Um empresário suspeito de estupro de vulnerável por meio virtual foi preso no bairro da Barra, na manhã desta terça-feira (21). Segundo informações da polícia, ele é investigado pelo envolvimento no crime, ocorrido entre os estados da Bahia e o Paraná.

A vítima de 13 anos foi estuprada, e as imagens do crime foram registradas e transmitidas pela mãe. Segundo a titular da Dercca, delegada Simone Moutinho, o autor pagava valores pela exposição da vítima. “A mãe explorava sexualmente, inclusive praticando estupro contra a filha, e, mediante pagamento, exibia as imagens contracenando em cenas de sexo com a vitima. Ela está presa e, a partir desta prisão, estamos cumprindo o mandado hoje”, informou. As investigações começaram em fevereiro.

Além do mandado de prisão preventiva, a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão. A equipe da Dercca localizou imagens de pornografia envolvendo crianças e adolescentes em dispositivos eletrônicos do acusado. A delegada reforça a importância da ação. “Temos, além da prisão por força do mandado, a autuação em flagrante deste acusado, que deverá responder por estupro de vulnerável e pelo armazenamento e compartilhamento deste material”, informou.

Com o material apreendido, a Dercca irá analisar se existem outros coautores dos crimes de pornografia infantil em Salvador, outras regiões da Bahia e de outros estados. Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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Com ou sem Carnaval, a população da Barra está dividida sobre a mudança do circuito para a orla da Boca do Rio. Após o anúncio da possibilidade de transferência, a Associação de Moradores da Barra (Amabarra) solicitou uma reunião com o Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), para tratar do tema que pegou todos de surpresa. O encontro, que aconteceu na manhã de segunda-feira (4), também contou com a presença de comerciantes e empresários da região.

Para Waltson Campos, diretor de comunicação e relações públicas da Amabarra, essa é uma solicitação antiga dos moradores, incentivada pelos problemas percebidos por essa população durante os dias de folia, como mobilidade, poluição e violência. Adversidades que, segundo o diretor, o bairro não comporta mais.

“Há cinco ou seis anos vínhamos pleiteando este espaço dentro do Comcar, para que pudéssemos começar a falar o que pensamos como moradores. Nós não concordamos com esse modelo de trios e camarotes, porque ele cresceu muito. Temos em um bairro pequeno, que recebe uma concentração de grandes quantidades de pessoas e que não tem mais estrutura para isso”, diz o diretor da Amabarra.

Sônia Garrido, de 65 anos, é uma das moradoras da Barra que concorda com a mudança da festa para a Boca do Rio pelos mesmos motivos apontados pelo representante da Amabarra, além da falta de espaços de suporte para os ambulantes que passam os sete dias de Carnaval alocados no circuito. Na reunião, sua principal queixa foi o excesso da valorização do lucro, pelos empresários.

“Vimos muita gente falando da sua própria expectativa em termos do dinheiro que vai ganhar ou perder, deixando de lado o aspecto de funcionalidade do carnaval no bairro. O Carnaval não precisa deixar de existir. O que não pode acontecer é parar o local completamente, gerando um volume absurdo de lixo, para que uma festa se instale e paralise a praia”, opina Sônia.

Como criador do circuito Habeas Copos e representante da Associação Carnavalesca das Entidades sobre Percussão (ACESP), Sérgio Bezerra afirma que a mudança visa manter, na Barra, um Carnaval que seja suportado pelo espaço, ao mesmo tempo que poderá descentralizar a festa.

“Eu acho que é a oportunidade de descentralizar o Carnaval e contemplar a cidade toda. Para que não se crie mais um circuito como o que temos hoje, desconfortável para o carnavalesco, moradores e para o policiamento, que hoje já não consegue ter a mesma atuação que tinha antigamente”, destaca Bezerra.

