O Jornal da Cidade

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Corpo de Bombeiros continua em busca do corpo de Railson Costa, afogado no córrego do Rio Lucaia, na tentativa de salvar um cachorro que havia caído, nas imediações da Avenida Vasco da Gama, em Salvador. As fortes chuvas na manhã deste domingo (5) impulsionaram as águas do esgoto, que mataram Jonathan, seu sobrinho, na mesma empreitada. O corpo dele, arrastado pela correnteza, foi encontrado no mar, nas proximidades do Mercado do Peixe, no Rio Vermelho.

A dupla ainda conseguiu salvar o animal, que é cuidado pela comunidade do entorno. De acordo com testemunhas, Jonathan Costa estava chegando de uma Unidade de Pronto Atendimento, após sentir dores, acompanhado de uma sobrinha, quando tudo aconteceu. Ana Cláudia Souza conta que saiu da proximidade dele por minutos, e quando voltou, se deparou com ambos desaparecidos. “Ele estava comigo pouco antes, eu fui pegar um café, e, de uma hora para outra, isso aconteceu”, afirmou, pouco depois.

De acordo com vizinhos, Jonathan era ambulante e vendia frutas nos sinais próximos, com a ajuda de seus filhos. Ele deixou pelo menos 3 crianças e a esposa, que moravam com ele em uma casa próxima à avenida. Sheila Costa era mãe de apenas um deles. Ela esteve no local para acompanhar o resgate. "Ele tinha vários filhos e não sei o que vai acontecer com eles. Éramos só nós dois cuidando de todos. Ele por mim e eu por ele", disse a viúva.

Railson está sendo procurado por três equipes do Corpo de Bombeiros, em 4 pontos da cidade: no percurso da Avenida Lucaia, em dois pontos da Avenida, e na praia do Rio Vermelho, onde Jonathan foi encontrado. As chances são de que o corpo tenha ficado retido em algum ponto, e que, eventualmente, seja encontrado no mar. Marcelo Nunes, chefe do Salvamar, explica que o monitoramento é feito por 48 horas. “Há possibilidade de ele estar na região do mar, por conta da corrente. De início se torna mais difícil de achar porque o corpo está pesado, pois acabou de afundar, desce, e acompanha a correnteza”, explica.

Devido à previsão de chuva para esta tarde, as equipes ainda não podem adentrar os canais, sob o risco de também serem arrastadas. Por isso, enquanto esta for a previsão do tempo, resta aos profissionais monitorarem as águas. “As pessoas se arriscam por falta de conhecimento do perigo que isso representa. Em situações como essa, devem aguardar a água baixar e, se for o caso, utilizar um bastão para explorar, porque os bueiros podem sugar a pessoa”, adverte o tenente coronel Ramon Diego, responsável pelas buscas.

Chuvas

Outras situações agravadas pela chuva acontecem na cidade. Na Ribeira, moradores da Rua Juçara, conhecida pelos constantes alagamentos, estão tendo que deixar suas casas de caiaques. “Tem que andar de barco se quiser ir trabalhar, toda chuva que cai nos deixa ilhados em casa, sem possibilidade de sair. A solução está sendo o caiaque”, denuncia Jair Vilas Boas, morador.

Além disso, as casas da região ficam inundadas e uma escola na região constantemente suspende aulas. Não foi diferente neste domingo, quando, até às 17h, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) recebeu 31 solicitações. Foram dois alagamentos de imóvel, três ameaças de desabamento, nove ameaças de deslizamento, uma árvore ameaçando cair, quatro avaliações de imóvel alagado, um desabamento de muro, dois desabamentos parciais, cinco deslizamentos de terra, um incêndio e três infiltrações.

De acordo com informações do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Salvador (Cemadec), nas últimas 48 horas, os acumulados de chuvas em Salvador foram de 75 mm, medidos pelo pluviômetro de referência em Ondina. O número representa 30% a mais do que a Normal Climatológica para todo o mês dezembro, que é de 58,1 mm.

A Cemadec ainda informa que as chuvas que ocorrem em Salvador desde a madrugada são resultantes da formação de áreas de instabilidade associadas a um cavado sobre o Oceano Atlântico e no leste do Nordeste. O cavado é o nome técnico que se dá a uma região na atmosfera onde ocorre uma ondulação no sentido horário do fluxo de ventos e uma tendência à queda da pressão atmosférica.

