Disponível nos postos de saúde, a vacina contra o HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, tem tido baixa adesão em Salvador. Segundo dados da prefeitura, 270 mil pessoas estão na faixa etária para se vacinar e em algumas faixas etárias a procura tem sido abaixo de 10%, muito aquém do ideal.

A vacina HPV quadrivalente está disponível durante todo o ano nas 160 salas de vacinação do Município, nos diferentes bairros da capital baiana. O público-alvo é formado por meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, e o ciclo completo envolve a aplicação de três doses.

O HPV é transmitido principalmente pelo contato sexual sem proteção, entretanto, qualquer contato entre pele e mucosa afetada pode levar ao contágio. A transmissão pode ocorrer entre a mãe e o feto, através da saliva, de autoinfecção e de infecção por perfuração ou corte com objetos contaminados.

A coordenadora de Imunização da SMS, Doiane Lemos, lembra que a idade indicada pelo Ministério da Saúde já passou por algumas alterações até chegar à indicação atual. “Algumas pessoas ainda têm uma visão equivocada e acreditam que a vacina contra o HPV vai estimular o início da atividade sexual. Na verdade, a vacina contra o HPV estimula o organismo a produzir anticorpos que vão agir contra o vírus. Por isso é priorizada a aplicação das vacinas na idade em que se acredita não ter iniciado a atividade sexual e em que ainda não tenha havido contato com o vírus. Por isso também é muito importante que os pais e responsáveis levem as crianças e adolescentes para que possam receber o imunizante na idade indicada e mantenham o calendário atualizado”, acrescenta.

Câncer do colo de útero

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para eliminar o câncer de colo do útero, baseada na vacinação, rastreamento e tratamento. Uma das metas estabelecidas até 2030 é a vacinação de 90% das meninas contra o HPV até os 15 anos de idade. A vacinação dos meninos também é importante, pois evita a disseminação do vírus e a ocorrência de outros tipos de câncer, a exemplo do peniano e anal.

Ainda segundo a OMS, o câncer de colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Na região das Américas, a cada ano, mais de 72 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo do útero e 34 mil perdem a vida devido à doença.

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O Hospital Aristides Maltez vai ampliar em até 30% a capacidade de atendimento a pacientes oncológicos em toda a Bahia. Uma nova edificação será erguida em um terreno desapropriado e cedido pelo governo estadual à instituição filantrópica. O projeto foi apresentado nesta segunda-feira (21), pela secretária da Saúde, Roberta Santana.

Com investimento estimado em R$ 18,6 milhões nas obras, a nova edificação terá mais de 2,7 mil metros quadrados e vai permitir ampliar o tratamento quimioterápico no local.

De acordo o presidente da Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC), Aristides Maltez Filho, que é a entidade mantenedora do HAM, a construção do novo edifício é parte de um processo de modernização e extensão. “Hoje temos duas prioridades: iniciar a construção do edifício ainda esse ano e realizar transplante de medula óssea”, afirma.

Atendimentos

Somente de janeiro a junho de 2023, o HAM realizou 4.637 cirurgias, 6.315 internações, mais de 93,5 mil consultas e ultrapassou a marca de 2,5 milhões de procedimentos.

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A Bahia teve a primeira cirurgia transexualizadora realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Universitário Professor Edgar Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O procedimento aconteceu na quarta (9), operando a mulher trans Yohana de Santana. O Hupes é a primeira unidade do estado credenciado junto à Secretaria de Saúde (Sesab) para realizar cirurgia afirmativa de gênero, mamoplastia masculinizadora, histerectomia, tireoplastia e plástica mamária pelo SUS.

A primeira paciente operada através do programa já é acompanhada pelo Ambulatório Transexualizador do Hupes desde 2018. No intervalo, eecebeu assistência regular de uma equipe multiprofissional e foi considerada apta entre os departamentos de Endocrinologia, Psicologia e Serviço Social para passar pelo procedimento cirúrgico, que altera suas características genitais para que fique em conformidade com o gênero com o qual a pessoa se identifica socialmente. A cirurgia foi conduzida pela equipe do cirurgião Ubirajara Barroso Jr.

Inicialmente, o programa vai ofertar uma vaga mensal para realização das cirurgias afirmativas, enquanto aguarda credenciamento como unidade hospitalar junto ao Ministério da Saúde, quando vai poder ampliar a oferta de procedimentos.

