A Universidade Federal da Bahia (Ufba) reajustou os valores das bolsas de pesquisa, monitoria e extensão que são custeadas com recursos do orçamento da instituição. Atualmente, este é o caso de 1.434 bolsas, informou a Ufba nesta segunda-feira (17).

O reajuste equipara os valores das modalidades de bolsas custeadas pela Ufba aos novos valores anunciados recentemente pelo Ministério da Educação e já adotados pelas agências de fomento federais - CNPq e Capes - e estadual - Fapesb. 

Assim, passa de R$ 400 para R$ 700 o valor das bolsas pagas no Pibic, Pibiex 2022-2023, Pibiex 2023-2024, Pibiartes 2022-2023, Pibiartes 2024-2023, ACCS 2023.1, ACCS 2023.1, núcleo de extensão e monitoria 1º semestre e 2º semestre. Já as bolsas Pibic Jr vão de R$ 100 para R$ 300 por mês.

O investimento será de aproximadamente R$ 4,2 milhões. A Ufba informou que aguarda a suplementação orçamentária prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias e já reconhecida pelo Ministério da Educação.

Em nota, a instituição diz ainda que aguarda a sinalização do governo em relação a uma possível suplementação dos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) - o que possibilitará reajustar também as bolsas de assistência estudantil.

 

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A indústria baiana de pequenos e micro negócios segue quebrando recordes no que tange ao quantitativo de empresas ativas no mercado. De 2021 para 2022, 99,3 mil novos registros foram abertos, fazendo o setor chegar a marca de 1.120.929 pequenos empreendedores atuando no mercado, de acordo com o Sebrae Bahia.

Número que consolida ainda mais uma tendência de crescimento já que, no acumulado de três anos, o estado ganhou 234.991 empresas do tipo. Os dados consideram tanto as pequenas empresas com 332.665 (30%) como os MEI'S, que são os Micro Empreendedores Individuais 788.265 (70%). Destes, 150 vão expor seu trabalho no Bahia Expo & Negócios, evento de conexão da indústria que está na sua segunda edição e acontece de 18 a 21 de maio no Centro de Convenções de Salvador.

Diretor técnico do Sebrae Bahia, Franklin Santos explica que, seja na Expo ou na Bahia como um todo, há dois tipos de empreendedores aos olhos do órgão: os de oportunidade e os de necessidade. De acordo com ele, durante e depois da pandemia, o perfil desse tipo de empresário no estado foi se alterando.

"A gente teve uma inversão nos tipos, a pandemia mudou essa chave. O por oportunidade, que está empregado, mas descobre um mercado e investe nisso reduziu. O por necessidade é quem precisa de uma fonte de renda, característica que ficou mais comum com a pandemia, aumentou como nunca", fala.

Além da necessidade, Jorge Khoury, superintendente do Sebrae na Bahia, destaca o ambiente que o estado tem para empresas inseridas nessa indústria. Ele conta que, enquanto algumas empresas precisaram fechar na pandemia e pós ela, muitas outras ideias foram aceleradas. "Tudo aquilo que tem a ver com a área de tecnologia da informação, procedimentos on-line e delivery precisou se adaptar. Algumas não andaram, mas muitos outros exerceram e passaram a ter um sucesso com isso. Temos um cenário novo e é positivo", afirma o superintendente.

Já no momento atual, os técnicos do Sebrae pontuam a possibilidade de eventos de conexão na indústria como vetor do avanço. Um exemplo é o Bahia Expo & Negócios, que no ano passado reuniu mais de 100 empreendedores que puderam mostrar seu trabalho e se conectar com outras empresas do segmento no estado.

Quem esteve lá foi a empresária Renata da Conceição, administradora da Pão de Queijo Rita Borges. De Salvador, ela se apresentou no evento por três dias, mostrando a qualidade do produto. A empreendedora diz que a conexão com colegas e clientes do evento é o que os pequeno e micro empreendedores mais precisam para avançar.

"Esse evento do Sebrae dá ao pequeno a chance de aparecer. Temos dificuldade de inserir na cultura do baiano o pão de queijo. Ele trouxe pra gente essa visualização, o pessoal vê o nosso produto e saber que é de qualidade, está acessível e pode ser comprado. Depois desse, participamos de outros e vi que outros fazem o mesmo", diz.

A oportunidade de colocar o Pão de Queijo Rita Borges na vitrine rendeu e muito. Só no Bahia Expo & Negócios de 2022, Renata conseguiu 10% dos clientes para Atacado, que são maioria na sua empresa. No caso do Varejo, com clientes individuais e pessoas que compram para vender no interior, o quantitativo foi ainda maior.

"Tivemos um contato direto com os clientes, que foram fidelizados. A maioria dos que nos conheceram na Expo ficaram com a gente até agora. De Atacado, entre mercados, padarias e outros, conseguimos dez clientes dos cem que temos. De cliente final, que é o de Varejo, temos de vinte a trinta que nos conheceram lá e permanecem", conta ela.

