A Bahia segue com altos números de mortes por covid-19, o que vem ocorrendo desde o final de fevereiro. Nesta quarta (24), o estado registrou 135 óbitos. Desde a última semana, o estado tem constantemente registrado números que ficam entre os maiores em óbitos durante a pandemia.

O número de mortes desta quarta é agora o quarto maior registrado na Bahia desde o começo da pandemia. O recorde foi registrado no último dia 18, quando 153 mortes foram registradas.

Além disso, a Bahia registrou 4.830 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta quarta. No mesmo período, 3.955 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Apesar das 135 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quarta-feira. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs.

No começo da noite desta quarta, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 86%. Das 135 mortes registradas hoje, 124 ocorreram em 2021. Se analisados apenas os boletins divulgados entre segunda (22) e esta quarta (24), aos menos 56 pessoas morreram no estado nesses três dias. Além disso, março, ainda no 24º dia, já é o mês mais mortal da pandemia na Bahia.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.492, representando uma letalidade de 1,86%. Dos 779.321 casos confirmados desde o início da pandemia, 748.687 já são considerados recuperados, 16.142 encontram-se ativos. Na Bahia, 45.016 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta quarta-feira, 258 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 98 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O decreto que determina o toque de recolher em todo o estado da Bahia foi prorrogado até o dia 5 de abril. Com isso, fica determinada a restrição de locomoção noturna das 18h às 5h.

O decreto que determina as medidas está publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (25) e proíbe a qualquer indivíduo a permanência e o trânsito em vias, equipamentos, locais e praças públicas no horário estabelecido.

Também fica vedada, em todo o território baiano, a prática de quaisquer atividades esportivas coletivas amadoras até o dia 5 de abril. Serão permitidas as práticas individuais, desde que não gerem aglomerações.

Seguem suspensos eventos e atividades, em todo o estado, independentemente do número de participantes, ainda que previamente autorizados, que envolvam aglomeração de pessoas, tais como: eventos desportivos coletivos e amadores, cerimônias de casamento, eventos recreativos em logradouros públicos ou privados, circos, eventos científicos, solenidades de formatura, passeatas e afins, bem como aulas em academias de dança e ginástica, até o dia 5 de abril.

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A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 133 óbitos nesta terça (23). Nos últimos dias, o estado tem constantemente registrado números que ficam entre os maiores em óbitos durante a pandemia.

O número de mortes desta terça é agora o quarto maior registrado na Bahia desde o começo da pandemia. O recorde foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Além disso, a Bahia registrou 4.061 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta terça. No mesmo período, 4.298 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

Apesar das 133 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta terça-feira. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs.

No começo da noite desta terça, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 85%. Das 133 mortes registradas hoje, 120 ocorreram em 2021. Além disso, março, ainda no 23º dia já é o mês mais mortal da pandemia na Bahia.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.357, representando uma letalidade de 1,85%. Dos 774.491 casos confirmados desde o início da pandemia, 744.732 já são considerados recuperados, 15.402 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.929 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta terça-feira, 283 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 81 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O Painel da Vacinação registra 6.309 doses aplicadas até esta segunda-feira (22/3), das 7.710 recebidas pelo município. São 5.062 profissionais de saúde e idosos vacinados. Dentre estes, 1.247 já receberam a segunda dose do imunizante. As informações estão registradas no sistema de campanha do Programa Nacional de Imunizações.

O boletim com as informações sobre a pandemia do coronavírus em Candeias registra 4.878 casos confirmados de pessoas com Covid-19, desde o começo da pandemia. Desses casos, 4.681 pessoas estão recuperadas; 107 casos estão ativos, com 43 pacientes internados; e 90 vidas perdidas. O boletim epidemiológico contabiliza 8.183 casos descartados após resultado negativo de teste molecular RT-PCR (LACEN-BA) e de testes rápidos para detecção de anticorpos.

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Sobe cada vez mais o número de parlamentares do Congresso Federal que pressionam o presidente Jair Bolsonaro e seu governo a aumentar para R$ 600 o valor o auxílio emergencial. O benefício em 2021 pode ser de, no máximo, R$ 375, mas fica em R$ 150 e R$ 250 para outros beneficiários.

O texto que garantiu a redução do valor em relação a 2020, quando era de R$ 600, foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quinta-feira (18). O benefício será dado durante quatro meses e atingirá 40 milhões de brasileiros – em 2020, o programa alcançou 67,9 milhões.