“As cirurgias regulares de transgenitalização são uma novidade na Bahia, onde a demanda é bastante significativa. Nessa primeira paciente fizemos a clitoroplastia, vaginoplastia e labioplastia. Ou seja, realizamos a construção de uma neovagina utilizando tecidos da própria paciente. Nesse momento retiramos também os testículos”, explica o cirurgião Ubirajara Barroso Jr., que também é coordenador da disciplina de Urologia na Ufba.

No SUS, desde 2008, são oferecidos procedimentos ambulatoriais e cirurgias para pacientes que queiram fazer a redesignação sexual. Até junho deste ano, sete estabelecimentos de saúde estavam habilitados junto ao Ministério da Saúde nas modalidades tanto hospitalar quanto ambulatorial e dois estabelecimentos na modalidade hospitalar para realização de cirurgias de redesignação sexual, totalizando 9 estabelecimentos no Brasil. O centro baiano será o décimo com habilitação também hospitalar para realização dessas cirurgias.

Cirurgia de redesignação sexual

A redesignação sexual ou cirurgia genital afirmativa de gênero é um procedimento hormonal ou cirúrgico para adequar os órgãos genitais do sexo biológico do indivíduo ao gênero pelo qual o paciente se identifica. “Cerca de 70% das mulheres trans querem fazer a cirurgia e 35% dos homens trans optam por fazer os procedimentos”, aponta o médico especialista em reconstrução genital.

O tempo de recuperação da cirurgia é breve, podendo voltar as atividades sexuais após dois meses do procedimento. A internação é de cerca de 2 a 3 dias para mulheres trans e de 5 dias para homens trans.

Para fazer a cirurgia, é preciso ter mais de 21 anos, estar inscrito no ambulatório de transgêneros do Hupes, e ter passado pelo menos dois anos pelo programa proposto pela equipe multidisciplinar, que contempla o acompanhamento com uma equipe médica e psicológica, a mudança de nome social e a etapa hormonal, entre outros.

O novo centro cirúrgico ajudará a população trans que já é atendida pelo ambulatório multidisciplinar, coordenado pela médica Luciana Oliveira. “Mais de 400 pacientes já foram atendidos pela equipe multiprofissional do Ambulatório Transexualizador do HUPES”, explica.

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Um índice inédito, que vai medir a saúde mental dos brasileiros, identificou, em sua primeira edição, lançada nesta sexta-feira (4), que a sanidade mental é mais atingida em mulheres, pessoas trans, jovens e entre os desempregados. “Esses foram alguns dos destaques dos indicadores associados com taxas demográficas e hábitos de vida”, disse à Agência Brasil a gerente executiva do Instituto Cactus, Luciana Barrancos.

O Índice Instituto Cactus - Atlas de Saúde Mental (iCASM) investiga diferentes aspectos, hábitos e situações que refletem a saúde mental dos brasileiros pelos lados positivo e negativo. Os fatores que apresentaram maior associação com a saúde mental dos entrevistados foram gênero, orientação sexual, renda, situação profissional, relações familiares e prática de esportes.

Foram realizadas pesquisas, com base em questionários usados internacionalmente, com 2.248 pessoas, de 746 municípios de todas as regiões do país, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Luciana Barrancos explicou que o 1º iCASM vale para o primeiro semestre deste ano. Em setembro e outubro, o Instituto Cactus fará coleta de informações referentes ao segundo semestre do ano, visando a divulgação das respostas em dezembro.

“A ideia é que o índice se repita semestralmente, para a gente ter essa série histórica da saúde mental e poder, de fato, comparar ao longo do tempo, acompanhar a evolução e, também entre os grupos, como se manifestam essas diferenças”. O intuito do Instituto Cactus é que o índice sirva como referência de dados sobre saúde mental para a sociedade como um todo, gestores públicos, pesquisadores, e para a formulação de políticas públicas.

Módulos
O iCASM é uma ferramenta que mede de zero a mil pontos. Nesta primeira edição, ele ficou em 635 pontos. As respostas foram divididas em três áreas: confiança, foco e vitalidade. Elas consideram confiança como autoestima e autoconfiança sobre o papel da pessoa na sociedade; foco como a habilidade de relacionamento com seu entorno de forma produtiva para tomar decisões e realizar atividades do dia a dia; e vitalidade englobando disposição e capacidade para superar desafios. “Com base nisso, a gente criou esse indicador que é um parâmetro que vai de zero a mil”, explicou a gerente executiva. O indicador para confiança atingiu 733 pontos, enquanto os de vitalidade e foco obtiveram, respectivamente, 637 e 535 pontos.

