O Vitória é o mais forte candidato ao título da Série B do Brasileiro. Líder isolado da competição, com 55 pontos e 63% de aproveitamento, o rubro-negro tem 56% de probabilidade de erguer a taça da divisão de acesso, de acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que estuda as estatísticas do futebol nacional.

Para conseguir comemorar o título ao final da caminhada rumo ao acesso à Série A, o time comandado por Léo Condé precisará continuar com a própria pegada e manter um outro rubro-negro comendo poeira.

Na vice-liderança, com 53 pontos, ou seja, apenas dois a menos, está o Sport, com 60% de aproveitamento. O time pernambucano tem 16.5% de chance de ser campeão, segundo os estudiosos da UFMG. O Guarani é o 3º colocado, com 50 pontos e 9.1% de probabilidade de título. O Novorizontino fecha o G4, na 4ª posição, com 48 pontos e 7.5% de chance de ficar com a taça.

O Vitória faz uma campanha sólida na Série B e só não esteve presente no G4 em duas das 29 rodadas disputadas até o momento, na 15ª e na 16ª, quando figurou na 5ª posição. Em 18 delas ostentou o status de líder.

O Sport demorou um pouco para engrenar de verdade no campeonato. Entrou no G4 pela primeira vez na 7ª rodada, depois esteve nele da 9ª a 17ª, até se firmar no grupo de acesso a partir da 19ª, a última do primeiro turno.

O rubro-negro de Recife só sentiu o gostinho da liderança em duas oportunidades, na 22ª e 23ª rodadas, quando conseguiu ultrapassar o Vitória. A equipe baiana caiu para a segunda posição, mas logo depois reassumiu o posto de melhor time do campeonato.

No comparativo das campanhas, o Vitória venceu mais vezes. Comemorou a conquista de três pontos em 17 partidas, contra 15 do Sport. A equipe baiana empatou oito jogos e a pernambucana apenas quatro. O time de Recife também leva a melhor no número de derrotas. Perdeu seis vezes, enquanto o Vitória lamentou oito derrotas.

O Sport tem o melhor ataque da competição, com 44 gols marcados, contra 41 do time baiano. Tem em Vagner Love seu principal goleador e vice-artilheiro do torneio, com 10 tentos assinados. Léo Gamalho é o homem-gol do Vitória e aparece em terceiro lugar no ranking, com oito comemorados.

O rubro-negro baiano leva vantagem na defesa, com 25 gols sofridos, contra 26 do Sport. No saldo de gols, o adversário pernambucano está melhor: 18 contra 16.

BRIGA DE LEÕES

Para colocar mais fogo na disputa pelo título, Vitória e Sport ainda terão os caminhos cruzados no segundo turno. O clássico nordestino marca a penúltima rodada da Série B, no Barradão. No jogo de ida, disputado na Ilha do Retiro, melhor para o time baiano, que venceu por 2x1, acabou com a invencibilidade do rival como visitante e reassumiu a liderança, perdida anteriormente.

O duelo foi de fundamental importância para que o Vitória virasse o turno na liderança da competição. O encontro foi marcado por gols contra. Rafael Thyere e Camutanga lamentaram ao estufarem a rede errada. Zé Hugo deixou o banco de reservas para definir o placar no primeiro toque na bola.

Antes de se concentrarem um no outro, Vitória e Sport focarão em outros adversários e agora, em especial, na 30ª rodada. Comandados pelo mesmo treinador desde o início da competição, o Leão baiano, de Léo Condé, vai enfrentar o Tombense, sexta-feira (29), às 21h30, no Barradão. Com Enderson Moreira à beira das quatro linhas, o Leão pernambucano entra em campo no mesmo dia, um pouco mais cedo, às 19h, contra o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis. Separados por apenas dois pontos, os jogos valem a liderança da Série B e a corrida pelo título.

Publicado em Esportes

Nas arquibancadas a torcida deu show e fez sua parte. Em campo, o Vitória se esforçou até o fim, mostrou força de recuperação dentro do jogo, mas perdeu para o Atlético Goianiense por 3x2 na noite deste domingo (14) de Dia das Mães. Apesar do revés apertado, o rubro-negro se mantém na ponta da tabela da Série B com 15 pontos conquistados, um a mais que o Criciúma, segundo colocado. A distância para o Botafogo-SP, primeiro time fora do G4, segue confortável com três pontos de distância. Já o Vila Nova, 6º colocado, tem 11 pontos e um jogo a menos.