Bahia Expo & Negócios 2023

Tanto foi positivo para a marca que Renata vai voltar a ser uma expositora na Bahia Expo & Negócios desse ano. Com ela, serão 150 expositores distribuídos por toda a estrutura do Centro de Convenções, abrangendo áreas do ramo de alimentação, tecnologia, inovação e estética. O acesso para o evento será gratuito e Jorge Khoury se mostra otimista com as vendas.

"No ano passado, foram 8 mil visitantes em toda a nossa estrutura. Para este, com a ótima repercussão que tivemos e a ampliação de 30% no número de expositores e dos espaços disponíveis. Eventos como esse são fundamentais para a indústria, é quando o empreendedor que está em uma área específica tem oportunidade de mostrar seu trabalho para todo o estado", explica o superintendente.

Inclusive, o evento só contatará com expositores da Bahia para viabilizar ainda mais o crescimento de quem se atua na indústria do estado. Além de expor e visitar, quem estiver lá poderá ter acesso a 200h de capacitação profissional e participar de encontros de negócios.

Franklin Santos destaca que o evento, assim como todas ações para impulsionar a indústria, tem a ver com a características de retroalimentação do setor. Ou seja, quando a maioria caminha e avança, puxa consigo outros empreendedores, além de gerar renda.

"Se uma empresa avança, geralmente, ela vai precisar de novos serviços e empresas que os prestem isso. Com essa demanda, novos empreendedores aparecem e o mercado vai avançando. Além, é claro, do maior número de vagas de emprego que é gerado e só beneficiam a todos", fala.

Para quem é pequeno e micro empreendedor da área de moda e empresas multisetoriais, ainda há possibilidade de se inscrever para ser um expositor no evento por este link aqui. O Bahia Expo & Negócios vai ser dividido em arenas temáticas, veja a lista do Sebrae:

Espaços de negócio

Arena do Especialista – Palestras e painéis temáticos, com especialistas em Moda, Alimentos e Beleza. Mixologia de bebidas para drinks, marketing digital nos salões de beleza, influencers e mercado de moda, Vendas por aplicativo delivery, cardápio lucrativo, biossegurança em salões de beleza e clínica de estética.

Arena Bahia Expo – Eventos com grandes nomes do cenário nacional, tratando temáticas de gestão para pequenos negócios. Marketing 360, ESG, Hiperfísico no Varejo de Moda, Impacto da Inteligência Artificial nos negócios de pequeno porte.

Arena Comércio Digital – Capacitações que tem como premissa a digitalização e conectividade dos negócios. Branding, e-commerce de alimentos, Chat GPT para negócios, Vendas com Marketplaces, atração de clientes para loja virtual, Tráfego pago x tráfego orgânico, como se tornar influencer do seu negócio, Jornada do cliente.

Arena de Inovação – Foco nas temáticas e tendências do cenário de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo. Da produção ao delivery, inovação de impacto e economia criativa, inteligência artificial no mundo dos negócios.

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A Bahia tem 15 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) em diversas cidades e que vão funcionar 24 horas, conforme a Lei 14.541, de 3 de abril de 2023, publicada esta semana.

Além das Deams, o estado também conta com sete Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher (Neams), e a Deam Online, com funcionamento 24 horas para o registro de ocorrências e atendimento realizado por delegada. O serviço foi implantado em março do ano passado, e garante desde a coleta de depoimentos e autuação em flagrante até a solicitação de medidas protetivas de urgência.

Segundo a Polícia Civil, as delegacias do estado vão se adequar à nova regra, e vão contar com o suporte da Deam Online, que terá o serviço ampliado.

