O laboratório chinês Sinovac reduziu em mil litros a previsão de entrega da matéria-prima da vacina esperada pelo Instituto Butantan para retomar a produção da CoronaVac.

Em vez dos 4 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) planejados pelo governo paulista para o dia 26, devem desembarcar 3 mil de litros em São Paulo, o que é suficiente para fabricar 5 milhões de doses do imunizante.

A partir do momento da chegada da matéria-prima, o Butantan leva 20 dias para entregar a vacina envasada para o Ministério da Saúde. A cadeia de produção da CoronaVac está parada desde o dia 14, quando foi entregue o último lote do imunizante.

A redução no envio de IFA foi comunicada pelo laboratório chinês na terça-feira e confirmada nesta quarta-feira pelo diretor do Butantan, Dimas Covas. Se chegassem os 4 mil litros, o instituto poderia entregar 7 milhões de vacinas.

— Com isso, essa expectativa de entrega de 12 milhões para o ministério (da Saúde em maio) não se cumprirá e aguardamos a próxima remessa de matéria-prima — concluiu.

Apesar disso, Dimas disse acreditar que conseguirá cumprir o contrato com o Ministério da Saúde, que prevê um total de 54 milhões de doses até o fim de setembro.

O governador João Doria (PSDB) tem dito que o atraso na entrega da matéria-prima é motivada pelas declarações do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos sobre a China consideradas agressivas. O governo federal nega.

Questionado sobre o assunto no último domingo, o minsitro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que Bolsonaro tem "excelente relação" com a China e outros países parceiros.

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