Funcionários de montadora em Camaçari anunciam indicativo de greve

Funcionários de montadora em Camaçari anunciam indicativo de greve

Funcionários da montadora de veículos Ford realizaram uma assembleia com indicativo de greve, na manhã desta segunda-feira, 11, no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, a assembleia foi realizada como um processo legal para indicação de uma greve.

"A assembleia de hoje foi mais um diálogo com os funcionários. Na próxima quinta-feira, 14, faremos uma segunda assembleia para aprovação da greve. Se a Ford não se posicionar, iniciaremos a greve na terça-feira da próxima semana, dia 19", diz Júlio.

Ainda segundo o presidente do sindicato, a greve pode acontecer por conta de uma perspectiva de demissão em massa apresentada pela montadora, que pode acontecer no final deste mês. Júlio também denuncia que a Ford ameaça cortar benefícios dos funcionários, como salário, manutenção do clube dos trabalhadores e mensalidade dos associados da sindicato.

Em nota, a Ford informou que aguarda a retomada das negociações pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e que cumpre com a legislação vigente. Incluindo, assim, a Medida Provisória nº 873, de 1º de março de 2019, que determina, entre outros aspectos, que o recolhimento da contribuição sindical deve ser feito, exclusivamente, por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, emitido pelo sindicato e endereçado ao trabalhador.

CONFIRA NOTA DA FORD NA ÍNTEGRA:
A Ford aguarda a retomada das negociações pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari e reforça que cumpre estritamente a legislação vigente, o que inclui a Medida Provisória nº 873, de 1º de março de 2019, a qual determina, entre outros aspectos, que o recolhimento da contribuição sindical deve ser feito, exclusivamente, por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico, emitido pelo sindicato e endereçado ao trabalhador.

Fonte: A Tarde online

Itens relacionados (por tag)

  • Trabalhadores da Ford voltam às atividades nesta terça-feira (23)

    Os funcionários da Ford voltaram às atividades, em Camaçari, nesta terça-feira (23). Depois de um acordo entre o sindicato da categoria e representantes da empresa, cerca de 700 trabalhadores e prestadores de serviço que atuavam na montadora, que fica na Região Metropolitana, vão trabalhar pelos próximos 90 dias. Está previsto também o retorno de outros trabalhadores em março, abril e maio.

    A Ford e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgica, Siderúrgica, Mecânica, de Automóveis, Autopeças de Camaçari chegaram a um acordo parcial, após audiência virtual de dissídio coletivo realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA), realizada na semana passada.


    O acordo garante negociações diretas entre as partes, que serão realizadas durante o prazo de 90 dias, com a garantia de salários para todos trabalhadores que forem ou não convocados para o trabalho. Também ficou decidido que os empregados convocados da Ford e das empresas sistemistas do complexo, que aderirem aos termos pactuados, voltarão ao trabalho para produção das peças de automóveis.

    Outro ponto acordado foi que o abono das faltas injustificadas dos trabalhadores convocados desde o dia 28 de janeiro será colocado na mesa de negociação direta, com a Ford assumindo o compromisso de não descontar faltas pelos próximos 90 dias.

    Por fim, as partes concordam em pedir conjuntamente a suspensão, pelo período de noventa dias, do Interdito Proibitório que tramita na 4ª Vara do Trabalho de Camaçari, assim como a suspensão da tramitação do dissídio coletivo.

    A Ford anunciou em janeiro que decidiu fechar as fábricas que tem no Brasil, incluindo a de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A empresa informou que a pandemia de covid-19 ampliou o subuso da capacidade manufatureira da fábrica. No país, serão mantidos apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas e sua sede regional, ambos em São Paulo.

    Em um único ano, a fábrica da Ford em Camaçari chegava a produzir 250 mil carros. Em 2015, a empresa alcançou a marca de 1 milhão de unidades produzidas só na fábrica baiana. Fazia 14 anos que a americana havia chegado à Bahia, mas a Ford já estava no Brasil desde 1919 - foi a primeira do ramo a se instalar por aqui.

