Não foi dessa vez que o Bahia fez história e avançou a uma inédita semifinal da Copa do Brasil. O tricolor ia conquistando a classificação até os 26 minutos do segundo tempo, mas levou o empate do Grêmio por 1x1 no tempo normal, perdeu por 4x3 nos pênaltis e deu adeus ao torneio, na noite desta quarta-feira, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

O Esquadrão ficou em vantagem com o lindo gol marcado por Everaldo, aos 49 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Villasanti aproveitou a bobeira da defesa e deixou tudo igual. Nas cobranças de pênaltis, Cicinho, Acevedo e Gabriel Xavier perderam.

Agora, o Bahia foca apenas no Campeonato Brasileiro. Já o Grêmio avança para a semifinal contra o Flamengo, que venceu o Athletico-PR por 2x0 em Curitiba - já havia vencido no Rio por 2x1.

EM VANTAGEM

Inicialmente previsto para começar às 19h, o jogo sofreu atraso por causa da forte chuva na capital gaúcha, que deixou o gramado alagado. Após sucessivas vistorias e adiamentos, o árbitro Wilton Pereira Sampaio autorizou o início do confronto às 20h.

Renato Paiva escalou o tricolor com praticamente o mesmo time que empatou por 1x1 na ida, na Fonte Nova. A única mudança foi a entrada de Ryan no lugar do suspenso Chávez na lateral esquerda. O meia Cauly, recuperado de lesão, jogou. No Grêmio, o uruguaio Luis Suárez, que era dúvida, começou entre os titulares.

Apesar de algumas poças, o gramado permitiu o jogo com a bola no chão e a articulação das jogadas. O time baiano apostava na correria dos atacantes, esticando bola, principalmente, para Ademir. Do outro lado, precisava também ficar atento na defesa.

O Grêmio tinha muita liberdade para trabalhar na entrada da área. Livre, Suárez furou o voleio. Minutos depois, Marcos Felipe fez defesa salvadora em cabeçada após o escanteio. Foi a primeira de muitas na noite inspirada do goleiro tricolor.

Aos 25 minutos, o Bahia teve sua primeira grande chance: Ademir recebeu lançamento, disparou pela direita e achou Everaldo na entrada da área. O centroavante se precipitou e chutou fraco em vez de posicionar melhor o corpo antes de finalizar.

A resposta do Grêmio veio pouco depois, em um chute de Bitello que bateu na coxa de Acevedo e em seguida no cotovelo do uruguaio, dentro da área. O árbitro marcou pênalti, o VAR confirmou. Aos 39 minutos, Cristaldo cobrou forte, Marcos Felipe foi na bola e espalmou para fora.

A primeira etapa caminhava para o empate, mas no finalzinho Everaldo decidiu aparecer. O centroavante acertou um chutaço de fora da área e fez 1x0 aos 49 minutos.

O Bahia voltou do intervalo com a mesma postura, apostando no jogo pelos lados do campo. Aos poucos, o Grêmio começou a chegar ao ataque e fazer a pressão esperada.

O time da casa passou a empilhar chances. Em uma delas, Suárez viu Marcos Felipe adiantado e cabeceou por cobertura; o goleiro se recuperou e tirou para escanteio. Diante do domínio gaúcho, o Bahia se viu em dificuldade para puxar o contra-ataque.

Quando reapareceu na frente, Ademir experimentou de fora e Gabriel Grando salvou. O tricolor conseguia de certa forma controlar o Grêmio, mas, de tanto insistir, o adversário empatou.

Aos 26, Ferreira fez jogada individual na ponta esquerda, passou por Cicinho e cruzou rasteiro para Villasanti, livre na área, mandar para a rede. O resultado de 1x1 levava a decisão para os pênaltis.

A virada gaúcha poderia ter saído logo depois, mas Suárez perdeu um gol incrível na linha do pênalti. Para tentar retomar o controle do duelo, Renato Paiva sacou Kayky e colocou Mugni em campo.

O final do jogo ganhou contorno dramático. O Bahia acertou duas bolas na trave, com Mugni e Ademir. Do outro lado, Marcos Felipe fez mais uma defesa salvadora na finalização de Bitello. Aos 43, o goleiro do Bahia salvou um outro chute, dessa vez de Suárez. A bola ainda tocou na trave e, na volta, a defesa cortou. Com o 1x1 definido, a decisão foi para os pênaltis.

Nas cobranças, Reinaldo, Cauly, Ferreira e Everaldo fizeram até que o gremista Bruno Alves bateu no travessão. Cicinho teve a chance de colocar o Bahia na frente e perdeu, com o goleiro Gabriel Grando defendendo.

Na sequência, Villasanti fez e Acevedo bateu para fora. Com 3x2 no placar, o Grêmio venceria se Bitello marcasse, mas ele também chutou para fora. Yago Felipe empatou, o que forçou a sexta cobrança de cada time. André converteu para o Grêmio e Gabriel Xavier perdeu e deu fim ao sonho do Esquadrão, eliminado pela oitava vez nas quartas de final.