Confira a lista de Deams e Neams na Bahia

15 Deams:

Salvador (Brotas) | Rua Padre Luis Filgueiras, Nº 180, CEP: 40240-495, Brotas

Salvador (Periperi) | Rua Dr. Walter Almeida, S/N, CEP: 40720-070, Periperi

Camaçari | Rua Clayton Leão, S/N, CEP: 40800-400, Centro

Candeias | Rua Duque de Caxias, 12, Santo Antônio

Jequié | Rua 15 de Novembro, Nº 497, CEP: 45203-570, Campo do América

Feira de Santana | Rua Adenil Falcão, Nº 1252, CEP: 44088-642, Brasília

Ilhéus | Av. Soares Lopes, Nº 1741, CEP:45653-005, Centro

Juazeiro | Rua Canadá, Nº 38, CEP: 48900-000, Maria Goretti

Barreiras | Rua Júlio César, Nº 500, CEP: 47800-000, Aratu

Itabuna | Rua Rio Almada, Nº 196, CEP:46605-375, Góes Calmon

Paulo Afonso | Rua Nelson Rodrigues, Nº 92, CEP: 4860-000, Panorama

Porto Seguro | Rua Itagibá, Nº 139, CEP: 45810-000, Centro

Alagoinhas | Rua Democrata, S/N, CEP:48000-100, Jardim Petrolar

Vitória da Conquista | Av. Humberto de Campos, Nº 205, CEP:450230-000, Jurema

Teixeira de Freitas | Rua Santa Bárbara, S/N, CEP:45995-000, Bom Jesus

7 Neams:

Luís Eduardo Magalhães | Av. Ayrton Senna, 395, Santa Cruz

Senhor do Bonfim | R. Juvêncio Fialho, 20 - Bonfim III

Irecê | R. Santo André, 119, Copirecê

Santo Antônio de Jesus | Av. ACM, S/N, São Benedito

Valença | Rua Cidade do Rio de Janeiro, nº 01, Novo Horizonte

Itapetinga | Rua Equador, s/n, Ecosane

Santo Amaro | Av. Rui Barbosa, 232, Bonfim

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Com o propósito de oferecer capacitação e, ao mesmo tempo, contribuir para o aumento da diversidade, equidade e inclusão no mercado de tecnologia, a Braskem lança o Be Tech by Braskem, programa de formação com foco em educabilidade (educação aliada às oportunidades de empregabilidade) para novos talentos que desejam iniciar a carreira em Ciência de Dados.

É a primeira vez que a companhia promove essa iniciativa, realizada em parceria com a Ada, empresa especializada em formações em tecnologia. A edtech possui metodologia única com jornada síncrona e assíncrona, e já formou mais de 7 mil alunos.

Com duração de 6 meses e em formato ao vivo e remoto, o curso Be Tech by Braskem é gratuito e dedicado a pessoas pretas ou pardas, acima de 18 anos e que tenham concluído o ensino médio, sendo que pelo menos metade das vagas são exclusivas para mulheres que se encaixem na descrição anterior. Os interessados também devem residir no Brasil.

Nesta primeira edição do programa são oferecidas 25 vagas. As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas no site do programa: https://ada.tech/sou-aluno/programas/be-tech-by-braskem. A seleção é composta de quatro fases: 1) curso online, 2) teste de lógica, 3) dinâmica em grupo e 4) coding tank (etapa eliminatória com cinco aulas remotas ao vivo de lógica da programação que irá avaliar os candidatos na prática, entre 03 e 09 de maio de 2023).

Para Guilherme Baeta, Chief Digital Officer da Braskem, o programa está alinhado com o investimento relevante em transformação digital que a companhia vem fazendo nos últimos anos. “O Be Tech by Braskem vai contribuir para a formação de novos profissionais, neste momento em que novas tecnologias e inovação digital são cada vez mais estratégicas, e vem ganhando cada vez mais espaço na tomada de decisões das empresas e na transformação dos negócios”, afirma.

O curso está previsto para acontecer de 17 de maio a 8 de novembro de 2023. As aulas serão às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h, no modelo virtual e ao vivo. Os estudantes selecionados terão aulas de lógica e técnicas de programação, banco de dados, estatística, machine learning e modelos produtivos.

“Além de capacitar talentos em Ciência de Dados neste programa, a Braskem tem o compromisso de promover a inclusão e a diversidade. Entendemos que ações afirmativas são necessárias para impulsionar a empregabilidade na área de tecnologia”, explica Camila Fossati, diretora de Desenvolvimento Organizacional da companhia.

Para Felipe Paiva, CEO e fundador da Ada, programas como esse abrem portas para uma nova geração de profissionais se qualificarem em tecnologia: "Essa parceria com a Braskem é mais uma prova de que existe solução para o déficit de profissionais de tecnologia no mercado, e estamos no caminho certo, construindo com nossos parceiros a próxima geração tech.”

Para mais informações e inscrições acesse o edital no site do programa: https://ada.tech/sou-aluno/programas/be-tech-by-braskem.

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O governador Jerônimo Rodrigues anunciou que as cadeiras da Arena Fonte Nova localizadas atrás do gol onde a torcida Bamor se posiciona nos jogos do Esporte Clube Bahia serão retiradas, e o espaço voltará a ter arquibancadas. A iniciativa, aprovada pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros, atende a uma reivindicação antiga dos torcedores. O assunto foi tratado em reunião entre o governador, o presidente da torcida Bamor, Half Silva, e o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, na noite desta terça-feira (28), no Centro Administrativo.

Jerônimo destacou que houve um estudo de viabilidade da iniciativa, levando em consideração a segurança dos torcedores. “Era uma antiga demanda, tanto do Esporte Clube Bahia quanto da torcida Bamor. Nós conversamos com a Setre, com o nosso Corpo de Bombeiros, que é quem faz o regramento, e, por conta do Estatuto do Torcedor, a Procuradoria Geral do Estado delineou bastante a segurança. A justificativa é que ali você consegue não ter prejuízo com a quebra de cadeiras, é um espaço combinado com o clube, com a Arena e com a torcida. O clube vai arcar com as despesas e nós teremos, dentro de alguns dias, a liberação do espaço já sem as cadeiras. Espero que isso ajude a motivar a torcida, a fortalecer o Esporte Clube Bahia e o esporte no estado”.