    Agora, os veículos da empresa vendidos no Brasil virão de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. Na Bahia, o impacto da saída da montadora é de cerca de 12 mil empregos e de R$ 5 bilhões na economia. Veículos como o Ford Ka e o Ecosport, feitos aqui, sairão de linha.

  • Fechamento da Ford na Bahia deixa 12 mil trabalhadores desempregados

    Após 20 anos, o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, encerrou ontem as suas atividades. A montadora norte-americana anunciou que vai deixar de produzir veículos no Brasil. Na planta industrial baiana, que fabricava o KA e o Ecosport, e em Taubaté (SP), onde eram feitos motores e transmissões, a interrupção das atividades já aconteceu. Até o final deste ano, a Ford pretende encerrar a operação da Troller, em Horizonte (CE).

    A empresa prevê despesas decorrentes da decisão na ordem de US$ 4,1 bilhões. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação e amortização de ativos fixos. Nesta conta, entram incentivos fiscais concedidos pelo governo da Bahia. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.

    A estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari é a de que a decisão custe os empregos de 12 mil trabalhadores diretos – 5 mil da Ford e outros 7 mil de empresas que forneciam matérias-primas para a montadora, chamadas de sistemistas. O diretor do sindicato, Júlio Bonfim, acrescenta que a medida compromete outros 60 mil empregos indiretos. Hoje, às 5h30 está prevista uma manifestação em frente à fábrica.

    “São 12 mil trabalhadores diretos e em torno de 60 mil trabalhadores indiretos que serão impactados. Estamos falando de 72 mil famílias. É um impacto muito grande na economia”, acredita Júlio Bonfim. Segundo ele, permanecem apenas em torno de 600 pessoas, que irão atuar no centro de desenvolvimento que a empresa deve manter na Bahia.

    Ontem o dia foi marcado por reuniões e um clima de apreensão e surpresa entre os trabalhadores. Um deles contou que chegou a pensar que o encontro em que recebeu a notícia do encerramento da operação seria para falar sobre a retomada de turnos de trabalho. Mas não foi apenas a força de trabalho quem se surpreendeu com o anúncio da montadora norte-americana. O governador Rui Costa disse em nota que também tomou conhecimento da decisão ontem.

    Reestruturação
    Se aqui na Bahia o fechamento do complexo em Camacari põe fim a 20 anos de história, nacionalmente, a Ford interrompe uma trajetória de um século. Em 1919, a montadora norte-americana inaugurava no centro de São Paulo uma fábrica para a produção do icônico Ford T, carinhosamente chamado pelos brasileiros de Bigode.

    No comunicado divulgado à imprensa, a Ford fez questão de ressaltar que vai parar de produzir no Brasil, mas continuará no mercado nacional, importando veículos como a nova picape Ranger, a Transit e outros modelos, além dos planos de lançar diversos novos veículos conectados e eletrificados. A empresa destacou que a pandemia de covid-19 ampliou a capacidade ociosa de suas fábricas e a queda nas vendas, que já persistia por alguns anos.

    “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da empresa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, disse o executivo.

    Segundo o comunicado, a empresa “irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”. Jim Farley destacou que a empresa fez o que podia para manter a produção no Brasil. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes”, disse. “Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo, lamentou.

    Cenário econômico
    Em um comunicado enviado para a sua rede de concessionárias, a empresa falou sobre as dificuldades no cenário econômico brasileiro. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, ressaltou que as dificuldades vinham sendo enfrentadas desde 2013. “Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável”, contou.

    Este cenário teria sido agravado pela situação cambial atual e pela pandemia do novo coronavírus. “A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil”, destacou.

    Segundo Lyle Watters, a Ford teria tentado manter as unidades de produção em funcionamento de todas as maneiras possíveis. “Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis”, ressaltou.