Os gols do Dragão foram marcados por Luís Fernando e Bruno Tubarão, ainda no primeiro tempo, e Kelvin, no segundo. Do lado rubro-negro, o time esteve atrás do placar durante toda a partida, mas quase empatou duas vezes com os gols marcados por Osvaldo e Tréllez, ambos na etapa final. A equipe comandada por Leo Condé perdeu a oportunidade de igualar o recorde histórico do Corinthians na Série B de 2008, que venceu os seis primeiros jogos e é a única equipe a conseguir este feito.

A próxima parada do Vitória é diante do Mirassol, fora de casa, que segue na cola do G4 e tem dez pontos conquistados. A partida será na próxima sexta-feira, às 19h. O volante Rodrigo Andrade recebeu o terceiro cartão amarelo no jogo e já é desfalque confirmado para a partida contra a equipe paulista.

No Barradão, o Vitória entrou em campo com uma mudança em relação ao último jogo diante do Ceará. Giovanni Augusto, com lesão na coxa, foi vetado pelo departamento médico e Matheusinho foi a escolha do técnico Léo Condé para o onze inicial do Leão. Com a troca, Osvaldo foi deslocado da ponta para o meio do campo e Matheusinho ocupou o lado direito. No primeiro tempo a dinâmica não foi efetiva e a equipe goiana foi dominante em boa parte dos 45 minutos.

Matheusinho se isolou no lado direito e não teve a companhia do lateral Zeca na construção das jogadas, que teve postura mais defensiva. Pelo meio, Osvaldo não conseguiu construir jogadas e serviu poucas bolas aos companheiros de ataque, principalmente a Welder, fixo como centroavante e que pouco saiu da área. O camisa 9 fez um jogo abaixo, não finalizou e saiu durante o segundo tempo para a entrada de Santiago Tréllez.

O Atlético soube se portar jogando contra o líder da Série B e, mesmo sem ter a maior posse de bola, controlou o ritmo de jogo e impediu que o Vitória investisse em jogadas de velocidade pelas pontas, onde tem jogadores que sabem desequilibrar no 1 contra 1, como Zé Hugo e o próprio Osvaldo. O Dragão foi extremamente eficiente e, das três oportunidades claras que teve no primeiro tempo, colocou duas na rede.

O primeiro saiu dos pés de Luís Fernando, que recebeu bom cruzamento do lateral direito Rodrigo Soares e, sozinho na área, chapou de primeira no canto de Lucas Arcanjo. 1x0. Esse foi o primeiro gol sofrido pelo Vitória no campeonato. O placar reverso despertou no time e na torcida uma situação que ainda não tinha sido experimentada nessa Série B. Como o Vitória se comportaria ao sair atrás do placar?

A primeira resposta foi negativa. Três minutos depois, Osvaldo erra um passe na intermediária de defesa, Igor Torres recebe a bola pelo lado esquerdo do campo e cruza rasteiro. O meia Shaylon não chegou na bola, mas viu o companheiro Bruno Tubarão bem posicionado para tocar a bola para o gol e ampliar o placar: 2x0.

Antes disso, Igor Torres havia levado perigo para a meta de Arcanjo com um chute forte rasteiro de fora da área, que foi bem defendido pelo goleiro do Leão. Até os 35 minutos de jogo o Vitória não tinha obrigado o goleiro Ronaldo, formado nas categorias de base e ex-jogador do clube, a fazer nenhuma defesa importante. A primeira delas, inclusive, saiu em um lance que não valeria por impedimento. O zagueiro Wagner Leonardo desviou um chute de cabeça no contra pé do goleiro, que voou na bola e tocou para escanteio. A 'lei do ex' parecia estar funcionando melhor para o arqueiro do Atlético.

Recuperação

O jogo foi para o intervalo sem uma grande apresentação rubro-negra, mas a equipe retornou para a etapa final com o ânimo renovado e um poder de reação que animou a torcida nas arquibancadas, que voltou a empurrar o time. A desvantagem de dois gols parecia ser questão de tempo para ser diminuída, já que o cenário agora era de um Vitória mais efetivo no ataque e um Atlético que não conseguia ficar com a bola e ditar o ritmo de jogo.

