;
Urbanismo;
Meio ambiente;
Energia;
Tecnologia e inovação;
Economia;
Educação;
Saúde;
Segurança;
Empreendedorismo;
Governança.

Veja quais são as cidades mais bem avaliadas pelo Ranking Connected Smart Cities:

1º Lugar

Curitiba (PR)

2º Lugar

Florianópolis (SC)

3º Lugar

São Paulo (SP)

4º Lugar

São Caetano do Sul (SP)

5º Lugar

Campinas (SP)

6º Lugar

Brasília (DF)

7º Lugar

Vitória (ES)

8º Lugar

Niterói (RJ)

9º Lugar

Salvador (BA) – primeira do Nordeste

10º Lugar

Rio de Janeiro (RJ)

 

Salvador se destacou em outros três setores:

Posição

Urbanismo

Tecnologia e Inovação

Empreendedorismo

1º Lugar

Santos (SP)

Fortaleza (CE)

Curitiba (PR)

2º Lugar

Jaguariúna (SP)

Curitiba (PR)

Florianópolis (SC)

3º Lugar

Curitiba (PR)

Belo Horizonte (MG)

Rio de Janeiro (RJ

4º Lugar

São Bernardo do Campo (SP)

Rio de Janeiro (RJ)

Fortaleza (CE)

5º Lugar

Niterói (RJ)

Campinas (SP)

Porto Alegre (RS)

6º Lugar

Balneário Camboriú (SC)

Florianópolis (SC)

Campinas (SP)

7º Lugar

Salvador (BA) – Cresceu sete pontos

Recife (PE)

Recife (PE)

8º Lugar

Limeira (SP)

Salvador (BA) – caiu quatro posições

São Carlos (SP)

9º Lugar

Campo Grande (MS)

Porto Alegre (RS)

Salvador (BA) – Avançou uma posição

10º Lugar

Jundiaí (SP)

Jaraguá do Sul (SC)

Canoas (RS)

 

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Energia (Aneel) autorizou nesta terça-feira (20) a nova metodologia de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) e das Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD-g). A proposta prevê o realinhamento dos custos de transmissão de modo a equilibrar a cobrança pelo uso do Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que os agentes que mais a oneram paguem proporcionalmente mais pelo serviço. A mudança pesará mais para as empresas que geram energia a partir do Nordeste, mas trará alívio ao bolso do consumidor, segundo a Aneel.

A decisão vem corrigir uma distorção verificada nos últimos anos, após a entrada em operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e de outras geradoras nas regiões Norte e Nordeste. Segundo a Aneel, o que acontece é que as regiões Norte e Nordeste eram importadoras de energia elétrica há duas décadas, quando foi definida a metodologia anterior de cálculo da TUST e da TUSD-g, mas se tornaram exportadoras de energia em virtude do cenário sobretudo de fontes renováveis como eólica e solar.

"A Agência promoverá a gradual intensificação do sinal locacional – ou seja, um realinhamento dos custos de transmissão de modo a equilibrar a cobrança pelo uso do Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que os agentes que mais a oneram paguem proporcionalmente mais pelo serviço", diz a Aneel.

Na prática, quem gera energia a partir do Norte e Nordeste passará a ser mais onerado, mas, em outra ponta, haverá uma redução na cobrança ao consumidor. Segundo a Aneel, com a nova regulamentação, espera-se um alívio médio de 2,4% nas tarifas dos consumidores da Região Nordeste e de 0,8% para os consumidores da Região Norte, totalizando uma redução próxima a R$ 1,23 bilhão anuais nas contas.

"Os consumidores, anteriormente afastados dos centros de carga, hoje estão próximos e oneram menos o sistema do que era considerado no cálculo", reforça a agência.

A nova metodologia começará a ser aplicada no ciclo tarifário 2023/2024, no qual 90% do cálculo seguirá a contabilização de custos anterior e 10%, o cálculo orientado pela intensificação de sinal locacional.

A aplicação do cálculo será aumentada em 10 pontos percentuais a cada ciclo, até que se chegue, no ciclo 2027-2028, ao equilíbrio de 50% do cálculo considerando o custo nacional e 50%, o custo regional de transporte da energia.