Os maiores acumulados de chuvas registrados em 24 horas (dados atualizados às 17h) foram registrados em São Cristóvão (109mm), Caminho das Árvores (96,4mm), Mussurunga (95,4mm), Engenho Velho de Brotas (88,8mm) e CAB (87,7mm). À tarde, as chuvas perderam a intensidade, sendo que os maiores acumulados em 3h foram registrados no Stiep (12,4mm), Rio Sena (9,6mm) e Ondina (5,2mm).

A previsão é de continuidade de para esta segunda (6), por conta de áreas de instabilidade. A Codesal permanece de plantão 24 horas atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199.

Bahia

No estado, seis famílias precisaram sair de casa às pressas por conta da cheia do rio Cachoeira, em Itabuna, neste fim de semana. O nível da água subiu e invadiu as residências no final da tarde de sábado (4). A retirada das pessoas aconteceu até a madrugada deste domingo (5). Alguns moradores ainda estão se recusando a sair.

Segundo a Prefeitura, a maioria das famílias morava em casas de madeira ou de barro, na mesma rua, na zona rural. Cerca de 20 pessoas estão desabrigadas e no grupo há gestantes e crianças. Uma parte foi transferida para o Grupo Escolar Leonor Pacheco e outras para a igreja Assembleia de Deus, no Bairro Maria Matos.

Ainda de acordo com a Sudec (Defesa Civil Do Estado), chuvas intensas no município de Caém, Centro-Norte da Bahia, provocaram alguns pontos de alagamento em ruas da cidade. Até então, não foram registrados danos.

A explicação que por trás dos altos índices pluviométricos da cidade se encontra no fenômeno La Niña. Esse é um fenômeno natural cuja principal consequência está na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental e alteração do volume de chuva. Trata-se de um fenômeno oposto ao El Niño, que por sua vez provoca um aumento de temperatura das águas.

De acordo com o meteorologista Giuliano Carlos do Nascimento, o fenômeno traz uma série de impactos na atmosfera dos países, inclusive, no Brasil. “O La Niña promove mudança anormal de pressão da atmosfera no oceano Pacífico, causando seu resfriamento. O resultado dessa mudança são períodos mais secos no Sul do Brasil e chuvas mais fortes no Nordeste”, explica.

Em geral, o La Niña começa a se desenvolver em um dado ano e dura até o final dele. Porém, há casos em que esse fenômeno tem duração de até dois anos.

O fenômeno se opõe ao El Niño, mais comum e mais conhecido. Ele gera seca no Nordeste e maior quantidade de chuvas no Sul do Brasil.

O prefeito Bruno Reis voltou a falar sobre a preocupação da gestão municipal com chegada da variante ômicron do coronavírus no Brasil em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (3). Neste fim de semana, a prefeitura inicia uma estratégia no aeroporto para impedir que turistas tragam a variante para cá.

"Vamos fazer testes de antígeno no sábado e no domingo no aeroporto para ampliar as precauções e proteger a nossa barreira sanitária já pensando na variante ômicron", concluiu.

Dessa vez, o gestor falou que Salvador está se articulando para ampliar a proteção contra a variante e que pode voltar abrir leitos caso ela se espalhe por aqui.

"Caso essa variante seja de fato mais agressiva e demande a abertura de novos leitos, nós estamos preparados tanto para ampliar a quantidade de leitos covid-19 que temos no Hospital Sagrada Família como para reabrir leitos em outros pontos da capital", garantiu.

Estratégia de vacinação
As falas foram dadas durante o anúncio da nova estratégia de vacinação das doses contra a covid-19 da prefeitura para este fim de semana, nos dias 4 e 5 de dezembro, quando postos volantes de vacinação serão instalados nos pontos mais movimentados da cidade.

"A novidade é que vamos ter equipes volantes de vacinação nas áreas de grande circulação de Salvador. Teremos vacinação nos shoppings, nas estações de transbordo, nas instituições religiosas. Lugares com muita movimentação pra deixar a vacina mais perto do povo", disse Reis.

A intenção é avançar ainda mais na imunização dos cidadãos com postos fixos, drives e volantes, disponibilizados em locais de grande circulação, dentre outras ações.

Sábado (4)
Público-alvo
1ª dose para pessoas com 12 anos ou mais;
1ª dose para adolescentes com comborbidades, gestantes, puérperas com idade entre 12 e 17 anos;
2ª dose da Coronavac com aprazamento até 04/12/2021
2ª dose da Oxford e Pfizer com aprazamento até 03/01/2021;
3ª dose dos imunossuprimidos com 2ª dose recebida até 06/11/2021;
3ª dose para pessoas com 18 anos ou mais com 2ª dose recebida até 06/07/2021.