Taticamente houve um fator importante para a mudança de comportamento do Leão. Condé voltou a utilizar Osvaldo pelo lado de campo e, desde o começo da segunda etapa, o atacante se mostrava mais confortável e efetivo nos lances individuais. O primeiro gol do Vitória foi uma prova disso, aos 19 minutos.

O lance começa com um quase gol do Atlético, quando Lucas Arcanjo fez um milagre no chute de Luís Fernando dentro da grande área. O goleiro se levantou rápido e acionou direto Osvaldo no campo de ataque, que saiu do lado direito, deixou o marcador do Atlético no chão e finalizou cruzado. O chute ainda desviou no bico da chuteira do jogador goiano e entrou de mansinho na rede.

Ali o torcedor acreditou no empate, mas tomou um banho de água fria com mais um lance efetivo do Atlético Goianiense. Aos 32, Luís Fernando recebeu a bola após desarme perto da grande área, rolou a bola para Kelvin na ponta direita e o atacante deixou dois jogadores do Vitória para trás antes de finalizar. O chute cruzado ficou fora do alcance de Lucas Arcanjo e foi motivo de desânimo para a torcida rubro-negra no Barradão.

Blitz no ataque

Mais uma vez o time de Léo Condé mostrou que há espaço para competir mesmo estando atrás do placar. É bem verdade que o segundo gol saiu tarde demais, aos 44 minutos, mas antes disso o Vitória flertou com o empate diversas vezes. As modificações feitas pelo treinador foram positivas no setor ofensivo. Além da entrada de Tréllez, Rafinha voltou a ganhar minutos em campo e quase marcou duas vezes.

Na primeira, um minuto antes do gol, o atacante ficou com a bola limpa na grande área e bateu forte. Emerson Santos, do Atlético, se atirou na bola e bloqueou a trajetória. Já aos 49, Rafinha recebeu o passe a bateu de primeira, mas acertou a rede pelo lado de fora.

O gol marcado pelo colombiano saiu após bom cruzamento do lateral esquerdo Marcelo. Diego Torres dominou mal a bola, mas foi o suficiente para amaciar a redonda para o centroavante. O camisa 22 acertou uma bomba no ângulo e fez o 3x2. Àquela altura o empate já seria um ótimo resultado para o rubro-negro.

Outras chances grande de marcar saíram dos pés de Zeca, que também bateu na rede de fora do gol, e Diego Torres, que também chutou bem mas foi bloqueado pelo zagueiro Ramon, também ex-Vitória.

O empate não saiu, mas os aplausos da torcida no fim mostram que o time não sabe aproveitar apenas as fragilidades do adversário quando sai na frente do placar. Em uma Série B equilibrada como essa, o Vitória com certeza precisará mostrar mais força para sair dos placares negativos e, em jogos como esse, ser mais efetivo nas chances criadas.

Vitória 2x3 Atlético-GO (Série B do Brasileiro – 6ª rodada)
Vitória: Lucas Arcanjo; Zeca (Railan), Camutanga, Wagner Leonardo e Marcelo; Léo Gomes (Gegê), Rodrigo Andrade e Matheusinho (Rafinha); Zé Hugo (Diego Torres), Osvaldo e Welder (Tréllez). Técnico: Léo Condé.

Atlético-GO: Ronaldo; Rodrigo Soares, Gazal, Ramo (Emerson Santos) e Heron (Jefferson); Renato, Rhaldney, Bruno Tubarão (Marco Antônio) e Shaylon (David Braga); Luiz Fernando e Igor Torres (Kelvin). Técnico: Alberto Valentim.

Estádio: Barradão
Gols: Osvaldo, Tréllez (Vitória) | Luiz Fernando, Bruno Tubarão e Kelvin (Atlético-GO)
Cartões amarelos: Camutanga e Rodrigo Andrade (Vitória) | Luiz Fernando, Gazal e Heron (Atlético-GO)
Público e renda: 29.107 torcedores | R$ 535 mil
Arbitragem: João Vitor Gobi, auxiliado por Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Leandro Matos Feitosa (trio de SP)
VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP/Fifa)

Publicado em Esportes

Quis o destino que fosse nos Aflitos, assim como em 2005, na batalha que leva o nome do estádio do Náutico. Mas, neste domingo (23), foi bem menos complicado para o tricolor gaúcho, que venceu, convenceu e subiu para a Série A do Brasileirão depois dos 3x0 contra o já rebaixado Timbu no Recife. Bitello marcou duas vezes e Lucas Leiva anotou um gol.

