Dois filhos da ex-deputada federal Flordelis dos Santos Souza foram condenados nesta quarta-feira, 24, por envolvimento no assassinato do pastor Anderson do Carmo. Ele, que foi morto a tiros em junho de 2019, era marido da ex-parlamentar, acusada de ser mandante do crime.

O Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, condenou Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da pastora Flordelis, a 33 anos 2 meses e 20 dias de reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado consumado, porte ilegal de arma de fogo, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa armada. Ele foi denunciado como quem disparou contra Anderson na noite do homicídio.

Durante o julgamento, ele exerceu o direito de permanecer calado Antes, o filho biológico havia confessado ter sido autor dos tiros que mataram Anderson do Carmo, em vídeo gravado na delegacia. Depois ele negou o crime e afirmou ter sido obrigado a confessar.

Já Lucas Cézar dos Santos Souza, filho adotivo e acusado de comprar a arma do crime, foi condenado a sete anos e meio por homicídio triplamente qualificado. Ele teve sua pena foi reduzida, porque colaborou com as investigações. No julgamento, disse que o irmão queria acabar "com o sofrimento da mãe".

O júri, presidido pela magistrada Nearis dos Santos de Carvalho Arce, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói, teve 15 horas de duração e ouviu oito testemunhas. Flávio e Lucas são os primeiros acusados do crime a serem julgados.

Outras dez pessoas, inclusive a própria Flordelis, também respondem pelo mesmo assassinato, mas esses julgamentos ainda não têm data marcada.

Ela recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a acusação.

Flordelis teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados, em agosto do ano passado. Desde o início das investigações, alega que não teve nenhum envolvimento com o assassinato do marido, que tinha 42 anos quando foi morto.

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A deputada federal Flordelis assumiu o posto de titular da Secretaria da Mulher da Câmara logo após a nomeação de Arthur Lira como presidente da casa. Ela é ré por suspeita de participar da morte do marido, pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho de 2019.

A cantora gospel também é investigada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, por quebra de decoro parlamentar, o que pode fazê-la perder o mandato. Cabe à Mesa encaminhar ou não o relatório ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que ainda não foi instalado.

No dia 19 de janeiro de 2021, a Procuradoria de Justiça deu parecer favorável para afastar a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) do cargo enquanto durar a primeira fase do processo criminal.

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Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos biológicso da deputada federal Flordelis dos Santos, será julgado em juri popular por conta da morte do padrasto, o pastor Anderson do Carmo. Flávio é acusado de ter atirado na vítima no dia 16 de junho de 2019, na garagem da casa da família em Pendotiba, Niterói.

Segundo o Extra, a decisão é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. A magistrada já havia decidido, em novembro de 2019, que outro filho de Flordelis, Lucas Cézar dos Santos, também irá a júri por participação no assassinato. O rapaz é acusado de ter ajudado o irmão Flávio a comprar a arma usada no crime.

A defesa do filho de Flordelis ainda pode recorrer da sentença da magistrada, mas já há data prevista para o julgamento dos dois irmãos: 23 de novembro de 2021, às 13h, no Fórum de Niterói. Eles responderão por homicídio triplamente qualificado (por meio cruel, motivo torpe, e com recurso que impossibilitou defesa da vítima).

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Acusada de matar o marido, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 59 anos, foi na tarde desta quinta-feira (8) a uma unidade da secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Estado do Rio para instalar o aparelho, cumprindo ordem judicial de 18 de setembro. Ela tinha até as 17h30 desta quinta-feira para fazer isso. Por volta das 15h Flordelis chegou à sede da Seap em São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio), de onde saiu cerca de 10 minutos depois, sem falar com a imprensa.

A parlamentar, que é pastora evangélica e cantora gospel, é considerada pela Polícia Civil do Rio a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 ao chegar em casa, em Niterói (Região Metropolitana do Rio). Ele tinha 42 anos.

Em 24 de agosto, Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por quatro crimes consumados e um tentado: homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica. Com imunidade parlamentar, ela não foi presa. Sete filhos e uma neta de Flordelis, também denunciados pelos crimes, estão presos.

Em 18 de setembro, a pedido do MP-RJ, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou que a deputada use tornozeleira e não saia de casa das 23h às 6h. A ordem judicial, no entanto, só tem eficácia a partir da intimação da parlamentar. Como os oficiais de justiça não conseguiam localizar Flordelis, em 1 de outubro a juíza determinou que ela fosse intimada mesmo fora do horário de expediente do TJ-RJ e "se necessário com auxílio da força policial".

A parlamentar só foi intimada às 19h de terça-feira (6), em sua casa em Niterói, e tinha até o fim da tarde desta quinta-feira para instalar a tornozeleira.

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A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi intimada por oficiais de justiça, nessa terça-feira (6), para se apresentar em até 48 horas na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) para colocar tornozeleira eletrônica. O prazo se encerra às 19h dessa quinta-feira (8). As informações são do portal G1.

A parlamentar virou ré, acusada de ser mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Sete filhos e uma neta da parlamentar foram presos por participação no crime, mas a deputada não pode ir para a prisão devido a sua imunidade parlamentar.

O deputado Paulo Bengtson (PTB-PA) apresentou um parecer ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recomendando o envio do processo contra a deputada para o Conselho de Ética para que ela tenha o mandato cassado e possa ser presa.

Denúncia
Flordelis foi denunciada como mandante da morte do pastor Anderson do Carmo, com mais de 30 tiros, ocorrida em junho de 2019. No dia 24 de agosto, uma operação da Polícia Civil do RJ e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi deflagrada para cumprir nove mandados de prisão e 17 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo. Entre os presos, estavam filhos do casal, uma neta e um ex-PM.

Segundo a investigação, antes do assassinato a tiros, Flordelis tentou envenenar o marido pelo menos quatro vezes. O crime teria sido motivado por questões financeiras, visto que o pastor Anderson controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis.

Um dos mandados foi cumprido na casa da deputada, local do crime, no bairro de Pendotiba, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ.

Em nota, na época da operação, o MP do Rio afirmou que a denúncia "aponta que Flávio dos Santos Rodrigues, em conluio com Lucas Cézar dos Santos de Souza, Flordelis e os demais denunciados, atirou diversas vezes contra Anderson do Carmo de Souza, na madrugada do dia 16 de junho de 2019, em sua casa no bairro Badu, Pendotiba, Niterói".

"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirmaram os promotores.

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