Locais de vacinação:

15 pontos de vacinação volantes, fixos e drives

Shoppings:
Barra - ponto fixo
Da Bahia - ponto fixo
Itaigara - ponto fixo
Bela Vista - drive thru

Estações de transbordo: Lapa e Mussurunga

Feira de São Joaquim

Aeroporto de Salvador

Terminal rodoviário

Domingo (5)
Público-alvo
1ª dose para pessoas com 12 anos ou mais;
1ª dose para adolescentes com comborbidades, gestantes, puérperas com idade entre 12 e 17 anos;
2ª dose da Coronavac com aprazamento até 05/12/2021
2ª dose da Oxford e Pfizer com aprazamento até 04/01/2021;
3ª dose dos imunossuprimidos com 2ª dose recebida até 07/11/2021;
3ª dose para pessoas com 18 anos ou mais com 2ª dose recebida até 07/07/2021.

Locais de vacinação:
14 pontos de vacinação volantes, fixos e drives

Instituições religiosas:

Igreja do Bonfim
Nossa Senhora do Ó
Conceição da Praia
Assunção
Nossa Senhora Aparecida
Igreja Universal

Aeroporto de Salvador

Terminal rodoviário

Nem ser um dos artistas mais conhecidos da Bahia, autor de sucessos como Flores da Favela e Amar é Bom, evitou que Jau fosse impedido, na noite desta quinta-feira (2), de acessar o Sette Restaurante, na Barra, em Salvador. Ele acusa o restaurante de racismo.

Em vídeo, Jau disse que o restaurante justificou sua "inconformidade com o local" por causa das roupas. O cantor, então, mostrou seu "indumentário" e questionou se esse realmente seria o problema.

"Com toda humildade do planeta Terra, eu acho que um cidadão vestido dessa forma pode entrar em qualquer ambiente, independentemente da cor dele. Ele vestido dessa forma só pode ser barrado no ambiente se houver algum problema racial, ou se houver algum problema de índole, ou se houver algum problema com essa pessoa, que não é meu caso. Eu sou artista da terra. Fui no restaurante Sette, fui barrado, impedido de entrar porque estava vestido assim", inicia o cantor.

"Não era a indumentária, faltava-me talvez olhos azuis e cabelos louros, não os tenho, não culpo que os tem, não os quero ter, mas preciso da minha liberdade de ir e vir e hoje o restaurante Sette foi preconceituoso comigo e minha equipe não deixando a gente adentrar ao espaço. Não é um lugar democrático, não é um lugar frequentável, é um lugar racista", denuncia Jau.

O CORREIO tentou entrar em contato com o Sette Restaurante através do número de contato que o estabelecimento disponibiliza em suas redes sociais, mas, até o momento, não houve retorno. Assim que o local enviar algum posicionamento, será incluído na matéria.

O Atlético Mineiro é campeão brasileiro após 50 anos e a festa foi na Fonte Nova, diante do Bahia. Em luta contra o rebaixamento, o tricolor chegou a abrir 2x0 já no segundo tempo, mas o líder conseguiu uma virada impressionante com três gols no intervalo de cinco minutos e garantiu o troféu nesta quinta-feira (2), com duas rodadas de antecedência. Já o tricolor fica em situação ainda mais difícil para evitar a queda.

Luiz Otávio e Gilberto marcaram os gols do Bahia, e Hulk, de pênalti, e Keno, duas vezes, sacramentaram a conquista do bicampeonato para o Galo, depois de 50 anos. Por ironia, o atacante Keno é soteropolitano, e o paraibano Hulk, artilheiro da competição agora com 18 gols, começou a carreira no Vitória.

O resultado mantém o Esquadrão na zona de rebaixamento. O clube baiano é o 17º colocado, com 40 pontos. A distância para o Athletico-PR, primeiro time fora do Z4, é de dois pontos, mas pode aumentar, já que nesta sexta-feira (3), os paranaenses recebem o Cuiabá, que tem 43.

Restando apenas dois jogos para o fim do Brasileirão, o próximo compromisso do Bahia será domingo (5), quando recebe o Fluminense, às 16h, mais uma vez na Fonte Nova. O tricolor precisa vencer os cariocas. A depender dos outros resultados, uma nova derrota pode até significar o rebaixamento antes mesmo de visitar o Fortaleza na última rodada.

