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Eleições municipais são termômetro para 2022, avaliam aliados de Bolsonaro

Eleições municipais são termômetro para 2022, avaliam aliados de Bolsonaro

Aliados do presidente Jair Bolsonaro avaliam que as eleições municipais deste domingo (15) podem servir de termômetro para a disputa presidencial de 2022. A linha de raciocínio é que Bolsonaro deverá repensar sua estratégia de campanha, caso decida tentar a reeleição, já que não terá base forte nos municípios.

De acordo com informações obtidas por O Globo, o discurso de ódio ao PT pode não funcionar mais, já que o partido está mais enfraquecido e os eleitores estão rejeitando essa postura mais agressiva. Entre as derrotas sentidas pelo governo estão Recife, com a Delegada Patrícia (Podemos), que caiu para quarto lugar, deixando o segundo turno com os primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT); e Belo Horizonte, onde Bruno Engler (PRTB) perdeu para Alexandre Kalil (PSD), reeleito com 63,3% dos votos.

Por outro lado, o Palácio do Planalto avalia que Bolsonaro conseguiu impulsionar a candidatura de Marcelo Crivella (Republicanos) à reeleição no Rio de Janeiro, embora não tenha conseguido ajudar Celso Russomano, do mesmo partido, em São Paulo.

“De concreto, partidos de esquerda sofreram uma histórica derrota nessas eleições, numa clara sinalização de que a onda conservadora chegou em 2018 para ficar”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais, tentando minimizar sua participação.

Já Filipe Martins, assessor especial da Presidência, publicou no Twitter um conteúdo admitindo renovação da esquerda após as “lições de 2018”. “(…) soube usar a internet e a nova realidade política a seu favor”, acrescentou.

Nesta segunda-feira (16), o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu Bolsonaro das críticas, alegando que o chefe do Executivo não teve estrutura partidária suficiente.

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