As tarifas flutuantes serão calculadas considerando os limites superiores e inferiores móveis, associados à variação da inflação medida pelo Índice de Atualização da Transmissão (IAT) e ao risco imediato de expansão da transmissão.

O voto do diretor-relator do assunto, Hélvio Guerra, argumentou que a sinalização eficiente de preços, por meio da tarifa flutuante, evita subsídios cruzados e favorece a otimização da expansão do sistema de transmissão e da operação do sistema interligado.

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Um levantamento realizado pela Empregos.com.br e a Senior Index revelou que a região Nordeste concentra 6,73% das ofertas de trabalho do país, com 10,3 mil oportunidades de trabalho. As carreiras com maior número de vagas são as de telemarketing (1 mil) e logística (591), seguidas por telecomunicação (527), comércio (524) e serviços (488).

Doutora em Economia e professora de Economia na Unijorge, Juliana Guedes defende que a retomada da oferta de emprego na região ocorre em função da mitigação da pandemia, o retorno das empresas na modalidade presencial ou híbrida de trabalho, a PEC dos benefícios, com estímulos fiscais e transferência de renda para alguns segmentos da população.

A professora Juliana Guedes destaca a posição da capital baiana na oferta de empregos no Nordeste e pontua como a retomada da economia foi fundamental (Foto: Divulgação)
Ela cita ainda o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que mostra que a capital baiana segue líder na geração de emprego no Nordeste, criando 3.821 postos com carteira assinada em junho. “No acumulado do ano, o saldo é positivo, com 22.752 empregos formais. No mesmo período do ano passado o saldo foi de 15.227 empregos formais. No ranking nacional, Salvador está em 7º lugar na criação de postos de trabalho”, complementa.

O diretor-geral do Empregos.com.br. Leonardo Casartelli salienta que, hoje, a taxa de desemprego encontra-se no menor patamar dos últimos seis anos (9,3%). “Um dos fatores primordiais para esse resultado tão positivo é a reabertura econômica. Muitas vezes, os empresários tiveram que alterar suas estratégias para enfrentar a pandemia e, em muitos casos, reduzir o quadro de funcionários para fechar as contas do mês. Com o reaquecimento e o aumento das vendas, houve a contratação do nível pré-pandemia”, analisa.

Postos de trabalho

Para reforçar sua afirmativa, Casartelli salienta que, no momento, a Bahia está com 5,8 mil vagas de emprego disponíveis no portal Empregos.com.br. Metade da oferta na região nordeste. “Os setores mais aquecidos são telemarketing (1 mil), logística (591), telecomunicação (527), comércio (524) e serviços (488)”, afirma o representante da plataforma.

A professora Juliana Guedes destaca que, no âmbito nacional, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados registraram saldos positivos em termos de criação de empregos formais, com destaque para o setor de serviços de 120.294 postos formais. “Já em Salvador, a construção civil foi o setor que mais contribuiu para o resultado positivo do primeiro semestre, com 7.411 vagas formais”, esclarece.

A Diretora Regional da LHH Nordeste Carla Verônica lembra que o segmento de produção, responsável por um grande volume de vagas de carteira assinada vem se recuperando gradativamente, visto que foi um dos que sofreu grande prejuízo no ápice da pandemia.

Oportunidades

Leonardo Casartelli acredita que os profissionais que procuram colocação ou recolocação encontrarão grandes oportunidades nesse momento, mas o candidato deve estar constantemente atualizado para garantir vagas disputadas. “É importante entender o que se está buscando e se está buscando um mercado adequado”, afirma, ressaltando que, hoje, as empresas não buscam trabalhadores apenas para realizar tarefas.

“Além das habilidades emocionais, como todos os colaboradores, profissionais da postura ativa e inteligência da comunicação, trabalham com eficiência em equipe e podem ajudar nos resultados da empresa”, diz o diretor.

Carla Verônica alerta para a importância do profissional fazer bom uso das redes sociais, a exemplo do Likendin, e se prepare para as entrevistas (Foto: Divulgação)
Carla Verônica ressalta a importância do profissional estar nas redes sociais, como por exemplo, o Linkedin, além de manter o perfil e currículo atualizados nos sites de recrutamento e seleção das empresas. “As empresas seguem esperando dos profissionais as competências técnicas para desempenho de sua função, mas desejam realmente que os mesmos demonstrem habilidades comportamentais compatíveis com o novo ambiente de trabalho”, diz. Para ela, o perfil que saiba conviver com o diferente, tenha capacidade de colaboração e protagonismo, comprometimento com o trabalho em equipe, mantendo sempre a curiosidade para novos aprendizados será sempre bem-vindo.

