A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira, 11, que o surto da varíola dos macacos também não é mais uma emergência de saúde pública (PHEIC), uma semana após mudar o status para a pandemia da covid-19. O alerta havia sido feito em julho do ano passado diante do registro das primeiras infecções fora da África.

"Quase 90% menos casos foram relatados nos últimos três meses em comparação com os três meses anteriores", disse Tedros Adhanom, diretor da OMS. "No entanto, como no caso da covid, isso não significa que o trabalho acabou. Mpox continua a representar desafios significativos à saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável, enquanto saudamos a tendência de queda dos casos globalmente."

Foi a primeira vez que muitos casos foram relatados simultaneamente fora da África Ocidental ou Central, de onde a doença é endêmica. Do fim de abril do ano passado até terça-feira, 9, foram registradas 87.337 infecções e 140 mortes em 111 países, conforme o painel de dados da OMS.

Segundo a organização, o Brasil foi um dos países mais afetados, com 10.920 casos, atrás somente dos Estados Unidos, com 30.154. De todas as infecções, 16 evoluíram resultaram em morte. O Brasil teve 12,5% de todas as notificações da infecção

No último relatório sobre a doença, publicado neste quinta-feira, 11, a OMS destacou que as curvas epidêmicas sugerem que o surto continua com baixos níveis de transmissão nas regiões da Europa e das Américas (da qual Brasil faz parte), e aumenta na região do Pacífico Ocidental, com relatos de casos do Japão, China e Coreia do Sul.

Desde o último boletim, em 27 de abril, houve 264 novos casos (alta de 0,3%) e 10 novas mortes relatadas - o total de casos pode ter sido influenciado por atraso na notificação, de acordo com a OMS.

Preocupações
Embora haja declínio de casos, ainda há transmissão e continua-se registrando um pequeno número de infecções e surtos menores em alguns países, destacou Nicola Low, epidemiologista integrante do comitê de emergência da OMS para a monkeypox. "Há incerteza sobre a probabilidade de um grande ressurgimento da infecção."

A OMS mostrou particular preocupação com pessoas que vivem com HIV, o vírus da Aids, não tratado. "É extremamente importante protegermos as pessoas vulneráveis, pessoas imunocomprometidas, particularmente, neste caso, pessoas que vivem com HIV não tratado ou não controlado, elas correm maior risco de doença grave e quando não são capazes de eliminar o vírus (da monkeypox), é possível que o vírus continue evoluindo", alertou Rosamund Lewis, líder técnica de combate à varíola dos macacos da OMS.

 

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O Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen/Ba) identificou 29 diagnósticos positivos de varíola dos macacos (monkeypox) a partir de 9 de setembro, quando a unidade estadual iniciou a análise de amostras da doença. Ao todo, o laboratório já recebeu 881 amostras. Antes, as avaliações eram feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, com intermediação do Lacen.

Segundo a diretora do Lacen, Arabela Leal, com diagnóstico feito no próprio estado há maior celeridade na entrega do resultado. Em meses anteriores a setembro, os testes chegaram a demorar um mês para análise final. O Lacen trabalha hoje com diagnóstico das amostras em até cinco dias. Além do tempo, a proximidade regional dá mais segurança ao processo, diminuindo risco de acondicionamento ou extravio da amostra.


“O envio de amostra de um lugar para outro era de 48h a 72h, isso quando não tinha nenhum feriado, [depois disso, ao chegar no laboratório de outro estado] houve amostras que levaram mais de 30 dias [para liberar o resultado]. Conosco, começou com prazo de seis dias por causa do volume, mas agora estamos em torno de 5 dias”, afirma.

Neste mês, o Lacen recebeu 237 amostras. Destas, apenas sete positivaram. Agosto e setembro tiveram o maior número de amostras: 952 e 1069, respectivamente, com e 54 e 70 positivos. A média de positividade gira em torno de 5,7% a 6,5%.

