Um tenente de Polícia Militar foi morto a tiros na noite de domingo (12) em Cosme de Farias. Equipes da 58ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e da Rondesp faziam ronda por volta das 20h na Rua Araçatuba, no Alto do Cruzeiro quando foram surpreendidos por um grupo com dezenas de homens armados. O PM Mateus Grec de Carvalho Marinho, 35 anos, foi baleado na região do tórax.

Socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), Mateus não resistiu e acabou morrendo. Na mesma ação, um suspeito foi baleado e também morreu. Com ele foi apreendida uma pistola calibre 45. "Nossas equipes foram atacadas por um grupo de cerca de 20 a 30 homens armados, com armas de fogo semiautomática e automáticas. Durante esse enfrentamento, o tenente Mateus Grec veio a ser atingido e veio a óbito. Foi atingido na abertura do colete a prova de balas, lateralmente", disse à TV Bahia o major Valdino Sacramento.

O policiamento foi reforçado na região do bairro. Uma base comunitária está no local. "Trouxemos um aporte ainda maior para região, o que já estava intensificado ficará mais ainda. Não existe prazo para terminar. vamos dar uma resposta mais incisiva à marginalidade", acrescentou.

O tenente Grec era lotado na Rondesp Atlântico e estava na PM há cerca de 8 anos. Ele deixa esposa. Em nota, a PM lamentou a morte. O sepultamento será realizado hoje, no cemitério Bosque da Paz às 14h.

Em um dos últimos posts feito em rede social, Mateus publicou uma foto fardado celebrando a apresentação de um fuzil. "Apresentar o primeiro fuzil da Rondesp atlântico foi uma realização pessoal. É lama, é mato, chuva, é charco. Menos um fuzil na área, menos um perigo para nossos irmãos policiais", escreveu. "É isso que estamos enfrentando todos os dias. No mais, agradeço muito ao meu pelotão. Tem sido uma experiência, incrível, irmãos", escreveu.

Ele também usava as redes sociais para compartilhar momentos da sua rotina fora da polícia - era flamenguista, apaixonado por cachorros e gostava muito de ler, com preferência para o "mestre do terror", Stephen King.

Depois da morte do PM, um dos suspeitos ainda fez uma família refém no Alto do Cruzeiro. Três adultos e três crianças foram mantidos na casa durante negociação com a polícia. A situação acabou por volta das 23h.

A morte de Mateus foi a segunda de policial militar no final de semana na Bahia. Na madrugada do sábado, em Porto Seguro, no sul baiano, o soldado Antonio Elias Matos Silva, 31 anos, foi morto durante abordagem a duas pessoas, que reagiram atirando. Antonio foi atingido e encaminhado ao hospital Regional de Eunápolis, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.

O governador Rui Costa lamentou as mortes. "Infelizmente ontem perdemos um tenente. Vai aqui minha solidariedade e sentimentos a seus familiares. Sábado perdemos um soldado em Porto Seguro. Vai minha indignação e revolta com esse modelo juridicional, criminal, existente no Brasil. Não quero jogar a culpa nos juízes. A lei criminal brasileira precisa mudar rapidamente. Não é possível, é inaceitável, que a mesma pessoas seja presa 1, 2, 5, 6 vezes, muitas vezes respondendo por homicídio. Eventualmente, aqueles que respondem são condenados com 1/6 da pena e possam ter algum tipo de liberdade. Considero como cidadão e pai de família inaceitável", disse em entrevista à Rádio Metrópole.

Ele ainda associou a criminalidade crescente ao tráfico de drogas. "Brasil virou um grande consumidor de droga no mundo, em várias camadas sociais. A gente precisa dizer com todas as letras: o consumo de drogas é que financia crime organizado, morte de adolescentes, morte de policiais", afirmou. "Isso acrescido à atitude irresponsável do presidente da República, que liberou e facilitou compra e disseminação de armas. É visível o crescente número de armas, e o poderio de armas, dos bandidos". Para Rui, os controles de quem compra o armamento não é suficiente. "Independente de quem compra, as armas, mais cedo ou mais tarde, acabam chegando na mão de bandidos. E o policial tem que ir pra rua pra enfrentar bandido com fuzil, com pistola automática, com metralhadora".