Contra a mudança

Quando souberam que a Barra poderia deixar de ser o circuito principal do Carnaval, os empresários da região formaram o grupo SOS Carnaval Barra-Ondina, para tentar impedir a mudança. Criado há quase um mês, tem 177 membros. Um deles é Mauricio Mordechai, 47, dono de uma agência de turismo e morador do local. Para ele, além da perda de capital para os comerciantes, a mudança gerará uma perda de identidade para a festa.

“Se falou na reunião que não tem como resolver o problema porque tem muita gente aglomerada na Barra. É uma mentira, porque não foi feito tudo. O que existe hoje é uma aglomeração de trios elétricos, que saem colados um no outro. É preciso fazer o espaçamento desses trios. O Carnaval no exterior é muito vinculado ao Farol. Se você tira isso, o estrangeiro simplesmente não vem para essa parte da cidade”, afirma o empresário.

Ao seu lado está a proprietária de duas pousadas na região, Ajulimar Marchionne, 31. A empresária questiona os benefícios de uma mudança durante a pandemia da Covid-19, em que muitos comerciantes perderam suas rendas ou esperam pelo Carnaval para tentar recuperá-las.

“A mudança vai ser uma tragédia para as empresas. Uma pousada como a minha consegue sobreviver o ano inteiro só com o Carnaval. Na Boca do Rio não tem estrutura para receber a festa. Vai ser uma incógnita muito grande. Depois de uma pandemia, esse é o momento? Está todo mundo se recuperando desses tempos catastróficos", lamenta Ajulimar.

Mudança
Diante da divisão de opiniões entre as comunidades que moram e trabalham na Barra, o presidente do Comcar, Joaquim Nery, afirma que a decisão deverá ser anunciada oficialmente até o mês de agosto. O veredito depende da realização de estudos com a participação dos órgãos que atuam nos dias de folia, como Secretária Municipal de Saúde (SMS), a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador).

“Já houve reuniões com essa turma. Eles estão preocupados com o tempo. Mas o que eu acho que a gente tira disso tudo é a necessidade de uma mudança no Carnaval da Bahia. Se essa inovação não vier para 2023, que seja planejada com antecedência para 2024, porque isso vai ter que acontecer. Até agosto estaremos discutindo junto com a Prefeitura”, explica o presidente do Comcar.

Ao comentar sobre a possível mudança, o prefeito Bruno Reis, confirmou a previsão do Comcar e destacou a parceria com o órgão para a execução do projeto, que ainda está em fase de elaboração pelos empresários que trabalham na festa. "A previsão é de que seja encaminhado em agosto. O projeto está sendo elaborado a partir de uma grande intervenção que vamos fazer em Pituaçu. À medida que for aprovado pelo Comcar, a prefeitura vai analisar e emitir uma opinião", explicou.

Ainda segundo Nery, a mudança não pretende prejudicar o Carnaval do Centro Histórico, já que o planejamento do novo circuito tem sido pensado junto com a revitalização dessa região.

Como um dos órgãos e secretarias envolvidas na definição, a Transalvador informou que ainda não há informações para um projeto que está no início das discussões. Em nota, a PM-BA, ressaltou que seguirá atuando em eventos de grande porte, a exemplo do Carnaval de Salvador, mas não comentou sobre a mudança. Já a SMS esclareceu que no momento não está envolvida na discussão sobre a troca do circuito do Carnaval.

Um homem acusado de praticar 11 assaltos no bairro da Barra e em regiões vizinhas foi preso na noite da última quarta-feira (26), por policiais da 14ª Delegacia (Barra). De acordo com a titular da unidade, delegada Mariana Ouais, nove vítimas já reconheceram o autor. “As pessoas estão sendo ouvidas. Somente essa semana ele cometeu três assaltos utilizando arma de fogo e faca. Durante o interrogatório, ele confessou os crimes”, informou.

O criminoso foi preso pelos investigadores no Forte Santa Maria. “Com ele foi apreendido um notebook. Quatro pessoas foram atacadas, na terça-feira (25), importante que as possíveis vítimas compareçam aqui na Delegacia da Barra, para o reconhecimento do criminoso”, complementou a delegada. O assaltante foi autuado por roubo qualificado, vai passar por exames de lesões corporais e ficará preso à disposição da Justiça.