A pesquisa foi composta por um módulo fixo e um módulo variável. O módulo fixo se baseia em dois questionários internacionalmente validados, que são o Questionário de Saúde Geral (QSG-12, ou GHQ-12, do inglês General Health Questionnaire’) e o Teste Online de Depressão PHQ-9 (Patient Health Questionnaire-9). Já o módulo variável terá o tema substituído a cada coleta. A ideia é conseguir investigar e aprofundar questões de interesse. Para o primeiro iCASM, o tema escolhido para o módulo variável foram o uso e acesso a serviço mental no Brasil.

“Nesse tema, a gente conseguiu ver que somente 5% dos brasileiros fazem psicoterapia, o que representa um terço dos que relataram fazer uso de medicação. Outros 62,5% disseram não fazer uso de serviços de apoio à saúde mental, enquanto 20,9% utilizam serviços privados e 16,6% usam serviços públicos”. Por outro lado, 41% disseram estar insatisfeitos com serviços de saúde de modo geral, contra 30% que se declararam satisfeitos ou muito satisfeitos.

Parcela de 16,6% da população relatou tomar medicação de uso contínuo para problemas emocionais, comportamentais ou relacionados ao uso de substâncias, sendo que a grande maioria (77%) vem fazendo uso desses remédios há mais de um ano. Além do tratamento médico ou psicológico, 11,9% da população afirmaram fazer algum outro tipo de terapia, como, por exemplo, meditação, ioga, fitoterapia, massagem.

Finanças e gênero
Segundo expôs Luciana Barrancos, a condição financeira é motivo de grande inquietude para os brasileiros. Nove em cada dez consultados relataram ter se preocupado com essa questão muitas vezes ao longo das duas últimas semanas. Os que se preocuparam três vezes ou mais somaram 58% dos respondentes, contra 30% que se preocuparam uma ou duas vezes, e 12% que não se preocuparam nenhuma vez.

Entre as pessoas desempregadas, o índice foi de 494 pontos, 186 pontos abaixo dos assalariados (680) e 141 pontos abaixo da média populacional. Em termos de renda, as pessoas com menor renda, de até R$ 2 mil, marcaram 576 pontos, contra 737 pontos daquelas com renda acima de R$ 10 mil.

Um relação a gênero e identidade de gênero, o iCASM revela que as mulheres e as pessoas trans detêm as pontuações mais baixas. As mulheres obtiveram iCASM de 600 pontos, 72 pontos abaixo do iCASM para homens (672 pontos) e 35 pontos abaixo da média populacional. Para a população trans, o iCASM foi de 445, 193 pontos abaixo dos Cisgêneros (638) e 190 pontos abaixo da média populacional. Aqueles que se declararam heterossexuais atingiram 665 pontos, contra 576 pontos do grupo que se identifica como homossexual. Para os bissexuais, a média foi de 488 pontos.

O iCASM aponta que os mais jovens, entre 16 e 24 anos de idade, apresentam a pontuação mais baixa de sanidade mental: 534 pontos, enquanto nos mais velhos, de 60 a 100 anos, a pontuação é mais elevada: 757 pontos.

Relações sociais
O Instituto Cactus apurou também o que acontece em relações sociais, envolvendo encontros com amigos e brigas com familiares. “Foram perguntas que revelaram resultados importantes”, disse a gerente executiva. Os entrevistados que não relataram brigas com familiares nas últimas duas semanas apresentaram iCASM de 715 pontos, contra 370 entre aqueles que reportaram três ou mais episódios de brigas nesse período. Sobre encontros com amigos, a pesquisa indicou que aqueles que se encontraram com amigos três ou mais vezes nas últimas duas semanas alcançaram iCASM de 734 pontos. Já entre aqueles que não tiveram encontros com amigos em igual período, o iCASM foi de 508 pontos.

