‘Temos oxigênio suficiente’, garante prefeito de Salvador

‘Temos oxigênio suficiente’, garante prefeito de Salvador

O prefeito Bruno Reis garantiu, nesta sexta-feira (15), que Salvador tem oxigênio suficiente para atender a demanda da capital. Ele frisou que os soteropolitanos ainda não têm com o que se preocupar, ao menos enquanto a taxa de ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estiver na casa dos 70%. Em Manaus (AM), a falta de oxigênio está provocando a morte de pacientes dentro das unidades de saúde.

Bruno comentou sobre o assunto durante a entrega de duas obras no bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio.

“Estamos bem. Temos estoque suficiente. Hoje (15) estamos com 68% de ocupação de UTI, e temos mantido a média oscilando entre 62% e 72%. Dentro dessa média, estamos bem, a situação está sob controle. Qual o problema? Quando passar de 80%. Nesse momento, fatalmente teremos que tomar decisões para evitar uma propagação maior da pandemia”, afirmou.

Reis voltou a pedir que a população cumpra as medidas para evitar a disseminação do vírus, como o uso de máscara, o distanciamento social, e a higienização frequente das mãos. Ele disse que decretar lockdown não está nos planos da prefeitura no momento, mas que essa possibilidade sempre existe.

“Não quero e nem cogito que isso ocorra aqui nesse momento, mas esses são as únicas medidas que nós teremos disponíveis para adotar se houver o risco de perder o controle. O que seria perder o controle? não ter leito de UTI, não ter oxigênio, nem os insumos necessários para dar apoio às pessoas que necessitam do serviço de saúde”, contou.

Com o início da vacinação na próxima semana a expectativa é de que a situação comece a melhorar em todo o país. Bruno disse estar preocupado com o cenário em Manaus e criticou o comportamento da população e dos governantes.

“A realidade de Salvador é diferente e ficamos muitos felizes em dizer isso. Muito do que está acontecendo em Manaus foi por falta de planejamento adequado, por uma deficiência que existe de leitos, e por um relaxamento por parte das pessoas. Eles não continuaram com os cuidados necessários que estamos tendo em Salvador, flexibilizaram demais e, infelizmente, a gente lamenta o que está ocorrendo. E se Salvador puder ajudar de alguma forma, a gente se coloca a disposição”, disse.

Procurada, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) informou, em nota, que a situação no estado também está sob controle. A pasta afirmou que as unidades têm abastecimento próprio, os cilindros são usados apenas em situações emergenciais e que, caso isso ocorra, já existe um planejamento.

“Não temos problemas com o reabastecimento dos tanques de oxigênio. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia não adquire cilindros de oxigênio, pois toda as nossas unidades possuem tanques. Os cilindros são utilizados, geralmente, em situações emergenciais que impossibilitam a instalação de tanques ou em situações de transporte, mas mesmo neste caso, o contrato da rede de gases já prevê a cessão de cilindros ao invés da compra”, diz a nota.

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    Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, nesta quarta-feira (28), os números referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em municípios baianos.

    Até a situação presente, são 380 desabrigados e 2.227 desalojados em decorrência dos efeitos diretos do desastre. Segundo a Sudec, foram contabilizados seis óbitos. Os números correspondem às ocorrências registradas em 76 municípios afetados. É importante destacar que, desse total, 41estão com decreto de Situação de Emergência.

    O Governo do Estado segue mobilizado para atender as demandas de emergência, a fim de socorrer a população atingida pelas fortes chuvas em diversas regiões da Bahia.

  • Empresa brasileira vira concorrente da BYD pela antiga fábrica da Ford em Camaçari

    A BYD ganhou um concorrente pelo complexo da Ford nos minutos finais do prazo para a manifestação de interessados em comprar a antiga fábrica da montadora americana em Camaçari, fechada em janeiro de 2021 e que hoje pertence ao governo da Bahia. O empresário brasileiro Flávio Figueiredo Assis entrou na disputa para erguer ali a fábrica da Lecar e construir o futuro hatch elétrico da marca, que, diz, deve ter preço abaixo de R$ 100 mil.

    Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Assis já tem um projeto de carro elétrico em fase de desenvolvimento, mas ainda procura um local para produzir o veículo. Em visita às antigas instalações da Ford para comprar equipamentos usados, como robôs e esteiras desativadas deixadas ali pela empresa americana, descobriu que o processo que envolve o futuro uso da área ainda estava aberto, já que o chamamento público feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE) só se encerraria nessa quarta (28).

    O documento da SDE, ainda segundo a Folha, diz que a BYD havia apontado interesse no complexo industrial de Camaçari, mas outros interessados também poderiam "manifestar interesse em relação ao imóvel indicado e/ou apresentar impedimentos legais à sua disponibilização, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir desta publicação".

    A montadora chinesa anunciou em julho passado, em cerimônia com o governador Jerônimo Rodrigues no Farol da Barra, um investimento de R$ 3 bilhões para construir no antigo complexo da Ford três plantas com capacidade de produção de até 300 mil carros por ano.

    A reportagem da Folha afirma que a BYD já está ciente da proposta e prepara uma resposta oficial a Lecar. E que pessoas ligadas à montadora chinesa acreditam que nada irá mudar nas negociações com o governo baiano porque Assis estaria atrás apenas de uma jogada de marketing. O empresário, por sua vez, disse ver uma oportunidade de bom negócio, pois os valores envolvidos são atraentes.

    Procurada pelo CORREIO, a BYD afirmou que não vai se pronunciar sobre o assunto, e que o cronograma anunciado está mantido.

    Em nota, a SDE apenas confirmou que a Lecar encaminhou e-mail ontem afirmando ter interesse na área da antiga Ford. A secretaria, diz a nota, orientou a empresa sobre como proceder, de acordo com as regras do processo legal de concorrência pública em curso.

    Entre as perguntas não respondidas pela pasta na nota estão o prazo para a conclusão da definição sobre a área e o impacto que a concorrência entre BYD e Lecar traz para a implantação de uma nova fábrica de veículos no estado.

  • Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue

    Em um esforço para combater a crescente ameaça da Dengue, o estado da Bahia se junta ao Dia D de mobilização nacional, marcado para o próximo sábado (2). A informação é da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, que está em Brasília nesta quarta-feira (28) para uma reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Esta iniciativa sublinha a necessidade de uma ação coletiva diária e destaca o papel vital que cada indivíduo desempenha na prevenção da doença. Com o apoio do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), da União dos Municípios da Bahia (UPB) e do Conselho Estadual de Saúde (CES), os municípios farão mutirões de limpeza, visitas aos imóveis nas áreas de maior incidência e distribuição de materiais informativos.

    A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o cenário nacional é particularmente desafiador devido ao impacto das condições climáticas adversas e ao aumento exponencial dos casos de Dengue, incluindo a circulação de novos sorotipos (2 e 3), que exigem uma atenção mais integrada.

    Na avaliação da secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, o momento é de unir esforços para conter o aumento do número de casos e evitar mortes. "O Governo do Estado está aberto ao diálogo e pronto para apoiar todos os municípios, contudo, cada ente tem que fazer a sua parte. As prefeituras precisam intensificar as ações de atenção primária e limpeza urbana, a fim de eliminar os criadouros, e fortalecer a mobilização da sociedade, antes de recorrer ao fumacê. A dependência excessiva do fumacê, como último recurso, pode revelar uma gestão reativa em vez de proativa no combate à doença", afirma a secretária.

    A titular da pasta estadual da Saúde pontua ainda que o Governo do Estado fez a aquisição de novos veículos de fumacê e distribuirá 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoiar os mutirões de limpeza urbana com o auxílio das forças de segurança e emergência. "Além disso, o Governo do Estado compartilhou com os municípios a possibilidade de adquirir bombas costais, medicamentos e insumos por meio de atas de registro de preço", ressalta Roberta Santana.

    Drones

    O combate à Dengue na Bahia ganhou mais uma aliada: a tecnologia. O Governo do Estado deu início ao uso de drones como nova estratégia para identificar em áreas de difícil acesso focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya. As imagens capturadas pelos equipamentos são analisadas pelos agentes de endemias, que conseguem identificar locais com acúmulo de água parada e possíveis criadouros do mosquito, facilitando a ação das equipes e tornando o combate mais eficaz.

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