    Ford na Bahia
    1999
    O governo da Bahia negocia a implantação da Ford no estado. O então senador Antonio Carlos Magalhães se reúne com o comando da montadora e negocia com o então presidente Fernando Henrique Cardoso incentivos para a atração do complexo industrial. Em junho, a empresa anuncia a escolha de Camaçari.

    2001
    A empresa foi pioneira ao inaugurar o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Bahia, introduzindo conceitos avançados de arquitetura e produção.

    2002
    Lançamento do Novo Fiesta, primeiro modelo do Projeto Amazon, produzido na fábrica de Camaçari, na Bahia, que estreou no segmento de compactos premium e vendeu 50.000 unidades em apenas seis meses.

    2006
    Inauguração da fábrica de pneus da Continental (a primeira fábrica do Grupo no Brasil).

    2007
    Inauguração fábrica de pneus da Bridgestone (a segunda fábrica do grupo no Brasil).

    2014
    Inauguração da Fábrica de Motores da Ford (a primeira no NE).

    2015
    EcoSport alcança marca de 1 milhão de unidades produzidas em Camaçari


    Chegada da Ford renovou Camaçari
    Há 20 anos, a Bahia comemorava a implantação da primeira montadora de automóveis da região Nordeste. Após uma disputa acirrada com o Rio Grande do Sul, a for-tarefa formada pelo governo estadual e representantes empresariais, comandados pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães, comemorava um feito inédito, com investimento de US$ 1,3 bilhão, na época.

    Ontem, ao comentar a partida da empresa, o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, lembrou da luta do seu avô. “ACM era presidente do Senado quando, em 1999, usou do seu poder e influência para defender, mais uma vez, a Bahia. Enfrentou diversos interesses e trabalhou muito para derrotar as pretensões do Rio Grande do Sul, que também almejava ter a fábrica naquele estado. É uma notícia triste para a Bahia”, lamentou.

    O prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, lamentou a decisão da Ford. “Todas as nossas secretarias vão trabalhar para minimizar ao máximo esse impacto na vida das pessoas que dependiam da Ford”, garantiu.

    O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou ter ficado surpreso com a decisão da empresa de encerrar a fabricação de automóveis no Brasil. “Não é uma notícia boa. Eu acho que a Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil e me surpreende essa decisão”, disse.

    O anúncio da Ford levou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a afirmar, em um post no Twitter, que a saída da Ford “é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro, de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional”.

    Em nota, o Ministério da Economia afirmou que “lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil”. A pasta, liderada por Paulo Guedes, afirmou que “a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país”.

    A Anfavea afirmou que não vai se pronunciar sobre a decisão da Ford. Porém a entidade tem alertado, desde abril de 2019, sobre o custo Brasil. O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério, Carlos da Costa, afirmou que a pandemia de Covid-19 impediu que ações do governo “surtissem efeito a tempo”.

    Governo vai tentar trazer a substituta da China
    Apesar da direção da Ford ter sinalizado o insucesso na busca por um parceiro para as suas unidades no Brasil, ou mesmo um possível comprador, representantes do governo estadual e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) se reúnem hoje em busca de uma solução para o complexo industrial deixado pela montadora de veículos norte-americana.

    Em nota divulgada na tarde de ontem, o governo lamentou a decisão da empresa, destacou os impactos socioeconômicos consequentes do fim da operação, que era “importante geradora de empregos e renda no estado”. Segundo a Fieb, o setor automotivo representa cerca de 5,5% do Valor da Transformação Industrial na Bahia, além de cerca de 4,1% do pessoal ocupado na indústria de transformação.

    O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia. Reservadamente, se diz que as expectativas são de um possível interesse da fabricante de veículos elétricos Tesla, que estaria em busca de uma estrutura de produção no Brasil.