Já o Atlético é só festa. O novo campeão saiu da Fonte Nova e vai para o aeroporto ainda nesta noite porque a programação prevê comemoração ao som de Bell Marques (torcedor do Bahia) no centro de Belo Horizonte.

EQUILIBRADO
Sem Juninho Capixaba, suspenso, Guto Ferreira promoveu a entrada de Rossi no ataque. Já na defesa, a novidade foi o retorno de Luiz Otávio ao lado de Germán Conti. Com a missão de vencer para sair da zona de rebaixamento e colocar água no chopp alvinegro - que já estava com festa montada com direito a show de Bell Marques em Belo Horizonte para comemorar o título -, o Esquadrão viu o Atlético-MG usar do poderio técnico para se impor nos primeiros minutos.

Logo no início da partida, Keno fez a tabela na entrada da área e mandou uma bomba que Danilo Fernandes teve que se esticar todo para salvar. Apesar da pressão, aos poucos o Bahia equilibrou o duelo. Empurrado pela torcida, o tricolor tentava articular as jogadas na zona intermediária, principalmente na dobra de Rossi e Nino pela direita, mas tinha dificuldade para furar o bloqueio adversário.

Bem postado defensivamente, o Bahia travava as ações do Galo enquanto ia marcando presença no ataque. Aos 28 minutos, Raí levantou para Rodriguinho na área, e a defesa do Atlético conseguiu o corte providencial. Do outro lado, quando Matheus Bahia falhou na marcação, Nacho Fernández entrou sozinho pela direita e chutou no canto, mas Danilo Fernandes operou um milagre e impediu o gol.

A resposta tricolor foi no mesmo tom. O cruzamento de Matheus Bahia foi certinho na cabeça de Rodriguinho, que cabeceou por cima do travessão de Everson e o primeiro tempo terminou mesmo 0x0.

SÉRIE A: CAMPEÃO! Gols de Bahia 2 x 3 Atlético-MG

HAJA GOL!
O Bahia voltou para o segundo com o mesmo time, e o duelo reiniciou de forma frenética. Logo no primeiro minuto, o cruzamento de Rossi encontrou Raí Nascimento dentro da área, o atacante bateu para o gol e a bola explodiu na defesa. Do outro lado, o Atlético-MG quase inaugurou o placar em uma bomba de Hulk que desviou e ainda tocou na trave antes de sair.

A melhor chance do Esquadrão, no entanto, apareceu aos quatro minutos, quando Raí Nascimento roubou a bola no meio-campo e puxou contra-ataque. O atacante disparou em velocidade e passou para Rossi, só que Guilherme Arana chegou primeiro e cortou o que poderia ser o primeiro gol da partida.

A pressão fez efeito aos 16 minutos. No escanteio cobrado por Mugni, Luiz Otávio subiu mais do que a defesa atleticana e cabeceou bem no cantinho, sem chance para o goleiro Everson, e fez 1x0.

Na arquibancada, a torcida acompanhou o time e passou a cantar mais alto. O Galo ainda tentava se reorganizar quando, apenas três minutos depois, o tricolor aproveitou a euforia do momento e chegou ao segundo. Matheus Bahia fez o cruzamento rasteiro da esquerda, Gilberto se antecipou ao marcador e anotou o 13º gol dele na Série A, aos 20 minutos.

Mas, no jogo em que os dois lados se lançaram ao ataque, a empolgação do time da casa foi destruída em somente cinco minutos. Foi o intervalo de tempo em que o Atlético conseguiu fazer três gols e virou o placar.

O primeiro saiu aos 27, em cobrança de pênalti de Hulk, após falta de Luiz Otávio em Sasha, que havia entrado em campo pouco antes. O segundo foi aos 28 minutos: Keno recebeu na entrada da área, ignorou a marcação à distância de Nino e Conti, bateu de chapa e fez um golaço, deixando tudo igual. O terceiro gol saiu em outro belo chute de Keno que Danilo Fernandes não conseguiu defender, aos 32 minutos.

A virada do Atlético-MG fez parte da torcida do Bahia se calar. Em campo, o time baiano sentiu o golpe e se desorganizou. Sem conseguir criar as jogadas, o Esquadrão viu o alvinegro se fechar e administrar o resultado nos últimos minutos até poder soltar o grito de campeão.

A Polícia Federal conclui que um navio petroleiro grego foi o responsável pelo derramamento da substância no mar, com manchas de óleo atingindo o litoral baiano e de outros pontos do Brasil de agosto de 2019 até março de 2020.

