O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no Palácio do Itamaraty, ao lado da ministra substituta das Relações Exteriores (MRE), embaixadora Maria Laura da Rocha, a delegação chinesa chefiada por Li Xi, membro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista da China. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (21/09).

No encontro, Alckmin e Li Xi destacaram a importância dos intercâmbios comerciais e da cooperação tecnológica entre os dois países. O vice-presidente preside a COSBAN (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), órgão que tem sido ferramenta essencial no adensamento das relações entre Brasil e China, consolidando uma parceria estratégica.

Principal mecanismo de diálogo regular entre Brasil e China, a COSBAN congrega 11 subcomissões: Política; Econômico-Comercial e de Cooperação; Econômico-Financeira; Indústria, Tecnologia da Informação e Comunicação; Agricultura; Temas Sanitários e Fitossanitários; Energia e Mineração; Ciência, Tecnologia e Inovação; Espacial; e de Cultura e Turismo; e Meio Ambiente.

A visita de Li Xi e comitiva antecede eventos previstos para 2024, ano marcado por duas datas simbólicas: os 50 anos de relações diplomáticas entre as duas nações e os 20 anos da criação da COSBAN.

Durante a audiência, o vice-presidente Alckmin reforçou o convite para que o presidente chinês, Xi Jinping, visite o Brasil no próximo ano, atendendo a um convite do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Relações Brasil-China
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território nacional. Entre janeiro e julho de 2023, o fluxo total de comércio entre o Brasil e a China atingiu US$ 88,46 bi (+0,3% em relação ao mesmo período 2022). Os dados indicam superávit da ordem de US$ 29 bi (+34% em relação ao mesmo período do ano anterior).

Representando o Governo Federal, participaram também do encontro a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa; e o secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cleber Oliveira Soares.

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O PSB oficializou, na manhã desta sexta-feira (8), a indicação do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin como vice-presidente na chapa de Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2022. O evento ocorre em um hotel na Zona Sul de São Paulo.

"Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo", diz trecho da carta entregue pelo PSB ao PT.

Alckmin falou durante o evento. "Aqui foi bem explicitado o momento grave que nós estamos vivendo, na realidade não é hora de terrorismo, é hora de generosidade, grandeza politica, desprendimento e união. Política não é uma área de solitária, a força da política é centrípeta, nós vamos somar esforços aí pra reconstrução do nosso país", disse.

Logo depois, Lula confirmou que o PSB participará do processo para formular o plano de governo. “Importante saber que essa chapa, se ela for formalizada, não é só para disputar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa de que teremos pela frente de recuperar esse país", afirmou o pré-candidato petista.

O PT começa a discutir a aliança formal entre Lula e Alckmin na próxima reunião virtual do Diretório Nacional, marcada para 14 de abril.

Porém, a formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer apenas em 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional da sigla.

Nessa data, o PT também vai ratificar as alianças do partido nos Estados, segundo a assessoria da legenda.

O encontro marca a pré-campanha de Lula.

Além do ex-presidente Lula e de Geraldo Alckmin, participam do evento o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), além do ex-governador de SP, Márcio França (PSB).

No contexto de negociação para a disputa presidencial deste ano, Alckmin e Lula apareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo.

Em 2006, os dois se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial. Lula foi reeleito para o segundo mandato.

Histórico
Alckmin se filiou em 23 de março ao PSB. No primeiro discurso após a filiação, o ex-governador de São Paulo defendeu o apoio do partido à candidatura de Lula e disse que o petista é, hoje, "aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro".

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador do estado Marcio França (PSB) foram os principais articuladores da aliança Alckmin e Lula.

Trajetória de Alckmin
Um dos fundadores do PSDB, Alckmin deixou o partido no final de dezembro de 2021, após mais de 33 anos de trajetória na legenda.

Na ocasião, afirmou que era um “tempo de mudança” e “hora de traçar um novo caminho”.

