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Novo coronavírus gera síndrome misteriosa que já matou 4 crianças

Novo coronavírus gera síndrome misteriosa que já matou 4 crianças

A covid-19, geralmente, é mais letal em idosos, mas uma nova síndrome misteriosa gerada pelo coronavírus tem acometido principalmente crianças. A enfermidade foi observada tanto por médicos dos Estados Unidos quanto da Europa e tem pelo menos 4 mortes registradas, três em Nova York e um na Inglaterra.

Algumas crianças chegam a ficar extremamente doentes, explica artigo do The New York Times. Os principais sintomas são inflamações na pele, olho, veias e coração.

A condição, que tem sido chamada de "síndrome inflamatória pediátrica multissistêmica" é tão nova que ainda há diversas questões a serem respondidas sobre a enfermidade. As crianças que apresentaram a doença testaram positivo para o coronavírus enquanto tinham os sintomas ou testaram para os anticorpos, o que significa que já tinham tido a covid-19.

Além das inflamações, a doença também causa febre, erupção cutânea, olhos avermelhados, gânglios linfáticos inchados e dor abdominal aguda. Sintomas como tosse e dificuldade para respirar, marcas registradas da covid-19, não são observadas nesta nova síndrome.

O CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, vai emitir um alerta para que os médicos fiquem atentos à nova condição. O Departamento de Saúde do Estado de Nova York está investigando cerca de 100 possíveis casos da doença em crianças, disse o governador Andrew Cuomo. A maioria destes foi registrada em crianças entre 5 e 9 anos (29%) e entre 10 e 14 (28%) anos, apontam dados do estado.

Em Kentucky, também nos EUA, o médico Steven Stack anunciou que o estado está ciente de dois pacientes diagnosticados com a síndrome. Um dos casos é uma criança de 10 anos, gravemente doente na unidade de terapia intensiva. Já o segundo é um paciente de 16 anos que tem sintomas mais leves. "As crianças que ficam doentes podem ter problemas cardiovasculares e exigirem apoio para manter a pressão sanguínea. Além disso, podem precisar de suporte respiratório por meio de ventiladores", explica o médico para CNN.

Na Inglaterra, o número de casos também ultrapassa os 100.