Para Juliana, também é importante se preparar para as entrevistas, utilizar networking, desenvolver novas habilidades, capacitação contínua e confiar no seu potencial, que são formas efetivas de potencializar as oportunidades na hora de buscar uma vaga no mercado de trabalho. “De uma forma geral, o perfil mais desejado é aquele que possui uma boa formação, capacidade de liderança, compatibilidade com os valores da companhia, visão estratégica de mercado, habilidade de relacionamento interpessoal, aberto a mudanças, criativo e proativo”, finaliza.

Números do crescimento

• Nordeste comporta 6,73% das vagas do país

• Salvador está em 7º lugar na criação de postos de trabalho

• A construção civil foi o setor que mais contribuiu para o resultado positivo do primeiro semestre, com 7.411 vagas formais

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Buscar alternativas profissionais longe de casa tem sido a saída encontrada por muitas pessoas que não conseguem se inserir no mercado de trabalho baiano, especialmente aqueles que buscam nos concursos públicos a estabilidade e a segurança profissional. Talvez esteja na hora de sair da Bahia para buscar a tão sonhada estabilidade em outros estados nordestinos. O CORREIO fez um levantamento e constatou que o Nordeste tem mais de 4 mil vagas disponíveis em concursos públicos, com salários de até R$ 11,5 mil.

Para quem opta pela saída, os desafios vão desde as saudades da família e amigos até os choques culturais. No entanto, os que conquistaram uma vaga garantem que o esforço é compensado e, dependendo da área, sempre há a esperança de garantir a transferência que possibilite o retorno. Outros terminam estabelecendo raízes nos seus destinos e passam a estabelecer outras relações com as regiões onde passaram a viver e trabalhar.

Responsável por um projeto chamado Caravana do Marcão, o professor Marcus Vinicius vem ajudando estudantes que desejam oportunidades fora da Bahia (Foto: Arquivo pessoal)
Em 2016, o professor de curso preparatório Marcus Vinicius Mendes, mais conhecido como Professor Marcão, junto com o sócio Léo Morais, criaram o projeto Caravana do Marcão(@caravanadomarcao ), que leva candidatos para realizarem as provas em outros estados. Na proposta, os estudantes contam com o preparo para as provas, além do transporte de ida e volta, hospedagem e segurança. “Estamos comemorando seis anos de existência e, ao longo desse período, conseguimos transformar sonhos em realidade”, comemora.

Oportunidade

Amanda Coelho,26, foi uma dessas estudantes que conseguiu uma vaga na Polícia Militar de Pernambuco graças à iniciativa. “Como muita gente, comecei estudando sozinha em casa, tentei PMSE , PMBA ,e bati na trave. Quando conheci o curso Impacto, tive três intensos meses de preparação, mas o esforço valeu a pena e me trouxe a aprovação. Foi no projeto que aprendi estudar focada, concentrada no que era importante e resolver incontáveis questões”, recorda.

Amanda Coelho realizou o sonho de atuar junto a Polícia Militar em Pernambuco e salienta o papel que o esforço tem para os êxitos nas provas (Foto: Acervo pessoal)
Amanda lembra do mantra que dizia: A repetição até a exaustão, leva a perfeição. “Todo aquele suporte me possibilitou encontrar calma na hora de fazer a prova, me fez lograr êxito e hoje ser soldado da Policia Militar de Pernambuco”, completou.

O soldado Tiago Carvalho, 33, hoje lotado na PCCães da 4° Cia do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Ceará, também se beneficiou do projeto. Na verdade, ele colecionou aprovações na Escola de Especialista da Aeronáutica, na PM de Pernambuco e do Ceará e se emociona em lembrar do processo de preparação e como o zelo dos professores resultaram no sucesso dele e de alguns colegas. “Mais que garantir a logística, existe o suporte emocional que os professores oferecem, então fica mais fácil enfrentar e seguir com perseverança as horas difíceis”, pontuou.