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Para substituir veículos antigos em operação, o governo estadual, via Secretaria de Segurança Pública (SSP), fez a entrega de 52 novas viaturas para uso da Polícia Militar, em Salvador e Região Metropolitana (RMS). As chaves foram entregues pelo governador Rui Costa, na manhã desta terça-feira (3), no estacionamento da sede do órgão, no Centro Administrativo da Bahia. Com cela e sem cela, os veículos entregues durante a cerimônia são caminhonetes operacionais que vão servir a companhias, batalhões e até para as operações Gêmeos e Apolo.

Rui lembrou que o ato desta terça faz parte de um contrato mais amplo, que engloba 289 veículos. "O objetivo do Governo do Estado é melhorar a infraestrutura da corporação, garantindo condições dignas de trabalho aos nossos policiais, com a entrega de equipamentos, viaturas, entre outros investimentos. Além disso, ao longo desses anos, temos garantido uma melhor infraestutura nos postos de trabalho da Polícia Militar. Em todo o estado, batalhões e outros espaços da instituição já contam com áreas para a prática esportiva e lazer, com pista e campo de futebol, e eu quero ressaltar que os investimentos irão continuar", destacou o governador.

"O objetivo maior desta entrega de hoje é dar mais visibilidade e operacionalidade às ações que executamos. Estamos com um contrato de mais de mil viaturas e, gradualmente, nós vamos fazendo esse trabalho de reposição", explicou o comandante-geral da PMBA, o coronel Anselmo Brandão.

Para o titular da SSP, Maurício Barbosa, "é um momento de muita alegria, não só pela entrega das viaturas, mas por todo o esforço que tem sido feito para qualificar ainda mais a segurança pública em nosso estado, inclusive com a aquisição de armamento, contratação de pessoal e até de psicólogos para prestar atendimento à tropa".

Até dezembro deste ano, as outras 237 viaturas serão destinadas tanto a Salvador e RMS, como para outros municípios do interior.

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Confronto com policiais militares provocou a morte de 12 jovens na madrugada de sexta-feira (6).
Familiares e amigos das 12 vítimas fatais da operação policial comandada pela Polícia de Rondas Especiais (Rondesp), no bairro do Cabula, na madrugada de sexta-feira (6), estão fazendo um protesto na Estrada das Barreiras, próximo ao mercado Todo Dia.

De acordo com informações da Central de Polícia, o protesto começou por volta das 17h30, com o fechamento da via pública. Segundo testemunhas, os manifestantes chegaram a atear fogo em um ônibus.

A Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) informou que uma viatura foi deslocada para o local, mas não encontrou o grupo de manifestantes. Não há informações sobre a situação do trânsito no local.
Relembre o caso
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu a informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, e ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, doze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6).
Inocência
Famílias uniram-se pela dor no Cemitério Quinta dos Lázaros, no sábado (7), quando foram enterradas seis das 12 vítimas da operação policial. Dezenas de amigos, vizinhos e parentes estiveram presentes no sepultamento de Natanael de Jesus Costa, 17 anos, Vitor Nascimento, 20, Everson Pereira dos Santos, 26, Caíque Basto dos Santos, 16, Jeferson Rangel e Agenor Vitalino, 19, e afirmaram que os jovens eram inocentes.

Familiares das vítimas disseram que foram ameaçadas no bairro por policiais - que apontaram armas para os ônibus que saíram do fim de linha da Engomadeira para o enterro - e garantiram que havia policiais à paisana no cemitério.

"Eles estão botando medo, enfrentando a gente com armas. Os meninos protegiam a gente. A gente tem medo é da polícia", disse uma mulher que mora no bairro há 59 anos, pedindo anonimato. "É uma injustiça. Eles têm que pagar. É tudo mentira o que estão dizendo", bradou uma tia de Natanael que não quis se identificar, ao defender que o confronto alegado pela polícia não existiu.