Formado em medicina, ingressou na política há 50 anos e, neste período, atuou em diversas funções: foi vereador, prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de São Paulo.

Alckmin disputou a Presidência da República duas vezes. Em 2006, quando perdeu no segundo turno para o ex-presidente Lula, e em 2018, quando ficou na quarta colocação, atrás de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.

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Adversários tradicionais da política nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se encontraram publicamente na noite desse domingo (19) pela primeira vez. Em seu discurso para os convidados do jantar, o ex-presidente minimizou as alfinetadas que ambos trocaram no passado.

"Não importa se no passado fomos adversários. Se trocamos algumas botinadas. Se no calor da hora dissemos o que não deveríamos ter dito. O tamanho do desafio que temos pela frente faz de cada um de nós um aliado de primeira hora", disse Lula.

"É este o verdadeiro motivo pelo qual estamos reunidos aqui nesta noite: a nossa fé na democracia", completou o ex-presidente.

Apesar de não existir uma união formal, o encontro é carregado de simbologia; governador de São Paulo quatro vezes pelo PSDB, Alckmin se desfiliou na última quarta-feira e estuda convites de várias legendas para traçar seu destino político.

Sem partido
Mesmo à frente da corrida pela sucessão paulista, segundo as pesquisas de intenção de voto, o ex-tucano deve priorizar a disputa nacional e assumir a pré-candidatura a vice-presidente, compondo com Lula. "No Solidariedade, já colocamos a ele (Alckmin) que, se quiser ser vice, será muito bem-vindo", disse o presidente do partido, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.

Alckmin, entretanto, tem convite anterior do PSB, onde de fato tiveram início as tratativas para que ele se aproximasse de Lula nos últimos meses. O PSB, porém, tem imposto uma série de condições ao PT para selar o acordo. Entre elas, a retirada da pré-candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad ao governo de São Paulo e o apoio ao ex-governador Márcio França (PSB). Haddad e os petistas resistem a essa hipótese, o que abriu as portas para a tentativa do Solidariedade.

O ex-tucano vinha negociando também com o PSD de Gilberto Kassab e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), mas para tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes.

Bastidores
Assim que chegaram ao restaurante A Figueira Rubaiyat, na capital paulista, onde ocorreu o jantar, Alckmin e Lula se reuniram num salão reservado. Mais tarde, o ex-prefeito de Manaus, derrotado nas prévias do PSDB que definiram João Doria como pré-candidato tucano, se juntou a eles, assim como o ex-senador Almino Afonso e o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), que já havia se encontrado com Alckmin pela manhã. O apoio do PT a Freixo também entrou no pacote de interesses dos socialistas em jogo na possível filiação do ex-governador paulista.

Com ingressos a R$ 500 (o Prerrogativas prevê doar o valor arrecadado para aquisição de cestas básicas em parceria com a Coalizão Negra de Direitos), os convites se esgotaram rapidamente após a confirmação de que Lula estaria presente. O encontro atraiu advogados e líderes políticos de todo o País, como os governadores Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, e Wellington Dias (PT), do Piauí, e a cúpula da CPI da Covid, com os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL). Presidentes de diversos partidos também participaram, incluindo o do PSB, Carlos Siqueira, e a do PT, Gleisi Hoffmann.

A festa teve tom de desagravo a Lula pelo período em que o ex-presidente esteve preso por causa da Operação Lava Jato. O advogado Marco Aurélio Carvalho, um dos coordenadores do Prerrogativas, destacou que o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, foi convidado a participar do evento após a operação da Polícia Federal que realizou buscas e apreendeu equipamentos pessoais do ex-governador do Ceará na semana passada.

Citado nas investigações sobre suposto desvio de recursos públicos na construção da Arena Castelões, em Fortaleza, o pedetista reclamou de perseguição política do "estado policial" mantido pelo presidente Jair Bolsonaro. Ciro, porém, não foi ao jantar.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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