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Ford anuncia programa de demissões voluntárias em Camaçari

Ford anuncia programa de demissões voluntárias em Camaçari

Depois de anunciar que sua unidade de caminhões em São Bernardo do Campo, em São Paulo, vai fechar este ano , a Ford anunciou um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de Camaçari, na Bahia. Na unidade, são fabricados os veículos Ford Ka e Ecosport. O motivo é adequar o excedente de mão de obra à demanda do mercado, informou a montadora americana.

“A Ford confirma a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os empregados operacionais da fábrica de Camaçari (Bahia), no período de 8 a 26 de abril de 2019. Essa medida tem como objetivo adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”, informou a montadora em nota.

Há 4,8 mil funcionários da Ford em Camaçari. O diretor do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Clécio Vanderlei de Aguiar, disse que a entidade negociou para que a montadora não fizesse uma demissão em massa até março de 2020. A opção foi abrir um PDV. Cada trabalhador que se inscrever no programa terá, além das verbas rescisórias, uma indenização de R$ 35 mil, disse o sindicalista.

Clécio estima que o objetivo da montadora é reduzir entre 20% e 25% o quadro de funcionários, cerca de 700 pessoas. A fábrica trabalha em três turnos.

Além da unidade de Camaçari, a Ford tem uma unidade em Taubaté, em São Paulo, onde são produzidos motores, e a unidade de Tatuí, também em São Paulo, onde a montadora mantém um campo de provas.

A fábrica de Camaçari está em funcionamento desde 2001, e é tida como referência no país pelo alto grau de automação de processos.

A Ford informou neste ano que está em processo de reestruturação mundial e vai reduzir em 20% o custo com funcionários e estrutura administrativa da América do Sul, fortalecer a linha de SUVs e picapes, e vai encerrar a produção do Focus na Argentina. A Ford também vai deixar de produzir o Fiesta, que era montado em São Bernardo do Campo, ao lado da linha de caminhões.

Na reestruturação global, o impacto previsto de despesas não recorrentes é de US$ 11 bilhões, com um efeito de US$ 7 bilhões no caixa a montadora.

Fonte: O Globo

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