O presidente da Bamor, Half Silva, agradeceu a iniciativa. “Tem muito tempo que a gente vem pedindo isso, e hoje o governador deu essa ajuda para a gente. Vamos aguardar agora o dia da inauguração para fazer essa festa”. Bellintani também elogiou a novidade. “Ter mais de uma opção, mais de uma forma de ver o jogo, mostra o quanto o governador está sensível a um desejo da torcida e de todo o público que vai à Fonte Nova. O governador foi capaz de entender o comportamento do torcedor da Bahia, e nós vamos comemorar sempre com muita responsabilidade e cuidado com as pessoas que vão ao estádio e com o patrimônio público. Parabéns ao Governo do Estado por essa decisão”.

Apoio do Clube ao Bahia sem Fome

O Esporte Clube Bahia anunciou, durante a reunião, a parceria com o Governo do Estado no Programa Bahia sem Fome. “No próximo domingo, na final do Campeonato Baiano, o Esporte Clube Bahia já integra o Programa Bahia Sem Fome. Vamos ter um ponto de arrecadação em todos os jogos até o final do ano, estimulando nossa torcida pelos meios de comunicação, mas também fazendo jogos treinos, jogos da equipe feminina, da base, além de treinos abertos à torcida, todos com arrecadação de alimentos. Essa é uma prioridade do Governo do Estado, que sabe identificar a necessidade da nossa população mais carente, e o Esporte Clube Bahia vai estar junto nesse movimento” afirmou o presidente.

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Os estudantes que ingressam na Universidade Federal da Bahia (Ufba) através da primeira chamada do Sisu 2023.1, deverão iniciar as aulas na próxima segunda-feira (3) - cinco dias após a data anteriormente estabelecida, 29 de março. De acordo com a instituição de ensino, o adiamento foi provocado pela demora na divulgação do resultado do Sisu pelo Ministério da Educação em 2023, o que impactou na necessidade de estender o tempo para a realização de todas as etapas dos processos seletivos. "Por este motivo, diversas instituições federais de ensino superior optaram por somente matricular os aprovados no Sisu 2023 no segundo semestre letivo", informa a Ufba.

Ainda de acordo com a universidade, a mudança não vai impactar nas datas de início e término dos dois semestres letivos de 2023 previstas pelo calendário acadêmico. A data de encerramento do semestre 2023.1 permanece em 15 julho e o semestre letivo 2023.2 acontecerá de 14 de agosto a 16 de dezembro. Os ingressantes das chamadas seguintes do Sisu 2023.1 iniciarão seus cursos no segundo semestre de 2023.

A Ufba disponibilizou 4.695 vagas de acesso via SISU, além de possuir processos seletivos próprios. A instituição informa que as etapas fundamentais destes processos envolvem grande complexidade e equipes dedicadas, em procedimentos indispensáveis à matrícula dos estudantes aprovados. "Esse último ajuste na data de ingresso, portanto, visa a assegurar o correto preenchimento das vagas, seja pela política de cotas ou pela ampla concorrência", informa.

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Casos como os dos sete trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão, na terça-feira (21), em uma obra de construção civil em Barra Grande, no litoral sul da Bahia, não são isolados. Pelo contrário, no estado, os registros de situações assim estão se multiplicando. Em quatro anos, de acordo com o Ministério do Trabalho (MT), o número de pessoas resgatadas dessas condições cresceu 290% por aqui. Dados do Portal de Inspeção do Trabalho apontam que, em 2019, foram 21 os trabalhadores retirados de situações análogas à escravidão. Em 2020, saltou para 64. No ano seguinte, 70. Em 2022, pulou para 82.

No caso de Barra Grande, mais precisamente na Península de Maraú, as empresas que contrataram trabalhadores não tiveram os seus nomes revelados e ninguém foi preso. Apesar disso, o MPT – Ministério Público do Trabalho explica que as empresas quitaram as verbas rescisórias e assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) emergencial, arcando com os custos de hospedagem, alimentação e transporte dos trabalhadores até as cidades de origem.

O órgão diz ainda que negocia um outro termo que garanta o pagamento de indenização por danos morais aos trabalhadores e à sociedade. Entre as sete vítimas, seis eram homens jovens e um ainda adolescente, com 16 anos. Este é, inclusive, o perfil mais comum das vítimas.

Segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e do Tráfico de Pessoas, que monitora o perfil dos trabalhadores resgatados entre os anos de 2002 e 2022 em todo o país, homens foram 93% das 43.738 vítimas nos casos onde há a descrição de gênero. Dentre estes, o público entre 18 e 29 anos representa 44%, com 18.273 registros.

O que explica o crescimento?
As situações de trabalho análogo à escravidão na Bahia começaram a eclodir, principalmente, com a pandemia. Ana Paula Studart, advogada especialista da área trabalhista e sócia do 4S Advogados, afirma que a situação não é à toa. De acordo com ela, as vulnerabilidades social e econômica da população brasileira, acirradas no período pandêmico, estão entre as principais causas para o avanço dos casos de trabalho em condições análogas à escravidão atualmente.