Luciana destacou também questões de autoestima, que tiveram resultados mais baixos, quando as perguntas abordavam se a pessoa se sentia feia e pouco atraente: o iCASM foi de 384 pontos, contra 776 para aqueles que não tinham esse sentimento. Entre os que se julgavam pouco inteligentes, o iCASM ficou em 326 pontos, contra 752 daqueles que não tinham essa preocupação. Entre os consultados que reportaram ter sofrido bullying três vezes ou mais nas últimas semanas, o indicador alcançou 486 pontos, contra 659 para aqueles que não relataram nenhum episódio.

O Instituto Cactus constatou também que a prática de esportes está associada a um índice de saúde mental mais alto. O iCASM de quem se exercita três ou mais vezes na semana atingiu 722, enquanto o grupo que não pratica atividade física teve índice de 580.

Do total de entrevistados, 68% relataram se sentir cansados ou com pouca energia para fazer as atividades diárias, abrangendo 58% das mulheres e 69% das pessoas trans. “Também é um número bem relevante que chama a atenção”, comentou Luciana. Outros 54% afirmaram sentir pouco prazer ou interesse em fazer as coisas no cotidiano. Já 49% afirmaram não se sentir deprimidos, ao passo que 51% responderam de forma afirmativa.

Quinze por cento dos brasileiros revelaram ter consumido álcool três vezes ou mais nas últimas duas semanas, sendo que 40% dos entrevistados confessaram ter sentido necessidade de reduzir o consumo de bebidas alcoólicas ou mesmo parar de beber; já 16% consumiram cigarros no mesmo período.

O iCASM é uma iniciativa do Instituto Cactus, entidade filantrópica de direitos humanos que se dedica à promoção da saúde mental no Brasil, em parceria com a AtlasIntel, empresa especializada em pesquisas e inteligência. O estudo contou com a supervisão de um comitê científico independente e a aprovação de um comitê de ética.

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A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou mudanças na rotulagem de medicamentos. De acordo com a agência, as alterações visam deixar mais claras as informações sobre os remédios nas embalagens, garantindo a segurança do paciente e o uso correto dos medicamentos.

No caso de remédios isentos de prescrição médica, a classe terapêutica e a indicação ficarão dispostas na parte da frente da embalagem para facilitar a visualização pelo consumidor.

O mesmo será feito para quantidade total de medicamento. “Com intuito semelhante, foi permitida a colocação da quantidade total do medicamento na face frontal da embalagem, podendo auxiliar o cidadão na comparação de preço dos produtos, sem, no entanto, causar prejuízo para a compreensão das informações relacionadas ao uso seguro do medicamento”, informa nota da Anvisa.

Segundo a agência, outra mudança é o uso obrigatório da técnica Tall Man Lettering (TML) – quando parte do nome de um remédio é escrito em letras maiúsculas - nos rótulos de medicamentos restritos ao uso de hospitais, clínicas, ambulatórios, serviços de atenção domiciliar e demais unidades de saúde.

“A técnica de TML é uma das ferramentas utilizadas para ajudar a minimizar os erros de medicações decorridos de troca acidental entre princípios ativos com fonética e/ou ortografia semelhantes”, explica a agência.

Em relação a remédios que são vendidos ao governo federal, serão retiradas as frases que utilizam os termos venda sob prescrição, sendo substituídas por “Uso sob prescrição” e “Uso sob prescrição e retenção de receita”.

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O Brasil atingiu mais do que o dobro do número de médicos ativos. São 546 mil profissionais, uma proporção de 2,56 médicos por mil habitantes. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), o crescimento acelerado do número de escolas médicas na última década levou a um aumento sem precedentes. Na Bahia, são 1,64 médicos por 1.000 habitantes, abaixo da média nacional.

Mas o que boa parte dos novos profissionais têm em comum é o olhar para a medicina da longevidade, que vem ganhando espaço em terras baianas. A nova prática procura tratar identificar a raiz dos problemas através das queixas, sintomas físicos e emocionais da paciente. Ou seja, o foco é na prevenção de doenças, principalmente comorbidades associadas ao declínio hormonal e ao envelhecimento, ajudando no aumento da expectativa de vida saudável.

É o que explica a Dra. Anna Paola Noya Gatto (@dra.annapaolagatto), mastologista e CEO da Clínica da Mulher. Com ampla experiência na área, ela alerta para a importância de fortalecer o sistema imunológico através das novas soluções. O foco é em equilibrar os níveis bioquímicos hormonais, assim como os níveis de vitaminas e minerais no corpo afim de contribuir com a prevenção das diversas patologias que acometem as mulheres a partir do climatério, como os tumores mamários, do endométrio, do colón e reto, da osteoporose, depressão entre outras comorbidades.