Desde que a medida com valor e quantidade de beneficiários reduzidas chegou no Congresso, emendas para aumentar o valor já foram protocoladas. Entre os autores, segundo o portal R7, estão José Nelto (Podemos-GO), Elias Vaz (PSB-GO) e José Guimarães (PT-CE).

O texto de Nelto, por exemplo, restabelece o valor inicial (R$ 600) e recria o benefício até o fim da pandemia de covid-19 no país. O vice-líder do Podemos na Câmara criticou a atual quantia do auxílio, que considera pouco se considerada a acelaração da inflação no país.

Nelto argumenta que sem vacinas, o auxílio emergencial se tornou a mais importante medida econômica para manter as pessoas em casa com alguma condição de sobreviver ao vírus e à fome. "O auxílio emergencial é o meio que a continuidade dos pagamentos vai favorecer as medidas de lockdown necessárias neste momento para evitar mais mortes em decorrência da covid-19", afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o Palácio do Planalto articulam para deixar a MP do auxílio emergencial caducar, isso porque, caso seja votada, há o risco de o valor aumentar, justamente na votação dessas emendas apresentadas.

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A situação ainda não é tão confortável, mas os números indicam que, embora a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva para tratar a covid-19 na Bahia  esteja em 86%, a fila por uma vaga de UTI no estado já começou a reduzir. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), enquanto no dia 15 havia 482 pacientes graves à espera de um leito, nessa segunda-feira (22), o número havia caído para 254, uma diminuição de 47%.  Em Salvador, os leitos de UTI para a covid-19 também tiveram um alívio. No dia 16 eram 87 pacientes e nesta segunda, 43, uma queda de 51%.

Índices melhores também foram observados na fila estadual da regulação para leitos clínicos. Há uma semana, eram 179 pessoas aguardando. Agora, são 118, uma redução de 34%. A queda no tamanho da fila, segundo os dados da Sesab, vem ocorrendo  de forma progressiva há quase 10 dias. No estado, a quantidade de gente aguardando por uma vaga na UTI chegou a 513, no dia 12 de março. Para leitos clínicos, o pico foi de 266, no dia 6.

Também no período de uma semana houve queda no estado da demanda por leitos pediátricos. Antes, eram 13 crianças ou adolescentes que precisavam de  UTI e nove, de uma vaga na enfermaria. Agora, os números são, respectivamente, cinco e três. A taxa de ocupação da UTI pediátrica no estado está em 61% e da enfermaria pediátrica, 72%; enquanto para adultos e idosos é de 68%.

Medidas restritivas

Embora a Bahia esteja com medidas de restrição mais duras desde 26 de fevereiro, o secretário da Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, não acredita que elas tiveram influência na redução da demanda por leitos. “O menor tempo de espera é por melhoria do sistema. São outros indicadores que evidenciam a importância das medidas de restrição, como o número de casos que todos os dias precisam ser internados, o que estagnou, a taxa de positividade do Lacen e o número total de casos ativos, que reduziu”, disse.  

Vilas-Boas atribui uma melhor gestão na eficiência dos leitos como o principal motivo de redução da fila da regulação. “A gente conseguiu tirar as pessoas da emergência e colocar mais rápido na UTI. Os 60 leitos abertos nos últimos dias são menos do que conseguimos botar dentro do hospital nesse mesmo período. A gente conseguiu aumentar o giro dos leitos, dar alta mais precocemente e, assim, oferecer mais vagas para o sistema de regulação”, explica.  

Segundo o último boletim da Sesab, 1.225 pessoas estão em leitos de UTI no estado, o número mais alto de toda a pandemia. Outras 1.045 pessoas estão internadas em leitos clínicos. No total, são 15.772 casos ativos na Bahia.  

Uma dessas pessoas atualmente internadas é o mecânico Moacir dos Santos Gomes, 49. Ele foi para o Hospital Espanhol após ficar dois dias esperando regulação em uma UPA. “Os médicos disseram que se demorasse mais um dia, ele teria morrido na fila por um leito. Chegou lá com 30% do pulmão comprometido, foi intubado e a família chegou a ser desenganada. Fizemos corrente de oração e, graças a Deus, ele melhorou. A previsão é que saia do leito até a próxima semana”, disse o filho, Matheus Gomes, 23. 

