Mbappé demorou a chamar o protagonismo para si na final da Copa do Mundo do Catar contra a Argentina, mas reagiu de forma brilhante no segundo tempo do jogo disputado no estádio Lusail, neste domingo (18), e foi um dos nomes do confronto, apesar da França ter ficado com o vice-campeonato.

Decisivo, o jogador de 23 anos marcou os três gols da seleção francesa na etapa final e levou a decisão para os pênaltis. A reação começou após o intervalo, quando a Argentina vencia o duelo por 2x0.

Apesar de não ter erguido a taça, os números o colocam numa prateleira rara. Mbappé se tornou o segundo jogador a conseguir fazer um hat-trick numa final de Copa. Antes dele, só o inglês Geoff Hurst conseguiu o feito, em 1966.

Campeão da Copa de 2018 com apenas 18 anos, Mbappé também colocou o nome em outra lista seleta, de jogadores que conseguiram marcar em duas finais de Mundial. Antes, Vavá, Pelé, Breitner e Zidane já haviam conseguido o feito.

Além disso, ele se isolou como maior goleador em finais de Copa. Nenhum jogador balançou a rede quatro vezes em decisões do Mundial como ele. Além dos três anotados contra a Argentina neste domingo, ele assinou um na final de 2018, quando a França foi campeã.

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Pela primeira vez em 92 anos, Argentina e França estarão frente a frente em uma final de Copa do Mundo. Lideradas por dois dos principais craques do momento, as duas seleções se enfrentam no domingo (18), às 12h, em Lusail, em busca do tricampeonato.

França e Argentina vivem momentos completamente diferentes, mas com pontos semelhantes. Aos 35 anos, Messi é mais uma vez o comandante da equipe celeste. Mas o camisa 10 não é o mesmo das últimas Copas. Lionel está "Maradoneado", como os argentinos gostam de falar.

Messi tem se comportado como o líder que a Argentina sempre esperou. Se fora de campo ele apresenta temperamento mais explosivo, dentro dele tem deixado a sua versão mais conhecida. São cinco gols em seis jogos, o que faz dele um dos favoritos a ficar com título de melhor jogador do Mundial do Catar.

Por sinal, a sintonia entre campo e arquibancada tem embalado os sul-americanos na competição. Nem mesmo a derrota para a Arábia Saudita na estreia freou o ímpeto da torcida, que transforma a atmosfera dos estádios em cada jogo.

Outro ponto forte da Argentina está na beira do campo. O técnico Lionel Scaloni saiu de interino para transformador da seleção. Ele já havia deixado a sua marca na conquista da Copa América de 2021 e mostrou capacidade de evolução. Scaloni abriu mão de conceitos, deixou o 'campo falar mais alto' e moldou o time de formas diferentes contra adversários distintos ao longo da campanha na Copa. Para chegar à decisão, os argentinos deixaram pelo caminho Austrália, Holanda e Croácia no mata-mata.

A França, por outro lado, busca um bicampeonato consecutivo para uma geração considerada de ouro. O título com sobras em 2018, na Rússia, deu o sinal de que os franceses têm potencial para dominar o cenário nos próximos anos. Mas o técnico Didier Deschamps precisou remontar o time às vésperas da Copa.

A França sofreu com problemas médicos. Jogadores importantes como os meio-campistas Pogba e Kanté e o atacante Benzema foram cortados do Mundial. Ao todo foram 10 atletas lesionados, incluindo o lateral esquerdo Lucas Hernández, que se machucou na estreia.

Mesmo assim, os franceses mostraram que têm reposição à altura. Apesar da derrota para a Tunísia, quando já estava classificada, a equipe passou tranquila pela primeira fase. Mbappé confirmou o seu bom momento com gols e assistências. Companheiros no PSG, ele lidera junto com Messi a artilharia da Copa, ambos com cinco gols.

Griezmann é mais um que se reinventou pela seleção. O atacante foi deslocado para o meio-campo e é o principal motor dos 'bleus'. Até mesmo o centroavante Giroud, criticado por não ter balançado as redes no título de 2018, colocou o pé na forma e já marcou quatro gols no Catar.

A campanha até a final mostrou que os franceses têm um time sólido, embora não imbatível. A equipe passou por sufoco contra a Inglaterra, nas quartas de final, e Marrocos, na semifinal. Mas o talento individual foi preponderante para confirmar o favoritismo e colocar a França em mais uma decisão de Copa do Mundo.

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