"O desemprego, a falta de instrução e a baixa qualidade de vida acabam levando à aceitação dessas condições que caracterizam o trabalho escravo moderno. Trabalhadores desesperados, com sérias dificuldades econômicas, acabam acreditando em falsas propostas de emprego", explica ela, que é mestre em Direito.

A especialista também cita o aumento de denúncias realizadas nessas situações. E aponta, ainda, um enfraquecimento nas ações de combate pelos órgãos responsáveis com os cortes de orçamento dos últimos anos e a falta de auditores fiscais do trabalho, responsáveis por resgatar trabalhadores, interditar empresas, calcular rescisões e trabalhar para a indenização das vítimas encontradas.

"Apesar do esforço dos órgãos de fiscalização e do aumento das denúncias, houve redução das fiscalizações nos últimos anos tanto por conta da pandemia como pela ausência de auditores. Existem muitos cargos vagos e uma necessidade de mais pessoas para atenderem às denúncias e realizarem a fiscalização necessária", destaca.

Membro do Sindicato Nacional dos Auditores-fiscais do Trabalho (SINAIT) e parte da direção na Bahia, Daniel Fiúza é auditor fiscal do trabalho e destaca que o número de profissionais no setor está muito aquém do que deveria existir para uma fiscalização robusta e condizente com o número de trabalhadores ativos do estado.

"Além do trabalho escravo, temos diversas questões para fiscalizar, seja de segurança ou saúde do trabalhador. Hoje, no estado, temos cerca de 100 auditores. Considerando que precisa ter um auditor para cada 15 mil trabalhadores ativos, precisaríamos de quase o dobro disso, quase 200 para dar conta".

No Brasil como um todo também há menos fiscais que casos a serem fiscalizados, diz Daniel. São 1.900 auditores fiscais de trabalho, sendo somente 1.400 em área de fiscalização porque os outros 500 ficam em cargos de chefia e coordenação. O ideal seria, pelo menos, seis mil auditores. Por isso, ele acredita que há, seguramente, uma subnotificação de casos análogos à escravidão em meio a alta dos números.

"Não tenha dúvida que poderia ser mais. Lá em Ilhéus, onde fui coordenador, a gente fez alguns resgates no cultivo de cacau, na construção civil e em outras áreas. No entanto, ali, são três auditores para cobrir um milhão de trabalhadores ativos. Então, apesar de localizar casos, é inviável produzir a fiscalização necessária para conter mais casos", explica Fiúza.

Traficados para o trabalho escravo
Os trabalhadores baianos passam por situações análogas à escravidão em outras partes do país. Segundo o Painel de Inspeção do Trabalho, a Bahia é o segundo estado de onde mais partem pessoas traficadas para trabalho escravo no país, com 408 registros entre 2018 e 2021. Os números de 2022 ainda não foram divulgados pelo painel. Com os dados disponíveis, o estado fica atrás na estatística apenas de Minas Gerais, que registrou 761 vítimas no período.

Os municípios baianos com maior número de trabalhadores vítimas dessa situação são Xique-Xique (53), Porto Seguro (39), Salvador (14), Itabuna (9) e Angical (5). Apesar de não ter em mãos os números de 2022, a Bahia já sabe que, em 2023, ao menos 198 trabalhadores foram resgatados dessas condições em vinícolas terceirizadas das empresas Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

As vítimas já voltaram para a Bahia e foram encaminhadas para o mercado de trabalho, além de contar com a indenização de quase R$ 30 mil das empresas para cada trabalhador. Na esfera penal, de acordo com o Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA), houve recente operação de busca e apreensão da PF para instruir o inquérito que apura o crime de submissão ao trabalho escravo.

O procurador-geral do Trabalho, José Lima de Ramos, veio à Bahia no último dia 10 de março para se reunir com órgãos de fiscalização e o judiciário para articular uma resposta ao caso de Bento Gonçalves. Saiu das reuniões com otimismo:

"Encontramos no TRT daqui da região um campo fértil para ações de defesa dos direitos fundamentais. Articulações são necessárias para saber enfrentar exatamente essa chaga do trabalho escravo contemporâneo", diz.

Procurador-chefe do MPT Bahia, Luís Carneiro se reuniu com o procurador geral para reforçar o compromisso de combate ao crime. Ele falou à reportagem sobre o que é trabalho escravo, que independe do pagamento de salário. "Trabalho escravo é submeter uma pessoa a condição sub-humana. Não é só colchão fino, pouca comida. É uma condição de degradação completa em alguns elementos concorrem para que você tire todos os elementos fundamentais do ser humano", afirma Carneiro.

