As próximas doses das vacinadas da Janssen contra a covid-19 que chegarem à Bahia serão distribuídas aos 417 municípios baianos, informou nesta terça-feira (29) a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). A decisão foi aprovada na manhã de hoje pela Comissão Intergestores Bipartites (CIB), que reúne representantes do estado e de todas as cidades baianas.

A primeira remessa da vacina foi distribuída apenas para os municípios da Região Metropolitana de Salvador, Conde, Saubara e Santo Amaro, também em decisão da CIB, por conta da proximidade da data de vencimento do lote. Na época, não houve satisfação em todas as cidades. O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, chegou a afirmar que iria à Justiça para tentar garantir parte do lote. "Não vamos tolerar, mais uma vez, esse desrespeito, esse desprezo pela maior cidade do interior da Bahia", disse na época.

“Vamos usar toda a infraestrutura do Estado para entregar as vacinas rapidamente”, diz o scretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas. A Sesab não informou qual a previsão para chegada de mais vacinadas da Janssen. O imunizante tem o diferencial de ser o único de aplicação em uma dose só.

A reunião determinou também que o mínimo de 10% das doses será reservado para os grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação. As cidades que já concluíram a imunização desses grupos podem usar 100% das doses na vacinação por idade.

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O primeiro lote com doses da vacina da Janssen compradas pelo Ministério da Saúde chegaram nesta terça-feira (22) ao Brasil. O lote com 1,5 milhão doses desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O contrato do governo federal com a farmacêutica prevê a entrega de um total de 38 milhões de doses. A chegada do lote estava prevista para a semana passada, mas foi adiada.

O imunizante apresentou eficácia de 66% para os casos moderados a graves, e de 85% para os casos graves.

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A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou nesta quarta-feira, 31, o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen contra a covid-19 durante a 5ª Reunião Extraordinária Pública de 2021. O governo federal já havia fechado um contrato para aquisição de 38 milhões de doses, que só vão chegar no último trimestre de 2021.

A vacina contra covid-19 da Janssen, uma subsidiária da Johnson & Johnson, registrou uma eficácia global de 66%, sendo que se mostrou eficaz em 85% para casos graves. Este imunizante é o quarto aprovado para uso no Brasil - os outros são da Pfizer, Oxford/AstraZeneca, ambos com registro oficial, e Coronavac, que tem parceria entre Sinovac e Instituto Butantan para utilização emergencial.

Na apresentação de Gustavo Mendes Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, ficou evidente que a vacina da Janssen mostrou-se eficaz para profilaxia em adultos acima de 18 anos em uma dose única de 0,5ml. "É uma vacina que foi aprovada para uso emergencial em diversos países", disse, antes de a Diretoria Colegiada antes de aprovar a autorização temporária para uso emergencial.

Entre as recomendações, ele pontuou que ela não pode ser congelada, precisa ser protegida da luz e depois de o frasco ser aberto, é necessário utilizar em até seis horas, conservando entre 2ºC e 8ºC. "Temos dados de que a vacina produziu anticorpos neutralizantes e induziu respostas celulares. Também tem respostas de neutralização do SARS-CoV-2 em 14 dias após a única dose", comentou.

O especialista elencou ainda algumas incertezas e até por isso um termo de compromisso para complementação de estudos e novos dados foi firmado entre a Anvisa e a farmacêutica. Entre as dúvidas deste imunizante estão o tempo de duração da proteção, a experiência limitada em mulheres grávidas, as incertezas sobre eficácia da vacina contra novas variantes do coronavírus e a ausência de evidências de que o imunizante previna a transmissão do SARS-CoV-2 de pessoa para pessoa.

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