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Soteropolitanos vão gastar em média R$ 175 com presente de Dia das Mães

Soteropolitanos vão gastar em média R$ 175 com presente de Dia das Mães

Mesmo com a crise, cresceu o número de soteropolitanos que vão comprar presentes no Dia das Mães, que acontece neste domingo (8). Este ano, 83% vão às compras, contra os 75% do ano passado. Os dados são de uma pesquisa realizada em abril pela Pollis Estratégia em parceria com a Unijorge.

O valor médio que os consumidores estão dispostos a desembolsar ficou em R$ 175, valor maior que o da pesquisa anterior, que foi de R$ 120. “O Dia das Mães é uma data muito significativa. Mesmo diante da crise, com as pessoas ganhando menos, com as coisas mais caras, as pessoas não querem deixar de presentear as mães. Algumas vão poder pagar mais, mas a maioria vai dar uma lembrancinha, um mimo”, analisa Sylvia Dalcom, coordenadora do curso de Administração da Unijorge.


A professora Ana Helena Ribeiro, de 52 anos, conta que já é adepta da lembrancinha há bastante tempo e que, este ano, precisou adotar mais uma estratégia para o presente da mãe caber no bolso. “A situação já está apertada há bastante tempo, é lembracinha em todas as datas. Este ano, está tudo bem mais caro, então eu vou me juntar com as outras duas irmãs porque assim a gente dá um presente legal e cada uma paga menos do que se desse sozinha”, diz.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, diz que, mesmo com a melhora da pandemia, por conta da permanência da crise econômica, o aumento esperado nas vendas é de apenas 5% em relação a 2021.

“No Dia das Mães do ano passado houve um pouco de crescimento, mas ainda assim muito distante da normalidade. Hoje já temos uma melhora muito grande da pandemia, com quase tudo normalizado, mas, por conta da inflação e da alta taxa de juros, estamos fazendo uma projeção modesta de 5% de crescimento”, aponta.

A pesquisa também mostra um aumento da preferência por compras presenciais. No ano passado, 17% do público escolheu o e-commerce e, este ano, apenas 8%. Sylvia Dalcom acredita que a estratégia pode ajudar na hora de economizar. “As pessoas ficaram 2 anos comprando virtualmente. Acho que agora existe uma vontade de sair para comprar, de ver e pegar o produto, e também o presencial pode trazer a vantagem do consumidor conseguir pesquisar mais e até pechinchar com os vendedores”, diz.

Já Paulo Motta vê fatores que colocam o e-commerce na frente das lojas físicas. “O e-commerce cresceu muito durante a pandemia e continua crescendo. E a crise ajuda a fortalecer esse setor na medida em que a compra online não precisa de custo de deslocamento por parte do consumidor. Sem contar que algumas coisas saem mais baratas porque existem vendedores que não têm loja física, às vezes não têm nem funcionários, é uma pessoa só trabalhando”, coloca.

Quanto ao tipo de produto mais procurado, a pesquisa aponta uma preferência pelo setor de Cosméticos e Perfumarias (21%), Roupas (20%) e Acessórios (16%). Sylvia ressalta a mudança no perfil dos produtos procurados. “Um fator interessante é que os estudos apontam que essa parte de eletrodomésticos e produtos para casa deixou de ser o foco de vendas nessa data, abrindo espaço para os produtos voltados para as mães mesmo, como cosméticos, roupas e celulares”, acrescenta.

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