Tiago Carvalho lembra que o suporte oferecido no curso preparatório facilita a superação das dificuldades no processo de prestar concurso fora (Foto: Acervo pessoal)
Rubens Feitosa,33, reconhece que o suporte preparatório otimiza as chances de quem está se preparando para um concurso público, especialmente fora do estado natal. “Comecei a me preparar sem estratégia nenhuma. Quando comecei no curso, percebi que havia uma melhora no rendimento e o fato de treinar com provas anteriores foi permitindo ganhar segurança. Morando em Pernambuco, ele também ressalta a importância das amizades feitas no percurso, especialmente dos instrutores que se tornaram amigos pessoais.

Natural de Feira de Santana, Ranielly Freire diz que o concurso público mudou a perspectiva da família e que a mudança de estado não é nada (Foto: Acervo pessoal)
Morando em Fortaleza há pouco mais de dois meses, Ranielly Freire,30, deixou Feira de Santana em busca de um sonho. Antes de se mudar para a capital cearense, ela tentou a Polícia Militar de Minas Gerais, mas foi reprovada no teste de aptidão física. “A vitória não se resume à aprovação em todas as etapas de um concurso, mas é, antes de tudo, uma vitória de vida para mim e para minha família”, conclui.

Se você também sonha com concursos fora do estado, veja as oportunidades no nordeste:

Onde: Prefeitura de Alto Santo, no Ceará
Banca: Instituto Consulpam – Consultoria Público-Privada
Vagas:259 vagas são efetivas (seis destas reservadas a pessoas com deficiência), e 272 vagas para cadastro de reserva
Salários: de R$ 1.212,00 a R$ 9.000,00
Inscrições: até 22 de julho de 2022
Contatos: Consulpam pelo telefone (85) 3224-9369 e WhatsApp (85) 9957-9369 (WhatsApp).

Onde: Prefeitura de Ocara, no Ceará
Banca: Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro (IDIB)
Vagas:230 vagas de níveis médio, técnico e superior, distribuídas entre as áreas da Saúde e da Assistência Social
Salários: entre R$ 1.212,00 e R$ 11.500,00.
Inscrições: até 18 de julho de 2022
Contatos: http://www.idib.org.br

Onde: Prefeitura de Prefeitura de São Luís, Maranhão
Banca: Instituto Selecon
Vagas:111 vagas imediatas e outras 333 para formação de cadastro reserva de aprovados
Salários: vencimento-base é de R$ 938,30, valor que contará com adicionais de compensação, periculosidade, risco de vida e gratificação, totalizando ganhos de R$ 3.272,40
Inscrições: entre os dias 6 de julho e 19 de agosto de 2022
Contatos:O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Onde: Secretaria de Educação e Esportes, Pernambuco
Banca: Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe)
Vagas:2.907 vagas e formar cadastro reserva para Professores da Educação Básica em diversas áreas
Salários: R$ 3.900,00 para jornada de 200 horas mensais e R$ 2.925,00 para jornada de 150 horas mensais.
Inscrições: até 18 de julho de 2022
Contatos:(61) 3448-0100 ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Onde: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)
Banca: Comissão de Seleção de Pessoal (CSEP)
Vagas:129 vagas de níveis médio, técnico e superior (31 para servidores e 98 para Professores).
Salários: R$ 2.904,96 a R$ 9.616,18, com jornadas de 20 ou 40 horas semanais
Inscrições:25 de julho de 2022
Contatos: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

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O levantamento realizado pelo anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, iniciativa da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) com patrocínio da Huawei e da Tecno It, avaliou a arrecadação anual do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) em 24 municípios do Nordeste em 2020.

Em valores absolutos, Salvador ficou no topo do ranking das cidades avaliadas que mais arrecadaram em toda a região Nordeste: R$ 800,5 milhões. A capital baiana conseguiu R$ 41,5 milhões a mais em sua arrecadação, comparado à 2019, o maior incremento entre as cidades nordestinas, de 5,5%.