Trabalhadores resgatados fora dos estados de origem:

761 - Minas Gerais
408 - Bahia
308 - Maranhão
201 - São Paulo
188 - Ceará
165 - Piauí
127 - Pernambuco
117 - Goiás
116 - Pará
113 - Mato Grosso do Sul
49 - Alagoas
37 - Sergipe
33 - Paraíba
30 - Tocantins
29 - Paraná
27 - Mato Grosso
25 - Santa Catarina
24 - Espírito Santo
19 - Rio Grande do Norte
18 - Roraima
13 - Rio de Janeiro
12 - Amazonas e Rio Grande do Sul
9 - Rondônia
2 - Distrito Federal
1 - Amapá
0 -Acre

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Chegou ao fim, esta semana, a estação mais quente do ano, e esse primeiro verão de eventos pós-pandemia já deixa saudade nos soteropolitanos. A temporada relembrou que a o povo de Salvador adora festa: a capital baiana teve, em três meses, mais eventos que em 2022 inteiro. De 1º de janeiro até o último dia 16, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) emitiu licença para 286 eventos na capital. No ano passado foram 215.

Além disso, o número de cruzeiros bateu recorde, trazendo turistas de todos os cantos do mundo. A Polícia Federal registrou visitantes de 143 países na Bahia, entre dezembro e março. Foram mais de 10 mil argentinos. Mas também vieram portugueses, espanhóis, franceses e italianos, e gente do Azerbaijão, Paquistão, Finlândia, Madagascar e Indonésia.

A prefeitura informou que 3 milhões de visitantes estariam em Salvador no verão - parte deles veio pelo mar. Cerca de 80 cruzeiros estarão atracando na cidade até abril, o que foi considerado um recorde para o período.

O retorno do Festival Virada Salvador, com 74 shows em dois palcos e 100 horas de música, causou frisson. A meta de alcançar 100% de ocupação hoteleira foi atingida rapidamente, feito muito comemorado depois de dois anos seguidos de pandemia. Nas palavras do prefeito Bruno Reis, esse foi “o maior verão de todos os tempos”.

“A cidade bombou. Tivemos praticamente 100% de ocupação hoteleira em todo esse período, com as pessoas permanecendo mais tempo na cidade. Antes, elas ficavam no máximo três dias. Agora, em torno de seis dias, graças a tudo o que fizemos, novos equipamentos turísticos que oferecem programação e recuperação do nosso patrimônio histórico e cultural. É uma cidade muito melhor para todos nós que moramos aqui e para os milhares de turistas que recebemos”, afirmou Reis

Janeiro chegou com os famosos ensaios de verão e as festas ficaram lotadas para a alegria do motorista por aplicativo Davi Conceição, 28. Ele conseguiu terminar de construir a casa da mãe: “Isso só foi possível porque trabalhei duro. Dormia durante o dia para fazer as corridas à noite. Tinha festa em todos os cantos da cidade, todos os dias e para todos os públicos”, contou.

O verão trouxe de volta também a tradição da Lavagem do Bonfim. A festa que acontece desde o século XVIII nunca tinha sido interrompida. Deste vez, a procissão marítima foi a maior já registrada.

Maior festa de rua
O pré-carnaval foi de ruas lotadas no Furdunço e no Pipoco. No Centro Histórico, a Ladeira da Preguiça ficou irreconhecível com tantos foliões, e o circuito Osmar deu sinais claros de que ainda está vivo, com ruas cheias e grandes artistas. Na Barra e nos bairros a festa também foi intensa.

Segundo dados da prefeitura, o município movimentou R$ 2 bilhões no carnaval. A vendedora ambulante Valdelice Souza, 53, trabalhou muito.

“O carnaval é importante em vários sentidos. Para a gente, é a oportunidade de fazer um pé de meia, um dinheiro que ajuda a pagar as contas nos próximos meses. Mas tem também um lado afetivo que a gente tem com a festa. Carnaval é Bahia, e o baiano é carnaval”, brincou Valdelice

Festival da cidade
Apesar de o verão ter dado ‘tchau’, a folia ainda não acabou. O Festival da Cidade, evento que celebra os 474 anos de Salvador, tem uma programação extensa, que começou no último dia 15 e segue até 2 de abril, com shows, peças teatrais, oficinas. Segundo o prefeito Bruno Reis, o objetivo é claro: “Nós queremos fazer um evento de projeção nacional. Um evento que vai ficar no calendário do Brasil e, em especial, no calendário da nossa cidade”.

Neste sábado terá show de rock no Parque da Cidade com Marcos Clement convidando Thathi, Banda Monarka e Rebeca Matta. No domingo tem Mariene de Castro com Aloísio Menezes, Roberto Mendes e Ganhadeiras de Itapuã no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho. Neste dia, a banda Jammil estará no pôr-do-sol do Humaitá, na Cidade Baixa.

No fim de semana seguinte, haverá show de Márcia Short, baile de orquestras e banda Mudei de Nome dando a volta no Dique do Tororó. No domingo, dia 2, tem show de Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Luedji Luna no Farol da Barra, com transmissão ao vivo pela Rede Globo.

