A madrugada foi de tensão e terror para os moradores do Largo do Tanque após um grupo explodir uma agência da Caixa Econômica. Além do ataque ao banco, os bandidos fizeram cerca de 30 pessoas como reféns.

De acordo com testemunhas, os bandidos abordavam as pessoas que passavam pelo local, entre moradores, rodoviários e mototaxistas, para fazer uma espécie de escudo humano e bloquear a via. Quatro bandidos controlavam o trânsito de quem passava pelo local. Os reféns ficaram ajoelhados no meio da pista, enquanto os bandidos tentavam roubar a agência.

Outros dois ficaram dentro da agência explodindo os caixas eletrônicos. A ação durou 20 minutos, mas foi o suficiente para instalar o clima de terror entre os moradores da região. Eles contaram que ouviram mais de 100 tiros.

"Eles deram mais de 100 tiros para o alto, mas ninguém saiu ferido. Eles atiravam para fazer as pessoas parem. Rodoviários, taxistas, mototaxistas, todo mundo que passava na hora. Um dos caras chegou descarregar um fuzil atirando para cima. Foi um terror", disse um morador.

O esquema para roubar a agência aparentava ter sido muito organizado, de acordo com testemunhas. "Uma coisa é a adrenalina de um filme. Outra coisa é a vida real. Os caras estavam muito bem articulados, cronometrando tudo, se comunicavam com rádios", contou um morador.

O tiroteio e as explosões assustaram os moradores, que não conseguiam mais dormir. "Ninguém conseguiu dormir hoje. Muita gente passou mal em casa, mas ninguém pôde dar socorro com medo de morrer, porque uma certa vez, numa outra explosão no ano passado, um manobrista foi morto quando chegava do trabalho. Ele não entendeu a ordem de parar e os caras do assalto atiraram nele", relatou outro morador.

Na ação desta madrugada, os bandidos conseguiram fugir levando alguns malotes. "Daqui de casa deu pra ver eles saindo com três malotes, retirados após cada explosão. O último parecia que tinha mais dinheiro porque foi preciso dois deles para carregar", finalizou uma testemunha. A agência ficou destruída após a ação e o teto chegou a desabar.

A polícia chegou após as explosões. Em nota, a Polícia Militar informou que, por volta das 3h40 desta sexta-feira (30), policiais militares da 9ª CIPM foram acionados pelo Cicom, para averiguar informação sobre a explosão de caixas de autoatendimento.

"Com apoio da 37ª CIPM e Rondesp/BTS, as guarnições da unidade realizaram buscas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. A área foi isolada e preservada para realização da perícia pela Polícia Federal que investigará o caso", diz a nota enviada pela instituição.

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Um funcionário de uma agência do Bradesco em Itajuípe, no sul da Bahia, foi mantido refém por um grupo que assaltou o banco na manhã desta quarta-feira (14). De acordo com informações da Polícia Civil, o caso aconteceu por volta das 8h. Quatro homens fortemente armados aproveitaram o momento em que funcionários chegavam ao local para entrar no estabelecimento.
"Eles aproveitaram o momento em que um funcionário abriu a porta giratória da agência para jogar o lixo fora e adentraram o local", explicou a delegada Magda Sueli Figueiredo, titular do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras (Garcif).

Até o final da tarde desta quarta, a polícia não tinha conseguido informações sobre o paradeiro do refém, que trabalha como substituto do gerente na agência, nem dos criminosos. Ainda segundo a delegada, cerca de oito funcionários estavam na agência no momento do crime. Todos eles foram mantidos reféns durante a ação, que durou cerca de 15 minutos.

Ainda não há informações sobre a quantia levada pelos criminosos, que também conseguiram roubar um colete a provas de balas e uma arma que estavam sob domínio do segurança.

Minutos depois da fuga, os bandidos abandonaram o carro com que chegaram à cidade, um Fiat Uno prata, em uma estrada que dá acesso à BR-101 e ao povoado de Barro Preto. O veículo foi queimado pelos suspeitos, que conseguiram fugir após encontrar um outro grupo, a bordo de outro veículo.

Equipes da Polícia Civil, além das guarnições da Companhia Independende de Polícia Especializada (CIPE) das cidades de Coaraci, Almadina e Itabuna fazem rondas para localizar os suspeitos.

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