Maria Borges, tia do estudante de história Eude Trindade, não teve a mesma sorte. Ela ficou seis dias esperando a regulação na UPA de Valéria e morreu no sábado (19), sem conseguir a transferência para a UTI. “Minha mãe ficou muito abalada, pois era a irmã mais velha, exemplo de mulher, de pessoa. Quando ela foi buscar atendimento, já estava debilitada. O enterro foi autorizado para apenas 10 pessoas”, contou Eude.  

Salvador 

A médica infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Adielma Nizarala, concorda que os números da regulação ainda são altos, mas aponta que eles já refletem um cenário melhor. “Temos uma quantidade ainda de gente precisando de leitos, mas diminuiu em relação à semana passada. Isso pode ser reflexo do cumprimento de medidas. Se for, permanecerá caindo e vai refletir em breve na ocupação dos leitos, pois novos pacientes não entrarão pela diminuição de casos. O resultado tem que ser sustentado nos próximos dias”.  

Adielma também lembrou que não há mais recurso humano suficiente para a abertura de leitos e, por isso, não é prudente pensar em relaxar as medidas de isolamento sem que haja uma melhora significativa no cenário. Adiantar os feriados, por exemplo, é uma medida que ela valia como “extremamente interessante”, numa visão epidemiológica.

“Mas para dar certo, o feriado tem que ser com absolutamente tudo fechado e possibilitar a não saída e entrada de pessoas na cidade. O transporte não pode ficar liberado. Tem que evitar o máximo de deslocamento das pessoas”, explicou. 

O secretário Fábio Vilas-Boas acrescenta que o que o preocupa é justamente  possibilidade de aumentar o deslocamento das pessoas que pretendem viajar em caso de antecipação de feriados. Os especialistas disseram que ainda está cedo para avaliar se as medidas de restrição, em vigor na Bahia até o dia 29 de março, serão prorrogadas ou não. A situação atual de colapso é ainda preocupante.   

“Eu acho que a situação vai deixar de estar critica quando tiver redução de óbito e taxa de ocupação hospitalar. Não há previsão de quando isso vai acontecer. Mas já passamos pelo pior. Hoje, as regiões sudoeste e oeste são as mais pressionadas. Além disso, 85% dos casos positivos são de pessoas com menos de 60 anos. Tem gente que não está respeitando, os mais idosos estão ficando em casa e os jovens indo para a rua, sem medo e preocupação”, reclamou Vilas-Boas. 

Uma notícia positiva que pode ajudar a melhorar mais ainda o cenário epidemiológico do estado é a vacinação para a covid-19, que deve aumentar nos próximos dias. “Toda semana vamos receber pelo menos um carregamento de vacina. Essa semana vai ser um pouco menos, pois veio muita na semana passada. Mas o Ministério da Saúde garantiu envios semanais de doses”, disse Fábio Vilas-Boas.

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A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 125 óbitos nesta segunda (22). Esse é o quarto maior número de mortes registrado na Bahia desde o começo da pandemia. No entanto, é o maior número de mortes já registrado em uma segunda-feira, dia que normalmente os número são menores em relação aos demais dias úteis.

Com os números desta segunda, seis dos sete dias com mais óbitos na Bahia ocorrem entre a última terça (16) e hoje. O recorde do estado foi registrado na quinta-feira (18), quando 153 mortes foram registradas.

Além disso, a Bahia registrou 1.598 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta segunda. No mesmo período, 2.467 pacientes foram considerados curados da doença (+0,3%).

Apesar das 125 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda-feira. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. No começo da noite desta segunda, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 87%. Das 125 mortes, registradas hoje, 104 ocorreram em 2021. Além disso, março, ainda no 22º dia já é o mês mais mortal da pandemia na Bahia.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19.
Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.224, representando uma letalidade de 1,85%. Dos 770.430 casos confirmados desde o início da pandemia, 740.434 já são considerados recuperados, 15.772 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.846 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta segunda-feira, 254 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 118 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O mês que marca um ano da decretação de pandemia também será lembrado, até então, como o mais mortal na Bahia e também no Brasil. Faltando ainda nove dias para acabar, março já é o mês com o maior número de registros de óbitos de covid-19 de todo o histórico. Esta situação já havia sido prevista e alertada por cientistas brasileiros antes mesmo de acontecer. Foram 2.280 vidas perdidas no estado em março, ultrapassando agosto do ano passado, quando mais de 1,9 mil morreram pela doença. Um aumento de 20% em relação ao recorde anterior. Ao todo, 14.099 baianos vieram a óbito, segundo números da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).