A diretora alerta que, além dos números do Lacen, laboratórios particulares e fora do estado continuam fazendo diagnóstico das amostras para a varíola dos macacos, portanto, o número total é maior do que o divulgado pela unidade. Além disso, o Lacen não coleta o material - isto é de responsabilidade de unidades básicas de toda a Bahia -, o laboratório recebe a amostra e analisa por biologia molecular conforme protocolo indicado pelo Ministério da Saúde (MS).

Na Bahia, 116 casos da monkeypox foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). 1.650 foram descartados, enquanto há 39 suspeitos e 24 prováveis. Dos casos confirmados, 78 (67,24%) são de Salvador, seis (5,17%) de Feira de Santana e quatro (3,45%) de Conceição de Feira. Mais 19 municípios completam a lista com menos de três casos. O estado não registrou mortes pela doença.

Quadro clínico

A infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador, Adielma Nizarala, explica que os sintomas do vírus se dão em duas fases. Nos primeiros dias de manifestação é comum ter dor de cabeça, dor abdominal e febre. Ao longo da contaminação, o cenário evolui para erupção cutânea. Antes dos sintomas aparecerem, ainda há um período de incubação de 6 a 13 dias, em média, podendo chegar a 21 dias com paciente assintomático.

A médica salienta que a principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por contato direto pele a pele. Dentro das "bolhas" que aparecem no corpo existe grande quantidade de vírus. Por isso, ela alerta que é importante não ter contato com a pessoa contaminada desde o início dos sintomas virais até a ferida sarar, para evitar a propagação da varíola. O contágio pode ocorrer por relação sexual - por conta do contato -, beijo, abraço ou contato com fluidos corporais, como pus, sangue e saliva da pessoa doente. Objetos contaminados também oferecem risco de transmissão.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a varíola dos macacos tem cura e, de forma geral, não é necessário tratamento específico. O vírus costuma ser eliminado pelo próprio sistema imunológico depois de cerca de 4 semanas. Casos de agravamento são raros.

A Prefeitura de Pouso Alegre (MG) informou no domingo (09) a quarta morte por varíola dos macacos no Brasil. Já é a segunda em Minas Gerais. Outras duas ocorreram no Rio de Janeiro. Em todos os casos, as vítimas eram homens e tinham comorbidades e baixa imunidade, segundo autoridades de saúde.

Até o dia 10, o Brasil registrou 8.461 casos confirmados de varíola dos macacos nos estados de São Paulo (3.847), Rio de Janeiro (1.137), Minas Gerais (527), Distrito Federal (267), Goiás (509), Bahia (116), Ceará (377), Rio Grande do Norte (96), Espírito Santo (95), Pernambuco (164), Tocantins (11), Amazonas (155), Acre (1), Rio Grande do Sul (238), Mato Grosso do Sul (132), Mato Grosso (99), Santa Catarina (302), Paraná (229), Pará (48), Alagoas (13), Maranhão (22), Paraíba (30), Piauí (18), Roraima (4), Rondônia (7), Amapá (2) e Sergipe (15); óbitos: (3) no Rio de Janeiro e (2) em Minas Gerais.

Brasil recebe primeiro de lote de vacinas contra a varíola dos macacos

O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a varíola dos macacos no dia 4, mas a assessoria do Ministério da Saúde (MS) informou que aguarda publicação do protocolo para informar sobre a distribuição aos estados e aplicação do imunizante. Ao todo, a pasta comprou cerca de 50 mil doses, destas, 9,8 mil já chegaram em solo brasileiro e a previsão é que os lotes restantes cheguem até o final de 2022.

O Ministério comunicou que, antes da aplicação, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A pasta ressalta que as vacinas são seguras e importantes, sendo o estudo necessário para avaliar “se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave”. A pesquisa será financiada pelo Ministério da Saúde, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apoiada pela OMS.

A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença. O MS explica que profissionais da saúde não serão incluídos como grupo prioritário à vacinação visto que realizam coleta e atendimento com equipamentos de proteção individual. Não existe por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendação para vacinação em massa para a varíola dos macacos.

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Já está no Brasil o primeiro lote importado de vacinas contra a Monkeypox, doença que é mais conhecida como varíola dos macacos. Segundo o Ministério da Saúde, a remessa de 9,8 mil doses desembarcou nesta terça-feira (4) no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Cerca de 50 mil doses já foram compradas via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Os próximos lotes estão previstos para serem entregues até o fim de 2022.

