Sob panelaços, Bolsonaro faz pronunciamento criticando isolamento social

Sob panelaços, Bolsonaro faz pronunciamento criticando isolamento social

Com mais um pronunciamento sobre a crise do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dobrar a aposta, na noite desta nesta terça-feira (24), e criticou medidas de isolamento social como o fechamento de escolas. Ele atacou a imprensa e também as medidas tomadas por governadores para conter a Covid-19. As informações são da Folha de S.Paulo.

A fala feita em rádio e televisão, às 20h30, ocorreu sob gritos de protestos e panelaços em diversos bairros de Salvador, a exemplo de bairros de classe média e média alta como Barra, Federação, Imbuí e Vila Laura, mas também em bairros periféricos como Campinas de Pirajá e Fazenda Grande do Retiro.

Citando indiretamente a Rede Globo, ele voltou a criticar o que considera histeria. "Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o grande número e vítimas na Itália. (...) O cenário perfeito potencializado pela mídia para que histeria se espalhasse para o país", argumentou o líder nacional.

Ele declarou que a "vida tem que continuar" para que os empregos sejam mantidos. "O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade", afirmou.

Em tom de deboche, Bolsonaro ainda voltou a comparar a Covid-19 a uma "gripezinha" ou "resfriadinho". As declarações ocorrem em meio a diversas ações de governos estaduais para restringir a movimentação de pessoas, sob o argumento de que a redução de contato social é necessário para conter a transmissão do vírus.

Ele atacou os governadores estaduais e disse que eles precisam "abandonar o conceito de terra arrasada", com a proibição de transporte, o fechamento de comércio e o que chamou de "confinamento em massa".

Afirmou que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos. "Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais, de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade", reiterou.

Além de Salvador, houve panelaços em grandes cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

Ele concluiu dizendo que, se ele fosse contaminado, por seu histórico de "atleta", não deveria se preocupar.

Fonte: Correio24horas

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