FICHA TÉCNICA

Grêmio 1x1 Bahia - Copa do Brasil (Quartas de final - volta)

Grêmio: Gabriel Grando, Bruno Uvini, Bruno Alves e Kannemann (Ferreira); João Pedro (Gustavo Martins), Villasanti, Carballo (Nathan) e Reinaldo; Cristaldo (Vina), Suárez (André) e Bitello. Técnico: Renato Gaúcho.

Bahia: Marcos Felipe, Cicinho, Gabriel Xavier, Kanu e Ryan (Matheus Bahia); Rezende, Acevedo e Cauly; Ademir (Yago), Everaldo e Kayky (Mugni). Técnico: Renato Paiva.

Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre

Gols: Everaldo, aos 49 minutos do 1º tempo, Villasanti, aos 26 minutos do 2º tempo

Cartão amarelo: Carballo, Gustavo Martins (Grêmio); Everaldo, Acevedo, Ryan, Ademir e Kanu (Bahia)

Público: 33.777 pagantes

Renda: R$ 3.109.743,00

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio, auxiliado por Bruno Raphael Pires e Leone Carvalho Rocha (trio de GO)

VAR: Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC)

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Quis o destino que fosse nos Aflitos, assim como em 2005, na batalha que leva o nome do estádio do Náutico. Mas, neste domingo (23), foi bem menos complicado para o tricolor gaúcho, que venceu, convenceu e subiu para a Série A do Brasileirão depois dos 3x0 contra o já rebaixado Timbu no Recife. Bitello marcou duas vezes e Lucas Leiva anotou um gol.

O resultado empurrou o Bahia para a quarta colocação da Série B, com 58 pontos - quatro a mais do que o quinto colocado Ituano. O tricolor também poderia ter garantido seu acesso nesta 36ª rodada, mas empatou contra o Vila Nova dentro de casa e frustrou a expectativa da torcida.

Confira como ficou a classificação da Série B:

#TIMEPJVEDGPGCSG%
1 Cruzeiro CRUZEIRO 72 36 21 9 6 50 23 27 67
2 Grêmio GRÊMIO 61 36 16 13 7 45 24 21 56
3 Vasco VASCO 59 36 16 11 9 45 33 12 55
4 Bahia BAHIA 58 36 16 10 10 40 27 13 54
5 Ituano ITUANO 54 36 14 12 10 40 33 7 50
6 Londrina LONDRINA 53 36 14 11 11 35 33 2 49
7 Sport SPORT 53 36 14 11 11 32 30 2 49
8 Sampaio Corrêa S. CORRÊA 52 36 14 10 12 43 39 4 48
9 Criciúma CRICIÚMA 52 36 13 13 10 40 30 10 48
10 CRB CRB 49 36 13 10 13 34 41 -7 45
11 Guarani GUARANI 47 36 12 11 13 31 35 -4 44
12 Vila Nova VILA NOVA 46 36 9 19 8 28 30 -2 43
13 Ponte Preta PONTE PRETA 45 36 11 12 13 32 35 -3 42
14 Tombense TOMBENSE 44 36 10 14 12 36 43 -7 41
15 Chapecoense CHAPECOENSE 42 36 10 12 14 36 38 -2 39
16 Novorizontino NOVORIZONTINO 41 36 10 11 15 40 45 -5 38
17 CSA CSA 39 36 8 15 13 26 34 -8 36
18 Operário-PR OPERÁRIO-PR 34 36 7 13 16 30 45 -15 31
19 Brusque BRUSQUE 33 36 8 9 19 21 35 -14 31
20 Náutico NÁUTICO 30 36 8 6 22 32 63 -31 28
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Renato Gaúcho não é mais o técnico do Grêmio. O fim do ciclo do treinador foi definido nesta quinta-feira (15), após reunião da diretoria do clube. A decisão foi tomada horas depois de mais uma derrota para o Independiente del Valle, que resultou na eliminação do time na terceira fase da Libertadores.

Contratado em setembro de 2016, Renato estava no comando do tricolor gaúcho há mais de quatro anos e meio. É, inclusive, o técnico da elite do futebol brasileiro que ocupou o cargo por mais tempo. No início de março, ele havia renovado contrato com o clube até o fim da temporada 2021.

O técnico, que ainda se recupera da covid-19, não esteve à beira do campo nas duas derrotas para o Del Valle, ambas por 2x1. Nas ocasiões, a equipe foi comandada pelo auxiliar Alexandre Mendes, que também deixa o Grêmio. Com a eliminação precoce, o tricolor disputará a Sul-Americana.

Até que um novo profissional seja anunciado, o treinador da equipe de transição, Thiago Gomes, deve ficar responsável pelo grupo.

Em sua terceira passagem, Renato conquistou os títulos da Copa do Brasil (2016), da Libertadores (2017), da Recopa Sul-Americana (2018), de três estaduais (2018, 2019 e 2020) e uma Recopa Gaúcha (2019). Ele se tornou o técnico com mais jogos na história do Grêmio e ganhou uma estátua na Arena do clube. Foram 308 partidas, sendo 161 vitórias, 82 empates e 65 derrotas.

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