De acordo com o ministério, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores”, informou a pasta.

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

“O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a varíola dos macacos na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença”, detalhou o ministério ao informar que inicialmente os grupos a serem vacinados serão de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o ministério, em breve serão divulgados quais centros de pesquisa serão incluídos “considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo”.

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A Bahia registrou sete casos novos da varíola dos macacos na segunda-feira (12), chegando a 75 pacientes infectados com a doença, segundo boletim do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).

Não há informação sobre em quais cidades foram registrados os novos casos.

Além dos casos confirmados, há 24 outros classificados como prováveis e 406 como suspeitos no acumulado. Nos últimos sete dias, são 69 suspeitos, um provável e três descartados.

Até agora, a maior parte dos casos na Bahia está em Salvador. Além da capital, houve registros da doença também em Lauro de Freitas, Santo Antônio de Jesus, Cairu, Caldeirão Grande, Conceição do Jacuípe, Conde, Feira de Santana, Ilhéus, Itabela, Juazeiro, Maracás, Mutuípe, Teixeira de Freitas, Pé de Serra, Vitória da Conquista e Xique-Xique.

O primeiro caso no estado foi registrado em 13 de julho. O paciente era morador de Salvador e procurou um hospital particular com sintomas como febre alta, adenomegalia - inchaço nas glândulas do pescoço - e erupções no corpo. Depois, ele foi encaminhado para isolamento domiciliar.

A doença, também chamada de monkeypox, é uma zoonose viral que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. Ela tem sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

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O Ministério da Saúde pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) análise para liberar o uso da vacina Jynneos, que já tem sido usada em outros países contra a varíola dos macacos (monkeypox). O imunizante é fabricado pela empresa Bavarian Nordic, com sede na Dinamarca.

A solicitação da pasta para a liberação da vacina foi feita quatro dias depois de a agência decidir pela dispensa da obrigação de registro para importação de medicamentos e vacinas que previnem e tratam doença, em reunião extraordinária realizada na última sexta, 19. A decisão tem caráter temporário e foi tomada para tornar o processo de imunização da população no País mais ágil.

O processo de avaliação passará pela Comissão Técnica da Emergência Monkeypox criada pela Anvisa, e a decisão final caberá a Diretoria Colegiada da agência. Os diretores da entidade vão analisar se as características da vacina Jynneos são as mesmas aprovadas pelas autoridades sanitárias estrangeiras, que deram o aval para a aplicação do imunizante em outros países.

Até o momento, o Brasil contabiliza 3.896 casos confirmados de varíola dos macacos e uma morte. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, o Estado que registrou mais diagnósticos para a doença foi São Paulo, com 2.528 casos, seguido de Rio de Janeiro (445), Minas Gerais (206) - onde foi notificado o único óbito -, Goiás (260) e Distrito Federal (156).

Os números colocam o Brasil como 3º país do mundo com mais casos registrados. Em 20 de julho, o Ministério da Saúde somava 449 pessoas infectadas. O balanço atual de 3.896 pacientes representa um aumento de 767,7% em um mês. Além disso, nas últimas semanas, o País teve a confirmação dos primeiros dois casos da monkeypox em bebês com menos de um ano. Sinal de que, além do crescimento de casos, há também a abrangência da faixa etária dos contaminados.

No mundo, o número de casos da monkeypox já ultrapassa os 41,5 mil diagnosticados, identificados em 96 países. O alto número de infectados tem levado ao aumento de demanda e, por consequência, da concorrência entre as nações para a aquisição da vacina e dos medicamentos que auxiliam no tratamento à doença, conforme declarou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, na última quarta-feira, 17.

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Subiu para 13 o número de casos suspeitos da doença causada pelo vírus Monkeypox, conhecido como varíola do macaco, na Bahia. Em Salvador, três casos da doença já foram confirmados e os pacientes estão em monitoramento. Segundo o boletim da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o primeiro registro foi no dia 13 de junho, o segundo em 14 de junho e o terceiro nesta quarta-feira (20).