"Todo mundo gostava do meu filho... Ele era inocente! Agora vou criar os dois irmãos sozinha e trabalhar sozinha, porque era ele quem me ajudava", lamentava, aos berros, a costureira Marina Lima de Oliveira, 56 anos. Avó de Natanael, ela o criou como filho junto com os dois irmãos.
Policiamento reforçado
O policiamento na Estrada das Barreiras foi reforçado nesta sexta-feira (6) depois da morte de 12 suspeitos em confronto com a Polícia Militar na região do bairro do Cabula, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Quatro guarnições da polícia de choque, com apoio da Rondesp, Esquadrão Águia e Operação Gêmeos vão agir no bairro por um tempo indeterminado.

Segundo a polícia, há preocupação com retaliações de criminosos e o policiamento é para evitar represálias à população. Além disso, ainda hoje pela manhã, uma guarnição da Rondesp voltou ao local do tiroteio e foi alvo de disparos, segundo a polícia.

Todos os mortos na ação policial já foram identificados, mas os nomes não foram divulgados até o momento. Pelo menos nove deles têm passagem policial, informa a SSP. A polícia também investiga a possibilidade dos suspeitos terem participado de um assalto a banco no Stiep esta semana.

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PM foi recebida a tiros por grupo de 30 homens. Durante o confronto, 15 pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital Roberto Santos.
Uma troca de tiros no Cabula, em Salvador, deixou pelo menos 12 pessoas mortas e três feridas na madrugada desta sexta-feira (6). De acordo com a Central de Polícia, o tiroteio aconteceu por volta das 4h, na Estrada das Barreiras, entre um grupo com cerca de 30 homens e uma guarnição da Polícia de Rondas Especiais (Rondesp Central).

Segundo a Polícia Militar, a guarnição da Rondesp recebeu uma informação de que o grupo planejava arrombar uma agência bancária na Estrada das Barreiras. A PM encontrou um veículo abandonado durante uma ronda na área, a ao investigar a denúncia, percebeu que cerca de 30 homens estavam escondidos em uma baixada.

A guarnição foi recebida a tiros, e um sargento da Rondesp foi atingido de raspão na cabeça. A PM revidou e feriu 15 homens durante o confronto. Eles foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Das vítimas, onze não resistiram aos ferimentos e morreram após dar entrada na instituição. Já nesta manhã, mais uma delas morreu. Entre eles estavam um adolescente.

O sargento baleado durante a troca de tiros também foi socorrido, medicado e liberado ainda na manhã desta sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, todas as vítimas eram do sexo masculino. As outras três pessoas feridas no tiroteio continuam internada na unidade médica.

De acordo com a PM, junto com os criminosos foram encontrados uma grande quantidade de drogas ilícitas e 16 armas, muitas de calibre restrito. O policiamento foi intensificado na Estrada das Barreiras para impedir retaliações ou ameaças à população do bairro.

A identidade dos envolvidos ainda não foi divulgada pela polícia. Os corpos das vítimas fatais serão encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador, onde deverão passar por perícia.

Caso similar aconteceu no dia 17 de janeiro; relembre
Há 21 dias, também na Estrada das Barreiras, dois homens morreram e um tenente da PM ficou ferido em outra troca de tiros no local. O confronto aconteceu na madrugada do dia 17 de janeiro, em uma localidade conhecida como Vila Moisés.

Uma guarnição da Rondas Especiais (Rondesp/Central) realizava uma ronda no local quando suspeito da atitude de dois homens, que se esconderam ao ver a polícia. De acordo com a Polícia Militar, os policiais desceram da viatura e realizaram buscas no local.

Foi neste momento que eles encontraram um grupo de homens, que passou a atirar contra a PM. Um tenente da Rondesp foi baleado no pé direito, e durante o confronto, dois integrantes do grupo também foram baleados, enquanto os demais fugiram.

Tanto o tenente quanto os dois suspeitos foram socorridos para o Hospital Roberto Santos. Uma das vítimas foi identificada como Alexandre Leal, 22 anos. A dupla envolvida no tiroteio não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na instituição médica.

Já o militar foi transferido posteriormente para o Hospital São Rafael. O segundo rapaz que morreu após ser baleado no tiroteio ainda não foi identificado pelas polícias Civil e Militar.

Após a troca de tiros com o grupo, os policiais da Rondesp apreenderam duas armas - uma pistola Glock 9mm e um revólver de calibre 38. Também foram apreendidos 40 trouxas de maconha, cartuchos e cápsulas. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHP)), para onde o material apreendido também foi levado.

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