Ao todo, as manchas apareceram em mais de mil localidades em todos os estados do Nordeste, além de atingir também Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Foram dois anos de investigação. A PF afirma que existem indícios suficientes de que foi o navio de bandeira grega que causou o desastre ambiental. A empresa responsável não teve o nome revelado. Os donos dela, o comandante e o chefe de máquinas do navio foram indiciados por crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e dano a unidade de conservação.

A investigação mostra que os poderes públicos gastaram mais de R$ 188 milhões para limpar as praias, contando aí os esforços municipal, estadual e federal. O valor total do dano ambiental ainda será determinado por perícia.

O inquérito policial será encaminhado ao poder Judiciário Federal do Rio Grande do Norte e Ministério Público Federal para análise e adoção das medidas cabíveis.

Prejuízos
As manchas pararam de chegar, mas o resíduo ainda assusta por ter deixado uma marca na forma de impactos ambientais. O diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ibio/Ufba), Francisco Kelmo, estima que a natureza vai levar, no mínimo, 10 anos para se recuperar.

Pescadores de algumas regiões afetadas relatam a escassez de peixes após o incidência do óleo. O presidente da Colônia de Pesca de Conde, no Litoral Norte, Givaldo Batista dos Santos, afirma que o barco da colônia volta “quase vazio” para a costa. Antes, em uma viagem de oito dias, os pescadores da região chegavam a capturar 500 quilos de pescado, mas agora apenas 100 Kg “na marra”.

“Acredito que foi o óleo, antes não era assim. Ocorreu algum distúrbio”, comenta o presidenta da colônia. Para ele, os pescadores pagam por um mal do qual não foram os responsáveis. “A gente não foi o culpado, mas estamos pagando o preço. Quem cometeu está de boa”, reclama Givaldo.

O pescado de outras áreas não sofreu o mesmo impacto. Em Baixio, no município de Esplanada, o pescador Ricardo Lobato não sentiu a diferença entre a pesca em 2020 e a situação antes do óleo. “A pesca caiu assim que as manchas chegaram, mas já está tudo normal. Não teve a morte de peixes aqui na comunidade”, ressalta.

Depois que as manchas de óleo chegavam, o trabalho de retirada do resíduo das praias era árduo. Além do governo, os voluntários também se empenharam para ver as praias limpas. O grupo Guardiões do Litoral foi criado com esse intuito e até hoje monitora as praias do estado.

“Existe o óleo recorrente, que ficou preso e vem à tona. Isso ocorre mais fortemente em algumas praias, mas em menor quantidade do que aconteceu no ano passado. Buscamos monitorar as praias com a ajuda dos voluntários que moram nas proximidades”, comenta o ambientalista e participante do grupo, Maurício Cardim.

Cidades oleadas na Bahia

Jandaíra
Conde
Esplanada
Entre Rios
Mata de São João
Camaçari
Lauro de Freitas
Salvador
Itaparica
Vera Cruz
Jaguaripe
Valença
Cairu
Taperoá
Nilo Peçanha
Ituberá
Igrapiúna
Camamu
Maraú
Itacaré
Uruçus
Ilhéus
Una
Canavieiras
Belmonte
Santa Cruz Cabrália
Porto Seguro
Prado
Alcobaça
Caravelas
Nova Viçosa
Mucuri

A cidade de São Paulo cancelou a festa de réveillon de 2021, devido à variante ômicron. A prefeitura também decidiu manter a obrigatoriedade do uso de máscara. As medidas foram anunciadas nesta quinta-feira (2).

O governo do estado de São Paulo também recuou e desistiu de liberar o uso do equipamento ao ar livre. O uso permanecerá obrigatório em todos os ambientes, seja externos ou em áreas internas e no transporte público, inclusive dentro das estações e terminas de ônibus.

"Atendendo recomendação do Comitê Científico, o Estado de SP vai manter a exigência do uso de máscara em espaços abertos. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução", anunciou João Doria, em publicação no Twitter nesta manhã. "O nosso maior compromisso é com a saúde da população", emendou.

A desobrigação do uso de máscaras no Estado estava prevista para ocorrer a partir do dia 11. No entanto, com o descobrimento da variante Ômicron e a confirmação de três casos no Estado de São Paulo, Doria pediu uma reavaliação do Comitê Científico sobre o assunto.