A medicina curativa e a medicina da longevidade são duas abordagens complementares, que trabalham juntas para a qualidade de vida, evitando que doenças que poderiam ser prevenidas ou tratadas no início se agravem e não tenham mais chances de cura. Além disso, as abordagens procuram entender as causas subjacentes de cada problema de saúde, e a modulação hormonal é uma parte importante desse processo de prevenção. 

Como cuidar do equilíbrio hormonal no dia a dia?
A partir dos 45 anos de idade, o corpo humano inicia o declínio dos principais hormônios, como a melatonina, progesterona, e são seguidos pelo estradiol, estriol e testosterona, causando diversos sintomas, que muitas vezes são relacionados ao climatério e menopausa. Por isso, visitar o ginecologista e expor todos os sintomas é muito importante para que o profissional faça as devidas orientações e prescrições hormonais, antes que o declínio seja muito grande, como explica a Dra. Anna Paola Noya Gatto.
 

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A partir de terça-feira (1º), a vacinação de reforço contra a Covid-19 com a bivalente será ampliada para toda população a partir de 12 anos, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta segunda-feira (31).

A estratégia ocorre após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter aprovado, na semana passada, o registro do imunizante para crianças a partir de 5 anos. Antes da mudança, o imunizante era indicado para a população geral com idade superior a 18 anos, ou a partir dos 12 anos para pessoas com comorbidades.

A vacina é indicada como dose de reforço, ou seja, só pode ser aplicada em quem já se vacinou contra a doença com duas doses da monovalente e intervalo de quatro meses da última aplicação.

O imunizante oferece proteção contra a cepa original do coronavírus e contra as variantes que surgiram depois, como a ômicron, que passou a ser transmitida em 2021.

O esquema completo de vacinação será divulgado pela SMS no final da tarde desta segunda-feira.

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O SENAI CIMATEC, a SDS Healthline e a Fundação Bristol Myers Squibb vão lançar, no dia 8 de agosto, a Unidade Móvel do Projeto ProPulmão, com tomografia computadorizada, para diagnosticar precocemente o câncer de pulmão e aumentar as chances de cura de pessoas afetadas. A ação faz parte da agenda do Agosto Branco, mês de conscientização e mobilização em prol do combate ao tabagismo e à prevenção da doença.

O exame de imagem será realizado por equipes de saúde dentro da própria carreta, desenvolvida especialmente para o projeto. Poderão se habilitar para o exame, pessoas com idades entre 50 e 80 anos, fumantes ou ex-fumantes que tenham parado de fumar há, no máximo, 15 anos.

A unidade móvel ficará em Salvador durante o mês de agosto e depois percorrerá as cidades de Serrinha, Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana. A meta é realizar um total de três mil exames.

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Para agilizar o atendimento de pessoas que aguardam por uma cirurgia eletiva e reduzir a fila de procedimentos, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), em parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia, realiza neste domingo e segunda-feira (30 e 31) uma iniciativa do projeto Saúde Mais Perto. A ação acontecerá nos dois dias de 8h às 17h, em uma estrutura montada no Centro Social Urbano de Pernambués, localizado na Rua Thomaz Gonzaga, em Salvador.

O atendimento é voltado para as pessoas que já tenham indicação ou que precisem realizar cirurgia de hérnia (umbilical, epigástrica e inguinal), histerectomia total (remoção do útero) e colecistectomia (vesícula). Na triagem, as pessoas passarão por uma consulta com médico cirurgião e, quem não apresentar exames recentes, terá acesso a ultrassom, ECG (Eletrocardiograma) e exames de laboratórios.

Para ser atendido, é preciso apresentar RG, CPF, comprovante de residência e Cartão do SUS. Após passar por todo o processo, os pacientes sairão com a cirurgia já agendada. A expectativa é que cerca de mil procedimentos sejam marcados durante a ação.

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O índice de ocorrências de dengue na Bahia tem causado preocupações entre a população. Entre janeiro e julho, o número de casos da forma grave da doença já é 168% maior que o mesmo período do ano passado: de janeiro a julho, foram 670 casos, enquanto, em 2022, foram 250. A informação é da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia.