Quem mais arrecada IPTU no Nordeste? - Frente Nacional de Prefeitos

Mesmo num cenário de queda no país, outras cidades do nordeste conseguiram ampliar a receita. Caso como o de João Pessoa (PB), que registrou alta de 24,7%, se comparado ao total em 2019. A capital recolheu R$ 102,4 milhões em 2020, enquanto que no ano anterior foram R$ 82,1 milhões. Todos os valores foram corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.

Outro destaque ficou com São Luís (MA), com acréscimo de 13,7%, totalizando R$ 130,5 milhões em 2020. Aracaju (SE) também está entre as capitais que cresceram na arrecadação, com 4,6%.

A queda mais acentuada, percentualmente, nas arrecadações do IPTU foi a de Nossa Senhora do Socorro (SE), município com população de 185.706 habitantes e R$ 4,3 milhões arrecadados em 2020. Por lá, foram 39,7% a menos na receita do tributo que em 2019, quando registrou R$ 7,1 milhões.

Cidades brasileiras de porte médio foram as mais afetadas pela retração do IPTU em 2020

Pela primeira vez desde 2002, quando teve início a série de dados compilada pelo anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios do Brasil, a arrecadação anual do IPTU dos municípios sofreu recuo. Com queda de 2,5%, o recolhimento do tributo em 2020 totalizou R$ 50,23 bilhões, ou seja, uma perda de R$ 1,29 bilhão na comparação com o exercício anterior, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) médio do período.

Tânia Villela, economista e editora do anuário, explica que um dos fatores que contribuíram para esse revés foi o aumento da inadimplência com a pandemia da Covid-19. "Além dos milhares casos de óbitos e de saúde pública, a pandemia exerceu forte impacto na atividade econômica", disse ela, concluindo que, diante da queda do nível de rendimento da população e da pressão exercida pelo desemprego, muitas famílias deixaram de pagar o IPTU em 2020.

À exceção do Sul, todas as demais regiões do país registraram decréscimos nesse indicador. Puxados pelo bom desempenho registrado em Porto Alegre-RS (10,5%), Ponta Grossa-PR (10,1%), Londrina-PR (4,3%) e Florianópolis-SC (3,4%), os municípios sulistas assinalaram alta de 1,3% na média. As demais regiões amargaram quedas, sendo a mais intensa observada no Sudeste, de 3,3%, que concentra quase dois terços da arrecadação do tributo no país. No Centro-Oeste, Norte e no Nordeste, as taxas foram de -2,8%, -2,6 e -2,1%, respectivamente.

A baixa na arrecadação do IPTU foi sentida com mais intensidade nas cidades de médio e grande porte populacional, com taxas mais acentuadas naqueles cuja população vai de 200 mil a 500 mil habitantes (-5,2%). Nos municípios com os menores portes populacionais o desempenho foi quase que estável, com declínio de 0,3% naqueles com até 20 mil habitantes e de 0,5% nos que têm entre 20 mil e 50 mil residentes.

Desempenho primeiro semestre de 2021

A receita de IPTU apresentou recuperação durante o primeiro semestre de 2021. A arrecadação foi 7% maior que a do mesmo semestre do ano anterior, com valores já corrigidos pelo IPCA. Em comparação a 2019, período pré-pandemia, o resultado também foi satisfatório, apesar de mais brando, com expansão de 4,1%.

"A principal razão desse crescimento foram os novos programas de antecipação do pagamento do tributo mediante descontos, que incentivaram o contribuinte a quitar suas dívidas e, por consequência, frearam o aumento da inadimplência. Além disso, a própria retomada da economia no primeiro semestre de 2021, ainda que branda, também contribuiu", analisa a economista Tânia.

Os efeitos podem ser notados em todas as regiões e faixas populacionais. Entre as regiões, destacam-se a maior taxa de crescimento dos municípios do Nordeste (16,8%), seguido do Sudeste (15,5%) e do Norte (15,3%), e a menor, no Sul (4,1%). No Centro-Oeste foi de 12,4%, comprado o primeiro semestre de 2021 com o de 2020.

O Google.org, braço filantrópico do Google, está doando R$ 5,2 milhões para a organização sem fins lucrativos Amigos do Bem Com o recurso, serão distribuídas 42,5 mil cestas básicas a 8,5 mil famílias durante cinco meses em 140 povoados nos Estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. Além do alimento, 50 povoados impactados pela seca serão abastecidos com 3,8 milhões de litros de água potável ao longo de um ano.