Desde o começo do mês, foram raros os dias em que não houve mais de 100 mortes por dia computadas no estado. Se continuar nesse ritmo, março pode encerrar com mais de 3 mil óbitos. A data com maior número de vidas perdidas foi a última quarta-feira (18), com 153. Entre as pessoas públicas estão o cantor e vereador de Salvador Irmão Lázaro (PSC), 54 anos, e o prefeito reeleito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), de 72 anos.

Esta última semana foi a mais mortal de março, com 860 registros de mortes, contra 709 e 711 das duas anteriores, respectivamente. Coordenador do laboratório de Biossistemas do Instituto de Física da Ufba e pesquisador do projeto Geocovid, José Garcia lembra que, no começo da pandemia, os modelos matemáticos previam um crescimento de casos e mortes próximo ao que estamos vivenciando, mas foi possível “achatar a curva” graças à adesão das pessoas ao isolamento social.

No entanto, no último semestre o isolamento caiu com o movimento das eleições, festas de fim de ano, Carnaval e, por fim, encerramento do auxílio, relembra. “Deu no que estamos vendo agora, especialmente com a nova variante”, observa.

Os pesquisadores do projeto estão refazendo o modelo de cálculo das projeções, incluindo agora esses cenários de novas variantes e chegada de vacinas. O que já se sabe é que os valores são “assustadores” para um quadro em que o isolamento não seja respeitado. Para Garcia, agora não faz tanta diferença interromper o fluxo intermunicipal porque as novas cepas do vírus já estão espalhadas por todo o país. O que poderia ajudar, neste momento, seria o esforço nacional de manter as pessoas em casa, mas sem um auxílio-emergencial isso seria muito cruel para os mais vulneráveis.

Quanto ao status da campanha de vacinação em andamento, o pesquisador opina que, pelo que se sabe do comportamento do vírus, é muito provável que, antes de terminar de vacinar a população, já tenhamos uma nova variante resistente ao imunizante. “Pois o vírus está tendo muitas chances de se modificar no nível de reprodução [de casos] que está tendo agora. O pior é que todos os modelos já previam isso”, diz.

Há quatro dias, pesquisadores do grupo Observatório Covid-19 BR, um dos que reúnem mais cientistas no país, escreveram uma carta aberta classificando o momento não apenas como “catástrofe sanitária”, mas também humanitária. A entidade destacou que a situação atual reúne colapso do sistema hospitalar, sobrecarga do sistema de saúde e impasses quanto ao auxílio emergencial. Os signatários disseram que a situação poderia ter sido evitada se os governantes tivessem ouvido a ciência e adotado políticas públicas com antecedência.

“A falta de ações de mitigação ou supressão em tempo hábil resultou no estado de emergência no qual, lamentavelmente, nos encontramos”, afirmaram.

O quadro brasileiro é considerado alarmante, mas existem diferenças na forma como a pandemia foi combatida em cada estado que podem ser observadas para efeito de análise. Médico infectologista e especialista da Fiocruz, Júlio Croda detalha que quatro estados têm registrado menor mortalidade para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde desse domingo (21): Alagoas (99,4), Bahia (94,1), Maranhão (80,3) e Minas Gerais (102,8). No Brasil, a taxa geral é bem acima, com 139,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

“Alguns estados responderam melhor do que outros muito por conta da gestão local. Não houve uma recomendação técnica e nem apoio do Governo Federal, então estados e municípios fizeram ações específicas em relação a essas intervenções de cunho mais coletivo. No geral, o Brasil respondeu muito mal à pandemia e, por isso, chegamos a esse momento”, comenta Croda, que acrescenta ainda que o discurso que polariza economia e saúde não é real. “Se a gente faz essas medidas efetivas, a economia se recupera mais rápido”, argumenta.

O infectologista adianta que chegamos onde chegamos principalmente por falta de postura comprometida do presidente Jair Bolsonaro, que, em diversos momento, se manifestou contra a vacina, colocando-a em dúvida, como na ocasião em que disse que quem tomasse poderia “virar jacaré”. Bolsonaro também desincentivou o uso de máscaras e estimulou publicamente o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. Estes fatos levaram a uma condução não baseada em evidências e “bastante enfraquecida do ponto de vista da gestão da crise, sendo que desde o início a gente sabia quais são as medidas efetivas individuais e coletivas”, completa ele.

O que mais fez aumentar as mortes?