Para Márcia São Pedro, diretora da Vigilância Epidemiológica, o combate à dengue depende de uma ação intersetorial. “O município tem o papel de verificar o índice de infestação, realizar limpeza urbana, identificar e tratar focos no município. O inseticida é sempre fornecido pelo Ministério aos municípios, então não tem falta, o município pode, sim, tratar. E tem o papel da população, que é ter cuidado, não acumular água e deixar os vasilhames fechados, por exemplo, para que possamos prevenir. E o estado continua fazendo a vigilância ativa e dando todo o suporte necessário”, afirma.

Uma das pessoas que sofreu com os sintomas intensos foi Guilherme Almeida, de 12 anos. Quando ele começou a sentir fortes dores de cabeça, sua mãe, Ana Carla Santos, 40, logo levou o jovem à emergência, onde os médicos disseram se tratar de uma virose, comum no fim do verão. Entretanto, como a desconfiança permanecia, ela resolveu solicitar um exame de dengue, e lá teve a resposta: o caso de Guilherme era dengue hemorrágica. Em uma só semana, o jovem foi parar na UTI, onde ficou por quatro dias, com soro na veia o dia inteiro e as plaquetas cada vez mais baixas.

“Ele ficou muito debilitado, mal podia se levantar para ir ao banheiro porque não conseguia andar. Foi um imenso susto. As médicas e enfermeiras foram ótimas, mas creio que meu filho foi salvo por um milagre”, diz Ana Carla.

Variação perigosa

A dengue hemorrágica é uma das variações mais perigosas da doença, podendo levar a óbito caso não seja identificada a tempo. Ela é transmitida da mesma forma que a chamada dengue clássica, por picadas do mosquito Aedes Aegypti. O vírus não é transmitido por alimentos e nem por contato direto com alguém que foi contaminado ou suas secreções.

Nos primeiros sete meses do ano, foram registradas dez mortes por dengue na Bahia. Dessas, nove foram registradas pelo Boletim Epidemiológico de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), publicado em 1º de julho. A última morte foi divulgada ontem, no município de Alagoinhas, a 120 km de Salvador, e está sendo investigada pela Vigilância Epidemiológica.

Até o momento, oito cidades baianas tiveram óbitos por dengue. São elas: Feira de Santana, Jandaíra, Campo Alegre de Lourdes, Mucuri, Boninal, Mirante, Vitória da Conquista e Alagoinhas.

Entre as mortes consideradas pela Sesab, uma foi classificada pela Câmara Técnica como dengue hemorrágica, duas como febre hemorrágica devido ao vírus da dengue, e os outros seis óbitos transitam entre dengue e dengue grave.

Apesar de serem usados, muitas vezes, como sinônimos, a dengue grave e a dengue hemorrágica têm diferenças. “A gravidade da dengue não é definida apenas pela existência de hemorragias, outras condições também se colocam como gravidade. Por exemplo, um choque, transtornos neurológicos, todos os agravos associados. Por esse motivo, a gente utiliza hoje a nomenclatura dengue grave, porque a dengue grave pode, sim, ter hemorragia, mas ela pode também ter outros problemas”, afirma Márcia, diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado.

Sangramentos

Gúbio Soares, coordenador do Laboratório de Virologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que os sintomas de dengue hemorrágica são quase os mesmos da dengue comum. “A grande diferença é que, quando a febre diminui, por volta do terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias que causam sangramento de vaso na pele e nos órgãos internos. O quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória, e surgem sinais de alerta, como dores abdominais fortes e contínuas, vômito persistente, pele pálida, fria e úmida, sangramentos pelo nariz, boca e gengiva, manchas vermelhas na pele e comportamento variando entre sonolência, agitação e confusão mental”, afirma.

Ana Carla, mãe de Guilherme, explica que foi o alto número de pessoas com dengue ao seu redor e a falta de cuidados que percebeu na casa vizinha à sua, com grama alta e uma piscina sem uso, que a fizeram ficar alerta para o caso do filho. “Aqui na nossa casa, a gente está sempre fazendo a higienização com água sanitária, sempre observando. O pessoal da dengue visita a gente, nós abrimos as portas, estamos sempre atentos”, conta.