    O presidente da Fieb, Ricardo Alban, destacou que o mercado automobilístico está vivendo um acentuado processo de transformação em todo o mundo, com o seu foco cada vez menos voltado para a produção de veículos e mais para as soluções de mobilidade. Segundo Alban, existe um diálogo com a Ford para que ela aproveite a sinergia do seu centro de desenvolvimento com o Cimatec Park.

    O superintendente do Comitê para o Fomento Industrial de Camaçari, Mauro Pereira, lamentou a decisão da empresa, para ele reflexo dos gargalos que diminuem a competitividade no país.

    Fonte: Correio*

  • Trabalhadores da Ford fazem protesto na sede da montadora em Camaçari

    Milhares de trabalhadores da Ford estão reunidos na sede da montadora, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira (12). Eles protestam pelo fechamento das fábrica em todo país, anunciadas pela marca nessa segunda (11).

    Antes das 6h eles já estavam reunidos ao redor de um mini trio elétrico estacionado na garagem da empresa em Camaçari. Lá, representantes dos sindicatos discursam. A garagem está cheia de funcionários vestidos com uma farda azul, da cor da empresa. Todos usam máscaras e se reúnem em grupos de quatro a cinco pessoas, tentando manter um distanciamento. No momento de chuva mais forte, por volta de 6h30, os manifestantes precisaram se aglomerar embaixo de toldos.

    Segundo Julio Bonfim, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Camaçari, são 8 mil trabalhadores diretos afetados e, com as empresas de auto-peças, o número pode chegar a 12 mil. Já a Ford foi mais modesta nos números: disse que apenas 5 mil trabalhadores serão demitidos em toda América do Sul. "Os trabalhadores rodoviários vão ficar sem emprego. O pessoal da limpeza da vigilância, do lanche vão ficar sem emprego. E a Ford tem a cara de pau de dizer que só são cinco mil trabalhadores afetados para amenizar a carnificina que está sendo feita", disse Bonfim.

    Bonfim comparou a situação a um funeral. "A ficha ainda não caiu. É como se fosse um parente nosso que morreu. A Ford não tem mais interesse no pais. É um problema do país. Nós vamos tentar negociar, mas vai ser muito difícil. O governador também tem que fazer o máximo para manter os nossos empregos. Não dá só para falar que tá negociando com a China. Esse é um discurso paliativo. É preciso uma ação mais forte. Essa decisão vai ter um impacto econômico forte no PIB da região metropolitana e de camaçari", concluiu.

    Reestruturação
    Se aqui na Bahia o fechamento do complexo em Camacari põe fim a 20 anos de história, nacionalmente, a Ford interrompe uma trajetória de um século. Em 1919, a montadora norte-americana inaugurava no centro de São Paulo uma fábrica para a produção do icônico Ford T, carinhosamente chamado pelos brasileiros de Bigode.

    No comunicado divulgado à imprensa, a Ford fez questão de ressaltar que vai parar de produzir no Brasil, mas continuará no mercado nacional, importando veículos como a nova picape Ranger, a Transit e outros modelos, além dos planos de lançar diversos novos veículos conectados e eletrificados. A empresa destacou que a pandemia de covid-19 ampliou a capacidade ociosa de suas fábricas e a queda nas vendas, que já persistia por alguns anos.

    “A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da empresa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, disse o executivo.

    Segundo o comunicado, a empresa “irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”. Jim Farley destacou que a empresa fez o que podia para manter a produção no Brasil. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes”, disse. “Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo, lamentou.

    Cenário econômico
    Em um comunicado enviado para a sua rede de concessionárias, a empresa falou sobre as dificuldades no cenário econômico brasileiro. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, ressaltou que as dificuldades vinham sendo enfrentadas desde 2013. “Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável”, contou.

    Este cenário teria sido agravado pela situação cambial atual e pela pandemia do novo coronavírus. “A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil”, destacou.

    Segundo Lyle Watters, a Ford teria tentado manter as unidades de produção em funcionamento de todas as maneiras possíveis. “Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis”, ressaltou.

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