Por conta da pandemia, 19 milhões de pessoas vivem com fome no Brasil, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberana e Segurança Alimentar (Penssan). Desse total, 7,7 milhões vivem no Nordeste, onde Amigos do Bem atua. A pesquisa conclui que a fome voltou aos níveis drásticos, comuns no início dos anos 2000.

Além da epidemia de fome, a insegurança hídrica atingiu 40,2% do total de domicílios do Nordeste. Segundo pesquisa da Divisão Sanitária Nacional, o total de domicílios rurais com pessoas passando fome dobra quando não há disponibilidade de água para os cultivos de subsistência. Nas regiões em que a Amigos do Bem atua, 98% das comunidades relatam secas ao longo do ano.

Além da doação à Amigos do Bem, o Google anunciou R$ 78 milhões em créditos de anúncios a serem utilizados por autoridades de saúde para divulgação de informações essenciais por meio de campanhas na pandemia, como a importância da vacinação. Por meio do Google.org, a empresa já doou R$ 5 milhões à Gerando Falcões e contribuiu com o Movimento União BR para a compra de usinas de oxigênio entregues a seis municípios no Amazonas.

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Ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto disse hoje (07) que a Bahia precisa retomar o papel de liderança na região Nordeste. Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A Tarde FM, Neto afirmou ainda que o estado deve "agir com doses de ambição" ao olhar e pensar sobre o futuro.

"Claro que não vou dizer que está tudo errado (em relação ao atual governo estadual). Não irei fazer isso, porque há coisas certas e erradas, e não tem porque ficar só criticando. Mas claro também que podemos ser muito mais. A Bahia precisa voltar a ser a locomotiva do Nordeste e, para isso, vai ser fundamental ter uma visão estratégica para pensar fora da caixa, agir com doses de ambição para ter uma outra perspectiva de futuro", declarou.

ACM Neto, que ainda não se coloca oficialmente como pré-candidato ao governo da Bahia, embora admita que esse é o único projeto para 2022, afirmou que vai intensificar as viagens ao interior a partir deste mês. O democrata deverá, por exemplo, passar ao menos dois dias na região da Chapada Diamantina.

"Nossa ideia é, com a redução do número de casos do novo coronavírus, não parar mais. Vamos confirmar o diagnóstico dos problemas da Bahia e pensar soluções e alternativas para o futuro, colhendo a contribuição da população. Isso não é antecipação de campanha. Queremos agora debater caminhos", ressaltou.

ACM Neto disse que a Bahia não pode ser tratada como um único estado do ponto de vista político. "Cada região vive seu próprio drama, e tem uma solução própria para que se possa dar o salto de desenvolvimento olhando para o futuro. Como prefeito de Salvador, uma das coisas que fiz foi apostar na descentralização, encarando a realidade de cada região administrativa da cidade de forma diferente. E a Bahia precisa disso, de uma perspectiva mais equilibrada de desenvolvimento, descentralizando as oportunidades".

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O consórcio de governadores da região Nordeste tomou conhecimento de um lote de 10 milhões de vacinas da Oxford/AstraZeneca que está estocado nos Estados Unidos, sem previsão de aplicação. Caso confirmem a notícia, eles pretendem enviar carta ao governo Joe Biden pedindo a doação dos imunizantes ao Brasil. As informações são da jornalista Mônica Bergamo.

As doses ainda não estão sendo usadas nos Estados Unidos pois o país ainda não treinou profissionais para aplicar especificamente a vacina de Oxford. Os EUA estão usando, majoritariamente, os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

Além do contato com Biden, os governadores nordestinos também pretendem convencer a Organização Mundial da Saúde (OMS) a antecipar o envio de doses já previstas para o Brasil de vacinas do consórcio Covaxin.

“O mundo está dizendo que o Brasil é um risco, por estar com a epidemia descontrolada, com recordes de contaminações e mortes e que pode ser um celeiro de novas variantes do coronavírus. É preciso nos ajudar a solucionar o problema. E a solução são mais vacinas”, diz o governador do Piauí, Wellington Dias, que preside o Consórcio de Governadores do Nordeste.

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