A cidade de Salvador e o estado da Bahia encaram mais um surto de dengue. Entre janeiro e março deste ano, a capital baiana registrou 1.066 casos da doença, o que representa um aumento de 773% em relação ao mesmo período do ano passado - quando 122 casos foram notificados. No estado, a situação também é grave: foram 9.925 casos de dengue em dois meses e um aumento de 55% em relação ao ano anterior. Ao menos 36 municípios baianos estão em situação de epidemia.

Os surtos de dengue ocorrem quando as condições climáticas são favoráveis para a proliferação do mosquito que transmite a doença, o Aedes aegypti. É de praxe que os casos aumentem em Salvador entre março e abril, quando o clima está quente e úmido. Mas não é só isso. Especialistas ouvidos pela reportagem analisam que a pandemia influenciou o crescimento considerável de pessoas doentes.

Durante mais de dois anos, pouco se falou sobre as arboviroses - doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. A atenção da sociedade e dos governantes estava voltada para a disseminação da covid-19 e campanhas contra doenças transmitidas pelo Aedes não tiveram o impacto necessário para evitar mais um surto, analisa o virologista e pesquisador Gúbio Soares.

“Todos os agentes de saúde estavam voltados para a pandemia, não se podia visitar as casas das pessoas e as campanhas foram praticamente suspensas. Durante dois anos houve uma proliferação excessiva do mosquito”, pontua.

Apesar do descuido, o fator climático tem um peso importante. Os distritos sanitários do Subúrbio Ferroviário, Pau da Lima e Cabula/Beiru são os que historicamente registram mais casos da doença. “Salvador e a Bahia como um todo estão tendo altas temperaturas com chuvas em algumas regiões. O calor intenso e o acúmulo de água favorecem a proliferação dos mosquitos”, completa.

Os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), dizem respeito aos casos prováveis da doença. Isso significa que são pessoas que tiveram os sintomas compatíveis, mas não houve confirmação laboratorial.

Estado
Na Bahia, entre o primeiro dia do ano e 11 de março, foram notificados mais de 9,9 mil casos prováveis. No mesmo período do ano passado, haviam sido 6.371. Duas mortes foram registradas e o coeficiente de incidência (CI) é de 67 doentes a cada 100 mil habitantes. As cidades que possuem mais notificações de dengue proporcionais ao número de moradores são: Vereda (148), Lençóis (250), Piripá (218), Itapé (164) e Ibipitanga (255).

Como o período mais quente e chuvoso do ano vai continuar até abril, especialistas concordam que o número de casos deve crescer, especialmente se medidas de controle não forem colocadas em prática. Atualmente, 900 agentes comunitários de Salvador atuam na visita de casas e monitoramento de água parada.

O ritmo frenético de contaminação de dengue não é restrito à Bahia. Entre janeiro e fevereiro, o Brasil registrou 160 mil casos - um aumento de 46% em relação ao mesmo período de 2022.

A cidade de Espírito Santo registrou ao menos nove mortes em decorrência da dengue, em Minas Gerais foram seis. Rondônia registrou mais de mil pacientes confirmados em janeiro, 40% a mais que em todo o ano passado.

Sintomas
Morador de Feira de Santana, Arthur Matos, 23, foi à emergência de um hospital na cidade na última quarta-feira (15) quando começou a ter os primeiros sintomas de dengue. “Tive febre alta, minhas pernas e costas doíam muito. Também tive muita dor no olho, como se alguém estivesse apertando. A dor de cabeça também não passava com nenhum remédio”, conta.

Mesmo com todos os indicativos, o médico que o consultou pediu que ele retornasse após seis dias de sintomas para que um exame de sangue crave se Arthur de fato está com dengue. Enquanto isso, ele toma remédio para conter os sintomas.

A dengue pode evoluir para casos graves, por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar um médico logo nos primeiros dias de sintomas. “Normalmente as arboviroses causam febre, fraqueza e dor de cabeça. A zika dá um quadro menos intenso e com manchas no corpo. A característica principal da Chikungunya é muitas dores no corpo”, especifica Gúbio Soares.

Zika e Chikungunya
Assim como a dengue, os casos de zika também crescem e em ritmo ainda mais acelerado. Já são 332 registros da doença no estado neste ano, contra 182 no mesmo período de 2022. O incremento é de 82%. Segundo a secretaria estadual de Saúde, 42 municípios baianos realizaram notificações para o agravo da doença. Piripá, Itapé e Ituberá são as cidades com mais casos registrados.

“O ideal seria que o estado não tivesse nenhum caso de zika porque é muito perigoso para a população, principalmente para mulheres grávidas e que planejam engravidar. Não sabemos a intensidade da circulação em Salvador”, analisa Gúbio Soares, que é o descobridor do vírus no Brasil. Em 2015, houve uma explosão de casos de microcefalia em crianças associadas ao zika vírus.

Na contramão da curva ascendente, outra doença transmitida pelo Aedes aegypti registra diminuição de casos na Bahia. Entre 1º de janeiro e 11 de março, foram notificados 3.769 casos de chikungunya. O número representa uma diminuição de 25% em comparação com o ano passado, quando 5.839 registros foram feitos no mesmo período.

