O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski anunciou hoje (30) que decidiu antecipar sua aposentadoria para 11 de abril. O anúncio foi feito pelo ministro após a sessão desta quinta-feira, a última que ele participou.

Lewandowski foi nomeado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e seria aposentado compulsoriamente em 11 de maio ao completar 75 anos, idade limite para permanência no cargo.

A formalização da antecipação da aposentadoria foi solicitada à presidente do STF, Rosa Weber. O documento será enviado formalmente à Presidência da República.

Durante entrevista, Lewandowski disse que decidiu antecipar a data por questões pessoais. “Essa antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam. Eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo”, disse.

Com a antecipação, Lula deverá indicar um novo ministro para o Supremo. Antes da posse, o ocupante da nova cadeira deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e votação no plenário da Casa.

A aposentadoria antecipada provocará uma corrida pela disputa da vaga. Entre os cotados para substituir o ministro está o advogado Cristiano Zanin, que atuou como defensor de Lula nos processos da Operação Lava Jato.

Lewandowski disse ainda que, na semana passada, informou ao presidente Lula que iria antecipar a aposentadoria, mas não fez sugestões de substitutos.

“Todos os nomes que estão aparecendo como candidatos são pessoas com reputação ilibada, com trajetória jurídica impecável. O STF estará muito bem servido com qualquer dos nomes que têm aparecido", concluiu.

Não há prazo para Lula indicar novo ministro.

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O polonês Robert Lewandowski foi o vencedor, nesta quinta-feira (17), em cerimônia remota, em Zurique, na Suíça, do prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa na temporada 2019/20. O atacante polonês do Bayern de Munique superou o argentino Lionel Messi, do Barcelona, e o português Cristiano Ronaldo, da Juventus. O período de avaliação para os concorrentes foi de 8 de julho de 2019 a 7 de outubro de 2020.

A abertura da cerimônia foi feita pelo presidente da Fifa, Giovanni Infantino, agradecendo aos profissionais de saúde pelo trabalho feito no período de pandemia. Homenagens também foram feitas a Maradona e Paolo Rossi, mortos recentemente.

Lewandowski, de 32 anos, teve um período espetacular, ao ser autor de 55 gols decisivos, em 47 jogos, para a conquista dos títulos da Liga dos Campeões da Europa, do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha pelo Bayern de Munique na temporada passada.

Lewandowski se junta ao croata Modric, eleito em 2018, a superarem Messi e Cristiano Ronaldo desde 2008. O craque sul-americano soma seis taças e o europeu tem cinco. O artilheiro também se tornou o primeiro finalista do Bayern neste período hegemônico de Messi e Cristiano Ronaldo a ser eleito o melhor do mundo, algo que não foi alcançado pelo meia Ribery, líder do time vencedor da Liga dos Campeões em 2013, ou pelo goleiro Neuer, destaque da seleção alemã campeã da Copa em 2014.

Entre seus vários feitos importantes Lewandowsk se tornou o primeiro jogador a marcar 10 gols nas 6 primeiras rodadas do Campeonato Alemão e a fazer gols nos 11 compromissos iniciais do torneio. Também marcou quatro gols em menos de 15 minutos nos 6 a 0 sobre o Estrela Vermelha, pela Liga dos Campeões, torneio do qual foi artilheiro, com 15 em 10 duelos, um deles no histórico 8 a 2 sobre o Barcelona.

Repetiu o feito no Alemão e na Copa da Alemanha. E ao ser campeão e artilheiro europeu e dos torneios nacionais, igualou o feito alcançado por Cruyff no Ajax na temporada 1971/1972.

Outros prêmios
O futebol brasileiro ficou com o prêmio de Fifa Fan com a história de Marivaldo da Silva, torcedor do Sport, que caminha 60 quilômetros por mais de 12 horas desde Pombos, sua cidade, até Recife para ver os jogos na Ilha do Retiro.

O goleiro Alisson, do Liverpool, que buscava o segundo prêmio consecutivo, e Oblak, do Atlético de Madrid, foram superados pelo alemão Neuer. No feminino, a escolhida foi a francesa Sarah Bouhaddi, do Lyon.

Outro representante do futebol brasileiro que não ficou com o premio foi o uruguaio Arrascaeta, que disputou o Prêmio Puskás com um gol de bicicleta marcado pelo Flamengo contra o Ceará pelo Campeonato Brasileiro de 2019. Ele acabou superado, assim como Suárez, então no Barcelona, pelo sul-coreano Son Heung-Min, do Tottenham.

Entre os técnicos, pelo segundo ano seguido o eleito foi Jürgen Klopp, do Liverpool, à frente do alemão Hansi Flick, do Bayern de Munique, e do argentino Marcelo Bielsa, do Leeds. Já a vencedora de melhor técnica ficou com a holandesa Sarina Wiegman, que dirige a sua seleção nacional.

O time ideal masculino formou com: Alisson, Alexander-Arnold, Van Dijk, Sergio Ramos, Alphonso Davies, Kimmich, De Bruyne, Thiago Alcantara, Messi, Lewandowski e Cristiano Ronaldo. Neymar ficou fora e Messi está presente pela 14ª vez consecutiva.

Já o feminino formou com: Endler, Bronze, Renard, Bright, Cascarino, Bonansea, Verônica Boquete, Megan Rapinoe, Harder, Miedema e Tobin Heath.

A briga pelo prêmio de melhor jogadora terminou com a eleição da inglesa Lucy Bronze, ex-Lyon e hoje no Manchester City, derrotando a francesa Wendi Renard e a dinamarquesa Pernille Harder.

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