Ainda de acordo com o boletim, os 13 casos suspeitos foram notificados nos municípios de Salvador (5), Santo Antônio de Jesus (2), Vitória da Conquista (2), Camaçari (1), Camamu (1), Ilhéus (1), Porto Seguro (1). Em todos os casos, as medidas sanitárias de monitoramento das pessoas que tiveram contato próximo, bem como isolamento foram adotadas.

Casos confirmados
O último paciente foi confirmado com a doença na quarta-feira (20) e teve o início dos sintomas no dia 13 de julho. Ele apresentou febre de início súbito, dor lombar, erupção cutânea e dor de cabeça. Segundo a SMS, ele não precisou de hospitalização e segue em isolamento com boa evolução em domicílio.

Outros dois casos da doença foram confirmados em Salvador nas últimas semanas: dois homens, um de 32 e outro de 34 anos. Todos os infectados seguem em isolamento domiciliar e passam bem.

A varíola do macaco pode ser transmitida pelo contato com fluidos corporais, secreções respiratórias, lesões na pele ou mucosas de pessoas infectadas. Há também o risco de contaminação pela utilização de materiais contaminados, como toalhas, roupas de cama e utensílios domésticos contaminados e/ou contato com animais infectados pelo vírus.

O secretário de Saúde de Salvador, Décio Martins, informou que a SMS está acompanhando os números da doença e que a orientação é que as pessoas que apresentarem os sintomas mantenham o distanciamento social. "Hoje nós tivemos a confirmação do terceiro caso da varíola dos macacos em Salvador, obviamente que nós estamos acompanhando os números, mas ainda não é o momento para pânico. As pessoas que sentirem os sintomas devem se dirigir para uma das nossas unidades de urgência e emergência", destacou o titular da pasta.

Décio Martins ressaltou que das três pessoas que foram infectadas com a varíola dos macacos, duas já passaram pelo tempo de incubação da doença e o terceiro já está isolado. "Amanhã nós vamos confirmar de onde que esse terceiro caso é oriundo, porque os outros dois vieram de fora. É uma doença de transmissibilidade baixa, o isolamento da pessoa que sentiu sintomas é de fato a medida mais eficiente para evitar a transmissão", finalizou.

Até o dia 13 de julho de 2022, o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) havia comunicado a ocorrência de 644 casos notificados no país. Destes, 310 casos foram confirmados, 98 permanecem suspeitos e um provável, sendo 236 descartados.

Sintomas

Os principais sintomas observados nos indivíduos infectados são febre, dor de cabeça, dores nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, lesões na pele, que começam no rosto e se espalham pelo corpo, atingindo principalmente as mãos e os pés.

O vírus tem um período de incubação que pode variar de cinco a treze dias. De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, os sintomas duram de 16 a 21 dias.

Ao apresentar os sintomas da doença, a orientação da Secretaria Municipal da Saúde é que o paciente busque uma unidade de urgência e emergência. Atualmente, a rede municipal dispõe de 16 postos de urgência que funcionam ininterruptamente, nos sete dias da semana, inclusive feriados, em regime 24 horas.

Notificação

Os casos suspeitos de Monkeypox de residentes de Salvador devem ser notificados por profissionais da Saúde no site da SMS. Para isso, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS/Salvador) elaborou um formulário de notificação/investigação com objetivo de disponibilizar para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde um plataforma para notificação imediata em até 24 horas (clique aqui).

Onde buscar atendimento em Salvador

- UPA Santo Antônio (Roma)
- UPA San Martin
- UPA Barris
- UPA Paripe
- UPA Periperi
- UPA Valéria
- UPA Brotas
- UPA Parque São Cristóvão
- UPA Pirajá/Santo Inácio
- UPA Itapuã
- PA Orlando Imbassahy (Bairro da Paz)
- PA Alfredo Bureau (Marback)
- PA Edson Teixeira (Pernambués)
- PA Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
- PA São Marcos
- PA Maria Conceição Imbassahy (Pau Miúdo)

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Com a confirmação do primeiro caso de varíola do macaco na Bahia nesta quarta-feira (13), as secretarias de Saúde dos municípios baianos já começaram a pôr em prática orientações para evitar um surto do vírus no estado. Em 1º de julho, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador recebeu um alerta do hospital São Rafael, responsável pelo atendimento de um caso suspeito. Um homem de 32 anos, residente em Salvador, apresentou febre alta súbita e lesões na pele em 22 de junho, após contato com suspeito de outro estado. A confirmação do diagnóstico veio na noite de terça-feira (12).