Mas se o mesmo tipo de mosquito é responsável pela transmissão dos três vírus, como é possível que uma das doenças esteja em queda enquanto outras crescem em incidência?

Apesar de não haver resposta definitiva para essa pergunta, estudos indicam que o cenário por ter ligação com a imunidade da população. As doenças virais se espalham com mais facilidade onde os moradores não estão imunes, como lembra Viviane Boaventura, pesquisadora da Fiocruz Bahia e professora da Faculdade de Medicina da Ufba.

“A chikungunya parece conferir uma proteção mais duradoura, com anticorpos circulando por longo período após a infecção. Assim, se uma região sofreu uma epidemia recente, é esperado que parte da população esteja protegida, o que reduz a chance do vírus se espalhar”, explica Viviane Boaventura. Nenhuma morte por zika e chikungunya foram registradas este ano no estado.

Obras Sociais Irmã Dulce participaram da criação da vacina contra a dengue

Na quinta-feira (2), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. A Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus, conferindo uma ampla proteção. O Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) está entre os cinco núcleos do país responsáveis pelos ensaios clínicos que levaram à aprovação.

O imunizante é o único contra a dengue aprovado no Brasil para a utilização em pessoas que não tiveram exposição anterior à dengue e sem necessidade de teste pré–vacinação. A vacina é indicada para indivíduos de 4 a 60 anos de idade. Apesar da boa notícia, uma longa caminhada deverá ser percorrida até que o imunizante seja largamente disponibilizado.

Para que isso aconteça, a vacina deve ser analisada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que define um preço teto da vacina. Na sequência, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisará a incorporação na rede pública de saúde. Ou seja, o imunizante deve ser disponibilizado inicialmente em clínicas particulares.

Questionado, o Ministério da Saúde (MS) não deu prazo para que as análises sejam realizadas e disse apenas que o Conitec considera aspectos como eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico.

Quem participou do longo processo para que a vacina fosse finalizada, comemora o passo importante para a erradicação da doença no país. O infectologista Edson Moreira, coordenador do Centro de Pesquisa Clínica das Obras Sociais Irmã Dulce, ressalta as dificuldades para a elaboração do imunizante.

“A vacina para dengue é um grande desafio porque a doença é causada por quatro subtipos de vírus. Nós tivemos que despertar uma resposta imune que fosse capaz de proteger os quatro tipos”, afirma o médico pesquisador. Para que a eficácia fosse suficiente, uma técnica conhecida foi utilizada.

“Nós utilizamos a técnica do tipo dois do vírus vivo atenuado, que confere segurança à população. Vacinas contra o sarampo e a rubéola são feitas da mesma forma”, explica Edson Moreira.

Violência dificulta o combate do mosquito em Salvador

Enquanto a vacina contra a dengue não chega à população, o combate ao Aedes aegypti continua sendo a forma mais eficaz para controlar os casos de dengue, zika e chikungunya. Porém, em Salvador, a saúde pública enfrenta um empecilho cruel: a violência urbana.

A meta da Secretaria Municipal de Saúde é que ao menos 80% dos domicílios da capital baiana sejam fiscalizados anualmente. Para isso, os agentes deveriam frequentar cada residência seis vezes ao ano, sendo uma visita a cada mês. A violência, no entanto, dificulta que os funcionários circulem em locais onde há conflitos armados.

“Todos os dias nós somos informados que não tem como trabalhar em certos locais por conta de conflitos e os agentes precisam ir para outras áreas. É difícil conseguirmos completar todos os ciclos por conta disso”, afirma Cristina Guimarães, subgerente de arboviroses.

Apesar do árduo trabalho dos agentes, o trabalho de prevenção é coletivo. “A gente pede para que o morador faça uma inspeção semanalmente em casa e evite recipientes com água parada”, completa.

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No poder desde 2016, dirigente fará novo mandato até 2027

Uma recém-nascida raptada foi localizada e a sequestradora foi capturada em flagrante, na quarta-feira (15), pela 73ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Juazeiro). A criança foi devolvida à mãe.

De acordo com o subcomandante da unidade, capitão Alécio Albuquerque, a equipe foi procurada pela mãe da criança, que revelou ter sido atacada com socos por uma mulher enquanto seguia para o terminal de transporte coletivo. A vítima caiu e teve o bebê sequestrado.

A equipe fez rondas na região e encontrou a criminosa com a criança no colo, em frente ao Hospital da Mulher, enquanto tentava pegar um veículo por aplicativo. Ela foi reconhecida pela mãe e levada à 17ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.

A delegada Lígia Sá, titular da Coorpin, explicou que a mulher está ligada a outro sequestro, cometido na sexta-feira (10), na cidade. Ela teria solicitado uma criança a uma travesti, que realizou o rapto.

Os dois envolvidos no crime permanecem presos e seguirão para a audiência de custódia.

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