O resultado empurrou o Bahia para a quarta colocação da Série B, com 58 pontos - quatro a mais do que o quinto colocado Ituano. O tricolor também poderia ter garantido seu acesso nesta 36ª rodada, mas empatou contra o Vila Nova dentro de casa e frustrou a expectativa da torcida.

Confira como ficou a classificação da Série B:

#TIMEPJVEDGPGCSG%
1 Cruzeiro CRUZEIRO 72 36 21 9 6 50 23 27 67
2 Grêmio GRÊMIO 61 36 16 13 7 45 24 21 56
3 Vasco VASCO 59 36 16 11 9 45 33 12 55
4 Bahia BAHIA 58 36 16 10 10 40 27 13 54
5 Ituano ITUANO 54 36 14 12 10 40 33 7 50
6 Londrina LONDRINA 53 36 14 11 11 35 33 2 49
7 Sport SPORT 53 36 14 11 11 32 30 2 49
8 Sampaio Corrêa S. CORRÊA 52 36 14 10 12 43 39 4 48
9 Criciúma CRICIÚMA 52 36 13 13 10 40 30 10 48
10 CRB CRB 49 36 13 10 13 34 41 -7 45
11 Guarani GUARANI 47 36 12 11 13 31 35 -4 44
12 Vila Nova VILA NOVA 46 36 9 19 8 28 30 -2 43
13 Ponte Preta PONTE PRETA 45 36 11 12 13 32 35 -3 42
14 Tombense TOMBENSE 44 36 10 14 12 36 43 -7 41
15 Chapecoense CHAPECOENSE 42 36 10 12 14 36 38 -2 39
16 Novorizontino NOVORIZONTINO 41 36 10 11 15 40 45 -5 38
17 CSA CSA 39 36 8 15 13 26 34 -8 36
18 Operário-PR OPERÁRIO-PR 34 36 7 13 16 30 45 -15 31
19 Brusque BRUSQUE 33 36 8 9 19 21 35 -14 31
20 Náutico NÁUTICO 30 36 8 6 22 32 63 -31 28
Publicado em Esportes

O segundo turno da Série B não começou da forma como o Bahia desejava, pois a derrota para o Cruzeiro, por 1x0, no Mineirão, fez a equipe cair da terceira para a quarta colocação. Mais do que isso, o tricolor vive uma fase de inconstância no torneio. Nos últimos seis jogos, venceu apenas dois - desempenho que acende um alerta. Em busca da volta por cima, o time aposta nos jogos em casa para voltar a somar pontos.

O Bahia atuará na Fonte Nova nas próximas duas partidas. Na sexta-feira, recebe o Náutico, às 19h, em jogo da 21ª rodada. No sábado da semana seguinte, dia 6 de agosto, será a vez de enfrentar o CSA, às 16h30, também em casa.

Para conseguir a recuperação que precisa para se manter no G4, o Esquadrão terá que quebrar um jejum recente, pois a oscilação do time no campeonato passa pelos jogos como mandante. Por incrível que pareça, o Bahia não sabe o que é vencer na Fonte Nova há cinco partidas. Além da derrota por 2x1 para o Athletico-PR, nas oitavas de final da Copa do Brasil, o clube amargou derrotas para Chapecoense e Novorizontino e empates contra Grêmio e CRB, todos pela Série B.

O técnico Enderson Moreira, por exemplo, ainda não sentiu o gosto do primeiro triunfo em casa. Nos dois jogos que comandou em Salvador, ele somou os dois empates citados - as três derrotas foram o estopim para a demissão de Guto Ferreira.

A fase como mandante, aliás, é a pior do time na temporada, contrastando com o bom momento que viveu no início da Série B, quando venceu os seis primeiros jogos na Fonte Nova. O bom desempenho foi responsável por 52,9% dos 34 pontos conquistados até aqui.

“Temos que ter tranquilidade para buscar um triunfo no próximo jogo. Vamos fazer dois jogos em casa agora e precisamos muito do torcedor. É uma competição longa, a equipe está competindo de igual para igual em qualquer situação. Temos confiança que essa bola vai começar a entrar e conseguiremos uma sequência de triunfos”, disse o treinador.

Mini-Nordestão
Os jogos contra Náutico e CSA abrem uma espécie de mini-Nordestão que o Bahia terá nas próximas três rodadas da Série B. Após as partidas em casa, enfrentará o Sampaio Corrêa, no Maranhão.