Na recomendação feita ao governo de São Paulo, o comitê apontou que há incertezas quanto ao impacto da variante Ômicron às vésperas do fim de ano. Os períodos de Natal e do Réveillon costumam provocar grandes aglomerações, o que facilita a transmissão de doenças respiratórias como a covid-19.

O governador de São Paulo, junto ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), cumpre agenda em Nova York, nos Estados Unidos, onde deve dar mais detalhes sobre as novas medidas. O prefeito de São Paulo, ainda, deve fazer um anúncio sobre o cancelamento das festas de Réveillon e seguir, também, com a recomendação sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos.

O preço do tomate salgou o tempero dos baianos. O produto aumentou de 50% a 133% entre 1 de outubro e 29 de novembro deste ano, segundo o Centro de Abastecimento da Bahia (Ceasa), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia (SDE). O que mais encareceu foi o tomate de segunda, de menor qualidade, cuja caixa de 20 a 22 quilos, saltou de R$ 30 para R$ 70 (+133,3%).

Nos mercados de Salvador, o preço do tomate chegou a R$ 8,98 o quilo, na rede Hiper Ideal. Em um mercado na Baixa de Quintas, o produto ainda é encontrado por R$ 5,20/kg. Para driblar o aumento, os baianos passaram a consumir menos a fruta. Macarronada ao sugo e à bolonhesa terá molhos menos vermelhos, já que o ingrediente está mais raro nas receitas.

A assistente administrativa Sarah Fonseca, 19, consumia de 1,5 kg a 2 kg de tomate por semana. Agora, compra essa mesma quantidade a cada 30 dias. Ou seja, seu consumo reduziu mais de 75%. “Só sei cozinhar com tomate, cebola e pimentão. É a base da minha comida. Então, continuo comendo todo dia, mas reduzi a quantidade”, conta Sarah.

Em um almoço com uma amiga, ela modificou uma receita para não gastar tanto. “A gente foi fazer macarrão à bolonhesa. Eram muitos tomates para fazer o molho, não me recordo quantos, mas a gente só usou dois, porque não dá para cozinhar sem tomate”, explicou a assistente administrativa.

O aumento de preço do tomate rasteiro, que foi de 50% no último mês, tem diminuído a margem de lucro dos restaurantes italianos de Salvador. É o caso do restaurante Bottino, no Rio Vermelho. Em outubro, a cantina pagava R$ 2,60/kg. Agora, o mesmo produto passou a custar R$ 4 - uma alta de 53,8%. “Toda vez que existe aumento de alguma matéria-prima, principalmente, que a gente usa em abundância, a gente perde margem”, reconhece Claudio Bottino, dono do restaurante. Ele pontua que não repassou o preço para os clientes nem fez alterações no cardápio.

Aumento geral

Não foi só em Salvador que o preço do tomate disparou. Várias outras capitais tiveram alta, de acordo com o último levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca), de outubro. Em Belo Horizonte (MG), o aumento foi de 36%; em Vitória (ES), 48%; e na cidade de Goiânia (GO), 33%. “A média de preços foi muito elevada em praticamente todas as regiões do Brasil, não foi algo específico de Salvador”, afirma Guilherme Dietze, economista da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA).

Segundo ele, houve uma redução da produção do tomate, o que fez encarecer os preços. “Tivemos uma estiagem muito grande e, logo na sequência, uma geada. Isso complicou a safra e o plantio de alguns produtos como o tomate. Daí vem uma produção bem mais baixa, que acarreta um preço mais elevado”, esclarece o economista.

Contudo, ele acredita que a situação deva se normalizar no próximo mês. “Voltamos a ter período chuvoso e isso, de certa forma, melhora a produção. Pode ser um indicativo de que o aumento foi pontual e não uma inflação geral”, estima Dietze.

Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), explicou, por meio de nota, que, em outubro, houve pouca disponibilidade do produto no mercado, por conta de vários fatores, e isso afetou o preço do tomate em novembro.

“As geadas de julho provocaram perdas na lavoura e necessidade de replantio, postergando a disponibilidade do produto no mercado. Além disso, as temperaturas um pouco mais amenas seguraram o amadurecimento do fruto, reduzindo ainda mais sua oferta. As chuvas também contribuíram com o cenário, na medida em que dificultam o andamento da colheita”, esclarece a Conab.

A companhia ainda afirmou que o nível de oferta atual deriva da diminuição da área plantada na safra de inverno e que os dados oficiais do Ceasa/BA ainda não foram repassados para o governo federal.