Por trás da alta no número de mortes em todo o país estão, segundo o observatório, fatores como o tempo de espera por vagas em UTIs, esgotamento dos estoques de medicamentos, dificuldades na reposição de oxigênio nos hospitais por causa do aumento do consumo. A tudo isso, soma-se, ainda, a escassez de profissionais da saúde para atuar em UTIs, unidades porta-aberta e emergências, bem como esgotamento físico e mental destes trabalhadores.

Em parte, a evolução a óbito acontece porque milhares de pessoas com indicação de necessidade de cuidado intensivo estão internadas fora de UTIs, sem assistência adequada e sem a possibilidade de transferência, nem mesmo para outras regiões do país, já que quase todas estão colapsadas.

Ainda assim, mesmo quem tem acesso a UTI tem alto risco de morte. E não adianta apenas abrir novos leitos, dizem os cientistas, porque isso não detém o espalhamento do vírus. “Em resumo, se mantido o crescimento acelerado atual do número de casos, não há possibilidade de atendimento hospitalar adequado e o número de mortes evitáveis vai aumentar ainda mais”, prevê o Observatório Covid BR.

Dentre as medidas sugeridas pelos cientistas do grupo estão: investir em vacinação em massa da população, conter a transmissão do vírus com a redução da circulação de pessoas, assegurar expansão de leitos e contratação de profissionais treinados, fechamento de estabelecimentos que não prestem serviços essenciais, restrição de viagens não essenciais entre municípios e estados, reforçar a comunicação sobre a necessidade de proteção individual; proteção de pessoas mais vulneráveis com um auxílio de R$ 600 para garantir a subsistência das famílias nesse momento de alta inflação nos itens da cesta básica e oferta de linhas de crédito e redução de impostos para empresas.

Publicado em Bahia

Com covid-19, o humorista Paulo Gustavo foi intubado após ter uma piora no estado de saúde. A informação, que já circulava entre fãs e amigos do artista, foi confirmada pela assessoria de imprensa dele neste domingo (21).

"A assessoria do ator Paulo Gustavo confirma, por meio deste comunicado, que o ator, em plena consciência de seu estado, necessitou entrar em ventilação mecânica invasiva, para ser tratado de forma mais segura. Todas as medidas de segurança estão sendo tomadas e a equipe profissional que o atende permanece confiante na sua plena recuperação", afirmou a equipe do comediante.

O marido do comediante, Thales Bretas, também fez uma postagem falando sobre a intubação, e explicou que a decisão do procedimento foi motivada pela intensa falta de ar que ele sentia. "Foi sedado e intubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava. Estou calmo, confiante e tenho certeza que será um passo importante pra melhora completa do nosso guerreiro!", escreveu.

Leia a postagem completa:

"Hoje o amor a minha vida @paulogustavo31 tomou mais um passo na cura da infecção pelo COVID-19. Foi sedado e intubado para que a cura consiga se estabelecer nos seus pulmões sem cansá-lo tanto com a falta de ar que o incomodava. Estou calmo, confiante e tenho certeza que será um passo importante pra melhora completa do nosso guerreiro!!! Ele que é jovem, saudável, sem comorbidades e super cuidadoso, está passando por isso. Peço por favor que tomem muito cuidado, redobrem as medidas de segurança, porque essa infecção é uma loteria e mais pessoas não merecem sofrer. Peço que continuem as correntes de oração e energia, que com certeza estamos recebendo! Tenho muita fé e sei que já já ele estará alegrando a minha vida e a de muita gente por aí novamente.
Não consigo responder a todos os amigos que, tenho certeza, só tem mensagens de carinho, afeto e torcida! Mas agradeço aqui a todos e peço que continuem orando, que q cura tá chegando!! E orem por todos com Covid, que essa doença não é nem nunca foi uma gripezinha."

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Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.698 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) e 2.786 recuperados (+0,4%). O boletim epidemiológico deste domingo (21) também registra 99 mortes. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje. Dos 768.832 casos confirmados desde o início da pandemia, 737.967 já são considerados recuperados, 16.766 encontram-se ativos e 14.099 tiveram óbito confirmado.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.094.100 casos descartados e 178.183 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (21). Na Bahia, 44.813 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 14.099, representando uma letalidade de 1,83%. Dentre os óbitos, 55,9% ocorreram no sexo masculino e 44,1% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55% corresponderam a parda, seguidos por branca com 21%, preta com 15%, amarela com 0,5%, indígena com 0,1% e não há informação em 8% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 68,7%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,1%).

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
Situação da regulação de Covid-19

Às 15h deste domingo, 280 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 180 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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