No primeiro turno, o tricolor conquistou sete pontos nessa mesma sequência. Venceu Náutico e Sampaio Corrêa e empatou com o CSA. Se alcançar o mesmo rendimento no segundo turno, o Esquadrão finalizará a 23ª rodada com 41. Atualmente a distância para o Londrina, quinto colocado, é de cinco pontos.

Enquanto o Bahia olha para a parte de cima da tabela, tanto CSA quanto Náutico estão na zona de rebaixamento - ocupam a 17ª e a 19ª colocação, respectivamente. Porém, vale lembrar que Chapecoense e Novorizontino também estavam mal quando venceram na Fonte Nova. Eram 18º e 15º, respectivamente.

Publicado em Esportes

Com 100% de aproveitamento em casa, o Bahia vive grande fase na Série B. Depois do triunfo sobre o Sport, 1x0, na Fonte Nova, o Esquadrão chegou aos 22 pontos e se consolidou dentro do G4, em 2º lugar. Agora, o time precisa mostrar fora de casa a força que tem como mandante.

Neste sábado (11), o time visita o Operário, no estádio Germano Kruger, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Entre os objetivos está a conquista da primeira vitória fora da região Nordeste.


Este ano, o Bahia disputou cinco jogos como visitante no Brasileirão e somou pontos apenas diante de adversários nordestinos: 1x0 sobre o Náutico, no estádio dos Aflitos, no Recife, e empate por 1x1 com o CSA, no Rei Pelé, em Maceió.

Quando ultrapassou as fronteiras regionais, a equipe acabou derrotada por Ituano, Vasco e Tombense, todos por 1x0. Até mesmo na Copa do Brasil o Bahia apresentou dificuldade fora de casa. Não passou de um empate por 1x1 com o Azuriz, em Pato Branco-PR, pela terceira fase, e teve que decidir a classificação nos pênaltis.

A campanha do Bahia fora de casa na Série B, inclusive, tem deixado o elenco em alerta. Dos 15 pontos disputados, o clube conquistou apenas quatro, o que equivale a 26,6% de aproveitamento.


“A gente espera que a equipe possa ter o comportamento que vem tendo aqui dentro. A gente não pode esperar a energia do torcedor na arquibancada, porque vai enfrentar uma energia contrária”, disse o técnico Guto Ferreira, na Fonte Nova, após o jogo contra o Sport.

Guto, aliás, rejeitou o carimbo de que é característico dos times treinados por ele ser forte em casa e vulnerável fora. O técnico afirmou que, no próprio Bahia, já montou uma equipe com bom desempenho como visitante. Entre estadual, Nordestão, Série B e Copa do Brasil, o tricolor venceu três dos 15 jogos longe da Fonte Nova este ano.

“Se você pegar histórico nosso, eu não consigo enxergar isso. Porque nas equipes que a gente transitou e montou na sequência, isso não aconteceu. Em 2017, no Bahia, nós ganhamos uma sequência de jogos fora e ninguém fala nada”, iniciou Guto.

“Em 2016, nós trocamos o pneu com o carro andando e a gente não conseguiu as peças para fazer um meio-campo forte. A gente passou a ter em 2017 com Edson, com Renê e Matheus [Sales]. Juninho era um jogador mais leve na condição de segundo volante. O Bahia tinha que ter sustentação e não tinha. Esse ano ganhamos fora de casa, poucas, mas passa pelo nosso meio campo, por essa questão de força e de como o adversário vem. Vamos trabalhar para melhorar isso”, completou.

Mudanças
Por falar em meio-campo, Guto vai ser obrigado a fazer mudanças diante do Operário. Logo de cara, ele não conta com os dois principais volantes: Rezende está com lesão na coxa e Patrick foi suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Emerson Santos e Mugni devem ser os titulares.

Na defesa, Didi também sofreu lesão na coxa e está vetado. Ignácio volta a ficar à disposição após cumprir suspensão. Pelo mesmo motivo de Didi, Marco Antônio completa a lista de desfalques.

Publicado em Esportes

No último jogo de 2021, o Bahia entrou em campo com uma dura missão: se manter na primeira divisão. O objetivo ia sendo conquistado até os 33 minutos do segundo tempo, mas o Esquadrão tomou a virada do Fortaleza, perdeu por 2x1, no Castelão na noite desta quinta-feira (9), e amargou a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro.