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O show da Virada de Salvador, com Gusttavo Lima e Ivete Sangalo, foi suspenso e não vai mais acontecer, segundo anunciou o prefeito ACM Neto nesta segunda-feira (7). Ele disse ainda que no dia do Réveillon a Barra será interditada para que as pessoas não façam aglomerações de fim de ano. A queima de fogos está mantida em vários pontos de Salvador, mas os locais não serão divulgados justamente para evitar que as pessoas vão até eles.

O prefeito explicou que suspendeu o show para "mandar um recado" à população de que não há espaço para celebração. A live de Réveillon aconteceria no Forte São Marcelo. Segundo ele, não há prejuízo, porque o evento teria patrocinadores privados e não foi gasto dinheiro público. "Comunicamos as emissoras que estavam envolvidas na transmissão, inclusive de uma delas acabou vindo o vazamento, que nos pegou de surpresa", disse Neto. "Penso que é uma medida necessária para que todos fiquem atentos para o tanto que a situação se agravou nos últimos 15 dias e o risco que corremos dessa segunda onda ser ainda pior que a primeira", afirmou.

Sobre a Barra, local que tradicionalmente reúne muitas pessoas na virada de ano, as interdições acontecerão no calçadão e na praia, afirmou Neto. "Mesmo quando não tem festa, muita gente vai para lá. Nesse ano não dá. Temos que pedir que as pessoas se organizem para que fiquem em casa com a família, com os amigos", afirmou.

Covid em crescimento
Antes, ao falar de novas medidas de combate à covid-19, Neto destacou os números atuais da pandemia em Salvador. Ele disse que vai acelerar a criação de novos leitos de UTI para pacientes com coronavírus. Até 20 de dezembro, serão abertos mais 10 leitos no Hospital Municipal, 10 no Hospital Salvador e 20 no Hospital Sagrada Família. A ideia é chegar ao mesmo número de leitos disponível no pico da pandemia.

Neto afirmou que a situação da pandemia tem piorado na capital baiana. O número de casos por dia, que tinha caído para 160, agora chega a 400. A taxa de ocupação dos leitos de UTI aumentou 11% na comparação com a última semana epidemiologica. Hoje está em 77% a UTI e 81% a de leitos clínicos. Hoje, Salvador tem 27 pacientes nas UPAS aguardando regulação para um hospital.

"Chegamos a patamares altamente elevados", avaliou Neto. "O final de semana foi tenso", continuou, dizendo que acompanhou a regulação de perto, ao lado do secretário de saúde Leo Prates.

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Após informar na última segunda-feira (28) que o incêndio no município baiano de Barra, no Oeste, estava próximo de ser controlado, o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) anunciou nesta quinta-feira (1º) que os bombeiros especialistas a combate a incêndios florestais identificaram vários focos em locais diversos da área na qual está sendo realizado o combate, a menos de 5km do Rio São Francisco.

"Nesta sexta-feira (2) os bombeiros vão permanecer na mesma área, dando seguimento às ações iniciadas", informou o CBMBA.

Segundo dados da consultoria Climatempo, nesta sexta a temperatura deverá chegar a 37°C e a velocidade dos ventos em torno de 32 km/h no local.

"Uma das maiores dificuldades encontradas pelos militares é com o uso indiscriminado do fogo pela população daquela região, feito principalmente para limpeza de terreno, o que pode acabar fazendo com que a pessoa perca o controle das chamas e cause, assim, novos incêndios, visto que o vento na área é muito forte e esse material pode ser projetado a muitos metros de distância, causando incêndios em pontos diferentes", explica o órgão.

Do início de setembro até a última segunda, o município de Barra está como o terceiro com maior número de focos de queimadas na Bahia, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, 87 focos de fogo foram identificados por lá, ficando atrás apenas de Muquém de São Francisco (110) e Formosa do Rio Preto (103).

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