Segundo Soares, o processo após o diagnóstico é uma corrida contra o tempo. “Se não for detectado, o indivíduo morre. Não existe um tratamento específico. O médico deve observar que [a doença] está evoluindo para a dengue hemorrágica, fazer uma reposição de líquido para evitar desidratação e iniciar medidas paliativas no hospital, para evitar que o indivíduo com sangramento vá a óbito”, diz.

Em Salvador, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram identificadas 19 ocorrências de dengue hemorrágica em 2023. Um dos casos foi o de Yasmin Cerqueira. A professora de 23 anos contraiu dengue hemorrágica no início do mês passado e, a princípio, não teve sintomas; descobriu a doença ao fazer um exame de rotina e constatar que suas plaquetas estavam muito abaixo do esperado.

A doença passou a se manifestar ao longo de quinze dias: nesse período, dor de cabeça e hemorragias na perna se tornaram comuns. “Eram muitas manchas roxas nas pernas, e as plaquetas baixaram extremamente. Agora, eu estou fazendo uso de corticóide para melhorar a situação dessas plaquetas e usando muito repelente”, relata.

Ocorrências pela Bahia
De acordo com a Sesab, vinte municípios baianos estão, hoje, em epidemia de dengue. São eles: Salvador, Feira de Santana, Acajutiba, Maracás, Aiquara, Mascote, Boninal, Matina, Camaçari, Nova Canaã, Conceição do Almeida, Novo Horizonte, Crisópolis, Rio Real, Rodelas, Governador Mangabeira, Iraquara, Santo Antônio de Jesus, Itagi e Uruçuca. Essa classificação é definida com base na situação das cidades nas últimas quatro semanas epidemiológicas.

Em Feira de Santana, o número de óbitos por dengue grave chegou a quatro no último sábado (8). A vítima mais recente foi um adolescente de 13 anos, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade.

Segundo a SMS, foram registrados 806 casos de dengue este ano, sendo 662 comuns, 136 com sinais de alarme e oito de dengue grave.

A primeira morte por dengue grave no município ocorreu em abril e foi também de um adolescente, de 14 anos, que deu entrada na UPA do bairro Queimadinha apresentando sintomas como febre e vômito. Ele chegou a receber alta, mas voltou à unidade e teve a piora do caso constatada. O jovem chegou a ser entubado, mas não resistiu.

As duas outras mortes por dengue grave no município ocorreram no mês passado, sendo uma mulher de 20 anos e um homem de 36. As equipes dos agentes de endemias intensificaram a eliminação de criadouros do mosquito Aedes Aegypti na localidade em que essas pessoas residiam, a fim de reforçar a proteção dos familiares.

Outras arboviroses
Além dos dados sobre a dengue, o Boletim Epidemiológico da Sesab traz informações sobre a Chikungunya e a Zika, também arboviroses, ou seja, doenças causadas por vírus transmitidos, sobretudo, por mosquitos.

De acordo com o Boletim, nos sete primeiros meses de 2023 foram notificados 12.388 casos prováveis de Chikungunya no estado, o que equivale a uma melhora de 23% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram notificados 16.085 casos prováveis. Até o momento, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) não há óbito confirmado para a doença.

Já em relação à Zika, foram registrados 1.495 casos prováveis na Bahia. No mesmo período de 2022, foram notificados 881 casos prováveis, o que representa incremento de 69,7%. Também não foram confirmados óbitos para Zika em 2023.

Onde encontrar exames
A recomendação da Vigilância Epidemiológica é que, ao notar os sinais, as pessoas procurem a unidade de saúde mais próxima para receber orientações e fazer o exame. Entre os sintomas suspeitos, estão febre e dores de cabeça, no corpo ou nas articulações.

Em casos graves, sintomas como dor intensa e contínua na barriga, vômitos persistentes, queda de pressão, sensação de desmaio, aumento do fígado e sangramento das mucosas devem ser motivos de alerta. Nessas situações, o paciente deve procurar imediatamente as UPAs e Policlínicas Municipais.

Em Feira de Santana, o exame para diagnóstico de arboviroses também está disponível no Ambulatório Municipal de Infectologia, localizado na Rua Professor Fernando São Paulo, nº 911, bairro São João. Para ter acesso, o paciente deve apresentar guia de solicitação, documento de identidade e cartão SUS.

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