O Bahia abriu o placar no primeiro tempo, em cobrança de pênalti de Rodriguinho. Também em penalidades, o Fortaleza conseguiu a virada com Wellington Paulista, na primeira etapa, e Pikachu, no segundo tempo.

O tricolor viu ainda Grêmio e Juventude vencerem os seus jogos e terminou o Brasileirão na 18ª colocação, à frente apenas de Chapecoense e Sport. Enquanto o Juventude conseguiu se salvar, o Grêmio caiu junto e também vai jogar a segundona em 2022.

SÉRIE A: Gols de Fortaleza 2 x 1 Bahia

Na partida mais importante da temporada, Guto Ferreira manteve Edson no meio-campo e fez apenas uma alteração na equipe titular. Suspenso, Rossi deu lugar para Juninho Capixaba. O Bahia iniciou a partida dando a impressão de que iria se lançar ao ataque. Com menos de um minuto, Matheus Bahia arriscou chute forte de fora da área e Marcelo Boeck fez a defesa.

Passada a tentativa tricolor, o jogo se concentrou no meio-campo, com muita marcação e pouca criatividade dos dois lados. Se não dava para chegar nas jogadas articuladas, o jeito foi tentar na bola parada.

Aos 19 minutos, a defesa do Fortaleza não conseguiu cortar a bola chuveirada na área. O goleiro Marcelo Boeck saiu de forma atabalhoada e acertou um tapa no rosto de Gilberto. O árbitro marcou pênalti e, aos 24 minutos, Rodriguinho bateu no canto direito e abriu o placar para o Esquadrão.

O Bahia chegou a marcar o segundo gol minutos depois, na escapada de Gilberto, mas a arbitragem flagrou impedimento e anulou o tento do camisa 9. Com a vantagem baiana, o duelo voltou a ficar disputado, com poucas chances claras. O Bahia tentava explorar a velocidade, mas tinha dificuldade para passar pelo bloqueio do Fortaleza.

O Esquadrão ia encaminhando o triunfo na primeira etapa, mas recebeu um banho de água fria. Aos 48 minutos, Yago Pikachu foi derrubado em cima da linha por Matheus Bahia. O árbitro de campo chegou a marcar falta, mas o VAR entrou em ação e alertou sobre a penalidade. Aos 49 minutos, Wellington Paulista cobrou e deixou tudo igual.

VIRADA E QUEDA
Apesar da igualdade no placar, o Bahia desceu para o intervalo fora da zona de rebaixamento, já que o Juventude também estava empatando com o Corinthians, em Caxias do Sul. O tricolor voltou para a segunda etapa sem mudanças e nos primeiros minutos o panorama foi de um jogo equilibrado.

O Fortaleza assustou na cabeçada de Éderson, mas o Bahia respondeu na conclusão de Juninho Capixaba que passou riscando o travessão. Para tentar deixar o Bahia um pouco mais solto, Guto colocou Lucas Mugni no lugar de Juninho Capixaba, que deixou o campo machucado. Mesmo assim o duelo seguiu com pouca inspiração.

A chance que o Bahia esperava apareceu aos 25 minutos No contra-ataque, Raí disparou com espaço, ganhou do marcador e invadiu a área. Mas o atacante demorou para finalizar e foi desarmado por Éderson.

Aí o jogo ganhou emoção, mas pelo lado do Fortaleza. Danilo Fernandes operou um milagre no chute sem ângulo de Igor Torres. Na sequência da jogada, a bola explodiu no braço de Conti. O árbitro foi para a revisão no VAR e deu pênalti. Aos 33 minutos, Pikachu cobrou, virou para o Fortaleza e mandou o Bahia para a zona de rebaixamento.

Para piorar a situação, quase que no mesmo instante o Juventude abriu o placar em Caxias do Sul. O Bahia passou a depender então do triunfo sobre o Fortaleza.

No desespero, Guto partiu para o tudo ou nada e mandou Rodallega, Daniel e Ronaldo para o jogo. O Esquadrão conseguiu duas boas oportunidades com Rodallega e Gilberto, mas parou no goleiro Marcelo Boeck.

Nos minutos finais, o Bahia se mostrou um time sem forças para reagir. Aí, o Fortaleza aproveitou a grande festa que preparou no Castelão para o encerramento da temporada, venceu o jogo, enquanto o tricolor chorou mais um rebaixamento na sua história, o quarto da Série A para a B. Os outros foram em 1997, 2003 e 2014.

