A passagem de ônibus vai ser reajustada para R$ 4,90. O aumento passa a valer a partir deste sábado (4).

O novo valor foi confirmado pelo prefeito Bruno Reis, nesta sexta-feira (3), durante entrevista coletiva. O reajuste já havia sido anunciado em março deste ano, mas foi adiado até este mês.

"Eu gostaria de estar aqui avisando que não haveria reajuste esse ano, com o subsídio, e a isenção do ICMS", lamentou o prefeito. Em contrapartida ao aumento, as empresas devem colocar em circulação 170 novos ônibus.

Durante a entrevista coletiva, o prefeito explicou o contexto de crise do transporte coletivo urbano. O sistema teve uma queda de arrecadação de R$24,5 milhões por mês, com a perda de passageiros durante a pandemia. O prefeito também citou a participação do insumo óleo diesel sobre o custo total do serviço de transporte público, que subiu de 18,5% para 28,5%.

Bruno explicou que a prefeitura vai anistiar débitos das empresas e assumir custos causados pelo óleo diesel e outros insumos. Com isso, a prefeitura já investiu R$ 398 milhões no sistema nos últimos anos.

A expectativa era de que o Projeto de Lei 4.392/21 que garante o subsídio federal para o transporte público fosse aprovado na Câmara dos Deputados, mas até o momento o PL não entrou na pauta de votações. Se aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta destinará R$ 5 bilhões para financiar a gratuidade oferecida a idosos no sistema.

Bruno Reis esteve em Brasília na terça-feira (31), e contou que fez reuniões com líderes partidários como esforços para aprovar o projeto que destina o subsídio sobre o transporte público. A matéria aguarda por votação. Nesta sexta-feira, ele voltou a cobrar do governo do estado a isenção do ICMS sobre o óleo diesel.

A passagem de ônibus em Salvador será reajustada a partir desta sexta-feira (1º). O novo valor será de R$ 4,90, mas a prefeitura vai pagar os 50 centavos pelos meses abril e maio. A notícia foi anunciada pelo prefeito Bruno Reis, nesta quinta-feira (31).

O aumento acontece em virtude do atraso na aprovação do subsídio do governo federal. Caso ele não seja aprovado pelos próximos dois meses, e a partir de junho, o passageiro pagará o valor de R$4,90.

Durante entrega do Cras da Federação, o prefeito explicou que esta foi a solução encontrada para não afetar ainda mais o sistema de transporte público. Corrigindo com a inflação e os reajustes do combustível ao longo de 2021, o valor da passagem seria R$ 5,30. "Dos R$5,30, 30 centavos que corresponderam até o fim do ano, e que dá um total de R$43 milhões, nós estamos negociando com os consórcios que vamos abater isso do valor da outorga que eles têm a pagar", explicou o prefeito.

O restante do valor será custeado pela prefeitura. "A tarifa será reajustada para R$4,90, mas a prefeitura vai pagar 50 centavos para o passageiro, coisa que nunca foi feita antes na história dessa cidade. Vamos pagar os meses de abril e maio todo. A prefeitura assume 50 centavos e isso corresponde a R$19 milhões por dois meses", explicou.

Os outros 10 centavos - que completaria os R$5 - serão custeados pela prefeitura até o final do ano. "Considerando que a tarifa seria 5 reais, a prefeitura vai continuar pagando até o fim do ano, que são mais R$11 milhões", detalhou Bruno Reis.

O prefeito reiterou que, caso o subsídio federal seja aprovado, não haverá reajuste para o passageiro este ano. "Se vier o subsídio federal, se for votado na Câmara na semana que vem, não terá reajuste neste ano. A tarifa interna será de R$ 4,90, mas não terá reajuste para o passageiro".

Subsídio
Em fevereiro deste ano, o Senado aprovou o projeto de lei 4.392/2021, que garante o direito à gratuidade nos transportes coletivos urbanos para maiores de 65 anos e, ao mesmo tempo, garantir tarifa baixa para os demais usuários. O projeto ainda vai passar por votação na Câmara Federal. Caso seja aprovado, Salvador deverá receber R$ 64 milhões.

De acordo com o relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), a proposta permite que isso seja alcançado sem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão do transporte público coletivo. Para isso, o relator definiu como fonte de recursos os royalties de petróleo.

Os recursos serão enviados a fundos de transporte público coletivo, que deverão ser criados pelos entes federados, com distribuição proporcional à população maior de 65 anos residente em cada localidade.