Novos dados dos estudos com o remédio para obesidade Wegovy, nome comercial para a substância semaglutida (apresentado em 2,4 mg) - mesmo princípio ativo do Ozempic, usado no tratamento de diabete -, demonstraram que o risco de morte de pacientes obesos em tratamento com o medicamento é 18% menor que o dos que não fazem o tratamento. O risco de ataques cardíacos, principal causa de morte no mundo, diz a Organização Mundial de Saúde (OMS), cai cerca de 28% com o uso.

Os resultados foram anunciados pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk no sábado, e publicados no New England Journal of Medicine. Em agosto, as pesquisas já tinham indicado um índice de 20% de diminuição do risco de eventos cardíacos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento para o tratamento para sobrepeso e obesidade em adultos e, em setembro, liberou para crianças e adolescentes a partir de 12 anos. A previsão é de que o remédio esteja disponível a brasileiros em 2024. Enquanto isso, o Ozempic, que é aprovado no País para diabete, tem sido prescrito off-label para tratamento de obesidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Walmart já vem percebendo um impacto na demanda por pessoas que utilizam Ozempic, Wegovy e outros medicamentos para tratar diabetes e que também têm sido adotados como um redutor de apetite para emagrecer.

- Definitivamente, vemos uma ligeira mudança em comparação com a população em geral, vemos uma ligeira retração na cesta geral. Menos unidades, um pouco menos de calorias - disse John Furner, diretor executivo do Walmart nos EUA.

O Walmart está estudando as mudanças nos padrões de vendas usando dados anônimos sobre seus compradores. Assim, pode observar as mudanças nas compras entre as pessoas que tomam o medicamento e também pode comparar esses hábitos com os de perfis semelhantes de consumidores que não estão usando as injeções.

O Walmart vende medicamentos GLP-1, uma categoria que inclui o Ozempic, por meio de suas farmácias. Em agosto, a empresa disse que eles estavam impulsionando a receita do varejista. As vendas desses medicamentos nos EUA aumentaram 300% entre 2020 e 2022, de acordo com um relatório recente da Trilliant Health.

Furner acrescentou que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas sobre os medicamentos inibidores de apetite fabricados pela Novo Nordisk e remédios similares.

Um número cada vez maior de CEOs e investidores estão falando sobre como os populares medicamentos para perda de peso podem mudar a economia e os negócios.

No início desta semana, o CEO da fabricante de Pringles e Cheez-Its disse que a empresa está estudando o impacto potencial desses medicamentos sobre os comportamentos alimentares.

- Como tudo o que pode impactar nossos negócios, vamos analisar, estudar e, se necessário, reavaliar - disse Steve Cahillane, CEO da Kellanova, em uma entrevista.

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