FICHA TÉCNICA

Fortaleza 2x1 Bahia - 38ª rodada do Campeonato Brasileiro

Fortaleza: Marcelo Boeck, Tinga, Benevenuto e Titi; Yago Pikachu, Jussa, Felipe (Éderson), Matheus Vargas (Lucas Lima) e Osvaldo (Osvaldo); David (Depietri) e Wellington Paulista (Torres). Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

Bahia: Danilo Fernandes, Nino, Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick (Ronaldo), Edson (Rodallega), Rodriguinho (Daniel), Raí Nascimento e Juninho Capixaba (Mugni); Gilberto. Técnico: Guto Ferreira

Estádio: Castelão, em Fortaleza
Gol: Rodriguinho, aos 24 minutos do 1º tempo, e Wellington Paulista, aos 49; Pikachu, aos 33 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Marcelo Boeck e Matheus Vargas (Fortaleza); Raí, Conti (Bahia)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP),, auxiliado por Guilherme Dias Camilo (MG) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)

Publicado em Esportes

Eduardo Barroca é o novo técnico do Vitória. O Leão anunciou o nome do treinador na tarde desta quarta-feira (7), poucas horas após o comunicado sobre a demissão de Bruno Pivetti. Aos 38 anos, o carioca será apresentado na quinta-feira (8), quando inicia os trabalhos para estrear no sábado (10), contra o Avaí, no Barradão, pela 15ª rodada da Série B.

O último clube de Barroca foi o Coritiba. Ele deixou a equipe no dia 20 de agosto, após derrota para o Corinthians, por 3x1, pela Série A do Brasileirão. Ao todo, o técnico comandou o Coxa em 11 vitórias, três empates e oito derrotas, com 54% de aproveitamento.

O número é maior que o de Bruno Pivetti no Vitória. Em quase quatro meses no cargo, ele comandou o Leão em 19 partidas, com quatro vitórias, nove empates e seis derrotas. O aproveitamento é de 36,8%. Ele amargou eliminações na fase classificatória do Campeonato Baiano, nas quartas de final da Copa do Nordeste e na terceira fase da Copa do Brasil.

Efetivado pelo Vitória no dia 19 de junho, Pivetti foi demitido na manhã desta quarta (7), após a derrota por 2x1 para o América-MG, no Barradão, pela 14ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Foi o segundo tropeço do time como mandante na competição. Antes, no último dia 29, o rubro-negro havia perdido para o CSA, por 1x0.

Além do Coritiba, Eduardo Barroca também tem passagens por clubes como Botafogo e Atlético-GO. Ele ainda foi auxiliar técnico e treinador interino do Bahia por pouco mais de dois anos, entre 2011 e 2013. Comandou o tricolor em nove oportunidades, sendo sete triunfos, um empate e uma derrota.

Com Barroca, o Vitória irá para seu terceiro técnico na atual temporada. Antes de Pivetti, a equipe era treinada por Geninho, que foi apresentado oficialmente em 20 de setembro de 2019. Em 2020, ele tinha 56,7% de aproveitamento, com quatro triunfos, cinco empates e apenas uma derrota.

Geninho não foi desligado por desempenho, mas por problemas financeiros causados com a pandemia do coronavírus. A decisão foi anunciada pelo Leão em junho, ainda antes da retomada dos jogos e, segundo o clube, foi tomada 'amigavelmente'.

Em 2019, o Leão alcançou o número de cinco técnicos em uma só temporada. Começou o ano com Marcelo Chamusca, que fez 14 jogos ao longo de 102 dias e teve aproveitamento de 38%. Depois, em março, veio Cláudio Tencati, que ficou por 61 dias e foi demitido após 7 partidas, com 23,8% de rendimento.

Em maio, Osmar Loss foi anunciado. Ele comandou a equipe em 10 duelos, por 75 dias, com aproveitamento de 26,6%. Entre agosto e setembro, era a vez de Carlos Amadeu. Com ele, o Vitória fez 9 confrontos em 43 dias e teve seu melhor rendimento até então: 48%.

Geninho chegou em setembro. Somando o tempo que ele ficou entre 2019 e 2020, fez 25 jogos, com aproveitamento de 50,6%.

Publicado em Esportes