A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) confirma que houve redução da área plantada. "O aumento do valor do tomate é devido à redução de área plantada, reflexo dos aumentos dos custos de produção, como alta dos insumos. Além disso, esse período é de safra em Pernambuco e Paraíba, mas é um período de plantio do hortifruti aqui na Bahia", pontua a Federação.

O coordenador de Estudos e Projetos Agrícolas da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Marcelo Libório, acrescenta ainda que o ciclo da cultura do tomate é curto e isso influencia diretamente no preço. "Se a lavoura for bem conduzida, com cerca de seis a sete meses ela se esgota.

Essa característica de ser uma cultura rápida faz com que o produtor se planeje em função do preço. Quando ele percebe que o mercado está demandando o fruto ele planta, ele deixa de plantar ou reduz a área", explica Libório.

Na Bahia, a região que se produz tomate é, principalmente, a Chapada Diamantina, nos municípios de Mucugê e Ibicoara. "Nessa região, se encontram os grandes produtores. Já no entorno desses municípios, estão os pequenos e médios produtores", informa Marcelo Libório.

Como economizar

Uma forma de se esquivar dos altos preços é fazer como Sarah Fonseca, lá do começo da reportagem: comprar menos. Ao menos, a estratégia deve ser adotada até que o preço dê uma aliviada, orienta a presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB), Selma Magnavita.

“O consumidor pode deixar de usar até que baixe o preço, porque é a demanda que faz o preço. Se você não consome, o tomate vai ficar na prateleira. E vão ter que desovar baixando o preço ou jogando fora”, aconselha Selma.

Ela pontua que os aumentos de preço estão cada vez maiores. “Tudo que está aumentando de preço, está aumentando desastrosamente. Não são mais 20, 50 centavos. Agora são R$ 3 ou mais. O consumidor precisa observar isso para driblar a carestia, substituindo, trocando de marca, ou não comprando. Se tiver a necessidade absoluta de comprar aquele produto, compre menos. Porque se não fizer isso, vai sempre abalar o bolso”, recomenda.

Selma Magnavita ainda diz que é mais vantajoso, em vez de comprar a fruta, optar pelos molhos de tomate já prontos. Além disso, vale até mesmo substituí-lo por alimentos de coloração semelhante, como cenoura, abóbora, caqui, melancia e goiaba, e abusar de temperos como páprica e cúrcuma. “É preciso deixar de ser radical no uso do tomate nas receitas, trazendo a criatividade”, conclui.

Restaurantes italianos sofrem com escassez de tomate pelati

Os restaurantes italianos de Salvador que trabalham com o tomate pelati - do tipo enlatado, sem casca - relatam a escassez do produto. Importado, o produto chega à capital de navio, transportado direto da Itália pelo Atlântico. “Além do aumento do preço, a falta do tomate, principalmente enlatado, tem atrapalhado bastante. O preço está só aumentando. Em outubro, a gente pagava R$ 24 por uma caixa de 2kg. Agora, estamos fazendo cotação e está R$ 33”, conta a supervisora de compras do restaurante Di Liana, Tábata Polecco.

Em breve, Tábata diz que será preciso fazer um reajuste no preço dos pratos. “A gente não consegue achar com nenhum fornecedor e estamos tentando achar onde tem, comprando pelo preço de mercado, tentando negociar. Mas o valor está muito alto. Por enquanto, não estamos tendo prejuízo, porque essa falta tem só 15 dias. Mas vamos reajustar o cardápio”, afirma a supervisora de compras, que não sabe ainda de quanto será o reajuste.

Já no restaurante Bela Napoli, no Caminho das Árvores, foi feito um estoque de tomate pelati, quando se soube que o setor ia ter problemas com o abastecimento. “Quando vi que estava tendo isso, pela experiência, a gente já saiu buscando no mercado. Comprei antes da alta da procura e fiz estoque até dezembro, porque a gente não pode deixar que isso afete o preço ou repassar para os clientes”, esclarece Gian Angelino, dono do Bela Napoli. O preço normal que ele pagava em uma caixa de 20 kg de tomate pelati era R$ 45 a 50. No final de outubro, ela chegou a custar R$ 140. Agora, está em torno de R$ 100.

Para as baianas de acarajé, a situação também está difícil. Se o tomate continuar a subir de preço, o vinagrete da baiana vai sumir, segundo a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos.

“Não temos como repassar os preços dos insumos para os clientes, porque os clientes também estão sem dinheiro”, explica Rita. “O que vai acontecer é não colocar a salada, se continuar no preço que está”, alerta. Ela comprava, há um mês, o quilo de tomate por R$ 2,95. Hoje, a mesma quantidade está por R$ 5,99 - um aumento de 103%.