Desde o início do mês, o paciente se encontra em isolamento domiciliar e com quadro estável. O São Rafael informou que o homem recebeu todos os cuidados com os protocolos que o caso exige e teve alta médica. O procedimento de notificação faz parte do protocolo da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) para casos da varíola do macaco.

De modo similar, a instrução da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) é de que o paciente que apresentar sintomas busque uma unidade de emergência que, por sua vez, deve notificar o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) nacional e orientar o isolamento do paciente. A pasta estadual informou que emitiu alerta e as unidades estão sensíveis para notificar casos suspeitos.

“É preciso montar estratégia para fazer diagnóstico. Muitos municípios não têm estratégia montada, precisam ter treinamento dos profissionais para que possam fazer diagnóstico, encaminhar ao Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública] e orientar a população ao isolamento durante 21 dias”, recomenda Antônio Carlos Bandeira, médico da vigilância epidemiológica da Sesab.

Segundo Bandeira, as cidades encaminham as informações para o estado, que intermedia o contato com a Fiocruz do Rio de Janeiro, responsável por proceder o exame específico e retornar o resultado à unidade federativa.

A orientação da instituição na capital é de que pessoas com sintomas busquem uma unidade de urgência e emergência e façam isolamento. Assim como é recomendado que o profissional de saúde notifique a ocorrência no site da SMS: www.cievs.saude.salvador.ba.gov.br.

A diretora de Vigilância à Saúde, Andréa Salvador, conta que a investigação do caso começa a partir da notificação da unidade de emergência. Coletas de amostras para confirmação da suspeita e monitoramento de contatos que o paciente teve nos últimos dias fazem parte do procedimento na capital. O uso da máscara e higienização das mãos também são estimulados como forma de prevenção geral, sobretudo, na fase de sintomas da doença.

Outros municípios

Embora o primeiro caso tenha ocorrido na capital, especialistas alertam que cidades do interior também precisam estar atentos à propagação do vírus. As secretarias de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Lauro de Freitas disseram não ter recebido alertas da Sesab. No entanto, todas afirmaram que as equipes do setor estão em sobreaviso sobre o caso.

A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista, terceira cidade mais populosa da Bahia, ainda afirma que a rede municipal de saúde está preparada “para proceder ao isolamento e seguir com as devidas intervenções e providências” para doenças como a varíola do macaco.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas (Sesa) diz que está elaborando um plano de enfrentamento à varíola dos macacos. A princípio, orienta para cuidados já conhecidos no combate à covid-19, a exemplo da higienização frequente das mãos, evitar locais aglomerados, uso de álcool em gel e máscara.

A reportagem entrou em contato com outros municípios que registram maior número de habitantes no estado, como Camaçari, Juazeiro e Itabuna, mas não recebeu retorno com orientações.

Vacinas

O Ministério da Saúde avalia comprar vacinas contra a varíola do macaco para evitar um surto no país. A vacinação contra a doença já acontece em outros países, como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá para grupos prioritários, ou seja, quem teve contato com pessoas infectadas ou são profissionais da saúde.

A imunização no Brasil, no entanto, ainda não tem data certa para ocorrer. Infectologista na SMS de Salvador, Adielma Nizarala explica que neste momento não há indicação de vacinação em massa, como se faz para a covid-19 por exemplo, tanto pela quantidade de casos, como porque o país não adquiriu ainda a vacina.

Apesar do estoque zerado no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que está trabalhando com a Organização Pan-Americana da Saúde para monitorar a situação. Já o Instituto Butantan criou comitê para avaliar a produção de vacina contra a doença.

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