Preço do tomate:
G Barbosa: R$ 7,95
Big Bompreço: R$ 8,19/kg
Hiper Ideal: R$ 8,98/kg
Rede mix (Pituba): R$ 5,98/kg
Mercado Acupe de Brotas: R$ 5,89/kg
Mercado Super Barato (Baixa de Quintas): R$ 5,20/kg

Aumento do tomate de outubro para novembro*:
Tomate Extra - R$70 para R$120 (+71,4%)
Tomate Primeira - R$60 para R$90 (+50%)
Tomate rasteiro - R$60 para R$110 (+83,3%)
Tomate segunda - R$30 para R$70 (+133,3%)
*Caixa de 20 a 22kg

Fonte: Ceasa/SDE

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) lidera as intenções de votos para o governo da Bahia, revela uma pesquisa do Intituto Paraná Pesquisas em parceria com o Bahia Notícias, divulgada nesta quinta-feira (2). Ele aparece com 54,8% das intenções de votos.

O senador Jaques Wagner, ex-governador do estado, aparece em segundo lugar, com 23,1%.

Os eleitores que não souberam ou não responderam equivalem a 5% e os que votariam branco, nulo ou não escolheria nenhum dos nomes 9,3%.

Na pesquisa espontânea, a maior parcela não sabe responder (63,6%). Entre os nomes citados, o de ACM Neto soma o maior percentual: 12,2%. O governador Rui Costa, que está no segundo mandato, foi citado por 10,6%. Já Jaques Wagner foi citado por 3,2%.

O levantamento BN/ Paraná Pesquisas foi feito por intermédio de entrevistas pessoais por telefone, não robotizadas, em 200 municípios baianos. Foram ouvidos 2002 eleitores entre os dias 24 e 28 de novembro.

O ator Renato Góes usou as redes sociais nesta quarta-feira, dia 1º, para anunciar o nascimento do filho Francisco, fruto do relacionamento com a também atriz Thaila Ayala. "Seja bem vindo meu filho. Francisco nasceu. Eu tenho a mulher mais forte do mundo ao meu lado! Obrigado meu amor!", escreveu o ator na legenda da foto em que mostra o braço direito dele com a marca do pezinho do bebê.

Recentemente, Thaila contou aos seguidores que estava fazendo repouso absoluto a partir de oito meses de gestação, pois os médicos disseram que Francisco estava se preparando para nascer em um parto prematuro. "Está tudo sob controle agora, mas é repouso eterno", desabafou. Em outubro, a atriz contou sobre os abortos que sofreu e que teve de fazer uma cirurgia de retirada de trompa por causa de uma gravidez tubária.

A notícia do nascimento do filho do casal foi comentada por familiares e amigos, como a atriz Fiorella Mattheis: "meu afilhado! O melhor presente foi você chegar. Francisco, eu tenho o pacto de estar pra sempre do seu lado. Te amo, menino". "Meu Deus! Que maravilha! Que venha com saúde e com o pãozinho embaixo do braço! Beijo na família", escreveu o ator Rodrigo Lombardi.

Na segunda-feira, 29, Thaila Ayala publicou um vídeo no Instagram em que Renato aparece acariciando a barriga de grávida e contando histórias para Francisco. "Enquanto mamãe repousa…papai conta histórias pra Francisco! Se tem coisa mais fofa, desconheço", escreveu a atriz na legenda das imagens.

A Caixa, responsável pelo pagamento das parcelas do programa Auxílio Brasil, já disponibilizou o calendário de pagamentos para o mês de dezembro. De acordo com a instituição, famílias que já recebiam o Bolsa Família e estão com os dados atualizados no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) não precisam fazer nenhum novo cadastro para receber os valores.

O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e o aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

O calendário de recebimento segue o padrão do antigo Bolsa Família, e usa o último dígito do NIS para definir a data do crédito.

Confira abaixo a tabela atualizada:

NIS final 1 -  10 de dezembro
NIS final 2  - 13 de dezembro
NIS final 3  - 14 de dezembro
NIS final 4  - 15 de dezembro
NIS final 5  - 16 de dezembro
NIS final 6  - 17 de dezembro
NIS final 7  - 20 de dezembro
NIS final 8  - 21 de dezembro
NIS final 9  - 22 de dezembro
NIS final 0  - 23 de dezembro